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A psicogênese da pessoa completa A sociedade é para o homem uma “necessidade orgânica” que determina o seu desenvolvimento e sua inteligência A motricidade é a primeira forma de expressão emocional do comportamento A afetividade ocupa um lugar especial na teoria walloniana Afetividade + motricidade + cognição Toda alteração emocional corresponde a uma flutuação tônica, e modulação afetiva e muscular se acompanham Wallon utiliza o papel do tônus como critério classificatório: identifica as emoções sendo de natureza hipotônica, redutora de tônus, tais como susto e depressão Outras emoções são hipertônicas, geradoras de tônus, tais como cólera e ansiedade Para Wallon, a criança nasce social e vai se individualizando O ser humano é essencialmente emocional, e são elas que norteiam a nossa vida A emoção é o primeiro elo de comunicação do indivíduo com o mundo externo e dela deriva a afetividade Pela motricidade, a criança exprime as necessidades de bem-estar e mal-estar, que contém em si uma dimensão afetiva e não interativa, que se traduz em uma comunicação somática não-verbal muito complexa, muito antes do surgimento da linguagem verbal Fase em que o bebê tem uma absoluta dependência social, pois depende da intencionalidade vigilante do adulto que o rodeia A concepção walloniana designa que esta fase em que o bebê não consegue diferenciar suas necessidades de sobrevivência. Ele pode comunicar os adultos sobre seus impulsos de desconforto, irritabilidade, mas ele em si não é capaz de produzir ações adequadas que as satisfaçam (diálogo tônico vinculativo) A origem da motricidade humana está relacionada com a origem social, em analogia com o que se passa com a linguagem. Com a conquista progressiva de uma maturidade tônica e neurológica provocada pelas interações dinâmicas dos adultos, o bebê irá evoluir sensivelmente entre os 3 e 6 meses da posição de deitado para a posição de sentado. Entre os 6 e 9 meses, evoluirá padrões motores vertebrados como a quadrupedia, o rolar, o equilíbrio sustentado etc. Até chegar à postura bípede, aos 15 meses. Para Wallon, o movimento não é um puro deslocamento no espaço, o movimento tem um significado de relação e de interação afetiva com o mundo exterior Formação do eu É uma construção que depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a “crise de oposição”, na qual a negação do outro funciona como espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece em torno dos 3 anos quando é a hora de saber que “eu” sou. E tem comportamentos de manipulação (agredir ou se jogar no chão para um objetivo), sedução (fazer chantagem emocional com os pais e professores) Estágio impulsivo (recém-nascido 0 – 1 ano) Os movimentos nessa fase são simples descargas musculares, se apresentam em forma de espasmos descoordenados sem intenção, como por exemplo as pedaladas e braçadas dos primeiros meses. A carga afetiva altera entre o bem-estar e o mal-estar. A atividade do bebê está monopolizada nas necessidades vegetativas primárias, que são respiração, alimentação, eliminação, sono, afeto e segurança Estágio sensório motor ou projetivo (1 a 3 anos) O interesse da criança passa a ser exploração sensório motora do mundo físico, ela descobre o mundo pelo objeto O ato mental se desenvolve a partir do ato motor Estágio personalismo (3 a 6 anos) Wallon descreve como o estágio do espelho, a criança constrói uma imagem externa e corporal de si A personalidade começa a se formar, sofrendo várias transformações A educação deve ser alimentada com simpatia e desmame. É o momento que a criança começa a se preparar para uma nova fase escolar Estágio categorial (6 aos 11 anos) Pré-categorial: pensamento sincrético – realidade e fantasia se misturam para a criança (6 aos 9 anos) Categorial: a criança classifica e ordena todas as coisas que vivencia, diferenciação e integração constituem processos básicos desenvolvidos Para Wallon explicar é determinar condições de existência: espaciais, temporais, modais, dinâmicas Estágios puberdade e adolescência Busca uma identidade autônoma, explorando a si mesmo com questionamentos e confrontos. É altamente influenciado pelas mudanças do corpo e hormonais. Se nega a fase que teve da infância, sente- se perdido em relação a si mesmo, questiona valores paternos e busca fugir do domínio do mesmo Há nessa etapa uma necessidade de conquista, de renovação, de aventuras