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Teoria do processo geral

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Teoria do processo geral 
Resumo de jurisdição e competência: 
Capítulo 04 e 05 do livro Teoria geral do 
processo de J.E. Carreira Alvim 
JURISDIÇÃO: 
Divisão funcional do Direito: 
Três funções básicas do Estado: a 
legislativa, a administrativa (ou 
executiva) e a jurisdicional. 
Ao Poder Judiciário, por fim, cabe a 
função jurisdicional, no exercício da qual 
atua a lei ou direito objetivo na 
composição dos conflitos de interesses, 
declarando o direito aplicável no caso 
concreto 
A palavra jurisdição vem do latim ius 
(direito) e dicere (dizer), querendo 
significar a “dicção do direito”, 
correspondendo à função jurisdicional, 
que, como as demais, emana do Estado. 
Atualmente, além do Estado-juiz, apenas 
pessoas ou instituições autorizadas pelo 
Estado podem fazer justiça, como 
acontece com os árbitros, cuja atividade 
é toda ela regulada por lei 
A jurisdição é uma função do Estado, 
pela qual este atua o direito objetivo 
na composição dos conflitos de 
interesses, com o fim de resguardar a 
paz social e o império do direito. 
O juiz não atua de maneira espontânea, 
ele precisa ser provocado por quem tenha 
interesse na lide. 
Carnelutti enxerga a jurisdição em um 
duplo sentindo, como poder do Estado 
mas também como um dever do Estado- 
juiz de declarar e realizar o direito. 
MANEIRAS DE RESOLUÇÃO DE 
LITÍGIO SEM SER PELO 
JURISDICIONAL: 
a autocomposição, a mediação e a 
arbitragem. Algumas podem ter lugar no 
processo são intraprocessuais. As 
Extraprocessuais se afastando da 
jurisdição estatal, podemos citar a 
arbitragem. 
Os “equivalentes jurisdicionais” são 
meios pelos quais se pode atingir a 
composição da lide por obra dos 
próprios litigantes 
A arbitragem brasileira não se inclui 
entre os equivalentes jurisdicionais 
porque ela configura o exercício de 
atividade jurisdicional exercida por um 
particular 
CARACTERÍSTICAS DA 
JURISDIÇÃO EM CONFROTO COM 
A LEGISLAÇÃO: 
Legislar é ditar o direito em tese, é 
exercer a jurisdição em caso concreto. 
Legislar se dirige a todos em geral se 
revertido na generalidade 
A jurisdição dizer o direito em caso 
concreto. Se reveste na particularidade, é 
por isso que a sentença só alcança as 
partes envolvidas, enquanto a lei abarca 
a todos. A lei é o abstrato enquanto a 
jurisdição é o concreto. Com a atividade 
jurisdicional o Estado-juiz consegue 
demonstrar a sua autoridade fazendo que 
se realize no mundo dos fatos as 
consequências. 
A legislação é autônoma enquanto a 
jurisdição depende da provocação que só 
se movimenta pelo interesse e iniciativa 
da parte. 
o ato jurisdicional proporciona um 
produto que é a sentença, capaz de 
 
 
adquirir a imutabilidade, principal 
característica da coisa julgada. 
o processo exige no mínimo três sujeitos: 
juiz, autor e réu. 
Para funcionar na causa, o juiz deve ser 
imparcial, não podendo ser nela 
interessado, atuando, portanto, supra 
partes. 
a) atuação do juiz supra partes; 
b) em processo; 
c) sob provocação do interessado; 
d) substituindo, no processo de 
conhecimento, a inteligência das partes, 
e, no processo de execução, 9 a vontade 
delas; 
e) em decisão com efeito (rectius, 
autoridade) de coisa julgada; 
 f) declarando a existência de direitos e 
realizando-os, se necessário. 
ELEMENTOS DA JURISDIÇÃO E 
PODERES JURISDICIONAIS: 
Os juízes têm a jurisdição e o imperium 
do pretor romano, que compreende: o 
direito de conhecer, de ordenar, de 
julgar, de punir e de executar. 
Segundo a concepção clássica, são 
elementos da jurisdição: 
o Notio – é a faculdade de conhecer de 
certa causa, ou de ser regularmente 
investido da faculdade de decidir 
uma controvérsia, assim como de 
ordenar os atos respectivos. 
 
o Vocatio – é a faculdade de fazer 
comparecer em juízo todos aqueles 
cuja presença seja útil à justiça e ao 
conhecimento da verdade. 
 
o Coertio (ou coertitio) – é o direito de 
fazer-se respeitar e de reprimir as 
ofensas feitas ao juiz no exercício de 
suas funções 
 
o Iudicium – é poder de julgar e de 
proferir a sentença. 
 
o Executio – é poder de, em nome do 
Estado, tornar obrigatória e coativa a 
obediência às próprias decisões. 
 
Para a moderna doutrina, a jurisdição 
compreende os seguintes poderes 
jurisdicionais: 
a) Poder de decisão – Através desse 
poder, o Estado-juiz afirma a 
existência ou a inexistência de 
uma vontade concreta de lei, 
 
b) Poder de coerção – Este poder se 
manifesta com mais intensidade 
na execução (ou cumprimento), 
embora esteja presente também 
no processo de cognição, como 
no ato de intimação ou de 
citação; em que se o destinatário 
se recusa a receber materialmente 
o mandado, considera-se como se 
tivesse sido entregue. Faculta-se 
ao juiz determinar a remoção 
de qualquer obstáculo que 
impedem o exercício de suas 
funções. 
 
c) Poder de documentação – Este 
poder resulta da necessidade de 
documentar, de modo a fazer fé, 
tudo o que ocorre perante os 
órgãos judiciais, como termos de 
assentada, de audiência, de 
instrução, certidões de 
notificação, de citação etc. 
 
PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS DA 
JURISDIÇÃO: 
 
 
I) Princípio da investidura 
– Significa esse princípio 
que a jurisdição só pode 
ser legitimamente 
exercida por quem tenha 
sido dela investido por 
autoridade competente do 
Estado. 
II) Princípio da aderência 
ao território – Este 
princípio significa que a 
jurisdição pressupõe um 
território sobre o qual é 
exercida, não se podendo 
falar em jurisdição, senão 
enquanto correlata com 
determinada área 
territorial do Estado. É 
também chamado de 
princípio da 
improrrogabilidade da 
jurisdição. Tal princípio 
estabelece, inclusive, 
limites às atividades 
jurisdicionais dos juízes, 
que, fora do território 
sujeito por lei à sua 
jurisdição, não podem 
exercê-las, não passando 
de um cidadão como 
qualquer outro 
III) Princípio da 
indelegabilidade –. Se o 
Estado investiu o juiz no 
exercício de uma função 
pública, cometendo-lhe a 
função jurisdicional 
referente a determinadas 
lides, não pode o julgador 
transferir a outro a 
competência para 
conhecer e julgar os 
processos que lhe tocam. 
IV) Princípio da 
indeclinabilidade – Este 
princípio significa que o 
juiz não pode declinar do 
seu ofício, deixando de 
atender quem deduza em 
juízo uma pretensão, 
pedindo a tutela 
jurisdicional. 16 Nem 
mesmo a lacuna ou a 
obscuridade da lei exime 
o juiz de proferir decisão 
ou sentença, 17 devendo, 
nesses casos, valer-se dos 
costumes, da analogia e 
dos princípios gerais de 
direito. 
V) Princípio do juiz (rectius, 
juízo) natural Este 
princípio significa que 
todos têm, em igualdade 
de condições, direito a 
um julgamento por juiz 
independente e imparcial, 
segundo as normas legais 
e constitucionais. 
VI) Princípio da inércia – 
Segundo este princípio, 
não pode haver 
“jurisdição sem ação”, 
pois a jurisdição depende 
de provocação do 
interessado no seu 
exercício, não sendo, de 
regra, automovimentada. 
No particular, prefiro 
falar em dependência de 
provocação, pois “inerte” 
é o que não se 
movimenta, e a jurisdição 
se movimenta. 
VII) Princípio do acesso à 
justiça – Essa simples 
faculdade acabou erigida 
num princípio, segundo o 
qual a todos é assegurado 
o acesso ao Judiciário, 
para defesa de seus 
direitos; servindo a 
expressão “acesso à 
Justiça” para determinar 
 
 
duas finalidades básicas 
do sistema jurídico: 
a) primeiro, o sistema 
deve ser igualmente 
acessível a todos; e 
b) segundo, deve ele 
produzir resultados que 
sejam individual e 
socialmente justos. 
VIII) Nula poena sine iudicio- 
Este princípio é exclusivo 
da jurisdição penal, 
significando que 
nenhuma sanção penal 
pode ser imposta sem a 
intervenção do juiz, 
através do competente 
processo.Extensão da jurisdição: 
Como emanação da soberania do Estado, 
a jurisdição vai até onde chega a 
soberania do Estado, pelo que, sendo a 
jurisdição atuação da vontade da lei ao 
caso concreto, não pode haver sujeição à 
jurisdição, senão onde possa haver 
sujeição à lei, e vice-versa. 
Os limites da jurisdição são impostos 
pelo poder de império do Estado, de 
sujeitar os destinatários da lei ao seu 
comando; pelo que, onde há sujeição à 
lei, há também sujeição à jurisdição; e 
onde não impera a lei não há lugar 
para o exercício da jurisdição. 
 
 
Jurisdição e suas divisões: 
A jurisdição é una, independente da 
diversidade da lide o Estado exerce a 
função jurisdicional, logo a jurisdição 
não comporta divisões. 
Espécies de jurisdição: 
I) Quanto à gradação dos seus 
órgãos: jurisdição inferior e 
jurisdição superior 
II) Quanto à matéria: jurisdição 
penal e jurisdição civil. 
III) Quanto à origem: jurisdição 
legal e jurisdição 
convencional 
IV) Quanto aos organismos 
judiciários que a exercem: 
jurisdição especial e 
jurisdição comum. 
V) Quanto à forma: jurisdição 
contenciosa e jurisdição 
voluntária. 
Jurisdição e arbitragem: 
A arbitragem é também uma forma de se 
compor conflitos mediante um processo, 
só que a cargo de particulares, a quem o 
Estado outorga o poder de emitir 
sentença com a mesma eficácia das 
sentenças proferidas por seus próprios 
juízes. Neste sentido, é facultado às 
pessoas capazes de contratar se valerem 
dessa instituição para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais 
disponíveis. 
A arbitragem é disciplinada pela Lei n. 
9.307/96, parcialmente alterada pela Lei 
n. 13.129/15, que atribui eficácia à 
sentença arbitral, que, sendo 
condenatória, tem força de título 
executivo judicial (art. 31). 
Na verdade, a arbitragem permite que a 
resolução dos conflitos possa ser obtida 
numa outra vertente, também processual 
e jurisdicional, mas fora da esfera estatal. 
Na arbitragem existe o exercício de 
verdadeira jurisdição, só que exercida 
por órgãos-pessoas, aos quais o Estado 
reconhece uma parcela do seu poder, e 
cujas decisões ele chancela com o selo de 
sua autoridade, outorgando-lhes idêntica 
eficácia à que confere às decisões de seus 
 
 
próprios juízes (órgãos-en-tes). Daí 
chamar-se sentença arbitral. 
Espera-se que, através da arbitragem, os 
conflitos de interesses sejam resolvidos 
de forma mais ágil e eficaz, deixando 
para o Poder Judiciário apenas aqueles 
que, por envolverem interesses 
intransigíveis, não possam ser entregues 
à decisão de árbitros. 
Entre o árbitro ou tribunal arbitral deve 
imperar o princípio da colaboração, 
porque somente os juízes togados 
dispõem do ius imperii (direito de 
império), necessário para adentrar no 
patrimônio e na esfera da liberdade das 
pessoas (físicas e jurídicas) e entes 
formais, para tornar efetivas as decisões 
interlocutórias e sentenças arbitrais, pelo 
que sem essa colaboração a jurisdição 
arbitral não se desenvolveria por 
ausência do poder de coerção. 
Resolução consensual dos conflitos: 
A norma inédita do art. 3º, § 2º do novo 
CPC, permite sejam os litígios 
resolvidos por autocomposição das 
partes, o que se obtém através da 
conciliação e da mediação, que são 
formas alternativas de resolução dos 
conflitos de interesses, muito 
prestigiadas nos sistemas jurídicos 
estrangeiros. 
Assim, dispõe o § 2º do art. 3º do novo 
CPC que: “O Estado promoverá, 
sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos”, o que não 
infirma o princípio da inafastabilidade 
da jurisdição, porquanto o verbo 
“promover” significa, tão somente, 
adotar as medidas necessárias para que 
o conflito de interesses seja resolvido 
pelas próprias partes, abortando a lide, 
que é o grande problema com que se 
defronta atualmente o Poder Judiciário. 
COMPETÊNCIA: 
É a distribuição da jurisdição entre os 
diversos órgãos do Poder Judiciário que 
dá vida à teoria da competência. 
A competência nada mais é do que “a 
medida da jurisdição” 
Nem todo órgão jurisdicional que tenha 
jurisdição é, também, competente para 
julgar todas as causas; 
se a lei não restringe a jurisdição de um 
juiz, ele pode julgar tudo; mas se a lei lhe 
atribui poderes para julgar apenas 
determinadas controvérsias (lides), a 
jurisdição fica demarcada pela 
competência. 
Cada juízo, singular ou colegiado, 
somente pode julgar aquelas causas 
que, segundo a lei, estão 
compreendidas no âmbito dos seus 
poderes jurisdicionais; pois, fora 
desses limites, é incompetente. 
Sendo a “competência” um dos 
pressupostos processuais de validade 
do processo, deve o juiz examinar, de 
ofício, se é ou não competente para a 
causa; pelo que, num primeiro momento, 
julga sobre a própria competência; 
decisão que, no entanto, não vincula 
outros juízos e tribunais. 
cada um tem a sua jurisdição delimitada 
pela competência 
A jurisdição do Estado nacional vai até 
onde vai a sua soberania. 
Competência interna: distribuição da 
jurisdição. Critérios de determinação 
da competência: 
a) Valor da causa – quando a 
competência se determina com 
base no valor econômico da 
relação jurídica ou objeto da 
demanda. 
 
 
b) Matéria – quando é a natureza da 
relação jurídica que serve de base 
para determinar a competência 
c) Pessoa – quando se determina a 
competência em razão da 
condição ou qualidade da parte 
em lide 
d) Território – quando a 
competência é determinada com 
base no lugar onde se encontra a 
parte ou o objeto da relação 
jurídica que constitui objeto do 
processo. 
e) Função – quando a competência 
atende à natureza da função que 
o órgão jurisdicional é chamado 
a exercer em relação a uma 
determinada demanda. 
Nas comarcas com vara única, toda a 
competência lhe é atribuída, mesmo 
porque é também única; salvo se for da 
competência da justiça federal, 
trabalhista, eleitoral ou militar. 
– A competência territorial, também 
chamada competência de foro, atende à 
necessidade de se determinar a 
competência, quando vários juízos, 
competentes em razão da matéria, do 
valor ou da pessoa, exercem funções 
jurisdicionais nas comarcas, seções ou 
subseções ou circunscrições judiciárias. 
Através dela se distribuem as causas 
entre os juízos, tornando mais cômoda a 
defesa das partes, em especial a do réu, e 
dispõe, para particulares espécies de 
controvérsias, que o processo se 
desenvolva num juízo que, pela sua sede, 
possa exercitar as suas funções de 
maneira mais eficiente. 
O foro é o lugar onde a demanda deve 
ser proposta, ou a verdadeira sede da 
lide; não se confundindo com fórum, 
que é o lugar onde se tratam as 
questões judiciais, nem com juízo, que 
é uma unidade do Poder Judiciário 
que se coloca dentro do foro. 
FORO GERAL: O foro geral é aquele 
onde uma pessoa deve ser ré, em juízo, 
em qualquer causa, salvo quando seja 
expressamente deferida a outro foro. 
SUPLETIVOS DO GERAL: 
atendendo à circunstância de uma pessoa 
ter mais de um domicílio, de ser incerto, 
ou desconhecido o seu domicílio ou de 
não ter domicílio no território nacional. 
FORO ESPECIAL: 
aquele em que o réu deve ser chamado a 
responder somente em determinadas 
causas, atribuídas ao juízo desse foro. 
a competência especial de foro se 
estabelece: a) em razão da situação da 
coisa; 
b) em razão da condição da pessoa; 
c) em razão do ato ou fato determinante 
da demanda. 
Quando é desconhecido o lugar da 
infração, determina-se a competência 
tomando-se como critério subsidiário o 
“domicílio ou residência do réu” 
 
A distribuição da jurisdição entre os 
diversos órgãos do Poder Judiciário 
atende, às vezes, ao interesse público e, 
às vezes, ao interesse ou comodidade 
das partes. 
 
Quando a competência se determina em 
vista do interesse público, a lei não 
admite a sua modificação, pelo que ela é 
improrrogável,tratando-se, portanto, de 
competência absoluta. 
Quando a competência tem em vista o 
interesse de uma das partes (autor ou 
 
 
réu), ela pode ser modificada, tratando-
se, portanto, de competência relativa. 
 
A ação compõe-se de três elementos, a 
saber: partes (quem pede e contra quem 
se pede), pedido (o que se pede), e causa 
de pedir (por que se pede). 
CONEXÃO DE AÇÕES: 
 
A conexão é o vínculo entre duas ou mais 
ações, por terem um elemento ou dois 
elementos comuns, fazendo com que 
sejam decididas pelo mesmo juízo. 
A doutrina mais difundida sobre a 
conexão (de causas) se deve a Pescatore, 
segundo o qual as coisas, nas suas 
relações lógicas, são idênticas, diversas 
ou análogas, conforme sejam os seus 
elementos constitutivos. Duas coisas são 
idênticas quando todos os seus 
elementos são os mesmos; diversas 
quando todos os seus elementos são 
diferentes; e análogas quando algum ou 
alguns dos seus elementos são idênticos, 
e outro ou outros são diferentes. 
No processo penal, a conexão tem outra 
configuração, ocorrendo quando: 
a) duas ou mais infrações penais 
houverem sido praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas, ou 
por várias pessoas em concurso, embora 
diverso o tempo e o lugar, ou por várias 
pessoas, umas contra as outras; 
b) no mesmo caso, houverem sido 
praticadas para facilitar ou ocultar as 
outras, ou para conseguir impunidade ou 
vantagem em relação ao qualquer delas; 
 c) a prova de uma infração ou de 
qualquer de suas circunstâncias 
elementares influir na prova de outra 
infração 
Perpetuação da jurisdição: A 
perpetuação da jurisdição traduz o 
fenômeno processual pelo qual, firmada 
a competência de um juízo, perdura até o 
final da decisão (da sentença) e do seu 
respectivo cumprimento. 
 Na verdade, o que se perpetua é, antes, a 
competência do que a jurisdição. Assim, 
a mudança de domicílio das partes, o 
aumento ou diminuição do valor da coisa 
demandada, ou a sucessão processual por 
morte da parte em nada altera a 
competência, que perdura até a prolação 
da sentença, em primeiro grau, ou do 
acórdão em segundo grau

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