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Gestão de Suprimentos W B A 0 24 3 _ v1 .3 2/188 Gestão de Suprimentos Autoria: Gratuliano Ferreira Torres de Lucena Como citar este documento: LUCENA, G. F. T. Gestão de Suprimentos. Valinhos: 2017. Sumário Apresentação da Disciplina 03 Unidade 1: O papel da área de suprimentos no Supply Chain 04 Unidade 2: Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas 26 Unidade 3: Métodos de seleção de fornecedores 48 Unidade 4: Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos 71 Unidade 5: Gestão de contratos de fornecimento 93 Unidade 6: Planejamento das necessidades de suprimentos 116 Unidade 7: Spend Analysis, fundamentos e objetivos 141 Unidade 8: Desenvolvimento e discussão de casos práticos – Zara e H&M 165 2/188 3/188 Apresentação da Disciplina Logística e Supply Chain são os conceitos base para a presente disciplina e, dentro de- les, estaremos entrando na questão da ges- tão de suprimentos, fornecendo aos alunos os conhecimentos necessários para uma atuação mais efetiva na área de compras de uma organização. A área de suprimentos vem se destacando devido ao forte processo de terceirização, aumentando sua demanda e complexidade. Nesse sentido, esta disci- plina aborda, nos temas 1, 2, 3 e 4, o papel e a importância da área de suprimentos, a de- cisão estratégica de produzir versus fazer; as estratégias, vantagens e riscos do out- sourcing e métodos de seleção e avaliação de fornecedores. Os temas 5, 6, 7 e 8 tratam das ferramentas essenciais de avaliação de desempenho, gestão de contratos e plane- jamento de necessidades (spend analysis). No final, o aluno irá relacionar o conteúdo aprendido com cases empresariais, permi- tindo analisar na prática as decisões estra- tégicas de suprimentos que geram valor aos produtos e serviços das organizações. 4/188 Unidade 1 O papel da área de suprimentos no Supply Chain Objetivos 1. Compreender os fundamentos da cadeia de suprimentos. 2. Entender os detalhes do ciclo da cadeia de suprimentos. 3. Compreender a importância produtiva e econômica da cadeia de suprimentos. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain5/188 Introdução A gestão de compras e suprimentos é uma condição importante para gerir os meios produtivos que envolvem relações comer- ciais entre clientes, vendedores, fornece- dores e distribuidores, e, no meio desta re- lação, encontra-se um elo que figura para garantir o sucesso do resultado: a Logística. Esta, atuando de maneira eficiente e eficaz, pode minimizar os custos de produção e dar maior agilidade nas aquisições e entregas, ajudando na melhora da lucratividade no ciclo de compras, suprimentos e entregas. A logística influi para uma gestão eficiente de compras que pode incrementar a pro- dutividade de todo o processo da cadeia produtiva, possibilitando um incremento na satisfação em todos os níveis. Também pode promover a otimização de processos em toda cadeia de suprimentos, diminuindo os prazos de entregas de cada etapa. Na área de compras e suprimentos, não bas- ta apenas comprar, é preciso comprar bem. Um dos meios importantes para isso são os Sistemas Integrados, que possibilitam a in- formatização de todos os dados, ligando: o comprador (cliente), o vendedor, a logística, o fornecedor, o transportador e o distribui- dor. Normalmente, este compartilhamento de dados ocorre de forma on-line, ofere- cendo, assim, rapidez e precisão, tornan- do o ciclo de vendas, compra e suprimento mais confiável por, dentre muitos motivos, favorecer o rastreamento do produto em qualquer ponto da cadeia de suprimentos e assegurar os cumprimentos de acordos e prazos estabelecidos nos contratos comer- Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain6/188 ciais. Tal agilidade somente pode ser obtida quando todos os níveis da cadeia de supri- mento utilizam softwares compatíveis, pois do contrário cada informação ocorreria de uma forma e não haveria comunicação en- tre os players. 1. Logística e Supply Chain O Supply Chain Management (SCM), ou Ge- renciamento da Cadeia de Suprimentos é uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação, possibilita gerenciar a ca- deia de suprimentos com maior eficácia e eficiência, conforme fluxo ilustrado na Figu- ra 1. Nela, podemos observar que a empre- sa é o centro e se relaciona com seus meios, clientes e fornecedores, através de deman- das e suprimentos. Essa dinâmica ocorre continuamente e pode ser, didaticamente, dividida em “Fluxo de Produtos”, “Fluxo de Informação” e “Fluxo Financeiro”. Neste fluxo, a logística tem por papel admi- nistrar boa parte da dinâmica. Por exemplo, ela é responsável por partilhar as informa- ções com o fornecedor para suprir o seu es- toque, administrar os valores referentes à transportadora, ou forma de postar os pro- dutos ao cliente, e assim coordenar o fluxo do produto. A cadeia de suprimentos, apesar de não ser demonstrado na Figura 1, há que se comentar, apresenta aspectos impor- tantes que envolvem também documentos (contratos), matérias-primas (suprimentos de estoques), equipamentos (controles de logística), informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações e tempo. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain7/188 Figura 1 - O papel da área de suprimentos no Supply Chain Fonte: Adaptado de <https://www.youtube.com/watch?v=fk8nY_NdaEI>. Acesso em: 06/08/2017. O CLM (Council of Logistic Management) traz como definição de logística o processo da cadeia de abastecimento que envolve planejamento, implementação e controle do fluxo de bens e ser- viços, bem como exerce um controle das informações referentes ao ponto de origem e ao ponto de consumo. Conforme Figura 2, tudo começa a partir da aquisição de um produto pelo cliente, que dispara um pedido, o qual verifica-se a existência em estoque, se existir, a logística provi- dencia o transporte e a entrega do produto ao cliente; caso contrário, a logística encomenda o https://www.youtube.com/watch?v=fk8nY_NdaEI Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain8/188 produto ao fornecedor, e este providencia o transporte e encaminha o produto ao cliente. Figura 2 - Cadeia de Suprimentos Fonte: http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Supri- mentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx. Acesso em: 06/08/2017. Pode-se então notar que a distribuição é uma parte importante no processo da cadeia de supri- mentos e pode ser desenvolvida em 3 níveis, conforme Quadro 1: Quadro 1 - Níveis de decisão http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain9/188 Fonte: <http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Su- primentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx>. Acesso em: 06/08/2017. • Nível estratégico: que diz respeito ao planejamento de toda a estrutura de decisões sobre como realizar todo o sistema de distribuição. Considera-se desde o fornecedor de matéria- -prima até a fabricação do produto, seu transporte, a estocagem no centro de distribuição e a chegada no varejo. • Nível tático: envolve o planejamento da utilização dos recursos, materiais e humanos, como idealizar o esforço de trabalho necessário para a realização das atividades de fabri- cação, transporte, estocagem e distribuição. • Nível operacional: orienta-se pelo planejamento estratégico e tático, para cumprir o que foi lá estabelecido, e envolve o acompanhamento e o controle do trabalho realizado em http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx Unidade 1 • O papelda área de suprimentos no Supply Chain10/188 cada uma das etapas de toda a cadeia de suprimentos. 2. A Função de Compras Em todo esse processo, muitos são os as- pectos importantes e cruciais para que se consiga realizar a entrega do produto cum- prindo os ideais logísticos, a saber, a entre- ga correta no menor tempo com o menor custo. Como você pode imaginar, o setor de compras é de extrema importância nesse projeto. Cabe a compras gerir os níveis de estoque da empresa, se apoiando na apli- cação de técnicas e metodologias, como si- mulações e otimizações, que muito contri- buirão diretamente na tomada de decisão dos gestores. Com o objetivo de obter resultados estra- tégicos, táticos e operacionais, podemos observar no Quadro 1, que as formas de re- sultados estão associadas aos tópicos clas- sificados em “tipos” de localização, trans- portes, processamento de pedidos, serviços ao cliente, armazenagem e compras. Uma definição mais ampla dos objetivos e funções de compras abrange quatro cate- gorias: • Adquirir produtos e serviços em quan- tidade e qualidade necessárias; • Adquirir produtos e serviços com o menor custo; • Adotar controles de garantias que en- volvam a entrega do fornecedor; Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain11/188 • Adotar políticas de bom relaciona- mento com os fornecedores. O processo de negociação e abastecimento logístico da empresa que ocorre entre em- presa e fornecedor é chamado de procure- ment ou aprovisionamento, em português. Ele vai além do relacionamento comercial com os fornecedores, envolvendo pesquisa e o desenvolvimento de produtos e serviços, e planejamento de atitudes que venham ga- rantir o fortalecimento do relacionamento. Nisto incluem-se controle e acompanha- mento por sistemas de informações. Embora altos níveis de estoque possam sig- nificar poucos problemas para a produção, implicam em um aumento de custos quanto à manutenção, como: despesas com o es- paço ocupado, custo do capital empregado, pessoal de almoxarifado, transportes e cus- to de estoques. Uma alternativa seria, então, baixar, ou ain- da eliminar, os níveis de estoque. Contudo, baixos níveis de estoque podem fazer com que a empresa trabalhe num limiar arrisca- do, onde qualquer detalhe, por menor que seja, acabe prejudicando a produção ou dis- tribuição do produto. O sistema Just In Time (JIT) é um sistema que visa essa diminuição de estoques, mas que para ser implementado necessita de diver- sas adequações nos sistemas de muitas em- presas no que tange aos custos e à criação da nova função de suprimentos. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain12/188 3. Estratégia de Aquisição de Re- cursos Materiais Dado o fenômeno da globalização, ocorrida em meados dos anos 80, nota-se na eco- nomia mundial um mercado com barreiras geográficas e econômicas que tendem a diminuir com o tempo e assim formam-se compras globalizadas 4. Formas de Pedidos na Cadeia de Suprimentos Talvez você já tenha visto, em outras disci- plinas, a diferença de demanda empurrada e puxada. Como é de se imaginar, o modo como a empresa organiza sua produção in- fluenciará diretamente em como ela faz a gestão de seus suprimentos. Caso você não tenha visto ou não se recorde dos conceitos, vamos passar por eles: Demanda Empurrada: as decisões de pro- dução e distribuição são demandas por ini- ciativa do produtor, que gera um estoque acima da média de venda para atender à procura do cliente, caso não haja a venda, o produtor pode se deparar com uma situa- ção do encalhe do produto, podendo impli- car em prejuízo financeiro. Demanda Puxada: a produção e a distribui- ção são demandas por iniciativa do clien- te, através de um pedido de compra, o que gera um estoque exato, conforme o pedido, possibilitando uma gestão de estoque mais simples e financeiramente mais vantajosa. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain13/188 Veja ainda alguns detalhes relativos à dife- rença entre demanda “empurrada” e “pu- xada” no Quadro 2. Para cada objetivo são apresentadas as características que distin- guem as condições do que vem a ser a de- manda Empurrada ou Puxada: Quadro 2 - Comparações entre demandas Empurradas x Puxadas Fonte: <http://admvital.com/blog/wp-content/uplo- ads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Dis- tribui%C3%A7%C3%A3o.pptx>. Acesso em: 06/08/2017. Cada parcela (objetivo, complexidade, foco, “lead-time”, processos) do Quadro 2 corres- ponde a uma forma de gestão com neces- sidades e consequências distintas. Não se pode falar que uma é melhor que a outra, pois cada empresa possui uma necessidade e estratégia diferente. Assim, podemos notar a importância da área de suprimentos na implementação da estratégia da empresa. Se a empresa, por exemplo, não tiver uma boa área de gestão de suprimentos e optar por uma demanda puxada, terá problemas maiores do que se operar com uma demanda empurrada, vis- to que os estoques são menores e qualquer imprevisto terá um impacto no fornecimen- to dos produtos. http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx http://admvital.com/blog/wp-content/uploads/2015/02/Log%C3%ADstica-de-Suprimentos-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o.pptx Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain14/188 Glossário SCM: traduzindo, significa a gestão da cadeia de suprimentos, que consiste em todas as partes rela- cionadas, seja direta ou indiretamente, na execução do pedido de um cliente. Inclui não apenas o for- necedor ou o fabricante, mas também as transportadoras, os armazéns, varejistas e os consumidores finais. Procurement: também chamado de negociador, gerencia toda a cadeia de suprimentos, desde a qualificação do fornecedor até depois de concluída a compra. Council of Logistic Management (CLM): é uma associação sem fins lucrativos que atua em âmbi- to mundial com a gestão de cadeias de abastecimento. Um de seus principais focos é na definição e aperfeiçoamento dos profissionais que lidam com logística e gestão de cadeias de abastecimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_da_cadeia_log%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Log%C3%ADstica Questão reflexão ? para 15/188 Quando o cliente compra um produto, seja numa loja física ou pela internet, gera uma demanda através de um pedido de compra que dá entrada num sistema de cadeia de suprimentos. Assim que a lo- gística toma conhecimento, se constar no seu estoque, já providen- cia a forma de transporte para a entrega ao cliente, caso contrário, aciona uma empresa do fornecedor para fabricar o produto faltan- te, que se encarrega de providenciar a forma de transporte para a entrega ao cliente. Tudo isto acontece de forma rápida e integrada através de softwares compatíveis que possibilitam a comunicação rápida e ágil, e também possibilitam o rastreamento do produto em qualquer ponto da cadeia de suprimentos. Qual a relação da cadeia de suprimentos com o Supply Chain? 16/188 Considerações Finais A cadeia de suprimentos configura um fluxo complexo de ações para atender à demanda de uma compra e o atendimento desta compra pela venda. É uma engrenagem importante para o mer- cado produtivo e econômico, é o mecanismo por onde transitam os produtos de matéria-prima para a fabricação de produtos, também possibilitam a estocagem dos produtos pelas empresas de logística, além de possibilitarem a administração, distribuição e entrega dos produtos por quem vendeu para quem comprou. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain17/188 Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logís- tica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J.; COOPER, M. B.; CLOSS, D. J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Rio de Janeiro:Bookman, 2013. CAMPOS, A. Gestão de compras e negociação - processos, uso da tecnologia da informação, licitações e aquisições no terceiro setor. São Paulo: Erica, 2015. CHOPRA, S. E.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Pearson, 2016. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. São Paulo: Cen- gage CTP, 2011. CLAUDIO, M. et al. Compras estratégicas. São Paulo: Saraiva, 2014. DA SILVA, O. R.; VENANZI, D.; PAIXÃO, M. R. Estratégias de cadeias de suprimentos para o setor de vestuário-moda: uma análise das empresas ZARA e H&M. São Paulo: SIMPOI, 2011. DENES, M. O que é Just in Time? 2008. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/ar- tigos/carreira/o-que-e-just-in-time/21936/>. Acesso em: 18 abr. 2017. Unidade 1 • O papel da área de suprimentos no Supply Chain18/188 GRANT, R. M. Contemporary Strategy Analysis. 7. ed. Internacional, Padstow, Cornwall: John Wiley & Sons, 2010. Supply Chain & Procurement, Repensando a cadeia de abastecimento a montante. Disponível em: https://home.kpmg.com/be/en/home/services/advisory/management-consulting/strate- gy-and-operations/supply-chain---procurement-.html. Acesso em: 06 ago. 2018. SETEM, J. Logística na indústria farmacêutica: desafios e oportunidades na terceirização. Revista Tecnologística, São Paulo, ano XX, n. 230, p. 36-40, jan. 2015. Referências 19/188 1. Identifique a alternativa correta pertinente à frase: “Os Sistemas Integra- dos possibilitam a informatização de todos os dados, que ligam”: a) Comprador, logística, fornecedor, transportador e distribuidor. b) Vendedor, logística, comprador, transportador e distribuidor. c) Vendedor, logística, fornecedor, comprador e distribuidor. d) Vendedor, logística, fornecedor, transportador e comprador. e) Vendedor, logística, fornecedor, transportador e distribuidor. Questão 1 20/188 2. Quais itens envolvem o processo da cadeia de abastecimento: Questão 2 a) Pesquisas, Implementação, Controle do fluxo de bens e serviços. b) Limpeza do armazém, Implementação, Controle do fluxo de bens e serviços. c) Planejamento, Implementação, Controle do fluxo de bens e serviços. d) Planejamento, Pesquisas, Controle do fluxo de bens e serviços. e) Transporte, Implementação, Cdo fluxo de bens e serviços. 21/188 3. Escolha a opção correta sobre qual é o objetivo de obter resultados na função de compras? a) Estratégico, Executivo, Operacional. b) Estratégico, Tático, Operacional. c) Estratégico, Tático, Executivo. d) Estratégico, Tático, Conselho de Administração. e) Estratégico, Conselho de Administração, Operacional. Questão 3 22/188 4. Qual das opções NÃO se enquadra nos objetivos que abrangem a função de compras? a) Adotar controles de garantias que envolvam a entrega do fornecedor. b) Adquirir produtos e serviços em quantidade e qualidade necessárias. c) Adquirir produtos e serviços com o menor custo. d) Adotar políticas de bom relacionamento com os fornecedores. e) Vender produtos e serviços com o menor custo. Questão 4 23/188 5. Quais são as formas de pedidos na cadeia de suprimentos? a) Produção quase Empurrada e Produção Dependente. b) Demanda Empurrada e Demanda Puxada. c) Demanda Puxada e Produção quase Dependente. d) Produção Independente e Demanda Empurrada. e) Produção Logística e Produção Dependente. Questão 5 24/188 Gabarito 1. Resposta: E. A opção correta para esta questão sobre a razão de identificar os principais persona- gens envolvidos na operação da cadeia de suprimentos é: vendedor, logística, fornece- dor, transportador e distribuidor. 2. Resposta: C. A opção correta desta questão sobre o que compreende os fluxos da cadeia de supri- mentos é: Planejamento, Implementação, controle do fluxo de bens e serviços. 3. Resposta: B. A opção correta sobre esta questão que es- clarece sobre qual é o objetivo de obter re- sultados na função de compras é: Estratégi- co, Tático, Operacional. 4. Resposta: E. Uma definição mais ampla dos objetivos e funções de compras abrange quatro cate- gorias: • Adquirir produtos e serviços em quanti- dade e qualidade necessárias; • Adquirir produtos e serviços com o menor custo; • Adotar controles de garantias que envol- vam a entrega do fornecedor; • Adotar políticas de bom relacionamento com os fornecedores 25/188 Portanto, a única que NÃO se enquadra nos objetivos é “Vender produtos e serviços com o menor custo”. 5. Resposta: B. A opção correta desta questão sobre as for- mas de pedidos na cadeia de suprimentos é demanda empurrada e demanda puxada. 26/188 Unidade 2 Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas Objetivos 1. Compreender os conceitos que envolvem uma gestão de Outsourcing. 2. Entender as vantagens e as desvantagens, os riscos, quando se adota uma estratégia de gestão por outsourcing. 3. Entender como administrar o outsourcing com os indicadores de níveis de serviços, com a técnica de SLA. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas27/188 Introdução Como mencionado no tema anterior, a glo- balização tem possibilitado às empresas atuarem de formas diferentes. Neste tema, iremos aprofundar a temática de outsour- cing, que é conhecida e chamada em portu- guês de terceirização. A terceirização, ou outsourcing, ocorre quando a empresa decide transferir à outra empresa uma atividade-meio, ou até mes- mo fim, de sua produção. Por exemplo, uma produtora de leites precisa embalá-los para que eles possam chegar ao consumidor fi- nal. Para realizar o envase do leite, a empre- sa pode optar por ela mesma realizá-lo, ou então terceirizar para outra empresa. Seguindo os preceitos de especialização das teorias clássicas da administração, é de se pensar que a terceirização sempre será melhor, visto que agregará uma qualidade superior ao processo. Entretanto, veremos ao longo desta temática que nem sempre é assim e a empresa precisa ponderar o tra- de-off de sua escolha, ou seja, ponderar os ganhos e as perdas. 1. Entendendo o Outsourcing Podemos definir outsourcing como um pro- cesso organizado e sistemático que visa reduzir os custos de aquisições de produ- tos e serviços, em que, ao mesmo tempo, espera-se a excelência dos níveis de quali- dade e serviço. A terceirização de serviços em logística pode representar um ganho de produtividade, com o incremento no nível do atendimento de serviço. Todas as regras Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas28/188 que envolvem a gestão do nível de serviço devem fazer parte de contrato formalizado pelas partes, incluindo a gestão de indica- dores de desempenho. Com o encurtamento geográfico entre os países, dado a redução dos custos de trans- porte e acordos bilaterais entre países e blo- cos econômicos, as empresas podem optar por realizar uma terceirização mais ampla, envolvendo outras empresas que estejam até mesmo fora de seu país. A isso chama- mos de Global sourcing que configura as aquisições de produção de bens ou serviços, realizadas por diferentes países, sendo que a empresa fornecedora está num país dife- rente da empresa consumidora. Esta práti- ca pode gerar ganhos financeiros e de qua- lidade, principalmente quando se escolhe países com mão de obra ou produtos mais baratos que os países demandadores. Atividades do Strategic Sourcing compõem- -se de processos que podem alavancar si- tuações, conforme o Quadro 1, e estas alavancagens podem motivar situações fa- voráveis, conforme demonstrado nos im- pactos do Quadro 1. Estas situações, sendo favoráveis, conforme mencionado nos im- pactos do Quadro 1, refletem num salto de excelência para melhorar os níveis de quali- dade e serviço. Unidade 2 • Decisão de produzirversus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas29/188 Quando 1 - Alavanca para adoção de Outsourcing ALAVANCAS IMPACTOS Melhorar compra por agregação de volume, competição. Aumento do poder negociável; di- minuição do preço de aquisição. Aumentar uniformidade pricing. Diminuição do preço de aquisição; padronização de processos. Normalizar especificações da pro- cura. Diminuição do preço de aquisição e quantidades consumidas; padroni- zação de processos. Repensar a relação com o fornece- dor. Diminuição do custo total de posse TCO; atitude colaborativa com os fornecedores. Fonte:<http://www.unisanta.br/materialdidaticorm/arquivos%5C12AULASTRATEGICSOURCNGa82789.ppt>. Acesso em: 06/08/2018. Existem alguns passos para uma organização desenvolver de forma efetiva a preparação para uma adoção de outsourcing: • Separar fornecedores nacionais e internacionais em classificação A, B, C, a partir de crité- rios de desempenho reconhecidos por vários consumidores internacionais; • Definir os riscos de descumprimentos de prazos de suprimentos e descumprimento da qua- http://www.unisanta.br/materialdidaticorm/arquivos%5C12AULASTRATEGICSOURCNGa82789.ppt Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas30/188 lidade dos produtos entregues, por for- necedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. 2. Conceitos de Outsourcing para aplicar SLA A técnica SLA é uma definição prévia de padrões de prazos para cada atividade de- sempenhada na gestão de suprimentos e trata-se de uma regra contratual a ser res- peitada entre cliente e fornecedor. 3. Preocupações com as Entre- gas utilizando SLA Um contrato do tipo SLA nas entregas, in- clui informações como o catálogo de servi- ços ou de produtos, tempo médio de entre- ga, gerenciamento de problemas e planos de ações, além de garantias e medidas emergenciais para contornos de problemas cotidianos. Em razão disso, os indicadores devem ser bem definidos e de consenso en- tre as partes. Os indicadores, além de serem uma garantia para o cliente, podem apon- tar problemas que motivam dedicar esfor- ços para melhorar o nível de entrega. 4. Decisão sobre “Fazer” ou “Comprar” O significado de “fazer” é quando uma em- presa produz a sua linha de produtos e a co- mercializa. Por exemplo, o caso de uma rede Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas31/188 de hipermercados que vende um produto de sua própria fabricação. Já o “comprar” significa que a empresa funciona como uma revendedora que comercializa produtos fa- bricados por outras empresas. A principal decisão a ser tomada sobre “fa- zer” ou “comprar” é adotar critérios que di- recionem uma escolha mais assertiva. Um dos primeiros critérios está atrelado a cus- tos, pois estes influenciam a organização, deve-se levar em conta todos os custos, diretos ou indiretos, verificando o que sai mais barato: comprar ou produzir. Os custos devem englobar salários das pessoas envol- vidas em todo o processo de produção, bem como despesas de aquisições para benefi- ciar o serviço ou produto. Outros fatores podem influir na decisão de fazer ou comprar, como o nível de capacida- de do fornecedor para atender às demandas atuais e demandas emergenciais. Por exem- plo, imagine uma demanda de venda de 100 peças em uma semana e o fornecedor tendo a capacidade de atender 80 peças em uma semana. O cálculo seria o seguinte: 10 pessoas x 8 horas de trabalho x 1 máquina por pessoa, o que pode exigir do fornecedor um trabalho extra para atender à demanda. 5. Formas para Administrar Pra- zos de Entregas Os prazos são fatores importantes de con- trole em toda atividade econômica, para isso, existe uma divisão de tipos de prazos e entendê-los facilita a gestão de prazos. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas32/188 Em cada um dos tipos de prazos são descri- tas as características que um gestor deve observar de forma estratégica para alcan- çar bons resultados nos prazos, a saber: • Curto Prazo (ganhos rápidos): o ges- tor de suprimentos racionaliza a ar- mazenagem, transporte e distribui- ção, em função da entrega, além disso, age com flexibilidade para renegociar os contratos. • Médio Prazo (efetividade operacio- nal): as empresas de suprimentos au- tomatizam os processos de produção (e-tools) e promovem a reengenharia de processos obsoletos ou inúteis. • Longo Prazo (suprimento baseado em valor): as empresas de suprimen- tos fecham acordos comuns de Inves- timentos entre cliente e fornecedor, e promovem integrações de formas de gestões e de custos operacionais en- tre eles. 6. Fatores Favoráveis de Out- sourcing (Terceirização) O que se vem notando em termos das ati- vidades econômicas, é a forma de con- tratação de mão de obra de uma empresa terceirizada para a prestação de serviços (outsourcing) a fim de executar a demanda de uma produção, como exemplo podemos pensar em um condomínio de prédios que contrata uma empresa de segurança para fazer a segurança de suas dependências, e Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas33/188 esses seguranças têm vínculo empregatício com a empresa de segurança. Com a prática do outsourcing, alguns avan- ços foram percebidos no comportamento da força de trabalho, principalmente com a aplicação das leis trabalhistas, no regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) ou regime de cooperativa, no qual o terceiri- zado cumpre os regulamentos de horários de trabalho e comportamento de respei- to às normas estabelecidas pela empresa contratante, em contrapartida, o terceiri- zado conquistou benefícios trabalhistas de férias, 13º, vale refeição, e há também que ressaltar que empresa fornecedora de mão de obra possui uma estrutura organizacio- nal que possibilita a rápida adaptação às mudanças comerciais. 7. Fatores Desfavoráveis de Out- sourcing (Terceirização) Também devem ser levadas em conta as si- tuações de desvantagens em outsourcing, como o comprometimento do terceirizado em não se sentir dono do serviço presta- do, ou a omissão na solução de falhas após a sua prestação de serviços. Esses pontos contrapõem-se aos fatores vantajosos em outsourcing já citados anteriormente e po- dem comprometer o nível de produtivida- de, causando uma diminuição no volume de produção esperado, para evitar isso, o gestor deve se amparar em profissionais com conhecimentos técnicos atualizados e adaptáveis às mudanças tecnológicas. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas34/188 8. Estratégicas Globalizadas e Locais para o Outsourcing Podemos verificar uma expansão da tercei- rização, que pode ser local ou globalizada, sendo globalizada, podemos ter dificulda- des mais complexas. A seguir, podemos verificar esclarecimen- tos de características distintas de proces- sos de outsourcing operados em países di- ferentes, por isso caracterizam-se como um fato GLOBAL ou de processos operados exclusivamente dentro de um país, por isso um fato LOCAL. Global: no caso da operação de outsour- cing globalizada, dispõe-se de uma rede global para atender à linha de produção, nesse processo, parte das peças ou produ- tos como um todo, são fabricados em outro país, utilizando mão de obra estrangeira, que às vezes é menor em custo, possui pro- fissionais altamente especializados e con- ta com tecnologia avançada. A Índia é um exemplo neste sentido. As operações entre países diferentes têm de dispor de uma es- trutura de produção, transporte e distribui- ção, muito bem administrada.Há uma di- nâmica nas tomadas de decisões do modo operacional do transporte internacional e suas formas de contratações, com a análise do trade-off. Local: no caso de uma operação de outsour- cing local, tem-se o planejamento, a execu- ção e o controle no atendimento às deman- das de vendas de um país. O gerenciamento da prestação de serviço utiliza de mão de Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas35/188 obra local, estes prestadores residem pró- ximo à instalação da empresa demandado- ra, enquanto o fornecedor da mão de obra terceirizada pode estar próximo ou não da empresa demandadora. No caso do Brasil, há algumas dificuldades a mais: por ser um país continental, tem o fator da distância a ser considerado, pois encarece o frete e a distribuição, o que se reflete no aumento do preço final. A análise de lucratividade por cliente, assim como a análise e controle dos custos por canal de venda, são parâmetros que compõem indicadores, o que contribui para a tomada de decisões, podendo apon- tar a viabilidade econômica da operação de outsourcing. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas36/188 Glossário Classificação A, B, C: método de classificação de informações para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. E-tools: é um aplicativo baseado em computador ou na web destinado à facilitar na tarefa de elaboração de um desenho ou redesenho dos processos produtivos. Fulfillment: tipo de empresa especializada no atendimento de pedidos. Pricing: processo de colocar preços, automaticamente ou manualmente, aos pedidos de vendas e compras. Trade-off: é uma troca compensatória que identifica qual é o custo do processo logístico con- flitantes e busca um equilíbrio que minimize o custo total. Questão reflexão ? para 37/188 O Outsourcing constitui uma forma de terceirização do segmento de logística e pode contribuir para reduzir custos e obter vantagens de desempenho com o aumento de produtividade, pode ainda me- lhorar a rapidez de entrega para o cliente. Ao longo de uma cadeia produtiva, pode-se terceirizar a forma de transporte, a distribuição, compras, e também quase todas as atividades que compõe toda a cadeia de suprimentos. Para reger toda a terceirização, deve-se utilizar a gestão por SLA, para assegurar prazos e compromissos de qualidade acordados em contratos estabelecidos entre o contratan- te e o contratado. Assumindo que pode haver resistência para adotar a terceirização, quais atitudes devem ser empreendidas para combater essa resis- tência e convencer do contrário? 38/188 Considerações Finais O Outsourcing, como forma de terceirizar todas as atividades do mercado produtivo, tem vanta- gens, mas também tem algumas desvantagens que podem comprometer o sucesso quando da adoção de uma gestão por terceirização. Além das desvantagens, existem algumas situações de riscos, que devem servir de alertas para que se possa evitar que ocorra uma desilusão por adotar a terceirização. Um ponto que pode contribuir para que os acordos e prazos sejam respeitados entre o contratante e o contratado, é a adoção de uma metodologia de gestão de SLA, incluindo o acompanhamento sistemático de indicadores, que podem proporcionar meios para que a ges- tão possa aplicar ações de imediato, a fim de corrigir os problemas que venham a surgir. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas39/188 Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logís- tica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J.; COOPER, M. B.; CLOSS, D. J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Rio de Janeiro: Bookman, 2013. CAMPOS, A. Gestão de compras e negociação - processos, uso da tecnologia da informação, licitações e aquisições no terceiro setor. São Paulo: Erica, 2015. CHOPRA, S. E.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Pearson, 2016. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. São Paulo: Cen- gage CTP, 2011. CLAUDIO, M. et al. Compras estratégicas. São Paulo: Saraiva, 2014. DA SILVA, O. R.; VENANZI, D.; PAIXÃO, M. R. Estratégias de cadeias de suprimentos para o setor de vestuário-moda: uma análise das empresas ZARA e H&M. São Paulo: SIMPOI, 2011. GRANT, R. M. Contemporary Strategy Analysis. 7. ed. Internacional, Padstow, Cornwall: John Wiley & Sons, 2010. Unidade 2 • Decisão de produzir versus fazer, estratégias de outsourcing e vantagens e riscos do outsourcing e alianças estratégicas40/188 OVERBY, S. O que é um SLA? CIO from IDG, 12 jun. 2006. Disponível em: <http://cio.com.br/ges- tao/2006/06/12/idgnoticia.2006-06-12.4971967799/>. Acesso em: 22 abr. 2017. Supply Chain & Procurement, Repensando a cadeia de abastecimento a montante, acesse no link. Disponível em: https://home.kpmg.com/be/en/home/services/advisory/management-consul- ting/strategy-and-operations/supply-chain---procurement-.html. Acesso em: 06/08/2018. Referências 41/188 1. A Alternativa correta para a Definição de Strategic Sourcing, é um processo disciplinado e sistemático para reduzir: a) Receitas de aquisições de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que se espera a excelên- cia nos níveis de qualidade e serviço. b) Custos de vendas de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que se espera a excelência nos níveis de qualidade e serviço. c) Receitas de vendas de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que se espera a excelência nos níveis de qualidade e serviço. d) Custos de aquisições de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que se espera a excelência nos níveis de qualidade e serviço. e) Receitas de aquisições de produtos e vendas de serviços, ao mesmo tempo em que se espera a excelência nos níveis de qualidade e serviço. Questão 1 42/188 2. Manter e melhorar níveis de qualidade e serviço, aplicam-se às seguintes alavancas: Questão 2 a) Piorar a compra por agregação de trabalhadores, competição; aumentar uniformidade pri- cing. b) Melhorar a compra por agregação de volume, competição; aumentar uniformidade pricing. c) Desnormalizar as especificações da procura e repensar a relação com o fornecedor. d) Melhorar a venda por agregação de máquinas e equipamentos, competição; aumentar uni- formidade pricing. e) Normalizar as especificações da procura e repensar a relação com o cliente. 43/188 3. As vantagens do outsourcing para obter retornos de benefícios dependem de quais estratégias de prazos? Questão 3 a) Somente Curto Prazo. b) Somente Médio Prazo. c) Curto Prazo e Longo Prazo. d) Curto Prazo e Médio Prazo. e) Curto Prazo, Médio Prazo, Longo Prazo. 44/188 Questão 4 a) Perda de controle da execução das atividades e maior necessidade de controle; perda de con- fidencialidade, transformação de custos fixos em custos variáveis, falta de planos de ações para evitar retrabalhos. b) Ganhos de controle da execução das atividades e maior necessidade de controle; perda de confidencialidade, transformação de custos fixos em custos variáveis, falta de planos de ações para evitar retrabalhos. c) Comprometimento do nível de produtividade, causando uma diminuição no volume de pro- dução esperado. d) Perda de controle da execução das atividades e menor necessidade de controle; perda de confidencialidade, transformação de custos fixos em custos variáveis, falta de planos de ações para evitar retrabalhos. e) Ganho de controle da execução das atividades e maior necessidade de controle; ganho de confidencialidade, transformação de custos fixos em custos variáveis, falta de planos de ações para evitar retrabalhos. 4. Qual a opção correta para as desvantagens na adaptação tecnológicade outsourcing: 45/188 5. Escolha a opção correta sobre desenvolver de forma efetiva a preparação para uma adoção de outsourcing: Questão 5 a) Definir os riscos de descumprimentos de prazos de suprimentos e descumprimento da qua- lidade dos produtos entregues, por fornecedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. b) Definir os riscos de cumprimentos de prazos de suprimentos e descumprimento da qualida- de dos produtos entregues, por fornecedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. c) Definir os riscos de descumprimentos de prazos de suprimentos e cumprimento da qualida- de dos produtos entregues, por fornecedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. d) Definir os riscos de descumprimentos de prazos de suprimentos e descumprimento da qua- lidade dos produtos entregues, por cliente, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. e) Definir os riscos de descumprimentos de custos de suprimentos e descumprimento da qua- lidade dos produtos entregues, por fornecedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. 46/188 Gabarito 1. Resposta: D. A opção correta sobre quais elementos compõem as definições de Strategic Sour- cing, são: Custos de aquisições de produtos e serviços, ao mesmo tempo em que se es- pera a excelência nos níveis de qualidade e serviço. 2. Resposta: B. A opção correta sobre quais são as alavan- cas para manter e melhorar níveis de qua- lidade e serviço, é “Melhorar compra por agregação de volume, competição; Aumen- tar uniformidade pricing. 3. Resposta: E. A opção correta para a questão de como compreender as vantagens das formas de gestão administrativas de outsourcing, são: Curto Prazo, Médio Prazo, Longo Prazo. 4. Resposta: C. A opção correta sobre como compreender as desvantagens na adaptação tecnológica de outsourcing, é que podem comprometer o nível de produtividade, causando uma di- minuição no volume de produção esperado. 47/188 5. Resposta: A. A opção correta de como desenvolver a for- ma efetiva da preparação para uma adoção de outsourcing, são: Definir os riscos de des- cumprimentos de prazos de suprimentos e descumprimento da qualidade dos produ- tos entregues, por fornecedor, o que pode evitar transtornos financeiros e de gargalos para o cliente. Gabarito 48/188 Unidade 3 Métodos de seleção de fornecedores Objetivos 1. Compreender a importância da atuação do fornecedor na cadeia de suprimentos. 2. Entender uma metodologia para avaliar fornecedores. 3. Entender a influência de avaliação do fornecedor na função de compras. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores49/188 Introdução Podemos observar, no mercado produti- vo, que o fornecedor é um personagem importante na participação da cadeia de suprimentos, pois não é visto somente como “entregador” de matérias-primas, que às vezes realiza a entrega sem se preocupar em verificar a satisfação do cliente sobre o prazo, o local entregue, e as condições do produto. O fornece- dor pode contribuir como um “parceiro” de negócio para o ajudar o vendedor a cumprir a missão do produto chegar até o consumidor final no prazo. A gestão de fornecedores está associada ao tema an- terior, pois na terceirização ou outsour- cing, aplica-se uma metodologia de SLA, que é uma engrenagem para controlar os prazos de cada etapa na cadeia de suprimentos. 1. Fornecedor Competitivo no Mercado Produtivo Um mercado mais competitivo exige um relacionamento cliente-fornecedor bem fortalecido e harmonioso, que possa con- cluir com esmero a entrega do serviço ou produto, do fornecedor para cliente, no tempo certo, na qualidade esperada e no local certo. A seleção, avaliação e qualificação de fornecedores compõem um dos princi- pais fatores para a consolidação de uma estratégia de negócio, que deve ser coor- denada em conjunto por todas as partes envolvidas ao longo da cadeia de supri- mentos. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores50/188 2. Estratégias de Verticalização Quando uma empresa comercializa os produtos que ela mesma fabrica, cha- mamos de processo de verticalização. A verticalização é fácil de observar, pode- mos ver na rede de supermercado, por exemplo, quando o produto vendido tem o selo de sua fabricação. A partir da prá- tica desse ideal, pode-se colher algumas vantagens: a independência de tercei- ros, maior autonomia, atuando como fa- bricante, maior domínio sobre todos os processos, maior conhecimento sobre a tecnologia aplicada nas linhas de produ- ção, em contrapartida, surgem situações que aparentemente são desvantagens e que implicam um esforço gerencial e exe- cutivo para solucionar, como a necessi- dade de maior investimento em estrutura de equipamentos, mais contratações de mão de obra, mais recursos materiais e a necessidade de adotar ações para conter a perda de financeira devido à ocorrên- cia de produtos de refugo ou por desper- dícios gerados nos retrabalhos. 3. Estratégias de Horizontaliza- ção Diferentemente da verticalização, a defini- ção para horizontalização é comprar tudo que se vende, um exemplo bem fácil de en- tender é observar uma montadora de auto- móveis que, em suma, monta todo o carro a partir de peças fornecidas por terceiros, Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores51/188 em sua maioria. A empresa gestora de su- primentos pode conquistar algumas vanta- gens, que podemos resumir em redução de custos de mão de obra, redução nos custos de aquisição de materiais, maior eficiência na negociação e no cumprimento da en- trega, maior facilidade na incorporação de novas tecnologias, maior rentabilidade nas operações de suprimentos, liberdade para concentrar o foco no negócio principal da empresa e atribuir responsabilidade de pro- dução para os fornecedores. No entanto, existem desvantagens, como o aumento de esforços no controle tecnológico e a dificul- dade de obter boa vontade do fornecedor em dividir os seus lucros. 4. Sequência de Processos na Operação de Compras No processo de compras, podemos verifi- car que existem vários passos que envolvem uma cadeia de suprimentos: passo um, o cliente consumidor demanda uma compra junto a uma empresa vendedora, que rece- be uma nota fiscal de vendas, considerada nota fiscal de saída; passo dois, a empre- sa vendedora analisa a demanda e verifica a disponibilidade em seus estoques; passo três, a partir da indisponibilidade do pro- duto, o comprador procede uma seleção de escolher fornecedores do produto faltante e escolhe um número reduzido de fornecedo- res, três, por exemplo, com melhor históri- co de entregas já realizadas com ele; passo Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores52/188 quatro, a partir desses fornecedores sele- cionados, o comprador realiza uma cota- ção de preço, prazo de entrega e condições de pagamento e escolhe o fornecedor que reunir a melhor proposta, conforme método descrito no item “Escolha dos Métodos para avaliar o fornecedor”, que será visto adian- te; passo cinco, uma vez que se identificou o fornecedor com a melhor avaliação, o com- prador dispara um pedido de compra para o fornecedor escolhido; passo seis, o fornece- dor emite uma nota fiscal dos produtos ven- didos e emite as duplicatas de pagamento, além disso, entrega o produto para o com- prador, conforme a condições negociadas de prazo, local e condições de pagamento; passo sete, o comprador recebe o produto comprado junto com a nota fiscal, confere tudo, em seguida, repõe o seu estoque fal- tante no armazém e, ao mesmo tempo, en- dereça os produtos vendidos ao cliente final. As informações da nota fiscal e duplicatas a pagar são enviadas para o faturamento e contabilidade, enquanto que as duplicatas são encaminhadas para o setor de contas a pagar; passo oito, a partir do endereça- mento da compra ao cliente final, estas in- formações da nota fiscalde venda são en- viadas para o setor de faturamento, contas a receber e contabilidade; passo nove, de acordo com as condições contratuais de pagamento, referentes às compras realiza- das junto ao fornecedor, o setor de contas a pagar do comprador realiza os pagamen- tos respectivos de cada duplicata a vencer e os informa ao faturamento e contabilida- Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores53/188 fornecedores; excelente performance de indicadores de produtividade; instalações adequadas do fornecedor e compatível para atender a todo volume de demandas; estí- mulo dado pelo fornecedor à capacitação operacional e gerencial através de treina- mentos. Com estas informações, pode-se proceder a um método de avaliação do for- necedor conforme descrito no item “Esco- lha dos Métodos para avaliar o fornecedor”, que será apresentado mais adiante. 6. Formas de Negociação com os Fornecedores Na cadeia de suprimentos, de uma certa for- ma, é fácil deduzir que a relação com fornece- dores influi para o desenrolar de uma boa ne- gociação, nisto, algumas atitudes possibilitam um desfecho favorável, por exemplo, exclusi- de; passo dez, de acordo com as condições contratuais de recebimentos junto às ven- das para o cliente final, o setor de contas a receber do comprador realiza os respectivos recebimentos e os informa aos seus setores de faturamento e contabilidade. 5. Para uma Melhor Avaliação dos Fornecedores Para avaliar os fornecedores, há alguns fa- tores que devemos levantar como informa- ções históricas do fornecedor, por exemplo: análise de Custos dos fornecedores; entre- gas com qualidade por parte dos fornece- dores; pontualidade nas entregas por parte dos fornecedores; inovação na atuação do fornecedor no fluxo de suprimentos; fle- xibilidade nas negociações por parte dos Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores54/188 crito no passo três do item “Sequência de processos na operação de Compras”, mas antes recomenda-se realizar um período maior que 3 meses de testes do fornecedor para criar o seu quadro histórico, levando em consideração as informações descritas no item “Para uma melhor avaliação dos fornecedores”. 8. Etapas para Qualificação de Seleção de Fornecedores Após identificar o momento mais ideal para a qualificação do fornecedor, surge a neces- sidade de ter um passo a passo para facilitar o que fazer, pode-se adotar alguns passos: o primeiro passo é identificar os pontos crí- ticos por processo: são produtos ou serviços vidade de fornecimento do produto compra- do, compromisso de auditoria do comprador sobre os dados do fornecedor, compartilha- mento do fornecedor com o comprador dos ganhos de processos e financeiros com o au- mento da demanda de compras, estabeleci- mento de negociação de penalidades (multas, juros, descontos) devido ao não cumprimento de prazos, estabelecimento de formas e fre- quências de comunicações por meio de rela- tórios gerenciais e executivos, com informa- ções de indicadores. 7. Identificação do Momento da Realização da Qualificação Podemos ter dúvidas sobre qual o momento certo de realizar um esforço para avaliar o fornecedor, o ponto desta decisão está des- Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores55/188 que podem impactar em prejuízos na ven- da, na compra e no suprimento? Ou então que gerem quebra de confiança ao cliente final?; passo dois, sincronizar as regras de requisitos de recebimento do comprador às regras de fornecimento do fornecedor; pas- so três, o almoxarifado considera a análise de qualidade de entrega, levando em conta: aspectos de embalagem em perfeito esta- do, descrição bem clara das bulas, descri- ção bem detalhada dos laudos, regras de temperatura para conservação do produto ou serviço, data de validade dentro do prazo identificando o ponto de venda. Neste pas- so, a falta de um dos itens para a análise de qualidade de entrega descarta o fornecedor como candidato para a seleção de fornece- dor. 9. Escolha dos Métodos para Ava- liar o Fornecedor Para podermos avaliar um fornecedor, pre- cisamos nos apoiar em uma técnica. Por exemplo, na Figura 1, demonstra-se um mé- todo para qualificar, analisar e decidir pela escolha do fornecedor melhor classificado. Primeiro, deve se obter o máximo de infor- mações com outros compradores, infor- mações internas, opiniões de especialistas, históricos de transações passadas, reunir as informações mais relevantes, e atribuir a existência ou não para cada item que com- põe o termo “Método de Avaliação”, em relação à cada linha que consta o produto ou serviço a ser adquirido. Supondo que va- mos qualificar um fornecedor que oferece Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores56/188 os produtos/serviços: “Materiais e Insumos Críticos”, “Serviço de Manutenção”, “Servi- ços de Validação”, “Serviços de Auditoria da Qualidade” e “Serviços de Transporte”, veja como deve ser realizada a avaliação para cada item: Item I - no caso do item I, que se refere ao plano anual de trabalho (PTA), marcar com “X” se houver um plano de trabalho do for- necedor; Item II - no item II, que se refere à experiên- cia do fornecedor, se houver incidência que o fornecedor comprove a sua experiência, marcar com “X”; Item III - no item III, que se refere ao his- tórico do fornecedor, marcar com “X” se há histórico do fornecedor de entregas já rea- lizadas; Item IV - no item IV, que se refere à visita do comprador nas instalações do fornecedor, marcar com “X” se houve visita(s). Item V - no item V, que se refere à condição do fornecedor possuir certificação ISO, se houver certificação marcar com “X”; Item VI - no item VI, que se refere ao fato de haver auditorias do comprador no fornece- dor, se houve auditoria marcar com “X”. Com isso, podemos concluir, observando a Figura 1, que o suposto fornecedor possui uma boa qualificação para o produto/servi- ço “Materiais e insumos críticos”, assim, no caso de uma compra é possível endereçar um pedido ao suposto fornecedor. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores57/188 Figura 1 - Exemplo de Método para avaliação de fornecedores Fonte: <www.foruns.unicamp.br/saude/evento5/Hemo.ppt>. Acesso em: 06/08/2018. 10. Avaliação de Operações Logísticas através de Indicadores É muito importante dispor de indicadores para gerir a cadeia de suprimentos, podemos utilizar um índice de pontualidade do Fornecedor (IPO), para acompanharmos se as entregas estão sen- http://www.foruns.unicamp.br/saude/evento5/Hemo.ppt Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores58/188 do realizadas pontualmente, conforme o prazo combinado entre o comprador e o fornecedor. As informações para compor estes indicadores devem vir de um sistema informatizado. O setor de recebimento do comprador registra a chegada do produto e integra automaticamente no cálcu- lo do indicador, se esse setor detectar uma situação de atraso na entrega, falta de produtos ou produto danificado, considera-se como ocorrências de demérito para o fornecedor, enquanto que o número de pontos possíveis considera-se a quantidade de entrega total esperada pelo comprador de maneira perfeita. A partir desse processo, o comprador pode acompanhar de for- ma imediata o andamento da entrega e analisar o desempenho do fornecedor. O cálculo deste índice considera a seguinte formulação: Exemplo de aplicação: IE = Índice de entrega № de pontos possíveis = (№ de entregas realizadas no período) № de pontos obtidos = (№ de pontos possíveis) – (Nº total de deméritos) № total de deméritos = Soma de todos os problemas ocorridos nas entregas. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores59/188 Glossário Dashboard: é utilizado para indicar um “painel de indicadores”. IPO: indicador para a pontualidade nas entregas dos fornecedores. Questão reflexão ? para 60/188 A função de compras é essencial para a cadeia de supri- mentos e também pode influir no desempenho da mes- ma, refletindo nos indicadores que servem paraapoiar a tomada de decisões do escalão de supervisão, gerencial e executivo nas operações de logística. Quais são os indicadores ideais para gerenciar uma ope- ração logística para analisar o desempenho de fornece- dores? 61/188 Considerações Finais É necessário adotar formas de medições para a cadeia de suprimentos que possibilitem acom- panhar periodicamente (mensal, quinzenal ou diariamente) o desempenho de cada etapa, de quando um setor, ou a empresa como um todo, tem a responsabilidade de entregar ou receber a responsabilidade por uma atividade para atender à demanda de venda de um produto. Isso con- tribui para nortear a tomada de decisão, possibilitando identificar alguma anomalia, servindo para impulsionar a tomada de ações imediatas para corrigir situações e retomar o curso normal de produção ou de produtividade para, com isso, evitar a penalização, com alguma deficiência, da entrega do produto para o cliente final. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores62/188 Referências BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, Organização e Logís- tica Empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, D. J.; COOPER, M. B.; CLOSS, D. J. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Rio de Janeiro: Bookman, 2013. CAMPOS, A. Gestão de compras e negociação - processos, uso da tecnologia da informação, licitações e aquisições no terceiro setor. São Paulo: Erica, 2015. CHOPRA, S. E.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Estratégia, Planejamento e Operação. São Paulo: Pearson, 2016. CHRISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. São Paulo: Cen- gage CTP, 2011. CLAUDIO, M. et al. Compras estratégicas. São Paulo: Saraiva, 2014. DA SILVA, O. R.; VENANZI, D.; PAIXÃO, M. R. Estratégias de cadeias de suprimentos para o setor de vestuário-moda: uma análise das empresas ZARA e H&M. São Paulo: SIMPOI.2011. GRANT, Robert M. Contemporary Strategy Analysis. Ed. 7, John Wiley & Sons, 2010. Unidade 3 • Métodos de seleção de fornecedores63/188 Supply Chain & Procurement, Repensando a cadeia de abastecimento a montante, acesse no link: . Disponível em: https://home.kpmg.com/be/en/home/services/advisory/management-consul- ting/strategy-and-operations/supply-chain---procurement-.html. Acesso em: 06/08/2018. Referências 64/188 1. Escolha a opção correta sobre o que um fornecedor precisar ter para ser mais competitivo no mercado produtivo: a) Objetivos não precisam estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo. b) Objetivos não têm interação com as demais áreas da empresa. c) Tecnologias não precisam ser atualizadas, como é o caso da internet. d) Não há influência em relação à imagem institucional da empresa. e) Um relacionamento cliente-fornecedor bem fortalecido e harmonioso, que possa concluir com esmero a entrega do serviço ou produto, do fornecedor para cliente, no tempo certo, na qualidade esperada e no local certo. Questão 1 65/188 2. Escolha a opção correta que tem a ver com as vantagens das estratégias de aquisição da abordadem de gestão pela verticalização: a) Dependência de terceiros, maior autonomia, domínio sobre tecnologia própria. b) Independência de terceiros, maior autonomia, atuando como fabricante, maior domínio so- bre todos os processos. c) Independência de terceiros, menores lucros, maior autonomia, domínio sobre tecnologia própria. d) Independência de terceiros, maior autonomia, inabilidade sobre tecnologia própria. e) Independência de terceiros, menor autonomia, Domínio sobre tecnologia própria. Questão 2 66/188 3. Escolha a opção correta sobre as estratégias de Horizontalização: Questão 3 a) É vender a produção própria. b) É fabricar tudo o que se vende. c) É comprar tudo o que se vende. d) É comprar a própria produção. e) É não ter fornecedores. 67/188 4. Escolha a opção correta sobre as formas de negociação com os fornece- dores que possibilitam um desfecho favorável: Questão 4 a) Preferência de recebimento do produto comprado. b) Compromisso de auditoria do vendedor sobre os dados do fornecedor. c) O fornecedor compartilha com o vendedor ganhos de processos e financeiros com o aumen- to da demanda de compras. d) Exclusividade de fornecimento do produto comprado e compromisso de auditoria do com- prador sobre os dados do fornecedor. e) Estabelecer formas e frequências de comunicação através de relatórios gerenciais e execu- tivos, com informações sigilosas. 68/188 5. Escolha a opção correta sobre as Etapas para Qualificação de seleção de fornecedores: Questão 5 a) Identificar os pontos críticos por processo: são produtos ou serviços que podem impactar em prejuízos na venda, ou então que gerem confiança ao cliente final. b) Sincronizar as regras de requisitos de vendas com as regras de fornecimento do fornecedor. c) O almoxarifado deve considerar a análise de qualidade da transportadora, como embala- gem em perfeito estado. d) Descrição bem clara das bulas, descrição bem detalhada dos laudos, regras de temperatura para conservação do produto, data de validade dentro do prazo identificando o ponto de venda. e) Escolha dos Métodos para avaliar o fornecedor. 69/188 Gabarito 1. Resposta: E. A opção correta desta questão sobre forne- cedor competitivo no mercado produtivo, é: um mercado mais competitivo exige um re- lacionamento cliente-fornecedor bem for- talecido e harmonioso, que possa concluir com esmero a entrega do serviço ou pro- duto, do fornecedor para cliente, no tempo certo, na qualidade esperada e no local cer- to. 2. Resposta: B. A opção correta desta questão sobre as vantagens das estratégias de aquisição da abordagem de gestão pela verticalização, é: Independência de terceiros, maior autono- mia, atuando como fabricante, maior domí- nio sobre todos os processos. 3. Resposta: C. A opção correta desta questão e as estraté- gias de Horizontalização, é: comprar tudo o que se vende. 4. Resposta: D. A opção correta desta questão sobre as for- mas de negociação com os fornecedores, é: na cadeia de suprimentos, de uma certa forma, é fácil deduzir que a relação com for- necedores influi para o desenrolar de uma boa negociação, nisto, algumas atitudes possibilitam um desfecho favorável, como: exclusividade de fornecimento do produto comprado e compromisso de auditoria do comprador sobre os dados do fornecedor. 70/188 5. Resposta: D. A opção correta desta questão sobre as eta- pas para qualificação de seleção de forne- cedores é: descrição bem clara das bulas, descrição bem detalhadas dos laudos, re- gras de temperatura para conservação do produto, data de validade dentro do prazo identificando o ponto de venda. Gabarito 71/188 Unidade 4 Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos Objetivos 1. Compreender a importância dos indicadores para gerenciar a complexidade de cada etapa da cadeia de suprimentos. 2. Entender o quanto a gestão de indicadores contribui para os tomadores de decisões ado- tarem ações assertivas para o cumprimento de metas. 3. Entender como o nível de serviço pode ser obtido com os indicadores da técnica de SLA. Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos72/188 Introdução O desempenho do fornecedor precisa ser medido sistematicamente na menor frequ- ência de tempo possível. Na maioria dos ca- sos, a medição diária é a mais indicada. Por meio desta medição, podemos avaliar o seu desempenho com base em algumas entre- gas realizadas. Os indicadores demonstram a evolução de resultados de produção e de produtividade, possibilitam analisar o pre- sente e o passado, e contribuir para projetar o futuro, torna-se um mecanismo impor- tante para a tomada de decisões. 1. Introdução sobre SLA O termo SLA (Service Level Agreement) pode ser entendido como um acordo a ser firmado entre um contratante e um contra- tado, no qual pode ser aplicado a metodolo- gia de SLA, que corresponde a um catálogo de serviços do fornecedorcom prazos esta- belecidos para cada item, que deverão fazer parte de um contrato formalizado entre as partes, caso o fornecedor desrespeite um dos prazos, ele deverá arcar com uma multa financeira em favor do comprador. 2. Excelência de Serviços obtida com a Metodologia SLA Em temas anteriores, comentamos breve- mente sobre SLA, a ideia, neste momento, é ir mais além e explorar mais detalhes, fazer uma abordagem de explicações sobre quais são os pontos de excelência que se pode obter com a aplicação da metodologia SLA. Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos73/188 Sabemos que é uma engrenagem impor- tante para uma estratégia gerencial, mas antes existe um passo importante, precisa- mos nos preocupar em planejar a capacida- de do fornecedor para atender à demanda, para isso, devemos analisar quantas pesso- as e máquinas são necessárias para realizar uma demanda, levando em conta a produti- vidade histórica do fornecedor. Por exemplo, para realizar uma entrega de um produto celular, vamos considerar que o fornecedor demore 1 hora para consulta de estoque, demore mais 1 hora para emitir a nota fiscal, e 2 horas para endereçar o pro- duto no correio, portanto, podemos consi- derar a produtividade de 4 horas para cada item, como sendo o SLA. Se tivermos uma demanda de venda 20 ce- lulares e o comprador solicitar um prazo de 2 dias de entrega, supondo que o forne- cedor só tem 1 funcionário que só traba- lhe 8 horas diárias, pelo SLA, ele só atende 2 pedidos por dia. Portanto, para atender 20 pedidos são necessários 5 funcionários que atendam 10 pedidos em um dia e, em 2 dias, chegamos nos 20 pedidos. Neste caso, o gestor fica num impasse, pode negociar um prazo de 10 dias em função do time que ele tem, ou então apelar de forma emergen- cial para outro fornecedor e terceirizar a sua produção, neste caso, o SLA não se altera, apenas se aumenta o time em 4 pessoas a mais e leva em conta o funcionário do for- necedor, que juntando dão 5 pessoas. Um contrato comercial, quando se aplica a metodologia do SLA, configura também um ponto de excelência, para isso, deve constar informações de prazo de entrega por ati- vidade e medidas de ações corretivas para Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos74/188 o gerenciamento de problemas, além dis- so, deve-se especificar o prazo de garantia para tratar de eventuais falhas, e deve-se constar as formas de multas por infringir as condições contratuais. Para um acordo do nível de serviço para ser gerido de forma eficiente e eficaz, é essen- cial que antes se estabeleça uma meta de- safiadora, que seja um pouco acima da mé- dia produtiva, para que se tenha como alvo esta meta desafiadora, como forma se con- quistar a melhoria contínua da qualidade com resultados mirando a excelência. O cliente e o fornecedor podem enxergar os mesmos indicadores de forma “real-time”, com isso podemos também realizar uma análise dos indicadores, se as medidas de prevenção foram efetivas para evitar que os riscos previstos causem impactos de prejuí- zos à operação de entrega. 3. Efeitos benéficos da Gestão do SLA Aqui, vamos elucidar os efeitos benéficos que a gestão de SLA produz, por exemplo, evita interpretações diferentes e equivo- cadas entre as análises do fornecedor e do cliente, possibilita corresponder às exigên- cias contratuais para alcançar a excelência no nível de serviço pelo atendimento de todas as condições contratuais, possibilita acompanhar e controlar toda a operação de entrega através de indicadores precisos para se identificar se todos compromissos foram alcançados com êxito. 4. Entendimento sobre Nível de Serviço Para explicarmos sobre o que vem a ser ní- Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos75/188 vel de serviço, podemos dizer que é um padrão estabelecido para os serviços prestados. Nor- malmente, esse padrão é utilizado como referência para a criação de um indicador. Por exemplo, uma SLA pode conter especificidades sobre a quantidade de pedidos a serem atendidos, para essa característica cria-se um indicador, que servirá para avaliar se o atendimento está dentro do estabelecido ou não. Esse indicador demonstra o quanto de itens do pedido foram atendidos em relação ao volume total pedido, caso não ocorra o atendimento do total do pedido, pode-se concluir como uma si- tuação insatisfatória, para exemplificar melhor, a seguir é demostrada uma fórmula sobre nível de serviço: Para exemplificar uma aplicação, vamos supor que foram feitos 100 pedidos e foram atendidos apenas 95 casos dentro do prazo, o nível de serviço de atendimento de serviços será: Assim, podemos dizer que o nível do serviço da atividade é de 95%. Se em uma SLA, por exemplo, Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos76/188 o nível de serviço estabelecido era de 90% podemos afirmar que o nível de serviço está dentro do esperado, dado que ele é superior aos 90% estabelecidos. Do contrário, se o nível de serviço estabelecido na SLA era de 98%, por exemplo, pode-se afirmar que ele está abaixo do esperado e o gestor terá de tomar alguma providência para que ele en- tre em adequação. 5. Ciclo de Gestão de Indicado- res na Cadeia de Suprimentos O ciclo de gestão de indicadores, conforme Fi- gura 1, começa com uma relação matemática que mede, numericamente, atributos de um processo ou de seus resultados, com a inten- ção de comparar esta medida com metas pré- -estabelecidas, em uma SLA por exemplo. Um ponto a se destacar no fluxo, é transformar as expectativas em indicadores, em seguida, de- ve-se avaliar a efetividade dos indicadores, se são automatizados e íntegros implica em não sofrerem nenhuma intervenção manual. Após esta avaliação, os indicadores devem servir aos gestores de cada etapa da cadeia de supri- mentos para orientar a tomada de decisões, se eles estiverem aquém das metas estraté- gicas, o gestor da etapa responsável por esta situação de desempenho inconveniente deve promover ações de correções nos processos e nos procedimentos correspondentes à etapa com incidência negativa, seja em compras, vendas, transportes ou reposição de estoque, com o objetivo de normalizar o cumprimen- to das metas. Para concluir, deve-se divulgar os indicadores e as ações tomadas para todos os envolvidos na cadeia de suprimentos, por exemplo: fornecedores, compradores, vende- dores ou transportadores. Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos77/188 Figura 1 - Ciclo de definição de Indicadores Fonte: https://pt.slideshare.net/sandromarcelsantos/in- dicadores-kpi-frb, página 9, acesso em 06/08/2017. 6. Vantagens da Medição de De- sempenho Os indicadores fornecem dados realísticos que apoiam a tomada de decisões de for- ma assertiva, ainda, podemos obter ganhos com empreendimento de ações, por exem- plo, o cliente compreende os processos do fornecedor, o que o possibilita tomar deci- sões com base em fatos e não em suposi- ções; o fornecedor dispõe de produtos ou serviços suficientes para atender a todo tipo de demanda; as vendas tendem a aumentar se o serviço for melhorado além daquele já oferecido por fornecedores concorrentes, os compradores são sensíveis aos níveis de serviço que recebem de seus fornecedores; melhores níveis de serviço podem significar menores custos de estoque; níveis de servi- ço adequados são fatores de competitivi- dade do fornecedor no momento da nego- ciação com cliente. 7. Objetivos com a Adoção de Gestão de Indicadores As medições de indicadores, como índice de prazo de entrega pelo fornecedor, índice de https://pt.slideshare.net/sandromarcelsantos/indicadores-kpi-frb https://pt.slideshare.net/sandromarcelsantos/indicadores-kpi-frb Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos78/188 cumprimento de prazos em vendas, índice de insatisfação dos compradores, índice de cumprimento de prazos pelo transportador,índice de falta de estoque nos armazéns, servem para apontar posicionamentos so- bre os desempenhos de serviços prestados, sejam abaixo, igual ou acima das metas estabelecidas em cada uma das etapas da cadeia de suprimentos (a meta inicial pode ser estabelecida através de um cálculo de média aritmética, por exemplo, em um mês, podemos ter um Total vendas a realizar = 20, Quantidade de vendas fora do prazo = 10, Média = (10 / 20) x 100 = 50%)). 8. Análise dos Indicadores Os gestores da cadeia de suprimentos po- dem analisar o comportamento de cada etapa, olhando para os indicadores, pode- mos concluir se os resultados são satisfa- tórios ou não, isto nos possibilita realinhar providências para reverter os números ne- gativos para positivos, a partir disso, po- demos aplicar um ritmo da produção mais acelerado, se for o caso, podemos também direcionar ações para alcançar resultados com mais excelência. 9. Indicadores para controlar a Cadeia de Suprimentos A seguir, apresentamos três indicadores muito aplicados na gestão de logística: OTIF (On Time, in Full): esse indicador de- monstra o volume que pode ser expresso em quantidade, e reflete o quanto foi entre- gue de forma assertiva perante a demanda negociada entre o cliente e o fornecedor, respeitando o prazo, entrega de produtos Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos79/188 sem falhas e sem incidência de devoluções. A informação deste indicador tem como objetivo demonstrar qual foi a real entrega de produtos pelo fornecedor ao comprador. Caso o volume dos produtos entregues ve- nha corresponder exatamente ao volume da “Demanda Total Contratada”, podemos entender como uma entrega total perfei- ta. Mas, caso ocorra situações indesejáveis, como por exemplo, “Entrega fora do prazo” ou “Entrega com Falha” ou “Devolução de Entrega”, estes fatores devem ser subtraí- dos da “Demanda Total Contratada”, onde o resultado corresponde ao volume de entre- gas sem problemas. Para realizar este cál- culo, podemos aplicar a fórmula ilustrada a seguir: Demanda Entregue = Demanda Total Con- tratada - (Entrega Fora do Prazo + Entrega com Falha + Devolução de Entrega) OTD (On Time Delivery): é um indicador que é expresso através de números em per- centual, o que possibilita a simplificação de análises mais rápidas e tomadas decisões mais ágeis. O objetivo é dispor de um “Indi- cador de tempo decorrido” que demonstre qual o tempo que se levou para realizar uma entrega pelo fornecedor. Existem tres variáveis que influem no cálcu- lo do “Indicador de tempo decorrido”, uma é o “Tempo Decorrido na Separação” do pro- duto para realizar a entrega e a outra é o “Tempo Decorrido na Expedição” para tam- bém realizar a entrega do produto. O pri- meiro passo é a soma destas duas variáveis, em seguida, dividir essa soma pela variável “Prazo de Entrega Acordado”, o resultado desta divisão, devemos multiplicar por 100, assim, chegamos no percentual de “Tempo Decorrido” que a seguir descrevemos como Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos80/188 devemos proceder uma análise. Ao analisar o percentual de tempo decorri- do, se ocorrer de ser 100% positivo, dedu- zimos que foi uma entrega perfeita, caso contrário, podemos estabelecer uma mar- gem de percentual positivo que seja aceitá- vel, por exemplo, entre 80% e 100%. Caso tenhamos um percentual positivo abaixo de 80% ou que tenhamos um per- centual negativo, o gestor do fornecedor deverá promover ações de prevenção no sentido de melhorar o desempenho na pró- xima entrega. A seguir, está exemplificada a ilustração da fórmula para realiza o cálculo “Indicador de tempo decorrido”: *100 OTP (On Time Processing): é um indicador que sumariza a cada tempo em função de cada atividade que ocorre na entrega pelo fornecedor. Para calcular o indicador “Tem- po sumarizado”, temos de considerar a soma das seguintes variáveis, que ocorrem ao longo da cadeia de suprimentos: “Tempo de Processamento do pedido”, mais “Tempo de consulta do produto no estoque”, mais “Tempo de Separação do Produto”, mais “Tempo de Expedição”. Com o resultado da soma, podemos analisar quanto tempo o fornecedor leva para cumprir uma entrega. Antes, precisamos definir um tempo total esperado, que aplicamos a mesma fórmu- la de cálculo do “Tempo sumarizado”, sen- do que somamos as mesmas variáveis com tempos que entendemos serem possíveis e coerentes para realizar cada atividade cor- respondente a cada variável. Comparamos o indicador do “Tempo suma- rizado” com o indicador do tempo esperado, caso o “Tempo sumarizado” seja menor ou Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos81/188 igual ao tempo esperado, entendemos que o indicador está apontando um desempe- nho excelente, caso contrário, entendemos um desempenho ruim, e aí o gestor do for- necedor deverá aplicar alguma medida para melhorar o desempenho do “Tempo suma- rizado” para a próxima entrega. A fórmula para o cálculo do indicador do “Tempo sumarizado” tem a seguinte dispo- sição: Tempo sumarizado = Tempo processamen- to do pedido + Tempo de consulta do pro- duto no estoque + Tempo de Separação do Produto + Tempo de Expedição do Produto. 10. Relatório Gerencial DASHBO- ARD para controlar o Nível de Serviços O termo Dashboard se refere a um relatório gerencial e executivo que é construído com informações de vários indicadores que de- monstram o andamento de uma operação numa determina frequência de tempo, e tem o objetivo de apresentar o desempenho do comportamento operacional, demons- trando a tendência de comportamento de um mês para outro, por exemplo, além dis- so, o formato deste relatório é desenvolvi- mento com a participação da alta direção e, por prática do mercado, normalmente é apresentado para um comitê de gerentes e executivos que analisam o comportamento dos dados de forma instantânea e, diante de conclusões insatisfatórias, tomam deci- sões de imediato que venham a ser adota- das para correção, no sentido de recompor em direção a rumos satisfatórios. Unidade 4 • Avaliando o desempenho dos fornecedores logísticos82/188 Glossário Dashboard: é um relatório gerencial e executivo que pode ser considerado um painel de con- trole, onde são apresentados os indicadores que refletem o andamento comportamental do nível de serviço praticado pela empresa. ERP: é um sistema de computação que gerencia e integra dados de várias funções: vendas, compras, estoque, faturamento, contabilidade. Fulfillment: um tipo de empresa especializada no atendimento de pedidos. Real-time: é quando o computador realiza uma operação e, simultaneamente, acompanhamos o resultado. Questão reflexão ? para 83/188 Os indicadores formam um painel de sinalizações que alertam e demonstram o comportamento em termos de evolução e tendên- cia das atividades que uma empresa realiza em suas operações ao longo de uma cadeia de suprimentos. Os indicadores compõem-se de gráficos de fácil visualização para uma compreensão rápida. No painel de indicadores são apresentados em relatórios geren- ciais, chamados de Dashboards, e são reportados dentro de uma frequência periódica, que pode ser mensal, quinzenal ou diária, para posicionamento dos tomadores de decisões. Como a técnica de SLA contribui para realizar a gestão de indica- dores? 84/188 Considerações Finais A gestão de indicadores constitui uma ferramenta fundamental para apoiar o gestores e toma- dores de decisões, proporcionando tomadas de ações para uma condição assertiva, que atenda às metas estabelecidas nas estratégias adotadas pela alta direção e, com isso, possa obter re- sultados satisfatórios. Os números dos indicadores podem ser atualizados de forma manual, como planilhas de Excel, e também podem ser gerados de forma automática por sistemas de ERP, o que torna os dados mais íntegros e confiáveis. O ritmo em que ocorrem as transações comerciais, de forma on-line e global,
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