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Abortamento: Definição, Etiologia e Propedêutica

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Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
 
• Definição (OMS): é a expulsão do feto 
pesando <500g ou com 20 semanas de 
gestação; 
• Cerca de 75% dos ovos fertilizados são 
abortados e em mais da metade deles isso 
ocorre antes da primeira falha menstrual; 
• Em gestações diagnosticadas 
clinicamente, 10% terminam 
espontaneamente até 12 semanas, 
representando 80% de todos os 
abortamentos. 
 
 
• A incidência de alterações 
cromossômicas em abortamentos 
esporádicos de 1° trimestre é de 50%; 
• A síndrome de Turner é a alteração do 
cariótipo causadora de aborto mais 
frequente, com incidência de 19%; 
• Aproximadamente 80% das trissomias 
do 21 terminam em abortamento; 
• Fatores de risco identificados em 
mulheres com abortamento precoce: 
 - Idade materna avançada; 
 - História de perda anterior. 
 
 
 
 
 
• Qualquer doença materna grave, 
traumatismo ou intoxicação, além de 
inúmeras infecções, podem levar ao 
abortamento. 
 
 
• Toda paciente em idade reprodutiva 
com queixa de dor pélvica, acompanhada 
de sangramento vaginal, deve ter o 
abortamento como parte do diagnóstico 
diferencial. 
01. Anamnese e história clínica: 
• Deve ser questionado sobre: 
 - Gravidez intrauterina no momento; 
 - Data última menstruação, para afastar 
um sangramento menstrual; 
 - Possibilidade de gravidez ectópica; 
 - Presença de febre, afim de descartar 
um processo infeccioso; 
 - História de manobras abortivas; 
Abortamento 
 IDEIAS GERAIS 
ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO 
PROPEDÊUTICA 
Anna lillian canuto bittencourt 
 - Presença de leucorreia, devido a 
possibilidade de infecção pélvica; 
 - Uso de medicamentos, como 
misoprostol ou outras substâncias 
abortivas; 
 - Eliminação de material amorfo pela 
vagina, o que pode orientar o diagnóstico 
de aborto incompleto ou completo; 
 - Sintomas urinários, para o 
diagnóstico diferencial de infecção e 
litíase. 
• É importante estar atento que é comum 
as pacientes tentem esconder 
informações sobre o uso de misoprostol 
ou de outras manobras abortivas; 
 - O médico pode questionar 
indiretamente, como se está fazendo um 
pré-natal ou o desejo por ser mãe, pois 
essas são menos improváveis de provocar 
um aborto. 
• Deve ser questionado a presença de 
diarreia e febre, pois são efeitos 
colaterais do misoprostol e podem 
orientar o médico sobre o seu uso; 
• A paciente deve sempre ter a 
comprovação do exame de gravidez. 
 
 
02. Exame físico: 
• Estado geral da paciente, observando 
presença de confusão mental ou 
possibilidade de sepse; 
• Sinais vitais, para identificar sinais de 
sepse grave ou choque; 
• Presença de dor lombar, para a suspeita 
de cálculo renal e infecção urinária; 
• Exame abdominal em busca do 
tamanho uterino, tumerações, irritação 
abdominal e defesa abdominal; 
• Exame especular para identificar o grau, 
o local do sangramento e a condição do 
colo uterino, se há lesão vegetante, se há 
eliminação de restos ovulares, corpo 
estranho, presença de odor fétido, 
secreção purulenta; 
• Toque vaginal para identificar se o colo 
uterino, o orifício cervical interno, está 
aberto ou não, o tamanho do útero, o 
dolorimento à mobilização e as 
condições dos anexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
• A presença de colo aberto no exame 
físico identifica aborto incompleto ou 
inevitável, sendo desnecessária a 
solicitação de uma USG; 
• O colo fechado pode ser qualquer outro 
tipo de abortamento, logo, deve-se 
solicitar a USG para avaliação. 
 
 Ameaça de abortamento 
• Presença de feto vivo, colo fechado, 
com sangramento uterino; 
• A probabilidade de evolução da ameaça 
para o abortamento espontâneo é de 
aproximadamente 11%, sendo que 
duplica se o sangramento for intenso; 
• O quadro clínico consiste em: 
 - Hemorragia: costuma ser o primeiro a 
revelar distúrbios na evolução da 
gestação; 
 - Dor: contrações regulares, como as do 
trabalho de parto, espelham processo 
irreversível. 
• A conduta é esperar em observação, 
mesmo que haja a presença de hematoma 
retroplacentário ou sangramento 
importante, sem comprometimento 
hemodinâmico; 
• Deve-se aconselhar a paciente a 
retornar, em caso de aumento do 
sangramento ou de outras complicações; 
• Não há conduta médica a ser tomada 
para alterar a evolução ou não de um 
quadro de ameaça de abortamento para 
abortamento; 
• O uso de AINEs está contraindicado, 
em função de aumentar a chance de 
abortamento. 
 
 Abortamento completo 
• Acontece quando todo o produto da 
concepção foi eliminado sem a 
necessidade de intervenção médica ou 
cirúrgica; 
• O sangramento é mínimo ou ausente, a 
paciente não apresenta dor e o colo está 
fechado. 
 
 Abortamento inevitável 
• Precede o abortamento incompleto; 
• Acontece quando o colo está dilatado, 
mas o produto da concepção não foi 
eliminado; 
• Existem contrações uterinas, ou perda 
de líquido, acompanhadas por 
modificações plásticas do colo; 
• Ainda não houve a eliminação de tecido 
fetal ou placentário. 
 
 Abortamento incompleto 
• Acontece quando alguma parte do 
produto da concepção foi eliminada, mas 
FORMAS CLÍNICAS E CONDUTAS 
Anna lillian canuto bittencourt 
não a sua totalidade, podendo estar retido 
o feto, a placenta ou membranas; 
• Abortamento incompleto com colo 
aberto – há uma expulsão parcial do 
tecido fetal e placentário da cavidade 
uterina; 
 - CONDUTA: não há necessidade de 
preparo para a dilatação do colo cervical. 
 >> 1° trimestre – a evacuação 
uterina pode ser feita assim que a 
paciente tiver condições para o 
procedimento; 
 >> 2° trimestre com feto retido – 
promover o esvaziamento uterino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Abortamento incompleto com colo 
fechado – há uma expulsão parcial dos 
tecidos embrionários. 
 - CONDUTA: depende da idade 
gestacional. 
 >> 1° trimestre – usa-se 400µg de 
misoprostol por via vaginal, no mínimo 
03 horas antes do procedimento; 
 >> 2° trimestre – usa-se 400µg de 
misoprostol por via vaginal a cada 04 
horas até a eliminação do feto, sendo que 
o tempo médio para a expulsão é de cerca 
de 18 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anna lillian canuto bittencourt 
 Abortamento infectado 
• É o abortamento, geralmente 
incompleto, complicado por infecção 
intrauterino; 
• Caracterizado pela infecção ovular ou 
pela disseminação para circulação 
materna; 
• Essas pacientes apresentam, na sua 
história ou exame físico, algum achado 
que sugira manipulação uterina ou 
infecção; 
• A infecção geralmente se inicia no 
endométrio com disseminação para o 
paramétrio, para o peritônio, para os 
linfáticos e para a circulação sistêmica; 
• O uso de antimicrobianos é indiscutível 
nos casos de sepse e peritonite; 
• Sinais de infecção: 
 - História de manipulação uterina; 
 - Secreção vaginal com odor fétido; 
 - Pus no colo uterino; 
 - Irritação peritoneal; 
 - Leucocitose > 14.000 células/ml; 
 - Estado mental alterado; 
 - Vasodilatação, pulso filiforme e FC> 
100bpm; 
 - Cianose/ palidez; 
 - FR > 30 irpm; 
 - PAS < 90mmHg; 
 - Oligúria < 20ml/h; 
 - Temp. axilar >= 38°C; 
 - Náuseas e vômitos; 
 - Coagulopatia. 
• Quando houver sangramento 
importante com repercussão 
hemodinâmica ou síndrome anêmica 
aguda, a reserva de concentrado de 
hemácias com prova cruzada deve ser 
feita; 
• O uso de antimicrobianos deve cobrir 
um amplo espectro; 
 - Clindamicina OU metronidazol + 
gentamicina. 
• Assim que a paciente tiver condições 
clínicas, deve-se realizar a curetagem 
uterina; 
• Caso a paciente apresente piora, deve-
se investigar outro sítio infeccioso;- Exames de imagem da pelve para 
descartar abscesso e apendicite; 
 - Urocultura; 
 - Hemocultura; 
 - Radiografia do tórax. 
• Depois de 48h apirética em bom estado 
geral, a paciente pode receber alta 
hospitalar sem o uso de antimicrobianos. 
 
 
 
 
 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
 
 
Anna lillian canuto bittencourt 
 Abortamento retido 
• É a gravidez na qual já há morte fetal, 
em geral por semanas, sem a sua 
expulsão; 
• Há a retenção do concepto morto 
intraútero, sem a eliminação de qualquer 
parte fetal ou placentária por pelo menos 
08 semanas; 
• Com o advento do USG, o abortamento 
retido por 08 semanas ou mais é pouco 
visto na prática; 
• A coagulação intravascular 
disseminada, causada por retenção 
prolongada do feto morto, é atualmente 
um evento raro, a não ser que o feto 
morto fique retido por 05 ou mais 
semanas. 
 
 Abortamento habitual 
• Consiste em 02 ou mais abortamentos 
consecutivos. 
 
 
 
• A aspiração manual intrauterina pode 
ser utilizada em ambulatório; 
• O uso de sedação intravenosa é superior 
ao uso de sedação por via oral; 
• Complicações pós-aborto: 
 - Tríade: dor, sangramento e febrícula; 
 - Essa tríade é causada por retenção 
dos produtos da concepção; 
 - O tratamento inclui nova curetagem e 
antimicrobianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO PARA 
EVACUAÇÃO 
Anna lillian canuto bittencourt 
 
 
MARTINS-COSTA, Sérgio H. et al. Rotinas em obstetrícia. Artmed Editora, 
2017. 
APA 
 
 
REFERÊNCIAS

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