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Tema 5 - Os Desafios contemporâneos e demandas relacionadas à concretização dos direitos humanos

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OS DESAFIOS 
CONTEMPORÂNEOS E 
DEMANDAS 
RELACIONADAS À 
CONCRETIZAÇÃO DOS 
DIREITOS HUMANOS
Prof. Luiz Gonzaga Silva Adolfo
 
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Nesta unidade temática, você vai aprender
A compreender a luta permanente por reconhecimento e afirmação de identidades, e o
antagonismo da busca por igualdade e diferenciação;
A conhecer o pluralismo cultural, o multiculturalismo e as premissas de tolerância nos
Estados Democráticos de Direito;
A focalizar as conjunturas de desigualdade (questões étnico-raciais, de classe, do patriarcado
e de gênero), as perspectivas geracionais da diversidade sexual, dos direitos de minorias, das
necessidades sociais;
A reconhecer as políticas de inclusão, de gênero e de acessibilidade.
 
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Introdução
Neste capítulo, temos como temática principal a incitação e as demandas na atualidade
relacionadas à concretização dos direitos humanos.
No primeiro ponto, veremos a luta continuada pelo reconhecimento e consolidação de
identidades e o antagonismo aceito e firmado da diligência por igualdade e diferenciação.
Por segundo, focaremos no pluralismo cultural, no multiculturalismo e nas imposições de
tolerância nos Estados Democráticos de Direito.
A três lentes nas condições de desigualdade (questões étnico-raciais, de classe, do patriarcado
e de gênero), as perspectivas geracionais, da diversidade sexual, dos direitos de minorias, das
necessidades sociais.
Por fim e em quarto lugar, refletiremos sobre aspectos das políticas de inclusão, de gênero e de
acessibilidade.
Boa leitura!
Os desafios contemporâneos e demandas 
relacionadas à concretização dos direitos 
humanos
A luta contínua por reconhecimento e afirmação de identidades, e 
o paradoxo da demanda por igualdade e diferenciação
O encadeamento de afirmação histórica dos Direitos Humanos foi efeito de uma evolução do
sistema internacional no que pertine à matéria. Veja-se o destaque de Piovesan:
“O processo de internacionalização dos direitos humanos, conjugado com o processo de
multiplicação desses direitos, resultou em um complexo sistema internacional de proteção,
marcado pela coexistência do sistema geral e do sistema especial de proteção.” (PIOVESAN,
2018, p. 260)
 
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Fique de olho!
O direito à igualdade material, o direito à diferença e o direito ao reconhecimento de
identidade integram a essência dos Direitos Humanos, em sua dupla vocação em prol da
afirmação da dignidade humana e da previdência do sofrimento humano (PIOVESAN, 2018). Já a
fiança da igualdade, da diferença e do reconhecimento de identidades é premissa para o direito
à autodeterminação, bem como para o direito ao pleno desenvolvimento das potencialidades
humanas, transitando-se da igualdade abstrata e geral para uma formulação plural de
dignidades concretas (PIOVESAN, 2018).
Vários documentos de cunho internacionalista foram cruciais para esses feitos:
“É neste cenário que se apresentam a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as
formas de Discriminação Racial, a Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de
Discriminação contra a Mulher, a Convenção sobre os Direitos da Criança, a Convenção sobre
os Direitos das Pessoas com Deficiência, a Convenção Internacional sobre a Proteção dos
Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros de suas Famílias, a Convenção
contra a Tortura, a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, dentre
outros importantes instrumentos internacionais.” (PIOVESAN, 2018, p. 263)
 
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Destacam-se, assim, três vertentes no que tange à percepção da igualdade 
(PIOVESAN, 2018):
a) a igualdade formal, reduzida à fórmula “todos são iguais perante a lei” (que, ao seu tempo,
foi crucial para abolição de privilégios);
b) a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça social e distributiva (igualdade
orientada pelo critério socioeconômico);
c) A igualdade material, respeitante ao ideal de justiça enquanto reconhecimento de
identidades (igualdade norteada pelos critérios gênero, orientação sexual, idade, raça, etnia e
demais critérios).
 
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O pluralismo cultural, o multiculturalismo e as exigências de 
tolerância nos Estados Democráticos de Direito
A coletividade do século XXI apresenta-se paradoxal, complexa e disforme, formada por
inúmeros grupos identitários que possuem dessemelhanças únicas e ao mesmo tempo
similaridades consistentes, tudo isso dentro de um cosmos territorial delimitado na forma de
Estados e estabelecidos sob uma democracia de Direito (MEIRELLES, 2014).
Fique de olho!
Destaca-se que é a práxis cidadã do Estado (pós)moderno que influencia o todo do Estado
democrático por meio da forma como ele se evidencia nas escolhas individuais e coletivas
(MEIRELLES, 2014).
 
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Importante aqui trazer à baila uma noção teórica do multiculturalismo:
“O multiculturalismo, por sua vez, é um substantivo, englobando um conjunto de estratégias e
políticas elaboradas e aplicadas em sociedades multiculturais, que procuram regular e
administrar os problemas que estão afetos às questões vinculadas, à diversidade e
multiplicidade. O termo Multiculturalismo é empregado no singular e se traduz numa filosofia
ou doutrina que fundamenta as estratégias multiculturais.” (MEIRELLES, 2014, p. 15)
A idealização multicultural de direitos humanos, é motivada no diálogo entre as culturas a
compor um multiculturalismo emancipatório. Deve-se então suplantar a contenda sobre
universalismo e relativismo cultural, alicerçando-se na transformação cosmopolita dos Direitos
Humanos, considerando que todas as culturas possuem concepções distintas de dignidade
humana, mas são incompletas. Haver-se-ia que aumentar a consciência dessas incompletudes
culturais mútuas como pressuposto para um diálogo intercultural, construindo-se, assim, a
solidificação de uma concepção multicultural dos Direitos Humanos, que decorreria desse
colóquio intercultural (PIOVESAN, 2018).
Os direitos humanos são vistos como multiculturais, baseando-se no multiculturalismo, sendo
precondição de uma junção equilibrada e mutuamente potenciadora entre a alçada global e a
legitimidade local, constituindo atributos de uma governação contra hegemônica de direitos
humanos.
O propósito de uma interlocução intercultural é alcançar um arrolamento de valores que tenha
a concordância de todos os participantes e a preocupação não deve ser descobrir preceitos, eis
que os mesmos não têm fundamento objetivo, mas sim buscar uma aquiescência em torno
deles. Nessa velocidade, os valores dependem de decisão coletiva, devendo ser objeto de um
consenso racionalmente defensável, posto que é possível e necessário desenvolver um
catálogo de valores universais não etnocêntricos, por meio de um diálogo intercultural aberto,
no qual os partícipes decidam quais os juízos a serem respeitados, sendo essa posição
classificada como um universalismo pluralista. Piovesan chama atenção para a ideia de um
universalismode confluência, a contar do diálogo entre as culturas:
 
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Acredita-se, de igual modo, que a abertura do diálogo entre as culturas, com respeito à diversidade e 
com base no reconhecimento do outro, como ser pleno de dignidade e direitos, é condição para a 
celebração de uma cultura dos direitos humanos, inspirada pela observância do ‘mínimo ético 
irredutível’, alcançado por um universalismo de confluência. Esse universalismo de confluência, 
fomentado pelo ativo protagonismo da sociedade civil internacional, a partir de suas demandas e 
reivindicações morais, é que assegurará a legitimidade do processo de construção de parâmetros 
internacionais mínimos voltados à proteção dos direitos humanos.
(PIOVESAN, 2018, p. 215)
 
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Assinala-se que o multiculturalismo não é fenômeno recente dentro da sociedade e do Estado,
uma vez que vem ocorrendo em feitio lento e gradual, com aceleramento crescente nas últimas
décadas (MEIRELLES, 2014). Uma angulação multicultural descritiva reporta a um fato da vida
humana e social, que é a heterogeneidade cultural, étnica, religiosa, ou seja, um certo
cosmopolitismo.
O intuito da teoria multicultural é prescrever, determinar formas concretas ou mais razoáveis,
legítimas, associadas às chamadas políticas de reconhecimento da identidade e/ou da diferença
que os poderes públicos prosseguem, ou deveriam prosseguir em nome das coletividades
minoritárias e/ou “subalternas”, ficando claro que as abordagens teóricas podem conjugar as
duas perspectivas (MEIRELLES, 2014). A laboração cidadã e multicultural determinante é
perceptível num ecossistema hostil pode ser uma alternativa crível:
 
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Reflita
“Os grupos (baseados na multiplicidade cultural) que formam o conjunto social apresentam
necessidades diversas, que diante de um Estado enfraquecido (seja por sua crise econômica,
moral, política...) e insuficiente na respostas por demandas mínimas que garantam a dignidade,
o que se tem encontrado em maior quantidade é a exclusão social, a marginalização, o
abandono, a discriminação, vê-se o cidadão cada dia mais distante do Estado e vice-versa. Em
contraposição ao ambiente crítico buscam-se possibilidades não utópicas de um Estado
Democrático que privilegie a participação diversificada e igualitária no dia a dia da comunidade,
e que garantam o acesso à realização dos direitos humanos e fundamentais, e todas as demais
nuanças que envolvem a cidadania ativa e completa.” (MEIRELLES, 2014, p. 17/18)
O enfoque dado pelo multiculturalismo não carece se associar tão só à uma cultura dominante
e culta, no sentido estrito do vocábulo, como entende uma acepção douta da palavra, por
intervenção da qual proporciona a identidade social e estabelece o ordenamento político e
jurídico (MEIRELLES, 2014).
Assim, o multiculturalismo é uma caracterização que compreende a profusão de grupos sociais,
acatando suas dissemelhanças e particularidades, que existe como uma distinção sociocultural
entre as facções sociais, que lutam pelo reconhecimento social e que se afirmam por meio de
uma oposição ao arquétipo de organização social universalista e igualitário da cidadania no
Estado Democrático de Direito (MEIRELLES, 2014). São sujeitos individuais e com suas posturas
peculiares de vida, e que valorizam a abastança de valores cada vez que instância da afirmação
da diversidade cultural:
“A pluralidade de valores e a diversidade cultural são manifestações próprias do
multiculturalismo, que revela a necessidade e a expressão da luta pelo reconhecimento no
contexto institucional da sociedade. Os indivíduos assumem a condição de membros
integrantes dos grupos culturais determinados. Os sujeitos individuais pertencentes aos Novos
Sujeitos Coletivos participam do processo de afirmação e luta pelo reconhecimento de seus
direitos básicos e das suas necessidades particulares. Em princípio, os cidadãos devem integrar
um contexto cultural estável, que proporciona as significações e a orientação necessária para
conduzirem seus modos de encaminhar a vida.” (MEIRELLES, 2014, p. 26)
Nessa sequência, a centralidade do Direito quando relacionada às pautas multiculturais é vista
não somente com um mecanismo de regulação social, mas também de simetrização das
relações interpessoais, apontando para seu potencial transformador da conjuntura social
(MEIRELLES, 2014).
 
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Ademais, sobressai-se que as políticas de reconhecimento, concernindo em termos normativos
constitucionais ou em balizas de políticas públicas apresentam certos dilemas, tendo as
demandas particulares transformado direitos em diferenças culturais, muitas vezes podem
sobrecarregar o Estado com uma pressão social cuja justificabilidade ele não tenha os
instrumentos políticos para aferir (MEIRELLES, 2014). Há a superação da homogeneidade pela
valorização da alteridade:
“Percebe-se que a questão do multiculturalismo, contemporaneamente, constitui como um dos
maiores desafios ao Estado-Nação no sentido de como gerenciar a diversidade cultural e seus
conflitos dentro de um país em busca de uma unidade social, colocando à vista a necessidade
da incorporação dessas diferenças pelos sistemas democráticos atuais, inclusive em seus
ordenamentos jurídico-políticos, bem como de desmistificar uma pretensa homogeneidade
cultural construída a partir do mito da nação, incentivando e respeitando assim, a
heterogeneidade. É na seara deste contexto que surge a necessidade do debate do presente
tema e o Direito servir de instrumento na luta multicultural.” (MEIRELLES, 2014, p. 30)
As condições de desigualdade (questões étnico-raciais, de 
classe, do patriarcado e de gênero), as dimensões geracionais, da 
diversidade sexual, dos direitos de minorias, das necessidades 
sociais
Na dianteira de se chegar na custódia internacional dos direitos sexuais e reprodutivos, é
meritório conceituar os denominados direitos sexuais:
 
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Os direitos sexuais consistem no conjunto de direitos relacionados com o exercício e a vivência sexual 
dos seres humanos, o que abarca seu direito à livre orientação sexual e implica no reconhecimento 
da igualdade e liberdade das mais diversas práticas sexuais existentes.
(RAMOS, 2017, p. 943)
 
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São os direitos sexuais oriundos (RAMOS, 2017):
(i) do direito à igualdade;
(ii) do respeito à integridade física e psíquica; e (iii) à liberdade e autonomia da pessoa que
geram, em sua agregação, a inevitabilidade de guarida da diversidade.
 
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Os direitos sexuais abarcam (RAMOS, 2017):
i) O direito a infraestruturas de saúde sexual que testifiquem privacidade, confidencialidade
e atendimento de qualidade, sem diferenciação;
ii) O direito à informação e à educação sexual;
iii) O direito à escolha, em tal grau do parceiro quanto sobre ter ou não relacionamento
sexual, independentemente da reprodução;
iv) O direito de viver plenamentea sexualidade e identidade de gênero, sem padecer
discriminação, receio ou algum formato de violência;
v) O direito de viver a sexualidade, sem experienciar discriminação, temor ou qualquer
maneira de violência;
vi) O direito de expressar livremente sua orientação sexual e identidade de gênero, sem
amargar discriminação, temor ou qualquer talhe de violência;
vii) O direito à prática de sexo com segurança para resguardo da gravidez e de doenças
sexualmente transmissíveis (DST).
Agora os direitos reprodutivos consistem na congregação de direitos correlacionados ao
exercício da capacidade reprodutiva do ser humano.
 
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Os direitos reprodutivos abrangem (RAMOS, 2017):
i) O direito de opção, de forma livre e informada, entre ter ou não ter filhos, sobre o intervalo
entre eles, sobre o número de filhos e em que estágio de suas vidas;
ii) O direito a receber informações e o acesso a meios, métodos e técnicas para ter ou não
ter filhos;
iii) O direito de realizar a reprodução, sem sofrer segregação, receio ou violência.
 
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Os direitos sexuais e reprodutivos possuem (RAMOS, 2017):
(i) dimensão positiva, que trata do campo de autonomia dos seus titulares;
(ii) dimensão negativa, concernente às vedações de violência e discriminação com sustent na
sexualidade, orientação sexual e identidade de gênero.
 
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A proteção desses direitos pode ser feita de feição (RAMOS, 2017):
(i) direta, por interposição de normas que regulem a temática;
(ii) indireta, por intermédio da interpretação ampliativa de direitos genericamente
afiançados, como, por exemplo, o direito à igualdade (no caso dos direitos sexuais) ou
mesmo o direito à saúde (no caso dos direitos reprodutivos).
 
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A obtenção da consagração e do atendimento aos direitos sexuais e reprodutivos encontra
óbices também no círculo internacional:
“No plano internacional, a proteção direta aos direitos sexuais e reprodutivos encontra-se
incipiente e seu avanço é alvo de resistência. A partir do reconhecimento da universalidade dos
direitos humanos e com a consolidação da internacionalização dos direitos humanos, houve
contínuo processo de especificação de direitos para atender as demandas de grupos
vulneráveis, como as mulheres, pessoas com deficiência, crianças, entre outros grupos que
possuem tratados internacionais (no âmbito global e regional) com recorte voltado às suas
necessidades. No caso dos direitos sexuais e reprodutivos, há resistência dos Estados tanto
para a edição de normas vinculantes (um tratado internacional sobre a diversidade sexual e
direitos reprodutivos, por exemplo) quanto para normas de soft law.” (RAMOS, 2017, p. 945)
O encadeamento da tônica se deu, inicialmente, na alçada da luta pelos direitos das mulheres e
no contexto das discussões sobre a evolução populacional no globo (RAMOS, 2017).
 
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Fatos e dados
O primeiro texto normativo internacional específico sobre direitos reprodutivos foi a
Proclamação de Teerã, fruto da I Conferência Internacional de Direitos Humanos (1968)
(RAMOS, 2017).
 
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A tutela concreta e clara dos direitos das mulheres granjeia também padrões que se deslocam
a partir do Direito Internacional:
“Após, a Convenção da ONU pela eliminação de toda forma de discriminação contra a mulher
(1979) determinou que os Estados Partes devem suprimir a discriminação contra a mulher em
todos os assuntos relativos ao casamento e às relações familiares e, em particular, com base na
igualdade entre homens e mulheres, assegurar os mesmos direitos de (i) decidir livre e
responsavelmente sobre o número de filhos, (ii) sobre o intervalo entre os nascimentos e (iii) a
ter acesso à informação, à educação e aos meios que lhes permitam exercer esses direitos.
Nota-se a ausência da menção expressa à sexualidade ou a direitos reprodutivos.” (RAMOS,
2017, p. 945)
Fique de olho!
O direito à livre orientação sexual e identidade de gênero é, segundo a elaboração de Ramos:
“O direito à livre orientação sexual consiste no direito ao respeito, por parte do Estado e de
terceiros, da preferência sexual e afetiva de cada um, não podendo dela ser gerada nenhuma
consequência negativa ou restrição de direitos. Nesse sentido, os ‘Princípios de Yogyakarta’
definem orientação sexual como sendo a capacidade de cada indivíduo experimentar atração
afetiva, emocional ou sexual por pessoas de gênero diferente, mesmo gênero ou mais de um
gênero”. (RAMOS, 2017, p. 948)
 
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Identidade de gênero expressa-se na experiência interna individual em vinculação ao gênero, a
qual pode corresponder ou não ao sexo atribuído quando do nascimento, e que inclui
expressões de gênero como o sentimento pessoal do corpo e o modo de vestir-se e falar
(RAMOS, 2017). Em relação à identidade de gênero, cite-se os transgêneros, que agrupam
aqueles que se identificam com gênero distinto do seu sexo atribuído no nascimento (RAMOS,
2017). No pertinente à proteção do direito à livre orientação sexual e identidade de gênero, em
que pese não ter sido ostensível na Convenção Americana de Direitos Humanos, a
jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos determina que a expressão “outra
condição social” do Art. 1.1 da Convenção (que trata do direito ao gozo de direitos sem
discriminação) abarca a orientação sexual e a identidade de gênero (RAMOS, 2017).
 
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Fatos e dados
Em 2015, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos editou o Relatório sobre a violência
contra as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersex nas Américas, no qual, entre outras
proporções de violência, constatou-se que 11 Estados americanos ainda criminalizavam
relações sexuais consensuais entre adultos do mesmo sexo em privado (oriundos do Caribe
anglo-saxão) (RAMOS, 2017).
No Brasil, podemos inferir essa proteção oriunda dos mandamentos de nossa Constituição
Federal:
“Por sua vez, apesar de também não expresso na Constituição de 1988, esse direito é extraído
da previsão do Art. 5º, § 2º (os direitos expressos não excluem outros decorrentes do regime,
dos princípios e dos tratados de direitos humanos), bem como do princípio da dignidade
humana (Art. 1º, III) e da proibição de toda forma de discriminação (objetivo fundamental da
República – Art. 3º, IV – ‘promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação’). Além disso, a orientação sexual advém da
liberdade de cada um e faz parte das decisões abarcadas pela privacidade, não podendo o
Estado abrigar preconceitos e punir com base nessa opção íntima, negando direitos que
somente outra orientação sexual pode exercer.” (RAMOS, 2017, p. 949/950)
 
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Reflita
Pontua-se que a proteção da liberdade de orientaçãosexual e identidade de gênero é
imprescindível ao reconhecimento das especificidades de pessoas e grupos de pessoas, que,
sem tal admissão, não logram usufruir dos restantes direitos a todos os demais assegurados
(RAMOS, 2017).
 
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No que se refere à luta pela igualdade de direitos sexuais, busca-se pela reconhecença da
diversidade, sendo indispensável para assegurar inclusão de todos na sociedade, pois a
invisibilidade de suas distinções acarreta discriminação e sensação de inferiorização diante dos
demais (RAMOS, 2017). Na jurisprudência, aludem-se os seguintes vereditos que concretizam a
igualdade e o reconhecimento da diversidade sexual e de gênero: (i) adoção e (ii) alteração de
registro civil de pessoa que realizou a cirurgia de transgenitalização (RAMOS, 2017).
Para mais, convém mencionar outro tema importante ao tratamento social não igualitário no
que respeita à identidade de gênero, que impede que uma pessoa seja tratada socialmente
como se pertencesse a sexo diverso do qual se identifica e se apresenta publicamente, pois isso
traduziria: (i) discriminação em relação aos cisgêneros (que não sofrem esse tipo de
tratamento) e (ii) ofensa à integridade psíquica da pessoa) (RAMOS, 2017).
As políticas de inclusão, de gênero e de acessibilidade 
A construção memoriosa do conceito relacional de gênero, direitos humanos e relações de
poder compõe tópicos que afetam diretamente a sociedade contemporânea, inter-
relacionando-se e, por vezes, acabando por reproduzir ações conservadoras, estereotipadas,
sexistas e intencionais, o que naturaliza determinados comportamentos, transformando-se
num canal que propicia a disseminação da intolerância (ZANATTA; FARIA, 2018).
 
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Reflita
Factualmente, homens e mulheres ocuparam espaços diferenciados na sociedade, o que
acarretou em vivências distintas, que se transformaram em direitos garantidos e, em
decorrência disso, o homem teve uma maior inserção nos espaços públicos de tomada de
decisões, dessa forma os debates políticos e filosóficos sobre os direitos humanos deram-se
levando em conta uma perspectiva masculina e permeados por relações de poder (ZANATTA;
FARIA, 2018).
 
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Ressalta-se que embora ainda exista a desigualdade de gênero na corpo social, os últimos
séculos foram marcados por grandes avanços e conquistas originadas da labuta de mulheres
que resolveram enfrentar a realidade da sua época, abandonando os estereótipos estribados
na cultura patriarcal e para investir no seu espaço na esfera pública (ZANATTA; FARIA, 2018). A
desigualdade de gênero é uma factualidade que fere façanhas históricas e que assim colide
frontalmente com patamares desde muito tempo fixados para os Direitos Humanos:
“Mesmo assim, a desigualdade de gênero não deixa de ser uma afronta à igualização proposta
pelos Direitos Humanos desde a sua fundação no século XVIII. E esta desigualdade, o poder e o
domínio de uns sobre outras tem também a sua história.” (ZANATTA; FARIA, 2018, p. 3)
Cabe aludir que a inclusão da temática de gênero nos Direitos Humanos deu-se a começar das
reivindicações dos movimentos feministas a partir da década de 1960, referindo-se que sem as
mulheres os direitos não são humanos (ZANATTA; FARIA, 2018).
 
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Fatos e dados
No Brasil, esse novo movimento feminista emergiu a partir dos anos 1970, propiciando avanços
como no caso das mulheres de classe média, de nível universitário, e mulheres pobres sem
educação que organizaram mobilizações para que suas reivindicações políticas feministas
fossem incluídas em pauta no grupamento político brasileiro (ZANATTA; FARIA, 2018).
 
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Trata-se, nesse instante, de superar a desigualdade por meio de uma igualdade real e não
meramente formal:
“Assim, tardiamente, os direitos humanos particularizados às mulheres estão sendo
reconhecidos, embora a garantia desses direitos necessite de maior atenção, especialmente
aqueles sobre o próprio corpo, ligados à reprodução, sexualidade e violência. A desigualdade
entre homens e mulheres é uma marca cultural que aparece em todo o ocidente. As
constituições estabelecem a igualdade como princípio fundamental, vetando todas as
distinções. Mas sabe-se que a igualdade constitucional não acaba com a discriminação entre
homens e mulheres que tem acompanhado a história da civilização. A desigualdade entre os
sexos é historicamente construída e sua face mais cruel é a violência praticada contra a mulher.
A violência contra a mulher é o atestado do desrespeito aos Direitos Humanos invocados por
todas as declarações." (ZANATTA; FARIA, 2018, p. 4)
 
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Reflita
A deficiência física deve ser encarada mais do ponto de vista social e menos biológico, de forma
que se delineie um novo paradigma, no qual as diferenças sejam compreendidas com
naturalidade, possibilitando a harmonia entre os diferentes.
Nesse passo, a integração do portador de deficiência antecede à inclusão e pressupõe três
níveis básicos: social - de acesso aos bens, à educação, saúde, trabalho e lazer, seja qual for a
deficiência, e a problemática da integração está no fato de, tradicionalmente, os deficientes não
serem entendidos e assumidos como sujeitos “culturalmente” completos (FEIJÓ, 2002).
 
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A deficiência é considerada uma concepção social (e não médica) em evolução, resultante da
interação entre pessoas com deficiência e as barreiras geradas por atitudes e pelo ambiente
que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em correspondência
de oportunidades com as pessoas (RAMOS, 2017).
Pontua-se que é concebível compreender que a acessibilidade deve ser vista especificamente
como algo que as pessoas que possuem alguma deficiência devem demandar dos lugares que
pretendem frequentar e não conseguem fazê-lo pela sua inexistência ou precariedade. Assim, a
expressão utilizada pela Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com Deficiência é
“pessoas com deficiência”. Essa Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional seguindo-se o
rito especial do Art. 5º, § 3º 348, e possui, consequentemente, estatuto normativo equivalente à
emenda constitucional. Portanto, houve atualização constitucional da denominação para
“pessoa com deficiência”, que, a partir de 2009, passou a ser o vocábulo utilizado (RAMOS,
2017).
Além de disposições em Tratados, cite-se outros dispositivos que tratam de pessoas com
deficiência na Constituição Federal do Brasil: é de competência comum da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios “cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência” (Art. 23, inciso II); o Art. 7º, inciso XXXI proíbe “qualquer
discriminação no respeitante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de
deficiência”; O Art. 203, V, estabelece a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
 
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Saiba mais
No que tange a criança e o adolescente com deficiência, o Art. 227, inciso II, estipula a “criação
de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência
física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de
deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso
aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos”.
 
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Em nosso país, e partir do que vem saudavelmente do círculo internacional, as transformações
podem se dar também mediante políticas públicas e essas a partir de diplomas regulatórios,
como no Estatuto da Pessoa com Deficiência, por exemplo:
“Em 2015, foi editada a Lei n. 13.146, de 6 de julho, que institui o Estatuto da Pessoa com
Deficiência – também denominada ‘Lei Brasileira da Inclusão’ (LBI) –, buscando estar em linha
com o modelo de direitos humanos introduzido pela Convenção da ONU sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência. No tocante aos direitos da personalidade, o Estatuto alterou
profundamente o regime jurídico da capacidade, tendo revogado as disposições do Código Civil
de 2002 que tratavam a pessoa com deficiência como absolutamente incapaz. Cumpriu-se,
assim, o disposto no Art. 12 da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência que estabelece especialmente: ‘(...) 2. Os Estados Partes reconhecerão que as
pessoas com deficiência gozam de capacidade legal em igualdade de condições com as demais
pessoas em todos os aspectos da vida. 3. Os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para
prover o acesso de pessoas com deficiência ao apoio que necessitarem no exercício de sua
capacidade legal. 4. Os Estados Partes assegurarão que todas as medidas relativas ao exercício
da capacidade legal incluam salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir abusos, em
conformidade com o direito internacional dos direitos humanos.’” (RAMOS, 2017, p. 863)
 
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Fique de olho!
A pessoa com deficiência será, como regra, capaz e, unicamente se não puder exprimir sua
vontade, relativamente incapaz, realizando atos jurídicos em conjunto com assistente (RAMOS,
2017).
Assim, passa-se a valorizar a autodeterminação da pessoa com deficiência, resumida na
máxima “nada sobre nós, sem nós”, que também inspira a Convenção da ONU sobre Direitos
das Pessoas com Deficiência e, eventual impossibilidade de exprimir a vontade é resolvida pela
instituição da curatela, que, em regra, será parcial (total somente se as circunstâncias da pessoa
exigirem), e temporária, só para tópicos pontuais e patrimoniais (RAMOS, 2017).
 
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Referências
FEIJÓ, Alexsandro Rahbani Aragão. Direitos humanos e proteção jurídica da pessoa 
portadora de deficiência: normas constitucionais de acesso e efetivação da cidade à luz da 
Constituição Federal de 1988. Brasília: Ministério da Justiça/Secretaria de Estado dos Direitos 
Humanos, 2002.
MEIRELLES, Arlindo Olinto. Dilemas de um Estado (Democrático) Multicultural: o Direito como 
reconhecimento cultural nas sociedades democráticas contemporâneas. Revista Jurídica da 
Faculdade UNA de Contagem, v. 1, p. 13-32, 2014.
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. São Paulo: 
Saraiva, 2018.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2017.
ZANATTA, Michelle Ângela; FARIA, Josiane Petry. Direitos humanos e relações de gênero e 
poder. In: Anais eletrônicos do VII Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade, do III 
Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade e do III Luso-Brasileiro Educação 
em Sexualidade, Gênero, Saúde e Sustentabilidade. Rio Grande: FURG, 2018. v. 1. p. 01-09. 
Créditos
Coordenação e Revisão Pedagógica: Claudiane Ramos Furtado
Design Instrucional: Marina Gabriela Leite Dreher
Diagramação: Marcelo Ferreira
Ilustrações: Marcelo Germano e Rogério Lopes
Revisão ortográfica: Ane Arduim
Produzido por Núcleo de Audiovisual e Tecnologias Educacionais (NATE) - ULBRA EAD
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