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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Psicologia Métodos e Técnicas de Avaliação Psicológica II Profa. Dra. Shirley Simeão Aluna: Maria Teresa Soares Cardoso Cornélio, 20180176840 Fichamento Borsa, J. C., Lins, M. R. C., & Cardoso, L. M. (2018). Teste da Casa-Árvore-Pessoa (HTP) na Avaliação da Personalidade. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, & C. M. Trentini (Orgs.). Avaliação Psicológica da Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed. Aspectos iniciais ● Na Psicologia, os desenhos podem servir como instrumento de avaliação, pois possibilitam analisar perspectivas cognitivas, projetivas e emocionais; ● Sob a perspectiva projetiva, compreende-se que os desenhos manifestam os desejos mais ocultos, os processos mais íntimos de cada pessoa, possibilidade de expor seu mundo interno sem muitas barreiras; ● Nessa perspectiva, o Teste da Casa-Árvore-Pessoa (HTP) possibilita ao profissional obter informações acerca de traços da personalidade da pessoa avaliada; ● Esse teste se constitui como um teste expressivo e projetivo. Histórico do Teste ● De modo geral, não há dados substanciais sobre como o teste surgiu; ● Sabe-se que foi criado por John N. Buck, em 1948, como uma técnica clínica que visa obter informações sobre a personalidade da pessoa avaliada; ● Os elementos - casa, árvore e pessoa - foram escolhidos dado sua incorporação na vida das pessoas desde cedo, assim não há muitas dificuldades nesse desenho; ● Alguns estudiosos usaram o desenho para fazer suas práticas clínicas e estes se relacionam com o teste que está sendo abordado aqui. Alguns autores que cabe destacar são: ○ Florence Goodenough, em 1926; ○ Emil Jucker, em 1928; ○ Karen Machover, em 1949. Pesquisas recentes sobre o teste O teste HTP pode ser usado em diversos contextos. Alguns estudos buscaram demonstrar seu uso e aplicações. ● Para avaliação da personalidade, se mostra eficaz na identificação de comportamentos disfuncionais; ● Possibilidade de identificar/ confirmar casos de abuso sexual infantil; ● Investigação de características de personalidade em homens-bomba, terroristas não suicidas e membros de organização de ataques suicidas; ● Avaliação de pessoas em contexto de vulnerabilidade (pessoas em situação de rua, abuso sexual, vítimas de violência); ● Avaliação da personalidade em pessoas hospitalizadas, com transtornos alimentares, diabetes, câncer, entre outros; ● No contexto clínico, o uso do teste para avaliar pessoas surdas, com dificuldades de aprendizagem ou relacionamento social; ● No contexto escolar, para questões de ensino-aprendizagem e desempenho; De modo geral, os estudos da literatura sobre o teste são escassos. Sobre o instrumento Público Pessoas a partir de 8 anos de idade Objetivo Avaliar aspectos da personalidade Materiais Manual de instruções do teste, folhas de papel A4, lápis nº 2, oito cores de giz de cera Critérios Conhecimento técnico e teórico do(a) psicólogo(a) Ambiente facilitador para a aplicação Estabelecimento do rapport Aplicação individual Fases Acromática (apenas com lápis) 1. Associação 2. Inquérito Cromática (facultativa) 3. Associação 4. Inquérito Avaliação Consiste na análise conjunta dos desenhos, do conteúdo verbal resultado do inquérito e da observação dos comportamentos da pessoa ao realizar os desenhos. Descrição da série acromática 1. Associação ○ A(O) profissional solicita três desenhos (casa, árvore e pessoa) a serem desenhados à mão livre, com lápis em três folhas separadamente; ○ É possível a solicitação de um quarto desenho (uma pessoa do sexo oposto ao desenhado) caso seja necessário; ○ Essa fase se caracteriza por ser não verbal, criativa e pouco estruturada. 2. Inquérito ○ A(O) profissional faz a investigação dos elementos desenhados, a partir de uma lista de perguntas do manual; ○ É possível acrescentar outras perguntas; ○ Só pode ser realizado após finalizados todos os desenhos; ○ Essa etapa é verbal, aperceptiva e estruturada. Descrição da série cromática 3. Associação ○ Mesma solicitação de três (ou quatro) desenhos; ○ Oferece 8 cores de giz de cera para que a pessoa possa colorir o desenho como preferir. 4. Inquérito ○ Do mesmo modo são feitas perguntas para investigar o que a pessoa quer expressar com os desenhos e as cores. Considerações Gerais Pode-se destacar alguns aspectos positivos e negativos ao teste: Vantagens Limitações ■ Amplamente utilizado no contexto clínico, de forma individual ■ Pode ser utilizado em complemento com outras avaliações ■ Qualidades psicométricas deficitárias ■ Não foi testado na população brasileira ■ Manual de aplicação apresenta déficits consideráveis nas instruções de aplicação e correção Diante disso, algumas possibilidades podem ser levadas em conta: ● Realizar os testes de validade e precisão de acordo com a população brasileira; ● Criar tabelas normativas que considerem critérios como idade e sexo; ● Realizar de forma mais frequente estudos e pesquisas com o teste;
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