Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BIOQUÍMICA Prof. Diego Gama Cref 12788 G/ R Graduado em Educação Física Pós – Graduação em fisiologia do exercício e avaliação morfofuncional Pós – Graduação em fisiologia neuromotora Pós – Graduando em Cinesiologia, Biomecânica e Treinamento Físico FUNDAMENTOS DA BIOQUÍMICA A bioquímica questiona como as extraordinárias propriedades dos organismos vivos se originaram a partir de milhares de biomoléculas diferentes A bioquímica descreve em termos moleculares as estruturas, os mecanismos e os processos químicos compartilhados por todos os organismos e estabelece princípios de organização que são a base da vida em todas as suas formas, princípios esses referidos como a lógica molecular da vida ALTO GRAU DE COMPLEXIDADE QUÍMICA E ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA. Milhares de moléculas diferentes formam as intricadas estruturas celulares internas SISTEMAS PARA EXTRAIR, TRANSFORMAR E UTILIZAR A ENERGIA DO AMBIENTE Permitem aos organismos construir e manter suas intricadas estruturas, assim como realizar trabalho mecânico, químico, osmótico e elétrico greando equilibrio no meio ambiente FUNÇÕES DEFINIDAS PARA CADA UM DOS COMPONENTES DE UM ORGANISMO E INTERAÇÕES REGULADAS ENTRE ELES Isso é válido não somente para as estruturas macroscópicas, como folhas e ramos ou corações e pulmões, mas também para as estruturas intracelulares microscópicas e os compostos químicos individuais O conjunto de moléculas realiza um programa, cujo resultado final é a reprodução e a autopreservação do conjunto de moléculas , em resumo, a vida. MECANISMOS PARA SENTIR E RESPONDER ÀS ALTERAÇÕES NO SEU AMBIENTE. Os organismos constantemente se ajustam a essas mudanças por adaptações de sua química interna ou de sua localização no ambiente. Capacidade para se autorreplicar e automontar com precisão Uma célula bacteriana isolada disposta em meio nutritivo estéril pode dar origem, em 24 horas, a um bilhão de “filhas” idênticas -Célula contém milhares de moléculas diferentes, complexas - Bactéria é uma cópia fiel da original CAPACIDADE DE SE ALTERAR AO LONGO DO TEMPO POR EVOLUÇÃO GRADUAL Os organismos alteram suas estratégias de vida herdadas, a passos muito pequenos, para sobreviver em circunstâncias novas FUNDAMENTOS CELULARES Os menores organismos consistem em células isoladas e são microscópicos. Os organismos multicelulares maiores têm muitos tipos celulares diferentes, os quais variam em tamanho, forma e função especializada. Apesar dessas diferenças óbvias, todas as células dos organismos, desde o mais simples ao mais complexo, compartilham determinadas propriedades fundamentais, que podem ser vistas em nível bioquímico. AS CÉLULAS SÃO AS UNIDADES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DE TODOS OS ORGANISMOS VIVOS • Células de todos os tipos compartilham algumas características estruturais comuns •A membrana plasmática define o contorno da célula, separando seu conteúdo do ambiente. Ela é composta por moléculas de lipídeos e proteínas que formam uma barreira fina, resistente, flexível e hidrofóbica ao redor da célula •O citoplasma é volume interno envolto pela membrana plasmática, composto por uma solução aquosa, o citosol, e uma grande variedade de partículas em suspensão com funções específicas. •Ribossomos e proteossomos, os sítios de síntese e degradação das proteínas Citosol, solução aquosa altamente concentrada que contém enzimas e as moléculas de RNA que as codificam; Os componentes (aminoácidos e nucleotídeos) que formam essas macromoléculas; centenas de moléculas orgânicas pequenas chamadas de metabólitos, intermediários em rotas biossintéticas e degradativas; coenzimas, compostos essenciais em muitas reações catalisadas por enzimas; e íons inorgânicos. Todas as células têm, pelo menos em algum momento de sua vida, um nucleoide ou núcleo, onde o genoma – o conjunto completo de genes composto por DNA Dentro dos domínios Archaea e Bacteria existem subgrupos distinguíveis por seus hábitats. Nos hábitats aeróbios com suprimento abundante de oxigênio, alguns organismos residentes obtêm energia pela transferência de elétrons das moléculas de combustível para o oxigênio dentro da célula. Outros ambientes são anaeróbios, praticamente desprovidos de oxigênio, e os microrganismos adaptados a esses ambientes obtêm energia pela transferência de elétrons para nitrato (formando N2), sulfato (formando H2S) ou CO2 (formando CH4). Muitos organismos que evoluíram em ambientes anaeróbios são anaeróbios obrigatórios: morrem quando expostos ao oxigênio. Outros são anaeróbios facultativos, capazes de viver com ou sem oxigênio. OS ORGANISMOS DIFEREM AMPLAMENTE PELAS SUAS FONTES DE ENERGIA E PRECURSORES BIOSSINTÉTICOS Existem duas categorias amplas com base nas fontes de energia: fototróficos (do grego trophe, “nutrição”), que captam e usam a luz solar Quimiotróficos, que obtêm sua energia pela oxidação de um combustível químico Os fototróficos e os quimiotróficos podem ser subdivididos ainda mais: os que podem sintetizar todas as suas biomoléculas diretamente do CO2 (autotróficos) e os que requerem nutrientes orgânicos previamente formados por outros organismos (heterotróficos) Por exemplo, cianobactérias são fotoautotróficas; humanos são quimio-heterotróficos FUNDAMENTOS QUIMICOS A bioquímica tenta explicar as formas e as funções biológicas em termos químicos Os quatro elementos químicos mais abundantes nos organismos vivos, em termos de porcentagem do total de número de átomos, são hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e carbono, que juntos constituem mais de 99% da massa das células Menos de 30 entre os mais de 90 elementos químicos de ocorrência natural são essenciais para os organismos. Os quatro elementos químicos mais abundantes nos organismos vivos, em termos de porcentagem do total de número de átomos, são hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e carbono, que juntos constituem mais de 99% da massa das células FUNDAMENTOS FÍSICOS Células e organismos vivos precisam realizar trabalho para se manterem vivos e se reproduzir. As reações de síntese que ocorrem dentro das células, como processos de síntese em uma fábrica, exigem o consumo de energia. O consumo de energia também é necessário para o movimento de uma bactéria, de um velocista olímpico, para o brilho de um vaga-lume ou para a descarga elétrica de um peixe elétrico. Um dos objetivos da bioquímica é compreender, em termos químicos e quantitativos, os meios pelos quais a energia é extraída, armazenada e canalizada para trabalho útil nas células vivas. As conversões de energia celular como todas as outras conversões de energia podem ser estudadas no contexto das leis da termodinâmica. OS ORGANISMOS VIVOS EXISTEM EM UM ESTADO ESTACIONÁRIO DINÂMICO E NUNCA EM EQUILÍBRIO COM O SEU MEIO Apesar de a composição característica de um organismo mudar relativamente pouco ao longo do tempo, a população de moléculas dentro de um organismo está muito longe do estado estático. Pequenas moléculas, macromoléculas e complexos supramoleculares são continuamente sintetizados e degradados em reações químicas que envolvem um constante fluxo de massa e energia pelo sistema. “A glicose que você ingeriu na sua última refeição está agora circulando na sua corrente sanguínea; antes do final do dia, essas moléculas de glicose em particular estarão todas convertidas em algo diferente dióxido de carbono ou gordura, talvez – sendo substituídas por um novo suprimento de glicose, de forma que a concentração de glicose sanguínea é mais ou menos constante ao longo de todo o dia” “As quantidades de hemoglobina e glicose no sangue permanecem quase constantes porque a taxa de síntese ou ingestão de cada uma contrabalança a sua taxa de degradação, consumo ou conversão em algum outro produto.” OS ORGANISMOS TRANSFORMAM ENERGIA E MATÉRIA DE SEU MEIO Organismos obtêm energia domeio de duas formas: Absorvendo combustíveis químicos (como glicose) do seu meio e extraindo energia pela oxidação desses combustíveis Absorvendo energia da luz solar. A primeira lei da termodinâmica descreve o princípio da conversão de energia: em qualquer mudança física ou química,a quantidade total de energia no universo permanece constante, embora a forma da energia possa mudar. Isso significa que, quando a energia é “usada” pelo sistema, ela não é “gasta”, mas convertida de uma forma em outra por exemplo, da energia potencial das ligações químicas em energia cinética de calor e movimento. As células contêm sofisticados processos conversores de energia, capazes de interconverter energia química, eletromagnética, mecânica e osmótica entre si com alta eficiência A OXIDAÇÃO DA GLICOSE Entropia é um estado não somente da energia, mas da matéria. Organismos aeróbios (heterotróficos) extraem energia livre da glicose obtida do meio pela oxidação da glicose com O2, que também é obtido do meio. Os produtos finais desse metabolismo oxidativo, CO2 e H2O, retornam ao meio. Nesse processo, o meio sofre um aumento de entropia, enquanto o organismo permanece em estado estacionário e não sofre mudanças em sua ordem interna. Apesar de alguma entropia surgir da dissipação do calor, a entropia resulta também de outro tipo de desordem, ilustrado pela equação da oxidação da glicose: C6H12O6 1 6O2 S 6CO2 1 6H2O ANABOLISMO X CATABOLISMO Catabolismo - Algumas rotas degradam nutrientes orgânicos em produtos finais simples para poder extrair energia química e convertê-la em formas úteis à célula; o conjunto dessas reações degradativas e produtoras de energia livre Anabolismo - Outras rotas iniciam com moléculas precursoras pequenas e as convertem progressivamente em moléculas maiores e mais complexas, incluindo proteínas e ácidos nucleicos. Tais rotas sintéticas, que invariavelmente requerem injeção de energia O conjunto de redes de rotas catalisadas por enzimas, tanto as catabólicas quanto as anabólicas, constituem o metabolismo celular O METABOLISMO É REGULADO PARA OBTER EQUILÍBRIO E ECONOMIA As células vivas não só sintetizam de forma simultânea milhares de tipos diferentes de carboidratos, gorduras, proteínas e moléculas de ácidos nucleicos e suas subunidades mais simples, como o fazem nas exatas proporções requeridas pela célula sob uma dada circunstância. Exemplo: Se uma célula começa a produzir mais isoleucina do que ela necessita para a síntese de proteínas, então a isoleucina não usada se acumula, e o acréscimo de sua concentração inibe a atividade catalítica causando a imediata desaceleração da produção de isoleucina. Essa retroalimentação inibitória mantém a produção e a utilização de cada intermediário em equilíbrio A ESTRUTURA DO DNA PERMITE SUA REPLICAÇÃO E SEU REPARO COM FIDELIDADE QUASE PERFEITA A capacidade dos seres vivos de preservar seu material genético e duplicá-lo para a próxima geração resulta da complementaridade entre as duas fitas da molécula de DNA BIOENERGÉTICA METABOLISMO – Milhares de reações químicas que ocorrem em todo o corpo, a cada minuto do dia Reações catabólicas – degradação molecular Reações anabólicas – síntese molecular BIOENERGÉTICA - Conversão de alimentos em forma de energia biologicamente utilizável (carboidratos, gorduras e proteínas) FUNDAMENTOS EVOLUTIVOS Nada na biologia faz sentido exceto sob a luz da evolução. (Theodosius Dobzhansky, The American Biology Teacher, março de 1973) A notável semelhança das rotas metabólicas e das sequências de genes entre os três grupos da vida sugere fortemente que todos os organismos modernos derivaram de um ancestral evolutivo comum por meio de uma série de pequenas mudanças (mutações), cada uma conferindo uma vantagem seletiva a algum organismo em algum nicho ecológico. ESTRUTURA CELULAR Século XVII – Robert Hooke Função celular 4 elementos 65% O2 18% Carbono 10% hidrogênio 3% nitrogênio Sódio, Ferro, Zinco, Potássio, magnésio, cloreto e cálcio ( menor quantidade) Composto que contem carbono (orgânicos), os que não contem (inorgânicos) A célula é uma fábrica altamente organizada, sintetiza grande número de compostos necessários á função celular normal (Powers e Howley, 2014) FIBRA MUSCULAR ESTRUTURA CELULAR MEMBRANA CELULAR MEMBRANA CELULAR (SARCOLEMA) – barreira semipermeável que separa a célula do ambiente extracelular, regula a passagem de substancias dentro e fora da célula ESTRUTURA CELULAR NÚCLEO Núcleo – corpo amplo e arredondado dentro da célula Contem genes Genes contem ácidos dexorribonucleicos (DNA’S) Regulam as sínteses protéicas controlando a atividade celular Campo da biologia molecular Chamado de Sarcoplasma nas células musculares Porção líquida da célula Localizada entre o núcleo e a membrana celular Contém várias organelas (mitocôndrias) Mitocondrias – casa de força da célula • Envolvida na conversão dos alimentos em energia celular utilizável • Contidas no citoplasma estão as enzimas reguladoras da quebra de glicose ESTRUTURA CELULAR CITOPLASMA TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA BIOLÓGICA Toda energia existente na Terra é oriunda do sol Plantas usam a fotossíntese Animais – alimentos Tipos de energia (Elétrica, química e mecânica) Fibras musculares utilizam energia química dos substratos energéticos em mecânica na realização dos movimentos REAÇÕES BIOQUÍMICAS CELULARES A transferência de energia no corpo se dá por meio da liberação da energia capturada nas ligações químicas de várias moléculas Ligações de alta energia - Ligações químicas com grandes quantidades de energia Reações endergônicas – reações que requerem que a energia seja adicionada aos reagentes Reações exergônicas – reações que emitem energia como resultado de processo químico Reações acopladas – são reações associadas entre si, com a liberação de energia livre em uma reação que é usada para impulsionar uma segunda reação Exemplo : reação exergônica como uma engrenagem move uma reação endergônica REAÇÕES DE OXIDAÇÃO- REDUÇÃO Oxidação – processo de remoção de um elétron de um átomo ou molécula Redução - processo de adição de um elétron de um átomo ou molécula São reações que estão sempre acopladas Agente redutor – Molécula que doa elétrons Agente oxidante – Molécula que aceita elétrons Reação oxidação-reação - Uma mesma molécula pode atuar como agente redutor e oxidante O termo oxidação não significa com o O2 participe da reação e sim tende a aceitar elétrons e assim atuar como agente oxidante Reações químicas ocorrem quando reagentes tem energia suficiente para agir – energia de ativação BIOENERGÉTICA NAD+(forma oxidada) NADH (forma reduzida)- nicotinamida adenina dinucleotideo – vitamina B3 FAD (forma oxidada) FADH (forma reduzida)- – flavina adenina dinucleotideo – vitamina B2 NAD e FAD são moléculas transportadoras durante as reações bioenergéticas Enzimas – são proteínas atuam na regulação das vias metabólicas e reguladas por moléculas catalisadoras Reduzindo a energia de ativação, as enzimas aumentam a taxa de formação de produto Conceito que as enzimas se adaptam a uma determinada molécula de substrato é chamada de “chave e fechadura” – formato enzima-substrato ENZIMAS A maioria das enzimas é proteína Exceto por um pequeno grupo de moléculas de RNA catalíticas, todas as enzimas são proteínas. A atividade catalítica depende da integridade das suas conformações nativas Algumas enzimas não necessitam de outros grupos químicos além dos seus próprios resíduos de aminoácidos Outras necessitam de um componente químico adicional denominado cofator Ou uma molécula orgânica ou metalorgânica complexa, denominada coenzima As enzimas são classificadas segundo as reações que catalisam - Muitas enzimas receberam seus nomes pelaadição do sufixo “ase” ao nome dos seus substratos ou a uma palavra que descreve sua atividade Catálise – aumento da velocidade de reação COMO AS ENZIMAS FUNCIONAM Nas condições biológicas relevantes, as reações não catalisadas tendem a ser lentas A maioria das moléculas biológicas é muito estável nas condições internas das células com pH neutro, temperaturas amenas e ambiente aquoso A propriedade característica das reações catalisadas por enzimas é que a reação ocorre confinada em um bolsão da enzima denominado sítio ativo A molécula que liga no sítio ativo e sobre a qual a enzima age é denominada substrato FATORES QUE ALTERAM A ATIVIDADE ENZIMÁTICA São medidas pela velocidade que seus substratos são convertidos em produtos TEMPERATURA E PH (MAIS IMPORTANTES) PH é medido pela acidez ou alcalinidade da solução Temperatura corporal 37º, com atividade física há aumento da temperatura corporal e aumento da atividade enzimática Importante observar que uma aumento ou dimuição da faixa de temperatura ideal ocasiona a diminuição da atividade enzimática EXEMPLOS DE VALOR DIAGNÓSTICO DE ENZIMAS ENCONTRADAS NO SANGUE Enzima Lactato desidroge nase Creatina quinase Fosfatase alcalina Amilase Aldolase ■ Doenças associadas a níveis altos de enzimas ■ Infarto do miocárdio ■ Infarto do miocárdio e distrofia muscular ■ Carcicoma osseo, doença de Paget, icterícia obstrutiva ■ Pancreatite , ulcera péptica perfurada ■ Distrofia muscular EFEITO DA TEMPERATURA CORPORAL SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA PH Enzimas individuais tem um PH ideal, qualquer alteração diminui a atividade enzimática Acúmulo de grandes quantidades de íons provoca queda do PH dos líquidos corporais para valores menores do que o PH ideal de enzimas bioenergéticas Consequência é a redução da capacidade de fornecer energia (ATP) necessária para contração muscular Acidez extrema é um fator limitante EFEITO DO PH SOBRE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA COMBUSTÍVEIS PARA O EXERCÍCIO Carboidratos, gorduras e proteínas Consumidos diariamente para manutenção celular Repouso e exercício Carboidratos e gorduras substratos primários durante o exercício Proteínas contribuem com uma pequena parte CARBOIDRATOS Compostos por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio Energia rápida 1 g = 4 kcal Monossacarideos Dissacarideos Polissacarideos CARBOIDRATOS MONOSSACARÍDIOS Açucares simples: glicose e frutose Glicose: açúcar do sangue – encontrada nos alimentos ou formada no trato digestivo (clivagem do carboidrato) - glicólise Frutose: frutas e mel Combinação de dois monossacarídios Sacarose (Açúcar de mesa) : glicose + frutose Maltose: duas moléculas de glicose Cana-de-açúcar, beterraba, xarope de bordo CARBOIDRATOS DISSACARÍDIOS Glicogênio – armazenado no tecido animal O glicogênio hepático - que chega a 150 g, é degradado no intervalo das refeições mantendo constante o nível de glicose no sangue ao mesmo tempo em que fornecem este metabólito as outras células do organismo. O glicogênio muscular, ao contrário, só forma glicose para a contração muscular. Enzima glicogênio sintase Durante o exercício ocorre a Glicogenólise (quebra de glicogênio em glicose) e também no fígado liberando glicose livre na circulação sanguínea Em forma de glicose é utilizada para contração CARBOIDRATOS POLISSACARÍDIOS CARBOIDRATOS ARMAZENAMENTO DE GLICOGÊNIO Fígado e Músculos Reservas totais pequenas São depletadas em poucas horas no exercício Síntese ocorre o tempo todo Dieta e atividade física interferem na síntese ou degradação do glicogênio Estoque de 1434 kcal no corpo – combustível eficiente GORDURAS Compostos por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio Proporção carbono/oxigênio é maior nas gorduras Combustível ideal para exercícios prolongados 1 g = 9 kcal – componente digestibilidade – 7,7 kcal Encontradas em vegetais e animais Acidos graxos/ triglicerídios/ fosfolipídios/ esteroides Armazenado em forma de trigliceridios estoca 50.000 a 60.000 kcal Armazenados no corpo em forma de triglicerídeos 3 moléculas de acido graxos e uma de glicerol (álcool) Maior armazenamento nas células adiposas, porém podem ser encontradas nos músculos Quebrados em ácidos graxos (substrato energético) utilizado pelos músculos e tecidos Processo chamado Lipólise – enzima lipase O glicerol não é fonte de energia direta para o músculo mais pode ser utilizado pelo fígado para sintetizar glicose GORDURAS ÁCIDOS GRAXOS Fonte de energia pelos músculos durante o exercício São lipídios combinados ao ácido fosfórico e sintetizados em quase todas as células do corpo Mantem a integridade estrutural celular ao fornecimento de uma bainha isolante em torno das fibras nervosas GORDURAS FOSFOLIPÍDIOS Também utilizado durante o exercício como fonte energética Mais comum colesterol Encontrados nos alimentos Hipercolesterolemia – risco maior de doenças coronarianas GORDURAS ESTERÓIDES Composta por subunidades minúsculas – aminoácidos Precisamos de pelo menos 20 tipos de aminoácidos para diversos tecidos, enzimas, proteínas sanguíneas, etc 9 aminoácidos essenciais (não podem ser sintetizados pelo corpo), devem ser consumidos Formação das proteínas acontece por ligações peptídicas 1 g = 4 kcal São quebrados em aminoácidos para serem utilizados com substratos de alta energia PROTEÍNAS ■ Existem 2 modos que as proteínas podem contribuir com energia para o exercício ■ 1º - aminoácido alanina convertido em glicose no fígado (gliconeogênese) ■ 2º - muitos aminoácidos (leucina, isoleucina, alanina e valina) podem ser convertidos em intermediários metabólicos nas células musculares e contribuir de maneira direta como combustível nas vias bioenergéticas PROTEÍNAS FOSFATOS DE ALTA ENERGIA ATP – ADENOSINA TRIFOSFATO Fonte de energia imediata para contração muscular – moeda corrente Não é a única molécula transportadora de energia para célula, porém a mais importante, sem ele a célula morre rapidamente 1 porção de adenina/ 2 porções de ribose/ 3 fosfatos ligados Formação de ATP ocorre com a combinação de ADP + PI (fosfato inorgânico) ATP ---------- ADP + PI + energia (enzima ATPase) VIAS METABÓLICAS Pode ocorrer por 1 ou combinação das 3 vias metabólicas Formação de ATP por quebra da fosfocreatina (PC) – sistema ATP-PC (fosfagênio) Formação de ATP via degradação da glicose ou glicogênio – sistema Glicólise Formação de ATP via oxidativa – sistema fosforilação oxidativa – ciclo de KREBS Sistema fosfagênio e glicólise – vias anaeróbias (sem O2), enquanto o sistema oxidativo ocorre de forma aeróbia (com O2) Método mais simples e mais rápido ADP + PC ---------------------------ATP + C Tão rapidamente quanto o ATP é quebrado ADP + Pi no inicio do exercício o ATP é ressintetizado pela reação PC Quantidades pequenas podem ser armazenadas pelas células musculares e a quantidade de ATP formada por essa reação e limitada Combinação de ATP e PC denominam o sistema fosfagênio Inicio do exercício – alta intensidade – curta duração (5”) Corrida de 50 metros, salto em altura, levantamento de peso, tiro no futebol em torno de 9 metros VIAS METABÓLICAS PRODUÇÃO ANAERÓBICA DE ATP SISTEMA FOSFAGÊNIO Cretina quinase Produz ATP sem presença de O2 e de forma rápida Envolve quebra de glicose ou glicogênio para formação de 2 moléculas de piruvato ou lactato Envolve uma série de reações acopladas e catalisadas por enzimas Ocorre no sarcoplasma da célula muscular e produz 2 moléculas de ATPe 2 moléculas de piruvato e lactato por 1 molécula de glicose VIAS METABÓLICAS GLICÓLISE FASES DA GLICÓLISE GLICÓLISE 2 MOLÉCULA S DE ATP 2 MOLÉCULA S DE PIRUVATO PRODUÇÃO AERÓBICA DE ATP FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA Ocorre dentro da mitocôndriae envolve a interação de 2 vias metabólicas cooperativas: ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons A função primária do ciclo de Krebs (ciclo do ácido citrico) é completar a oxidação (remoção de hidrogênio) de carboidratos, gorduras ou proteínas usando NAD+ e FAD como transportadores de hidrogênio (energia) Processo de 3 estágios Processo 1 : Geração de acetil coA Processo 2: oxidação do acetil coA no ciclo de Krebs Processo 3: é o processo de fosforilação oxidativa – formação de ATP Hans Krebs Entrada no ciclo de Krebs consiste em preparo de uma molécula de acetil coA, a partir da quebra de carboidratos, gorduras ou proteínas Piruvato (molécula com 3 carbonos) é quebrado para formar Acetil-coA (molécula com 2 carbonos), o carbono remanescente é liberado em CO2, em seguida o acetil coA combina-se com o oxalacetato para formar citrato, a partir daí tem inicio uma série de reações para regeneração de oxalacetato e 2 moléculas de CO2, e a via recomeça. PRODUÇÃO AERÓBICA DE ATP CICLO DE KREBS PRODUÇÃO AERÓBICA DE ATP CICLO DE KREBS Formação de 32 ATP PRODUÇÃO AERÓBICA DE ATP CICLO DE KREBS A fosforilação oxidativa ocorre dentro da mitocôndria Processo chamado cadeia transportadora de elétrons também conhecida como cadeia respiratória ou cadeia citocromo Produção de ATP acontece graças ao NADH e FADH A medida que os elétrons passam pela cadeia de citocromos ocorre liberação de energia para refosforilar ADP e formar ATP Formação de radicais livres – Dano molecular Exercício de alta intensidade ou prolongado x radicais livres PRODUÇÃO AERÓBICA DE ATP CICLO DE KREBS – CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS São moléculas relacionadas, porém, tecnicamente diferentes Lactato refere-se ao sal do ácido láctico Apesar de muitos autores utilizarem de forma intercambiável são distintos ACIDO LÁCTICO OU LACTATO? ■ Radicais livres reagem rapidamente com outras moléculas presentes nas células, e essa combinação ocasiona dano à molécula que se combinou com o radical ■ Historicamente acreditava-se o metabolismo aeróbico aumentado durante o exercício promovia o aumento de radicais livres nas mitocôndrias presentes dos músculos, entretanto pesquisas recentes indicam outra realidade ■ De fato, embora o exercício provoque a produção aumentada de radicais livres nos músculos esqueléticos ativos , esse aumento da produção muscular de radicais livres não é devido a fosforilação oxidativa que ocorre na mitocôndria. FORMAÇÃO DE RADICAIS LIVRE NA MITOCÔNDRIA GLICOGÊNIO NO FÍGADO E MÚSCULOS O Glicogênio e armazenado no fígado durante a atividade física será quebrado para restaurar os níveis de glicose no sangue assim como o glicogênio do musculo esquelético, porém o glicogênio muscular é egoísta e não restaura a glicose sanguínea, deixando esse trabalho para o fígado CICLO DE CORI
Compartilhar