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Conceitos de infância


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DESCRIÇÃO
Apresentação dos conceitos sobre a infância e sua construção prática a partir do século XIX.
PROPÓSITO
Reconhecer a evolução histórica dos conceitos de infância para identificar a criança atual como um ser competente, ativo e
sujeito de direitos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar as concepções existentes sobre a infância nos séculos XIX e XX
MÓDULO 2
Reconhecer o conceito contemporâneo de infância como resultado de um processo histórico e legislativo
MÓDULO 1
Identificar as concepções existentes sobre a infância nos séculos XIX e XX
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar em como as crianças eram vistas socialmente?
Historicamente, percebemos diversos olhares sobre a infância que nos permitem identificar os conceitos construídos sobre
a criança ao longo de nossa história. No entanto, para compreendê-los, não podemos perder de vista as relações sociais e
a cultura nas quais a criança está inserida. Por isso, é importante fazer um percurso histórico sobre o atendimento à
criança, de acordo com as concepções históricas, sociais e políticas de cada época, que influenciaram no modo de percebê-
las, bem como na legislação voltada para elas. Para começar a nossa reflexão, leia o poema a seguir de Loris Malaguzzi
A criança é feita de cem. 
A criança tem cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, 
de jogar e de falar. 
Cem, sempre cem modos de escutar as maravilhas de amar. 
Cem alegrias para cantar e compreender. 
Cem mundos para descobrir. Cem mundos para inventar. 
Cem mundos para sonhar. 
A criança tem cem linguagens (e depois, cem, cem, cem), 
mas roubaram-lhe noventa e nove. 
A escola e a cultura separam-lhe a cabeça do corpo. 
Dizem-lhe: de pensar sem as mãos, de fazer sem a cabeça, de escutar e de não falar, 
De compreender sem alegrias, de amar e maravilhar-se só na Páscoa e no Natal. 
Dizem-lhe: de descobrir o mundo que já existe e, de cem, 
roubaram-lhe noventa e nove. 
Dizem-lhe: que o jogo e o trabalho, a realidade e a fantasia, a ciência e a imaginação, 
O céu e a terra, a razão e o sonho, são coisas que não estão juntas. 
Dizem-lhe: que as cem não existem. A criança diz: ao contrário, 
as cem existem.
Esse poema fala da complexidade das crianças, de seu pensamento, de como elas se expressam por meio de múltiplas
linguagens e de como ressignificam os saberes produzindo cultura e conhecimento. Diante disso, agora vamos compreender
como a criança era considerada ao longo dos séculos XIX e XX.
A INFÂNCIA AO LONGO DO SÉCULO XIX
QUEM CUIDAVA DAS CRIANÇAS NO SÉCULO XIX?
As classes mais abastadas mantinham em suas estruturas familiares mulheres, escravas e alforriadas, que assumiam a
função de tutela das crianças. Eram amas de leite, cantavam as cantigas de roda, envolviam-se com o cotidiano dessas
crianças. As mães ensinavam bons modos e habilidades às meninas, como tocar piano, falar línguas, ser uma anfitriã que
soubesse organizar a casa de seu futuro marido, preparando-as para um bom casamento. Isso mesmo: a formação das
meninas visava ao casamento.
 
Foto: Shutterstock.com
A classe média urbana reproduzia um misto das linhas da influência da modernidade europeia (crianças mais
“funcionais”, criadas para atender à sociedade) com traços da família patriarcal, com empregadas – mucamas ou
assalariadas. As mães poderiam até cuidar dos próprios filhos, mas isso acontecia em classes menos favorecidas,
nas quais os maridos conseguiam reproduzir o ideal burguês com suas esposas se dedicando ao lar e à criação dos filhos.
Os meninos entravam nesse modelo social. Deveriam se exercitar, aprender números e letras para assumirem a condição
que sua família permitisse. Deveriam aprender o ofício de seus pais ou profissões que lhes permitissem um papel superior.
Os filhos dos menos favorecidos eram integrados ao mercado de trabalho muito cedo e as filhas assumiam a condição de
cuidar dos irmãos menores para que a mãe pudesse trabalhar.
 
Imagem: Shutterstock.com
 CURIOSIDADE
Nesse período, surgiu a roda dos expostos (ou roda dos enjeitados), criada pela Santa Casa de Misericórdia como um
instrumento que recolhia as crianças rejeitadas. Ao atingirem uma idade em que já tinham força para se preparar e trabalhar,
os meninos eram enviados para casas de custódia. As meninas se mantinham por mais tempo, pois a Santa Casa buscava
benfeitores que pudessem ceder-lhes um dote, permitindo que essas moças conseguissem um casamento. A roda dos
expostos era uma representação social importante, icônica; ela não é uma política pública, mas uma ação dos grupos
sociais que inserem as crianças de alguma forma.
Outra peça importante da relação com as crianças eram as figuras das criadeiras, mulheres que passaram a tomar conta
das crianças enquanto suas mães trabalhavam. Essas mulheres, que eram remuneradas por isso, reuniam em suas casas e
terrenos algumas dezenas de crianças, onde eram alimentadas e aprendiam as primeiras letras (VELLOSO, 2009).
 
Foto: Shutterstock.com
Em se tratando do Estado, quais foram as ações com foco no cuidado das crianças ao longo do século XIX?
PERÍODO COLONIAL

1530 A 1822
Existia a tutela do Estado e influência do modelo europeu no atendimento à criança, com uma evidente diferença no trato
entre brancas e negras, uma vez que estas eram incorporadas ao trabalho desde os 5 anos e aos 12 eram consideradas
adultas. As crianças sofriam castigos corporais e havia elevado índice de mortalidade infantil.
1824
De acordo com Aragão e Kreutz (2010, p. 27), o Brasil escravocrata e monocultor – que cedia espaço para a urbanização,
com a abertura de portos e a reorganização administrativa – sofria fortes pressões dos ideais liberais europeus, que
defendiam a instrução populacional em massa. Assim, em 1824, a Constituição estabeleceu, no artigo 179, a gratuidade da
instrução primária para todos os cidadãos.


1827
Uma lei determinou a criação de uma escola de primeiras letras em cada cidade, que não chegou a ser cumprida.
1861
Houve a criação do Instituto de Menores, para onde passaram a ser encaminhadas as crianças infratoras ou abandonadas
e, em seguida, as não infratoras também. Isso causou um problema, uma vez que o objetivo da educação ficou perdido. A
criança das classes menos favorecidas era tratada como criminosa.


1875
Nesse ano, foi criado o Jardim de Crianças do Colégio Menezes Vieira, localizado no Rio de Janeiro. Essa foi uma das
primeiras instituições brasileiras a atender crianças de 0 a 6 anos. Dois anos mais tarde, a cidade de São Paulo passou a ter
os seus primeiros jardins de infância, pertencentes à esfera privada (REIS e CUNHA, 2010).
Segundo Oliveira (2011, p. 101): 
“No final do século XIX, é trazido ao Brasil, através das influências americana e europeia, o jardim de infância, que também
foi alvo de muitas discussões entre os políticos da época. Alguns o criticavam porque consideravam-no mais um local de
mera guarda das crianças. Os Jardins de Infância eram considerados prejudiciais porque tiravam a criança do convívio
familiar precocemente. Outros os defendiam por acreditarem que trariam benefícios ao desenvolvimento da criança, já se
vislumbrando um aspecto pedagógico influenciado pelo Movimento das Escolas Novas”.
BRASIL REPÚBLICA

1889 A 1930
Como o índice de mortalidade infantil era alto nesse período e não diminuía, foi criado o Movimento Higienista, visando um
melhor atendimento à criança para que ela sobrevivesse às epidemias e aos maus tratos. Desse modo, surgiram as
primeiras leis para os menores.
1932
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Surge o Manifesto dos pioneiros, defendendo uma revolução educacional, com a criação da escola não religiosa, gratuita
e obrigatória, função do Estado. Uma escola única, para meninos e meninas, com um ensino ativo.


PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX
Uma parcela do movimento operário, em virtude da maior participação das mulheres no trabalho, reivindicava um local onde
as mães pudessem deixar as crianças enquanto trabalhavam.Logo, os empresários construíam creches próximo às
fábricas, embora tal ação não constituísse bondade ou descaso.
Apesar do tímido processo de expansão das escolas e creches, tanto por parte dos sistemas de educação como pelos
órgãos de assistência ou saúde, a legislação trabalhista que determinava a criação desses estabelecimentos tornou-se sem
efeito, pois não atendia a todas as necessidades.
MOVIMENTO HIGIENISTA
No fim do século XIX e início do XX, surgia uma nova mentalidade que se propunha a cuidar da população, educando
e ensinando novos hábitos. (...) Convencionou-se chamá-la “movimento higienista”. Muitos “higienistas” tomavam
como referência a ideia que preconizava ser a falta de saúde e educação do povo responsável por nosso atraso em
relação à Europa (GÓIS JUNIOR, 2002).
MANIFESTO DOS PIONEIROS
O Manifesto da Escola Nova foi um documento elaborado por 26 educadores, em 1932, com o objetivo de oferecer
diretrizes para a política educacional. Veja um trecho desse manifesto:
“Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade o da educação. Nem mesmo
os de caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional. Pois, se a evolução
orgânica do sistema cultural de um país depende de suas condições econômicas, é impossível desenvolver as forças
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econômicas ou de produção, sem o preparo intensivo das forças culturais e o desenvolvimento das aptidões à
invenção e à iniciativa que são os fatores fundamentais do acréscimo de riqueza de uma sociedade”.
A partir desse breve descritivo histórico sobre o tratamento dispensado às crianças ao longo do século XIX, podemos
perceber que, em geral, a infância foi considerada sem importância e a criança era objetificada, ou seja, era considerada
um ser que deveria ser protegido ou punido, seguindo a lógica do tratamento diferenciado, de acordo com classe social ou
raça.
E quanto ao conceito de infância, a partir desse histórico, você consegue defini-lo?
Como você pode perceber, durante muito tempo não se pensou sobre o que é a infância. As decisões que eram tomadas
com o objetivo de tutelar e cuidar das crianças, não eram estabelecidas baseadas em um conceito definido sobre a criança.
No máximo, havia uma classificação a partir de debates sobre até quando se é uma criança. Essa discussão é antiga e tem
como base a Teoria das Idades, de Agostinho de Hipona (354 - 430), que destaca duas fases da infância:
 
Imagem: Shutterstock.com
AGOSTINHO DE HIPONA
Nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagaste, cidade da Numídia (atualmente Argélia), em uma região
dominada pelo Império Romano. Iniciou seus estudos em sua cidade natal e, posteriormente, foi para Madaura onde
estudou retórica. Agostinho também estudou música, física, matemática e filosofia. Tornou-se um importante filósofo,
escritor, bispo e teólogo cristão e suas concepções sobre a fé e a razão, Igreja e o Estado influenciaram toda a Idade
Média.
Fonte: Frazão, 2019.
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Foto: Shutterstock.com
Mesmo para renascentistas (século XVI), iluministas (séculos XVII e XVIII) e cientificistas (séculos XVIII e XIX), as crianças
tinham classificações e, ao longo do tempo, as percepções de cuidado foram alteradas sem nunca se discutir efetivamente o
que era chamado de infância. Parecia algo tão óbvio, tão presente, que qualquer debate conceitual perdia para a
observação direta: infância é esse momento de amadurecimento do ser.
 
Imagem: Shutterstock.com
A INFÂNCIA AO LONGO DO SÉCULO XX
O século XX é tratado como o século da infância e esse fenômeno ocorreu por muitos elementos. Nunca tinham ficado tão
claras as diferenças sociais sobre como as sociedades pensam e se relacionam com as crianças. Etnógrafos perceberam
que as crianças e os relatos de como lidar com elas eram diferentes. Vejamos como exemplo o relato de Heloisa
Schurmann:
HELOISA SCHURMANN
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Graduada Professora de Inglês pela New York University com especialização na área de Pedagogia, Heloísa
Schurmann educou os quatro filhos nas duas expedições de volta ao mundo da Família Schurmann.
Pesquisadora, é responsável pelo conteúdo dos projetos globais e autora dos diários de bordo nas viagens. Heloisa é
escritora, autora de três best sellers nacionais e publicou recentemente o livro “Pequeno Segredo”.
Desenvolveu o Programa Pedagógico da expedição Magalhães Global Adventure, intitulado “Educação na Aventura”,
que foi acompanhado por mais de 2 milhões de alunos no Brasil e nos Estados Unidos. Além de palestrante, é
responsável pelo núcleo de dramaturgia da produtora e pelo conteúdo digital da Família Schurmann.
Fonte: Site Schurmann.
Em certa ocasião, ao visitar algumas ilhas da Polinésia, percebi que as crianças de lá pareciam estar sempre felizes, elas
corriam e brincavam sem a supervisão de um adulto. Então, perguntei a algumas pessoas se eles não tinham receio de que
as crianças se machucassem, uma vez que na maioria das vezes estavam sozinhas. Foi então que aprendi uma lição
inesquecível: para eles, uma criança deveria ser criança, crescer, brincar, aprender como a comunidade funcionava e como
poderia ser um local de felicidade. Dessa forma, a criança pouco a pouco se sentiria responsável por si e pelos que as
acompanhavam.
 
Foto: Arquivo pessoal.
Perceba que esse relato se distancia da forma como as crianças eram tratadas ao longo do século XIX, onde eram
constantemente supervisionadas. Ao contrário disso, nas ilhas da Polinésia, as crianças cresciam livres e se desenvolviam à
medida em que interagiam com a sua comunidade. Não há aqui a intenção de taxar como certa ou errada essas diferentes
formas de se perceber e lidar com a infância, no entanto, essa diferenciação nos faz refletir sobre o papel social da criança
nas comunidades. Pensando nesse contexto, no século XX surgiram diversos movimentos científicos, cada um com o seu
enfoque particular, mas que tinham como objetivo conceituar e classificar a infância:
 
Imagem: Shutterstock.com
PSICOLOGIA
Pensando nas fases do desenvolvimento infantil, buscava analisar os estímulos e condicionamentos que poderiam ser
desenvolvidos nos seres humanos.
 
Imagem: Shutterstock.com
MEDICINA
Buscava estudar o desenvolvimento dos corpos, definindo como deviam ser os cuidados com as crianças, estudando
cérebros, medula, hormônios entre outros aspectos.
 
Imagem: Shutterstock.com
PEDAGOGIA
Desenvolveu teorias sobre a absorção de conhecimentos, sobre as trocas e interações do sujeito.
A ciência moderna tentava constituir uma versão singular sobre as formas de pensar e lidar com a criança, com o objetivo
de garantir o melhor desenvolvimento infantil. Nesse cenário, o mundo passou a perceber e discutir a importância de
cuidar de nossas crianças ainda que ninguém soubesse muito bem o que era isso. Como exemplo de ações
desenvolvidas com esse objetivo, destacamos os órgãos internacionais que foram criados com a finalidade de discutir sobre
os cuidados necessários às crianças:
 
Imagem: Shutterstock.com
CONVENÇÃO DE 1919 DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO
Conheça mais
Fala sobre limitar o trabalho infantil em dois dos seus itens.
 
Imagem: Shutterstock.com
DECLARAÇÃO DE 
GENEBRA DE 1924 
 
Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a questão dos órfãos, foi o primeiro documento internacional a abordar sobre a
proteção das crianças.
 
Imagem: Shutterstock.com
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DECLARAÇÃO DO DIREITO DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES
DE 1954 (ONU)
Conheça mais
Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ONU foi pressionada a constituir um caminho de proteção e defesa
internacional das crianças. O Brasil só adotou essas medidas a partir da Constituição de 1988.
CONVENÇÃO DE 1919 DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL
DO TRABALHO
Fundada em 1919 como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial, a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) tem como objetivo promover a justiçasocial. Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em
1969, a OIT é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual representantes de governos, de
organizações de empregadores e de trabalhadores de 183 Estados-membros participam em situação de igualdade das
diversas instâncias da Organização.
A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho (Convenções e
Recomendações) As Convenções, uma vez ratificadas por decisão soberana de um país, passam a fazer parte de seu
ordenamento jurídico.
Fonte: International Labour Organization
DECLARAÇÃO DO DIREITO DAS CRIANÇAS E DOS
ADOLESCENTES DE 1954 (ONU)
Direitos são as vantagens, permissões e oportunidades que cada criança ou adolescente deve ter. A Convenção sobre
os Direitos da Criança estabelece esses direitos em 54 artigos e em um conjunto de "Protocolos Facultativos" que
listam direitos adicionais.
Caso queira conhecer os artigos pesquise na internet sobre a convenção.
A partir de 1980, a criança passou a ser percebida, também, em seu âmbito social. Nesse sentido, os enfoques psicológicos,
biológicos e médicos sobre a criança começaram a dialogar com os fenômenos sociais que englobam a infância. Essa nova
percepção trouxe à tona o problema da marginalização da infância e, na década de 1990, temas como abuso sexual
passaram a ser abordados. A partir desse direcionamento, novas ideias sobre a infância puderam ser concluídas:
A criança:
Está imersa em contextos sociais
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Está sujeita à sexualização
Pode ser considerada objeto de consumo
Estrutura relações e se constitui a partir da complexidade delas.
Faz conexões com a cultura na qual está imersa.
Perceba que as mudanças sociais e econômicas ocorridas no século XX provocaram significativas mudanças nos modos de
ver e de lidar com as crianças. Apesar disso, manteve-se uma clara separação entre crianças pobres e ricas, brancas e
negras:
Ainda no século XX, surgiu a preocupação com um investimento maciço no ensino fundamental, mas não para todos.
Houve, também, uma movimentação dos operários que passaram a reivindicar melhorias no atendimento educacional
prestado às crianças pequenas, uma vez que as condições trabalhistas precárias às quais eram submetidos os havia
impulsionado na luta por seus direitos.
Esse cenário nos mostra como a visão que os adultos têm sobre as crianças mudou e continua em transformação,
segundo as culturas nas quais estão imersas. Seja considerando-as seres mais ou menos frágeis, capazes ou incapazes,
dignos ou não de proteção, costuma haver diferentes compreensões a respeito do que podem ou não fazer, dos lugares
adequados para elas, das vivências permitidas ou não, das expectativas para seu futuro e dos seus direitos.
Quanto à infância no brasil, como as crianças eram tratadas? O professor Rodrigo Rainha, no vídeo, faz uma análise sobre
o tratamento dispensado às crianças a partir de representações artísticas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NO SÉCULO XIX, AS CRIANÇAS ERAM VISTAS COMO PESSOAS QUE PRECISAVAM SER
ASSISTIDAS E TUTELADAS, COM A NECESSIDADE DE SUPERVISÃO CONSTANTE. NESSE
SENTIDO, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA DE QUEM ERA A RESPONSABILIDADE DE
CUIDAR DAS CRIANÇAS:
A) A responsabilidade de cuidar as crianças era da família. As que eram mais abastadas mantinham em suas estruturas
mulheres, escravas e alforriadas que cuidavam as crianças. Já as famílias de classe média urbana tentavam, na medida do
possível, reproduzir os traços da família patriarcal: o pai era o provedor e a mãe era responsável por cuidar dos próprios
filhos.
B) A responsabilidade de cuidar das crianças era do Estado, que disponibilizava creches e escolas para todas as crianças,
sejam elas de classes mais pobres ou mais abastadas.
C) A responsabilidade de cuidar das crianças era da igreja, por meio das instituições religiosas que tinham como objetivo
oferecer espaços nos quais as famílias poderiam deixar os seus filhos para serem educados.
D) A responsabilidade de cuidar as crianças era do Estado e da Igreja que, juntos, ofereciam escolas acessíveis para todos,
onde os alunos poderiam desenvolver o seu potencial, de acordo com os interesses de cada família.
2. COMO VIMOS, NO SÉCULO XX, A CIÊNCIA MODERNA BUSCOU CONSTRUIR UMA VERSÃO
SINGULAR SOBRE AS FORMAS DE PENSAR E LIDAR COM A CRIANÇA, COM O OBJETIVO DE
GARANTIR O MELHOR DESENVOLVIMENTO INFANTIL. SOBRE ISSO, ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE APRESENTA O NOVO PARADIGMA QUE FOI UTILIZADO PARA SE PENSAR
A INFÂNCIA:
A) A criança passou a ser compreendida em seus aspectos biológicos.
B) A criança passou a ser percebida nos âmbitos social e biológico.
C) A criança passou a ser percebida, também, em seu âmbito social.
D) A criança passou a ser compreendida em seu âmbito psicológico.
GABARITO
1. No século XIX, as crianças eram vistas como pessoas que precisavam ser assistidas e tuteladas, com a
necessidade de supervisão constante. Nesse sentido, assinale a alternativa que indica de quem era a
responsabilidade de cuidar das crianças:
A alternativa "A " está correta.
 
As famílias eram as responsáveis por cuidar de suas crianças, de acordo com o contexto social no qual se encontravam.
Cada família educava os seus filhos de acordo com as suas possibilidades econômicas e com o objetivo de prepara-los para
o papel social estabelecido para eles. Assim, às meninas era ensinado bons modos, piano, como ser uma boa anfitriã, tudo
isso com o objetivo de torná-las prontas para o casamento. Já os meninos deveriam se exercitar, aprender números e letras,
e aprender o ofício ou profissão de seus pais.
2. Como vimos, no século XX, a ciência moderna buscou construir uma versão singular sobre as formas de pensar
e lidar com a criança, com o objetivo de garantir o melhor desenvolvimento infantil. Sobre isso, assinale a
alternativa que apresenta o novo paradigma que foi utilizado para se pensar a infância:
A alternativa "C " está correta.
 
Esse novo direcionamento permitiu que os enfoques psicológicos, biológicos e médicos sobre a criança começaram a
dialogar com os fenômenos sociais que englobam a infância. Esse cenário permitiu que novas ideias sobre a criança fossem
construídas, como: a criança está imersa em contextos sociais; pode ser sexualizada; pode ser objeto de consumo; estrutura
relações e se constitui a partir da complexidade delas; faz conexões com a cultura na qual está imersa.
MÓDULO 2
Reconhecer o conceito contemporâneo de infância como resultado de um processo histórico e legislativo
INTRODUÇÃO
Atualmente, tanto as pesquisas quanto os teóricos apresentam uma imagem de criança e infância bem diferente da que
existia, ou seja, ela é considerada um ser competente, ativo, crítico e comunicativo, capaz de posicionar-se sobre as
situações que mais lhe afetam, de representar o mundo e a si mesma, como coconstrutora de sua cultura lúdica, a
partir das interpretações que faz sobre os conteúdos encontrados durante as interações sociais ocorridas em seus jogos e
brincadeiras.
 
Imagem: Shutterstock.com
Seguindo essa mesma linha de pensamento, os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (PNQEI)
definiram a criança como ser integrante da sociedade, que tem direito à dignidade e ao respeito, bem como à
autonomia e participação. Desse modo, as crianças devem ser:
[...] APOIADAS EM SUAS INICIATIVAS ESPONTÃNEAS E INCENTIVADAS
A EXPRESSAR SENTIMENTOS E PENSAMENTOS, DESENVOLVER A
IMAGINAÇÃO, A CURIOSIDADE E A CAPACIDADE DE EXPRESSÃO.
PNQEI
Com base nesses novos preceitos, houve, então, a necessidade de se criar espaços onde a criança pudesse se expressar
livremente. Para isso, novas leis foram criadas com o objetivo de garantir que os direitos das crianças fossem cumpridos. É
o que veremos a seguir.
ASPECTOS LEGISLATIVOS SOBRE A INFÂNCIA
Nunes (2011) afirma que o lugar da criança também na política pública corrobora com a visão que permeia a legislação
nacional da atualidade, ou seja, que entende a criançacomo um sujeito histórico, protagonista e cidadão. Sendo
assim, a criança precisa ter os seus direitos garantidos e um deles é a educação, desde o seu nascimento, em instituições
que assegurem o cuidar e o educar indissociáveis e que possibilitem seu desenvolvimento integral, em seus múltiplos
aspectos.
Segundo Cury (2002), vivemos novos desafios no mundo contemporâneo e a cidadania também os enfrenta à medida que
deve ser reafirmada a todo instante, sem que se esqueça da luta histórica que garantiu seus direitos. Para ele, a educação,
como um desses direitos é uma “dimensão fundante da cidadania”, nunca perderá sua atualidade no debate. Diz ainda
que, em todo o mundo, as legislações garantem o acesso à educação de seus cidadãos. Assim, “tal princípio é
indispensável para políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e, mesmo, para inserção no
mundo profissional”. Por isso, a seguir, você encontrará um quadro legislativo que mostra as principais leis criadas com o
objetivo de garantir os direitos da criança, dos mais básicos aos mais específicos.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988
A Constituição Federal (CF) de 1988, conhecida como Constituição cidadã, apresenta mudanças com relação ao
tratamento dado à educação infantil, pois a partir dela esta etapa passa a ser vista como direito da criança, e não da mãe
que trabalha. Dos artigos 205 ao 214 apresenta um rol dedicado apenas à Educação e alça a criança a sujeito de direito,
garantindo a educação básica e gratuita dos 4 aos 17 anos, por força da emenda Constitucional n° 59 de 2009.
ECA – LEI 8.069/90
O ECA – Lei 8.069/90, por sua vez, regulamentando o art. 227 da CF, ratifica a visão da criança e do adolescente como
sujeitos de direitos fundamentais (individuais, difusos e coletivos). Ademais, os reafirma como titulares de prioridade
absoluta e de proteção integral.
Segundo Amin (2014, p. 50), “o Estatuto da Criança e do Adolescente resultou da articulação de três vertentes: o movimento
social, os agentes do campo jurídico e as políticas públicas.” Em seu artigo 3º ficam expostos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana, os quais a criança e o adolescente devem ter assegurados para que seja possível seu
“desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade” (BRASIL, 1990). Para
Nunes, (2011, p. 26), “o ECA, de 1990, é que vai fazer a revolução conceitual e criar os mecanismos operacionais para a
implementação dos direitos da criança no Brasil”.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, LEI N° 9.394
DE 1996
A atual LDBEN insere a educação infantil como primeira etapa da educação básica. De acordo com seu art. 21, “a
educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela Educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio”.
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Em seu art. 29 afirma que a EI “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013).
Para Nunes (2011), a EI “vem se tornando não só uma demanda cada vez mais expressiva, um objeto explícito da política
educacional e um dever dos organismos governamentais, mas também um claro empenho de organizações da sociedade
civil.” (NUNES, 2011, p.15). Desse modo, não se modifica apenas a visão da criança, mas também, do papel do Estado para
que a EI seja garantida a todos, a partir dos 4 anos de idade.
LEI N° 12.796 DE 2013
A Lei n° 12.796, de 2013, regulamenta a EC 59/2009, pois estende a obrigatoriedade do Estado em oferecer educação para
todos, dos 4 aos 17 anos. De acordo com a alteração proposta pela Lei nº 11.700, de 2008, no inciso X do art. 4° da LDB, no
caso da EI e do ensino fundamental, a oferta de vaga deve ocorrer em escola pública mais próxima da residência de
toda criança a partir do dia em que completar 4 anos de idade.
MARCO LEGAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA - LEI N° 13.257, DE 2016
O Marco Legal da Primeira Infância é a Lei n° 13.257, de 8 de março de 2016, dispõe sobre as políticas públicas para a
primeira infância e altera algumas leis, entre elas o ECA, o Código de Processo Penal (CPP), a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e a Lei n° 12.662, de 5 de junho de 2012 (que regula a expedição e a validade nacional da Declaração de
Nascido Vivo – DNV).
Em seu artigo 1°, essa lei estabelece os princípios e as diretrizes a serem utilizados na formulação e a implementação
de políticas públicas para a primeira infância em atenção à especificidade e à relevância dos primeiros anos de vida no
desenvolvimento infantil e no desenvolvimento do ser humano. A Lei n° 13.257/2016 está em consonância com os princípios
e as diretrizes expressos na legislação que esta lei altera.
Você consegue visualizar a trajetória legislativa que conferiu às crianças a imagem contemporânea de infância no Brasil?
É possível afirmar que historicamente ocorreu uma luta intensa para que a infância fosse prioritária e houvesse um olhar
atento às suas especificidades e às necessidades das crianças, como sua constituição em sujeito de direitos, merecedoras
de proteção. Apesar dessa evolução de conceitos, as práticas aqui no Brasil permaneceram apontando a família como
responsável máxima pela infância, seguida pelo Estado, garantidor daqueles cujas famílias não tivessem condição, e pelas
ações religiosas como caridade.
Fato é que a Educação, como direito social, requer a atuação do Estado para a garantia de sua efetividade e acesso a
todos. Nesse sentido, Bobbio (2004) diz sobre os direitos sociais que “para sua realização prática, ou seja, para a passagem
da declaração puramente verbal à sua proteção efetiva, (...) é necessária a ampliação dos poderes do Estado.” Uma
proposta para a solução desses percalços é a criação de mecanismos de fiscalização que permitam monitorar se todos os
esforços para se garantir os direitos das crianças estão sendo realizados e alcançando aos objetivos propostos. O Brasil é
um dos líderes mundiais em termos de políticas de atendimento à infância, no entanto, é importante reconhecer que há a
necessidade de que essas políticas se tornem em ações efetivas que atendam de forma satisfatória às crianças, foco
desses direitos.
UMA NOVA CONCEPÇÃO SOBRE A CRIANÇA
Os estudos da área, realizados tanto por universidades como por centros de pesquisa brasileiros, têm contribuído para o
surgimento de uma nova concepção das crianças e sua capacidade criadora:
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Foto: Shutterstock.com
A criança passou a ser vista como produtora de cultura e sujeito de direitos, bem como um ser sócio-histórico que atua
na sociedade na qual está inserido.
Seguindo essa concepção, a Política Nacional da Educação Infantil (2006) passou a preconizar a indissociabilidade entre
o cuidar e o educar, possibilitando outra função para as ações que são desenvolvidas com as crianças, segundo suas
especificidades. Posteriormente, tal filosofia é incorporada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
(2010).
De acordo com Bobbio (2004), essa caracterização da criança como um ser que merece proteção especial não surge
naturalmente na sociedade, antes, é fruto de estudos e debates que comprovam essa necessidade de especificação. A
ampliação dos direitos do ser humano ocorre de acordo com categorias específicas. Nesse sentido, a humanidade deixa
de ser vista de maneira genérica para ser encarada de acordo com suas especificidades. Ou seja, são levadas em
consideração características de sua diversidade, quais sejam, a idade, o sexo ou as condições físicas, por exemplo, que
não permitem que todos sejam tratados igualmente. O autor conclui que a mulher é diferente do homem; a criança, do
adulto; o adulto, do velho; o sadio, do doente etc.
O Marco Legal pela Primeira Infância se tornoucrucial para garantir ao Brasil o alinhamento com os países que estão na
vanguarda do cuidado com suas crianças. Tal preocupação evidencia a importância que os primeiros anos de vida têm
sobre todo o desenvolvimento do ser humano, desde o crescimento físico, a aquisição de habilidades motoras e a
aprendizagem da fala até a criação das bases para o desenvolvimento cognitivo, social, psicológico e cultural.
Dessa forma, o trabalho com as crianças deve ser um conjunto de:
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Foto: Shutterstock.com
Um trabalho consciente na educação infantil.
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Foto: Shutterstock.com
A participação da família por meio de políticas intersetoriais.
Essa convergência entre o trabalho da educação infantil e a participação da família poderá gerar repercussões em toda a
vida da criança, além de garantir que as suas necessidades sejam de fato atendidas. Vejamos o que Corsaro (2011) nos diz
sobre isso:
[...] AS CRIANÇAS SÃO AGENTES SOCIAIS, ATIVOS E CRIATIVOS, QUE
PRODUZEM SUAS PRÓPRIAS E EXCLUSIVAS CULTURAS INFANTIS
ENQUANTO, SIMULTANEAMENTE, CONTRIBUEM PARA A PRODUÇÃO
DAS SOCIEDADES ADULTAS.
Corsaro.
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CORSARO
É formado em Sociologia pela Indiana University, Bloomington (1970) e concluiu Doutorado em Sociologia pela
University of North Carolina, Chapel Hill (1974). Atualmente, é professor titular do Departmento de Sociologia da
Indiana University, Blommington, onde ocupa a cátedra Professor Robert H. Shaffer. Entre seus interesses de
pesquisa, destacam-se a Sociologia da Infância, Etnografia e Sociologia da Educação.
Fonte: Currículo Lattes.
Ao se posicionarem diante dos acontecimentos do mundo, as crianças expressam sua visão da realidade que as cerca.
Ou seja, de acordo com o pensamento de Corsaro, elas agem na sociedade e contribuem para que os adultos entendam
um pouco como encaram determinados fatos sociais. Por isso, é necessário um trabalho conjunto entre escola, família e
comunidade, pois esses três âmbitos permitirão que se conheça um pouco mais as necessidades e realidades nas quais a
criança está inserida.
A Sociologia da Infância aparece aqui como contribuição teórica, trazendo pesquisas que, atualmente, têm sido
importantes para os delineamentos da política nacional para a infância. Os autores dessa Sociologia afirmam que esse é um
campo recente do estudo da infância e evidenciam a importância de que os investigadores busquem observar as relações
entre as crianças, desvelando os jeitos de ser criança. Para a Sociologia da Infância, as crianças são atores sociais,
imersas em seus mundos; a infância, por sua vez, é entendida como uma categoria social do tipo geracional, socialmente
construída. Para eles, a infância ainda é colocada numa relação de dependência nas sociedades em relação aos adultos.
Por isso, a necessidade de olhar para as crianças com o objetivo de conhecer as suas construções e particularidades e
permitir que elas se tornem participantes de suas culturas, manifestando as suas interpretações e percepções sobre os
diferentes contextos nos quais estão inseridas.
Essa teoria está de acordo com as ideias do modelo construtivista, proposto por Lev Vygotsky, que enxerga a criança
como um ser competente, que deve ser colocada numa posição mais ativa que passiva e que é capaz de construir uma
interpretação própria do mundo. Assim, Vygotsky relaciona o desenvolvimento social da criança às ações grupais que
ocorrem na sociedade, possibilitando o desenvolvimento de estratégias coletivas por meio da interação com outras pessoas
para superar os problemas que surgem. Alguns autores, fundamentados na teoria de Vygotsky, criticam o que foi feito por
muito tempo no campo educacional, ou seja, a fixação em concepções de criança e infância advindas da psicologia do
desenvolvimento, pautada na herança biológica, conformando-a num modelo universal, a-histórico, abstrato e
predeterminado, que as remetem à condição de dependência. As maiores críticas que surgem residem no fato de muitas
práticas revelarem a vontade de apagar esse “ser criança” ativo e crítico, exigindo a renúncia de seu desejo para prevalecer
a vontade dos adultos que lidam com elas.
Você consegue notar como fica clara a necessidade de reconhecer a competência dos discursos infantis e da urgência
em se ouvir as crianças?
SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA
A Sociologia da infância é um campo de estudo que passa a analisar a criança como parte do tecido social. Assim, traz
a ideia de que a educação funciona em teias de saberes, ou seja, os grupos sociais, ao se relacionarem, constroem
regras próprias. Ao mesmo tempo se relacionam com outros grupos são, também, influenciados por essas regras. A
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Infância faz parte desta dinâmica, sendo assim, as crianças criam as suas próprias regras, trocam e fazem micro
modelos sociais, mas, ao mesmo tempo, são marcadas pela sociedade dos adultos, suas disputas, vícios e formas de
violência.
LEV VYGOTSKY
Nasceu em Orsha, cidade próximo a Minsk, capital da Bielorrússia, no dia 17 de novembro de 1896. Formou-se em
Direito pela Universidade de Moscou, onde também estudou Literatura e História da Arte. Desenvolveu pesquisas na
área de Psicologia, enfatizando os processos de aprendizagem. A teoria de Vygosky foi de grande relevância para a
Educação.
Fonte: Frazão, 2017.
A ideia de criança como pessoa completa, competente, curiosa e criativa, com direito a ser ouvida e atendida nas
suas necessidades específicas surge tanto nos discursos dos profissionais envolvidos com elas como nas pesquisas e
estudos que propõem escuta e olhar sensíveis e livres de preconceitos, que sejam capazes de ver e ouvir crianças
concretas, vivas, reais. Ou seja, os novos paradigmas apresentam uma perspectiva diferente de criança, definindo-a como
ser competente para interagir e produzir cultura no meio em que se encontra.
Nesse sentido, cabe às instituições a disponibilização de espaços de participação nos quais as crianças, mais que ouvidas,
sejam auscultadas de modo que sua opinião seja considerada e gere efetivas mudanças a começar pela proposta
pedagógica, que constitui um espaço privilegiado no qual a criança deve poder se expressar acerca de seus desejos e
expectativas com relação à sua institucionalização. Indubitavelmente, não é uma tarefa fácil e requer metodologias capazes
de captar essas vozes e transformar esses desejos em ações. Segundo Rocha (2008, p. 47), os projetos pedagógicos
deixam de ser apenas para as crianças e passam a ser definidos a partir delas e com elas.
Falamos tanto sobre a infância, mas você já se questionou até qual idade uma pessoa é considerada uma criança? A
verdade é que essa delimitação muda nas diferentes áreas de conhecimento.
No vídeo a seguir, você encontrará diferentes profissionais que trarão as visões das suas respectivas áreas sobre até qual
idade uma pessoa é considerada criança.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NO BRASIL, TIVEMOS O DESENVOLVIMENTO DE DIVERSAS LEGISLAÇÕES QUE FORAM
CONSTRUÍDAS COM O OBJETIVO DE TORNAR AS CRIANÇAS MAIS ATIVAS NA SOCIEDADE E
DE ATENDER ÀS SUAS REAIS NECESSIDADES. A SEGUIR, VOCÊ ENCONTRARÁ UMA LISTA
COM AS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES BRASILEIRAS. OBSERVE CADA LEGISLAÇÃO E MARQUE
A QUE APRESENTA CORRETAMENTE A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DESSE
NOVO CENÁRIO.
A) Constituição de 1988: determinou a mãe como sujeito de direitos, podendo ter acesso a creches onde pudesse deixar o
seu filho enquanto trabalha.
B) ECA: reafirmou a criança como sujeito de direitos e titular de prioridade absoluta e proteção integral.
C) LDB: determinou que a educação básica deve começar pelo ensino fundamental e concluir com o ensino médio.
D) Marco Legal da Primeira Infância: determinou que as crianças devem ter acesso à educação nas escolas mais próximas
de suas casas.
2. AO DISCUTIRMOS O CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE INFÂNCIA, NOTAMOS UMA
TRANSFORMAÇÃO NAS IMAGENS DE CRIANÇA E DE INFÂNCIA. SOBRE ISSO, ASSINALE AS
ALTERNATIVAS ASEGUIR E MARQUE A QUE APRESENTA A CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA
DE CRIANÇA E DE INFÂNCIA.
A) A criança passou a ser vista como um sujeito frágil e dependente, cujas vontades deveriam ser renunciadas para que a
vontade dos adultos fosse sobreposta.
B) A criança passou a ser vista como um ator social à medida que seguia as regras determinadas pelos adultos.
C) A criança passou a ser vista como produtora de cultura e sujeito de direitos, bem como um ser sócio-histórico que atua na
sociedade na qual está inserido.
D) A criança passou a ser vista como um ser pensante e capaz de absorver as regras e orientações dos adultos de modo a
reproduzi-las para em seu grupo social.
GABARITO
1. No Brasil, tivemos o desenvolvimento de diversas legislações que foram construídas com o objetivo de tornar as
crianças mais ativas na sociedade e de atender às suas reais necessidades. A seguir, você encontrará uma lista
com as principais legislações brasileiras. Observe cada legislação e marque a que apresenta corretamente a sua
contribuição para a construção desse novo cenário.
A alternativa "B " está correta.
 
A Constituição de 1988 na verdade mudou a relação de tratamento dado à educação infantil, estabelecendo como direito da
criança e não mais da mãe, a ter acesso a esse nível de educação. Já a LDB teve como marco a inclusão da educação
infantil como primeira etapa da educação básica. Por fim, o Marco Legal estabeleceu os princípios e diretrizes a serem
utilizados na formulação e implementação de políticas públicas para a primeira infância.
2. Ao discutirmos o conceito contemporâneo de infância, notamos uma transformação nas imagens de criança e de
infância. Sobre isso, assinale as alternativas a seguir e marque a que apresenta a concepção contemporânea de
criança e de infância.
A alternativa "C " está correta.
 
De acordo com essa nova concepção, a criança precisa ser ouvida e atendida nas suas necessidades específicas. Ela
passa, então, a ser vista como um ser competente, capaz de interagir com o seu meio social, criando soluções a partir da
sua própria interpretação da realidade.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você percebeu que compreender o conceito de infância é fundamental a todo profissional que, direta ou indiretamente,
colocará seus esforços com o objetivo de formar as crianças. Quanto mais entendermos tal conceito como constituído ao
longo dos últimos séculos, melhor teremos condições de buscar possibilidades de uma atuação mais eficaz no processo
educativo das crianças.
Ao sairmos de um conceito forjado ao longo dos séculos XIX e XX que, por um lado, tutelava a infância sob o Estado e a
Religião e, por outro, definia a mesma exclusão social e étnica presente no ambiente adulto, chegamos à visão
contemporânea que tem como foco a garantia de uma educação integral das crianças. Busca, assim, alcançar um equilíbrio
que não volte a transformar a criança em mini adulto, agora como que sem necessidade de cuidados específicos, por já
possuir autonomia necessária a sua formação.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
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%20Sobre%20a%20Roda%20dos%20Expostos.pdf. Acesso em: 17 jan. 2020.
EXPLORE+
1. Visite o site Vila Malaguzzi – Tempos de infância e descubra esse lugar destinado a brincadeiras, aprendizado, suporte e
auxílio para as crianças e que também funciona como um espaço de acolhimento, formação e informação para pais e
familiares.
2. Para se aprofundar no conhecimento dos pensamentos que contribuíram para o avanço da Educação, leia a obra:
AZEVEDO, F. et al. Manifestos dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e dos educadores (1959). 122 p. Coleção
Educadores. Fundação Joaquim Nabuco. Recife: Massangana, 2010.
3. Visite o site da Organização Internacional do Trabalho – OIT.
4. Conheça, no site da UNICEF, a versão para crianças e adolescentes da Convenção sobre os Direitos da Criança, que traz
uma linguagem mais simples para o documento promulgado pelo Decreto nº 99.710, em 1990.
5. Conheça os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil (PNQEI) – volume 1, publicados em 2010, que
tratam do ensino infantil das crianças na faixa etária de 0 a 6 anos.
6. Leia a matéria pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação, 2006, e aprenda mais um pouco.
7. Busque na internet e conheça as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010).
8. Visite o portal do MEC e conheça a Política Nacional da Educação Infantil