Buscar

Margarete Aparecida Cavalheiro Silva 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO
MARGARETE APARECIDA CAVALHEIRO SILVA
EMBU DAS ARTES 2021
 Declaro que sou autor (a)[footnoteRef:1] deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. [1: Autora: Margarete Aparecida Cavalheiro Silva, formada em pedagogia.] 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais. 
RESUMO
Não há nada que se falar quanto ao que alguns veem como defeito no outro, pois, nesta pesquisa a deficência é mera coadjuvante, uma vez que quando dela se fala, pensa-se em leis, questões meramente burocráticas, contudo, ao se falar do que a criança porta, trata-se de dficuldades meramente sociais. A escola não é palco de deboche, mas local estrito de aprendizagem e condução do indivíduo à inserção na sociedade como pessoa de bem e que contribui para o desenvolvimente del na sociedade. A Educação Especial deve ser vista como um conjunto a mais no processo para atender as necessidades individuais, e, não, em hipótese alguma, tratar de deficiente, ou seja, não será visto aqui uma refer~encia ao defeito que supostamente a lei quer ver e demais pessoas sem consciência de que tratamos seres humanos e não máquinas que apresentam defeitos. A palavra defeito trata de equipamentos, máquinas, já dificuldade é um vocábulo que nos remete aos nossos ansieos, angústias, falta de habilidades, capacidades comprometidas por alguma questão emocial ou física, mas jamais à defeitos. O ser humano é perfeito em sua ess~encia, e, o que nos vale é justamente isso, não nossos “fereitos” como querem os ignorantes.
Palavras – chaves: Educação Especial. Dificuldades. Possibilidades Transformadoras.
INTRODUÇÃO
Educação Especial e Inclusiva com ênfase nas deficiências quer abordar as tidas deficiências de maneira a esclarecer que usaremos o termo dificência apnas para tratar das questões legais, mas quando referidas à criança, nossa ideia é a de dificuldade. 
Para esta pesquisa a deficiência é questão legal e não prioritária. Aqui, abordamos conceitos quanto ao que cada um tem como dificuldae e damos alguns parâmetros dos recursos com os quais podemos lidar no dia a dia escolar, em se tratando de Educação Especial, que aliás, toda educação deve ser tida como especial, independete das dificuldades das crainças aqui abordadas. 
1 DESENVOLVIMENTO
INCLUSÃO E DESEMPENHO SÓCIO EMOCIONAL
São muitas as razões que levam a criança às dificuldades no processe ensino aprendizagem, pois é preciso buscar muitos recursos para atuar numa educação que se apresenta com alunos carregados de dificuldades, e, aqui, para esta pesquisa, o que orienta são os recursos dos jogos na facilitação do árduo trabalho do educador na alfabetização de uma criança seja ela tida como normal ou as que portam dificuldades.
A criança pode ser alfabetizada com os mais diversos métodos educacionais propostos, desde que todos respeitem a criança no processo de alfabetização e que os aspectos de sua psicologia e desenvolvimento naturais sejam compreendidos e, isso não é uma ajuda, é, pois, uma atenção, uma vez que “Independentemente da ajuda que pudermos dar à criança, ela se desenvolverá dentro de um contexto de amadurecimento espontâneo...” (SOUZA; MARTINS, 2005, p. 17).
A alfabetização vem sequencialmente depois de o desenvolvimento motor ter sido aplicado no Ensino da Educação Infantil, onde a criança lida com a lateralidade e a percepção mais detalhada da sinestesia humana e “Para afirmar a relação que existe entre o desenvolvimento e o amadurecimento, é interessante analisar alguns aspectos do desenvolvimento motor da criança...” (SOUZA; MARTINS, 2005, p. 17), uma vez que desenvolver e amadurecer são conceitos fundamentais para alfabetizar o indivíduo e com isso “entender as formas gradativas pelas quais ela vai utilizando a potencialidade corporal, realizando tarefas que necessitam de ação coordenada e continuada do corpo.” (Idem).
Quando o educador deve conceber que o aluno está em um processo de alfabetização pode ser um questionamento que poucos, ou quase nenhum educador se faz ao início de um ano letivo, mas isso é fundamental para compreender o processo de alfabetização e para tanto deve o educador compreender a criança muito antes de ela chegar à escola, pois “A criança quando nasce manifesta, de alguma forma, suas necessidades, a partir de movimentos corporais e produção de sons. ” (SILVA, 2004, p. 30).
A esse fato compreender que a formação da ideia que deve propor ao educando ou aprendente é a de que tudo o que a criança traz na sua bagagem, antes de ingressar na escola, é importante para sua formação e que a alfabetização não está apenas no reconhecimento de letras e de leitura, mas na leitura de tudo que o cercou até então e do que virá daí em diante. 
Isso tudo compreende que a conclusão não é um conceito genérico de aproveitamento, ou de inserir apenas a criança no contexto escolar, mas, essa criança é alguém de tamanha importância que ao ser inserida, desenvolve com igual potencial e total liberdade para agir como outra qualquer. Esses fatores correspondem a preocupação sócio emocional que a Educação, família, Estado e a sociedade precisam para que tenhamos uma Educação qualificada no país.
Dessa feita, inserir a criança com deficiência no contexto escolar é primeiro compreender que inclusão não é exclusão, isto é, é preciso tato para lidar com essa inserção, uma vez que a criança deve ser apresentada à sociedade como indivíduo, independente de sua condição social, física, mental e de origem, assim, ela estará em um grupo que não a nominará como inclusa, mas apenas como mais uma criança do grupo com direitos, deveres e liberdade iguais ao todo.	 
A criança que é recebida sem o estigma de deficiência, no contexto inclusão, se vê como sujeito agente na condução dos seus próprios limites. Todos, independente de deficiências temos limites, sejam intelectuais, físico motores, emocionais, entre outros tantos possíveis, assim, tratar, no campo da Educação Especial uma criança de maneira diferenrete por ter deficiência, implica em uma educação comprometedora, do ponto de vista legal, isto é, o deficiente tem assegurado por lei o direito a tudo, contudo, se visto como dependente, incapaz toran-o um sujeito perseguido pela ignorância alheia.
Para Branden (1996), o autoconceito é quem e o que pensamos que somos, seja consciente ou inconscientemente, são as nossas características físicas e psicológicas, nossos pontos positivos e negativos e além de tudo, nossa autoestima. Dessa informação, compreender o que estamos tratando aqui nesta pesquisa, isto é, falamos em Educação Especial pela inclusão de maneira a se compreender o universo do deficiente, aliás, palavra pejorativa para esta pesquisa, só a usamos por se tratar de termo consagrado pela lei e pela popularidade entre os que portam algum tipo de dificuldade física. 
Nesse sentido, o autoconceito é fundamental para a criança que, ao conhecer o conceito que tem de si mesma, compreenderá a necessidade de sua mudança. Quanto mais compreender os conceitos que os outros têm dela, mais facilmente estabelecerá relações de convívio. 
Aí é que está a importância de não pensar na criança como um sujeito incluso, mas partícipe, pois, a palavra inclusão tem sonoridade pejorativa, excludente, e, a palavra partícipe inclui sem detrimento da condição social, física, ou intelectual da pessoa humana.
Bettllein (1989, apud LIMA, 2001), sustenta que as habilidades emocionais começam em casa, com uma boa interação entrepais e filhos. As oportunidades para o aprendizado das habilidades não são sempre iguais. As crianças recebem informações sobre si mesmas dos adultos significativos em sua vida, como os pais, irmãos, professores e colegas. 
Se essas informações forem positivas, desenvolvem uma avaliação positiva de si mesma. Ao contrário, se a imagem for negativa, passam a acreditar realmente que têm pouco valor. 
Camacho (1988, apud LIMA, 2001) comenta que se as pessoas ao redor das crianças destacarem suas qualidades e, se a criança realmente sentir que esses elogios são verdadeiros, ela agirá de forma coerente aos elogios para não perder as posições alcançadas: o carinho, o amor e a atenção das pessoas. Essa criança se sentirá mais valorizada e se gostará mais. 
Se, ao contrário, as pessoas destacarem sempre seus defeitos ou as coisas que faz de errado, sem ligar para seus acertos, a criança formará uma autoimagem negativa a seu próprio respeito, o que gerará um comportamento compatível com essa posição, ou seja, se acreditar não ser inteligente agirá como se não fosse. 
Esse olhar do outro sobre a criança pode diminuir ou aumentar sua autoestima. Muitos adultos têm uma visão distorcida e, até mesmo, cruel da realidade, acreditam em falsas crenças, ou, ainda, estão deprimidos ou preocupados e passam para a criança uma realidade que não é a de sua existência, mas que ela assume devido ao condicionamento imposto pelo meio em que vive.
Todas a citações elencadas acima neste item demonstram que a valorização da auto estima torna o indivíduo uma pessoa com equilíbrio aprimorado por essas atividades todas e assim ter um aprendizado desenvolvido a partir de então.
A família no processo de desenvolvimento, integração social, cognitivo e emocional é formadora da primeira identidade social da criança, base da sociedade e da vida emocional do indivíduo, é uma agência de transmissão de valores, padrões e normas culturais. 
Assim, estrategicamente, a ideologia atua na família a partir da própria representação que dela se tem: natural, biológica, universal e imutável (OLIVEIRA, 2002). As relações sustentadas por fortes laços emocionais acabam dando origem e uma organização própria, uma visão de mundo, um código de condutas e de papéis sociais que serão assumidos posteriormente pelos seus membros em outras situações e outros lugares. Segundo Reis (1984, p. 102 apud BORUCHOVITCH e BZUNECK, 2004, p. 29), é na família que os indivíduos são educados para que venham continuar biológica e socialmente a estrutura familiar. 
Ao realizar o projeto de reprodução social, a família participa do mesmo projeto global, referente à sociedade na qual está inserida. É por isso que ela também ensina a seus membros como se comportar fora das relações familiares em toda e qualquer situação. É formadora de cidadãos. 
Monteiro (2004) diz que a família é considerada como possibilidade de leitura do subtexto, do dito que não é verbalizado, mas sentido, percebido e simbolizado. É a grande fonte de afetos, da energia que permeia a possibilidade de conhecer ou desconhecer. 
A percepção da realidade do indivíduo quando criança se constrói na interação com os membros de sua família e nessa interação vão se estabelecendo modelos, significados que vão fortalecendo a individualização desse sujeito. 
De acordo com Andrade (1988, apud MONTEIRO, 2004): a família é o primeiro núcleo social que abriga o homem. É ela quem vai dar condições à criança de constituir seus modelos, de apreender e aprender. A família coloca-se como filtro que capta o colorido social modificando-o, integrando-o ao seu próprio espectro e nesse movimento vai contribuindo para a individualização da criança que abriga no seu ventre. 
Monteiro (2004), considera que nem sempre a escola pode contar coma contribuição da família porque muitas vezes esta também está esperando que alguém contribua para a melhoria de sua vida. É concebido que a família deveria propiciar à criança condições para o seu desenvolvimento físico, emocional e cognitivo, mas, infelizmente, é no seio dessa própria família que, muitas vezes, essas condições são destruídas. 
Andrade (1988, apud MONTEIRO, 2004) defende que, em condições normais e saudáveis, a família deveria ser aquela que vai prover essa criança das questões materiais e emocionais, tanto dos aspectos objetivos quanto dos subjetivos. Dessa forma permitirá, através das trocas afetivas, o desenvolvimento físico, o desenvolvimento emocional e o desenvolvimento cognitivo. 
Será o vínculo estabelecido com a figura materna inicialmente, e a paterna num grande e imediato momento que possibilitará a relação desta criança com o mundo e com as coisas, os objetos desse mundo através do conhecimento. As atitudes e os comentários dos pais acerca dos sucessos e dos insucessos da criança são decisivos para a sua autoestima e seu autoconceito. 
Portanto, as atitudes educativas dos pais exercem um grande poder, cabendo-lhes a maior parte no processo de educar, desenvolvendo na criança uma autoestima elevada, pois ela precisa sentir-se amada. E, para isso, é necessário que ela tenha experiências da vida que comprovem que tem valor. 
As crianças valorizam a si mesmas na medida em que foram valorizadas. O acompanhamento da família na dinâmica escolar é de fundamental importância para desenvolver na criança a credibilidade no seu potencial, a partir do momento em que pais acompanham e reconhecem nela grandes possibilidades de crescimento cognitivo e emocional. 
Sabendo que a autoestima vem da interiorização do quadro que os pais e professores fazem dela. É fundamental que na escola os alunos sejam aceitos e valorizados como capazes de desenvolver competências e habilidades necessárias para lidar com seus estudos. Se os julgamos suficientemente importantes para reservarmos tempo em ouvi-los, contribuiremos para que desenvolvam padrões consistentes e realistas, sintam-se encorajados a não se intimidar com o fracasso e aprendam a agir de forma independente e responsável. (ANTUNES, 2003, p. 23, 24). 
Aceitar e valorizar os alunos não significa, apenas, criticá-los ou desafiá-los a maiores esforços e, muito menos, que não corrigir seus erros. A intervenção dos professores e dos pais, no sentido de demonstrar os conceitos éticos e valores é imprescindível para separar o ato que desagrada da pessoa que o cometeu; é necessário atribuir tarefas adequadas para desenvolver a competência da criança e enfatizar os seus sucessos autênticos em vez de salientar seus fracassos. 
Sendo assim, é necessário desenvolver mecanismos de encorajamento, ajudando todo aluno a tirar proveito de seus erros. Todas as pessoas erram, mas é preciso que saibam aprender com seus erros ao invés de ficarem enfatizando seu fracasso. Quando uma pessoa tem autoestima elevada sabe enfrentar os problemas do cotidiano, e até mesmo, os problemas mais difíceis, com serenidade. 
	A inteligência, segundo muitas teorias populares, é dom de Deus; se desenvolve, ninguém nasce com ela; é para quem pode, e, tantas outras mais, mas, a inteligência é parte de nosso Sistema Nervoso Central.
A visão do profissional da Educação quanto aos distúrbios, dificuldades de aprendizagem ou qualquer outra deficiência do aluno não deixam de lado a questão neuropsicomotora e é importante dizer que para a palavra deficiência jamais será empregada no sentido físico de um indivíduo, pois, esse termo deveria ser substituído para dificuldade, contudo, quando empregada à palavra deficiência é no sentido de falta de material de pesquisa, falta de entendimento da própria ciência em relação ao que se deve fazer sobre um determinado assunto-, deve-se destacar que são, por vezes, provocadas pela própria idade, imaturidade, entre outros conceitos e aspectos.
O desenvolvimento neuropsicomotor necessita de uma apresentação mais ampla para que possa ser entendido, como também qual o papel do psicopedagogo nesse processo, uma vez que se pretende falar da dislexia e do TDAH como um todo no decorrer de toda a pesquisa, de maneira a separar claramente o conceito dedeficiente para o de dificuldade, assim, as questões físicas sofrem as mesmas deferências aqui que as intelectuais e etc. 
	Uma visão que pode ser empregada neste trabalho é a do psicopedagogo e que pode ser nomeado como arte-terapeuta, entre outros, ao desenvolver o trabalho de quem estimula a inteligência emocional. Para conhecer um pouco desse universo (PAÍN, p. 9,1996) fala do arte-terapeuta e apresenta um pouco de sua função:
Ainda que a noção de ‘arte-terapia’ geralmente inclua qualquer tratamento psicoterapêutico que utiliza como mediação a expressão artística (dança, teatro, música, etc.), limitamo-nos, aqui, ao que diz respeito à representação plástica: pintura, desenho, gravura, modelagem, máscaras, marionetes. Estas atividades têm em comum a objetivação da representação visual do domínio figurativo a partir da transformação da matéria. Visto ser essa uma área recente, que data do pós-guerra, é preciso tomar a palavra ‘arte’ no sentido que ela adquiriu na segunda metade do século, onde não é mais o ofício da recriação da Beleza ideal, como também está a serviço da religião ou da exaltação da natureza.
	As informações contidas acima são importantes para serem pensadas como aquelas que estimulam a inteligência, e, mais amiúde a emocional. 
É com essa visão de arte-terapeuta que interage com as artes como um todo que a proposta aqui apresentada fala do transformar o indivíduo por meio do estímulo da inteligência, pois, as plásticas propostas pela autora supracitada são os elementos com os quais o psicopedagogo, pessoa fundamental na formação e estímulo da inteligência que deverá atuar para tratar e acompanhar as crianças que apresentam problemas na escola onde ele atua, no caso, crianças com dislexia e TDAH, quando pensadas para o tema do trabalho ora descrito, contudo, não só para crianças com essas deficiências, mas para todas as crianças que necessitam desse estímulo.
Segundo a mesma autora, “Desde o final do século XIX, psiquiatras estão interessados nas produções plásticas dos alienados; eles facilitaram suas produções, colecionaram-nas e estudaram-nas. ” (PAÍN, p. 9,1996), ou seja, se o psicopedagogo tiver essa visão de alienação não seria o caminho apropriado para tratar de seus alunos. Contudo, ela ainda afirma que “Paralelamente, pedagogos inovadores encorajaram a expressão criadora na criança, praticando os métodos de pedagogia ativa” (idem, p. 09). Essa visão paralela do educador é importante a partir do momento que ele não confunda o papel pedagógico na recuperação da criança com a visão clínica do psiquiatra e tampouco da atuação do psicopedagogo, pois, ele terá de agir com foco em atividades que concentrem a criatividade do aluno, aproveitando, portanto, as questões da arte-terapia para atuar com seus alunos que apresentem problemas e dificuldades. Ou seja, “O trabalho de arte-terapia se orienta de acordo com várias tendências” (ibidem, p. 13), assim, esse processo todo aqui discutido nos remete à ideia do acolhimento necessário ao aluno com alguma dificuldade.
2 CONCLUSÃO
A Educação Especial é um dos recursos de que a lei trata nos últimos períodos do século passado e neste que ora vivemos. Contudo, como visto no decorrer do discorrido acima, tratamos de apontar que a lei fala em deficiência, e, aqui a questão é a dificuldade que envolve qualquer pessoas. Isto quer dizer que na Educação Especial há muita dificuldade seja da criança que chega trazendo suas dificuldades motoras, intelectuais ou emocionais, bem como a do docente que enfrenta a falta de capacitação, de treinamento, falta de meios entre outras questões legais, assim, a escola deve olhar para o indivíduo e dele cuidar, e, não tratar, pois, para a aprendizagem ele não é um doente, assim, cuidamos do processo, da condução do aprender, do desenvolvimento do indivíduo. 
Dessa feita, humanizamos a educação e eliminamos os termos pejorativos e que exluem. Não há inclusão, isso serve para quantidades em listas de compras por exemplo, e, não serve para se referir ao indivíduo, pois, o indivíduo faz parte da sociedade, está nela naturalmente, assim, não como incluir o que já pertence ao grupo, daí, então, teríamos a exclusão. Aqui, fica clara a ideia de que a Educação Especial só o é, porque percebe as diferentes dificuldades de cada um e trabalha nisso para sustentar, apoiar e conduzir ao sucesso individual, permitindo haver um grupo e não um grupo com inclusões que excluem por denominar um ou outro com termos como esse.
3 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. S. (1993). Rentabilizar o ensino-aprendizagem escolar para o sucesso e o treino cognitivo dos alunos. Em L. S. Almeida (Ed.). Capacitar a escola para o sucesso. Vila Nova de Gaia: Edipsico. 
ANTUNES, C. Auto-estima na educação. Entrevista. Editora Ciranda Cultural / Atta Mídia e Educação. Série Encontros, VHS, 2003.
AMORIM, K. S. (2012). Processos de significação no primeiro ano de vida. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 28(1), 45-53. doi: 10.1590/S0102-37722012000100006.
AUSUBEL, D. P. (1962). A subsumption theory of meaninful verbal learning and retention. Journal of General Psychology, 66, 213-224.
BARROS, Jussara. Inclusão social. Brasilescola. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/educacao/inclusao-social.htm> Acessado em: 30 nov. 2019.
BICHARA, I. D., Lordelo, E. R., Carvalho, A. M. A., & Otta, E. (2009). Brincar ou brincar: eis a questão, perspectiva da psicologia evolucionista sobre a brincadeira. In M. E. Yamamoto & E. Otta (Orgs.), Psicologia evolucionista (pp. 104-113). Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan.
BRANDEN, N. Auto-estima e os seus seis pilares. Tradução Vera Caputo. São Paulo: Saraiva 1996.
BRITES, Luciana. O que são habilidades na educação infantil?. Neurosaber. Disponível em: < https://neurosaber.com.br/o-que-sao-habilidades-na-educacao-infantil/> Acessado em: 02 dez. 2019.
BORUCHOVITCH, E.; BZUNECK, J. A. (Orgs). Aprendizagem: processos psicológicos e o contexto social na escola. Rio de Janeiro: Petropólis, 2004.
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
CARVALHO, A. M. A., Pedrosa, M. I., & Rossetti-Ferreira, M. C. (2012). Aprendendo com a criança de zero a seis anos. São Paulo: Cortez.
CARVALHO, Wendell. A importância do equilíbrio emocional e como alcança-lo. Disponível em: <https://wendellcarvalho.com.br/equilibrio-emocional/> Acessado em: 29 nov. 2019.
CORSARO, W. A. (2011). Reprodução interpretativa e cultura de pares. In F. Muller, & W. A. Corsaro. Sociologia da Infância (L. G. R. Reis, Trad., 2. ed.). Porto Alegre: Artmed. Originalmente publicado em 1997.
CORREIO BRAZILIENSE. Motivação e participação. Disponível em: < https://www.correiobraziliense.com.br/escolhaaescola/2017/motivacao-e-participacao/> Acessado em: 02 dez. 2019.
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003ª.
EPSTEIN, I. O signo. 7. ed. São Paulo: Ática, 2004. (Série Princípios, n. 15)
FERRARI, M. Pensar a escola, uma aventura de 2500 anos. Revista nova escola. São Paulo, v. 1 e 2 (compilação), n. 19, p. 11, jul. 2008.
GEARHEART, B. R. La enseñanza em niños com trastornos de aprendizaje. Buenos Aires, Argentina: Panamericana, 1978.
GOLEMAN. D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 
GRAY, P. (2011). The Decline of Play and the Rise of Psychopathology in Childhood or Adolescence. American Journal of Play, 3, 443- 463.
GRAY, P. (2013). Free to learn: why unleashing the instinct to play will make our children happier, more self-reliant, and better students for life. New York: Basic Books.
GOTTFREDSON, L.S. (1997). Mainstream Science on intelligence. An editorial with 52 signatories, history and bibliography. Intelligence, 24 (1), 13-26, p. 13.
INFOESCOLA. Autoestima. Disponível em:< https://www.infoescola.com/psicologia/auto-estima/> Acessado em 30 nov. 2019.
LIMA, L. G. As repercussões do fracasso escolar na auto-estima do aluno. Monografia (Especialização em Psicopedagogia). Pontifícia Universidade Católicade São Paulo. São Paulo, 2001.
LIMA, S. M. (1989). A cidade e a criança. São Paulo: Nobel.
LUCENA, J. M. F., & Pedrosa, M. I. (2014). Estabilidade e transformação na construção de rotinas compartilhadas no grupo de brinquedo. Psicologia: Reflexão e Crítica, 27(3), 556- 563. doi: 10.1590/1678-7153.201427317.
MEIRELLES, R. (2014). Cozinhando no Quintal (Vol. 1). São Paulo: Terceiro Nome.
MERY, J. Pedagogia curativa escolar e Psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MONTEIRO, M. J. A aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
MOYSES, Lúcia. A autoestima se constrói passo a passo. 6ª ed. Campinas. Papirus, 2001.
OLIVEIRA, M. K de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1999. (Pensamento e ação no magistério)
OLIVEIRA, João Batista Araujo e. O que é inteligência?. Instituto AlfaEBeto. Disponível em: <https://www.alfaebeto.org.br/blog/serie-qi-o-que-e-inteligencia/> Acessado em 01 dez. 2019.
PAIN, S. Teoria e técnica da arte-terapia: a compreensão do sujeito. Sara Pain e Gladys Jarreau; trad. Rosana Severino Di Leone. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
PONTES, F. A. R., & Magalhães, C. M. C. (2003). A transmissão da cultura da brincadeira: algumas possibilidades de investigação. Psicologia Reflexão e Crítica, Porto Alegre, 16(1), 117-124.
SANTOS, Jair de Oliveira. Educação Emocional na Escola: a emoção na sala de aula. 2ª Ed. Salvador, 2000.
SARMENTO, M. J. (2003). Imaginário e culturas da infância. Cadernos de Educação, 12(21), 51-69.
SILVA, A. P. B. V. da. Psicogênese da Linguagem oral e escrita. Curitiba: IESDE, 2004.
SIQUEIRA, D. O. de. A utilização dos jogos na criança com tdah. Universidade Cândido Mendes. (Monografia) Rio de Janeiro, 2004.
SOUZA, M. H.de; MARTINS, M. A. M. Psicologia do desenvolvimento. Curitiba: IESDE, 2005.
TORRE, M. B. L. D. O homem e a sociedade: uma introdução à sociologia. 3. ed. São Paulo, Editora Nacional, 1974.
WAJNSZTEJN, A. B. C.; WAJNSZTEJN, R. Dificuldades escolares: um desafio superável. 2 ed. São Paulo: Ártemis Editorial, 2009.
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA COM ÊNFASE NAS 
DEFICIÊNCIAS. 
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA COM ÊNFASE NAS 
DEFICIÊNCIAS.

Continue navegando