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Sabrina Feitosa de Sousa Avaliação Psicológica IV|UDF Transtorno Específico de Aprendizagem O Transtorno Específico de Aprendizagem está incluído, segundo o DSM-5, na categoria de transtornos do neurodesenvolvimento: transtornos que se iniciam na infância e que apresentam déficits variados, como na linguagem, aprendizagem, controle de funções executivas, habilidades sociais e inteligência. Os transtornos incluídos nessa categoria são: • Deficiências intelectuais; • Transtornos da comunicação; • Transtorno do espectro autista; • Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade; • Transtorno específico de aprendizagem; e • Transtornos motores (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). O transtorno específico de aprendizagem é caracterizado pela dificuldade em aprender e em utilizar habilidades acadêmicas. Os critérios diagnósticos são: 1. Leitura de palavras de forma imprecisa ou com esforço, por exemplo: lê palavras em voz alta de modo incorreto, lento ou em dúvida; 2. Dificuldade em compreender o sentido do que lê, por exemplo: lê corretamente, mas não entende o que leu; 3. Dificuldades em ortografia, por exemplo: adiciona ou esquece letras da palavra; 4. Dificuldades com a escrita, por exemplo: erros de gramática; 5. Dificuldades com números ou cálculos, por exemplo: ele pode contar utilizando os dedos enquanto a maioria dos colegas não fazem mais isso; e 6. Dificuldades no raciocínio matemático, por exemplo: não sabe utilizar conceitos para resolver problemas quantitativos (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). Para estabelecer o diagnóstico, pelo menos um dos sintomas acimas deve estar presente com duração de, no mínimo, 6 meses, mesmo após a intervenção (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). Assim, fica implícito de que os sintomas devem causar prejuízo à vida acadêmica e social da criança. Além disso, a maioria desses sinais começam a aparecer nos primeiros anos da infância, entretanto é possível que passem despercebidos até que o ambiente exija mais do indivíduo. Por fim, os sintomas não devem ser causados por outras coisas, como deficiência intelectual, deficiência visual ou auditiva, transtornos mentais ou neurológicos, adversidade psicossocial, proficiência na língua em que estuda ou baixa instrução educacional (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). o transtorno específico de aprendizagem ainda é subdivido em: 1. Com prejuízo na leitura – dislexia: podem estar prejudicadas a precisão na leitura de palavras, a velocidade ou fluência da leitura e a compreensão da leitura; 2. Com prejuízo na expressão escrita: podem estar prejudicadas a precisão na ortografia, a precisão na gramática e na Neuropsicologia E S C O L A R Sabrina Feitosa de Sousa Avaliação Psicológica IV|UDF pontuação, a clareza ou organização da expressão escrita; e 3. Com prejuízo na matemática – discalculia: podem estar prejudicadas o senso numérico, a memorização de fatos aritméticos, a precisão ou fluência de cálculo e a precisão no raciocínio matemático (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). A Avaliação Neuropsicológica O diagnóstico é multiprofissional, portanto, a avaliação neuropsicológica sozinha é insuficiente. A avaliação neuropsicológica tem o objetivo de identificar as áreas que estão afetadas, o quão grave é o prejuízo e o quão abaixo do esperado estão, de acordo com a idade ou a série escolar da criança (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). Durante a anamnese, é preciso investigar também se existem outras variáveis que podem explicar os sintomas do indivíduo. Nessa etapa, a atuação multiprofissional pode ser extremamente útil (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). É preciso avaliar leitura, escrita, linguagem, memória, matemática, atenção e demais funções executivas (SEABRA; DIAS; TREVISA, 2017). Referências SEABRA, A. G.; DIAS, N. M.; TREVISA, B. Avaliação Neuropsicológica no Transtorno Específico de Aprendizagem. In: Neuropsicologia Clínica. 2. ed. [s.l.] Grupo GEN, 2017. p. 423–434. Veja também: Avaliação Neuropsicológica e Funções Executivas
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