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Prof. Sérgio Carvalho UNIDADE II Ergonomia e Ginástica Laboral A organização do programa de ginástica laboral irá nortear os esforços em relação à realidade da empresa. Necessidades serão identificadas, objetivos traçados e estratégias definidas. Duração, frequência, local da sessão e outros fatores devem ser analisados. Programa de ginástica laboral Fonte: https://cdn.pixabay.com/phot o/2016/03/27/01/37/qi-gong- 1282017 _960_720.jpg Um programa de ginástica laboral deve atender às necessidades da empresa, portanto a sua definição deve ser cuidadosa. Os objetivos do programa podem ser relacionados aos aspectos fisiológicos (LER/Dort), ou outros aspectos. O profissional de ginástica laboral irá analisar as necessidades e os objetivos da empresa, avaliar sua viabilidade e definir as estratégias para atingi-los. Por exemplo, para o objetivo de diminuir os acidentes de trabalho, será analisado o mecanismo de geração do problema de saúde associado. Objetivos do programa de ginástica laboral Também deve ser verificado quais objetivos da empresa são possíveis de atingir pela ginástica laboral, e os que podem necessitar de ações específicas extras. Caso a empresa não tenha objetivos definidos, o profissional de ginástica laboral irá realizar uma avaliação para verificar as principais necessidades, e obter dados para o planejamento do programa. Objetivos podem basicamente visar melhorias no sistema musculoesquelético, mas também podem estar relacionados a outros aspectos da rotina empresarial. Objetivos da ginástica laboral Pode-se dividir os objetivos em categorias para facilitar a análise pelo profissional e pela empresa. Os principais objetivos relacionados ao sistema musculoesquelético são: Reduzir fadiga; Diminuir dores; Prevenir lesões; Aquecer a musculatura; Objetivos musculoesqueléticos Promover relaxamento da superutilização; Ativar musculatura pouco utilizada; Aumentar consciência corporal; Melhorar a postura; Melhorar flexibilidade; Equilibrar esforços unilaterais; Outros. Um programa de ginástica laboral pode ter objetivos que não são diretamente do sistema musculoesquelético. Alguns objetivos visando equilíbrio para amenizar alta carga de solicitação cognitiva ou níveis de atenção e de tensão podem fazer parte do programa. Os principais objetivos buscados são: Aumento do bem-estar; Promoção da saúde e hábitos saudáveis; Melhoria do relacionamento da equipe; Aumentar a disposição para o trabalho; Aumento da motivação; Integração entre setores; Melhoria da imagem interna e externa da empresa. Objetivos psicossociais e empresariais A avaliação inicial do panorama da empresa é uma importante fase do programa de ginástica laboral, pois vai definir as necessidades e possibilidades. A empresa já pode ter realizado diagnósticos e avaliação das necessidades, e esses dados devem ser alinhados nesta avaliação inicial do profissional de ginástica laboral. Pode-se buscar informações em diferentes canais, dependendo da necessidade e profundidade da análise ou viabilidade de acesso às informações. Avaliação inicial ou diagnóstica Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2017 /04/27/01/09/ Dentist-2264144 _960_720.jpg Existem diversos canais para obtenção de informações, nem sempre diretivas. Algumas empresas podem dar acesso a diversos dados, protegendo outros que considere estratégicos. As informações obtidas podem ser confidenciais. Pode também haver objeções da empresa em permitir pesquisas entre os trabalhadores, para evitar repercussões não controladas de aspectos sensíveis. Fontes de informações para avaliação inicial ou diagnóstica Reunião com os gestores de vários níveis: Permite conhecer as expectativas. Conhecimento das características dos departamentos. Estrutura, possibilidades, limitações. Informações sobre as rotinas de trabalho. Observação “in loco”: Permite observar a rotina do trabalhador, as posições assumidas, os movimentos realizados, etc. Verificar as diferenças da situação real em relação à ideal. Fontes de informações para avaliação inicial ou diagnóstica Médico do trabalho ou departamento médico: Conhecimento dos principais acometimentos dos trabalhadores. Motivos da busca de atendimento e sua frequência. Condições de afastamento (histórico e atual). Membros da CIPA: Informações na visão da representatividade dos trabalhadores. Condições de afastamento (histórico e atual). Informações das últimas SIPATs. Fontes de informações para avaliação inicial ou diagnóstica Departamento de RH (Recursos Humanos) ou equivalente: Informações sobre índices de faltas. Quantidade e duração de afastamentos. Informações sobre problemas ou necessidades institucionais. Geralmente podem ser um contato principal em vez de cada setor. Outros departamentos interessados: A depender da organização de cada empresa, podem haver outros departamentos a prestar informações para determinação dos objetivos. Fontes de informações para avaliação inicial ou diagnóstica Aplicação de questionários aos trabalhadores: Pode ser realizada com questionários já estruturados e validados em pesquisas ou ser elaborado um questionário específico para a empresa. Importante obter aprovação da empresa para fazer a aplicação. Necessário cuidado com a confidencialidade, a depender do teor das perguntas. Realização de entrevistas: Pode ser realizada com os funcionários ou gestores. Organizar um roteiro de entrevista para obter as informações pretendidas. Fontes de informações para avaliação inicial ou diagnóstica A avaliação inicial ou diagnóstica visando a implantação de ginástica laboral em uma empresa deve considerar: a) Obter dados do departamento de pessoal sobre as necessidades. b) Reunir-se com gestores para ter conhecimento de diferentes setores e realizar entrevistas ou aplicação de questionários quando permitido. c) Obter informações com o departamento médico sobre os principais problemas de saúde pertinentes encontrados nos trabalhadores. d) Contatar CIPA e outros setores interessados quando permitido para se obter informações diversificadas sempre que possível. e) Todas as alternativas anteriores. Interatividade A avaliação inicial ou diagnóstica visando a implantação de ginástica laboral em uma empresa deve considerar: a) Obter dados do departamento de pessoal sobre as necessidades. b) Reunir-se com gestores para ter conhecimento de diferentes setores e realizar entrevistas ou aplicação de questionários quando permitido. c) Obter informações com o departamento médico sobre os principais problemas de saúde pertinentes encontrados nos trabalhadores. d) Contatar CIPA e outros setores interessados quando permitido para se obter informações diversificadas sempre que possível. e) Todas as alternativas anteriores. Resposta A definição do tempo de duração da sessão e horário da ginástica laboral antecede o planejamento dos exercícios, podendo ser diferente para cada setor. Esta definição leva em conta fatores locais, como a demanda menor de trabalho em determinados horários, a entrada de um novo turno de trabalhadores antes do encerramento do turno anterior, ou a parada programada de máquinas. Pode levar em conta também os objetivos do programa – por exemplo, uma sessão de ginástica preparatória (aquecimento) deve ser no início do turno. A duração da sessão também obedece a diversas condições, às vezes externas ao programa. Programa de ginástica laboral – horário e duração das sessões Sessões muito curtas podem ter dificuldade em alcançar os objetivos, se a determinação destes não levar em consideração esta limitação de tempo. Sessões muito longas cumprem os objetivos, mas tendem a ter baixa adesão, pois os trabalhadores sentem que seu trabalho pode ser atrasado. Grande, Silvae Parra (2014) analisaram alguns cenários em relação ao tempo da sessão de ginástica laboral: Japão: 10-15 minutos, antes da jornada. EUA: em média 30 minutos de duração. Brasil: 10 a 15 minutos, no início, no meio ou no fim da jornada. Programa de ginástica laboral – duração das sessões O local para realização das sessões de ginástica laboral pode ser adaptável. Não há necessidade de local designado exclusivamente para a atividade. Cuidado com interferência àqueles que precisam continuar trabalhando. Procurar por local onde haja o espaço necessário para as atividades. Atentar ao horário de uso de espaços alternativos. Programa de ginástica laboral – local de realização das sessões Foto: Prof. Sérgio Carvalho Local de realização da sessão pode ser diferente para cada setor. Pode ser realizada no próprio posto de trabalho ou local próximo. Local que acomode o número de participantes. Longe de máquinas em funcionamento. Sessões especiais em local alternativo. Percurso ou rota de atendimentos. Programa de ginástica laboral – local de realização das sessões Foto: Prof. Sérgio Carvalho O programa de ginástica laboral pode integrar-se a outras iniciativas corporativas, geralmente em qualidade de vida, saúde ou motivação. Qualidade de vida envolve diversas variáveis, mas em geral pode ser associada à saúde, lazer, escolaridade, aspectos econômicos, habitação, relações sociais e trabalho, entre outras. Área específica de qualidade de vida relacionada à saúde (QVS). Saúde corporativa relaciona-se à produtividade. Os benefícios a ambos programas. Programa de ginástica laboral – possibilidades de integração Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2018/06/ 02/18/22/fitness-3448864_960_720.jpg Integração com programas de ergonomia: Programa pode ser planejado para evidenciar aspectos da postura, melhorar consciência e percepção corporal, fortalecer musculatura. Integração com programas de aptidão física (academia “in loco”): Alguns setores podem ter acesso à uma academia interna, ou bolsa parcial para academias conveniadas. Lacuna para os trabalhadores sem acesso a este benefício. Programa de ginástica laboral – possibilidades de integração Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/20 16/10/11/01/58/woman- 1730325_960_720.jpg Integração com grupos de caminhada, ginástica ou corrida: Algumas empresas podem ter programas de promoção à saúde diversos, e o programa de ginástica laboral pode interagir com as demais iniciativas. Integração com programas de nutrição ou combate à obesidade: Quando existentes, hábitos saudáveis podem ser promovidos na parte educativa do programa de ginástica laboral. Integração com programas de qualidade de vida e combate ao estresse: A ginástica laboral pode fazer parte de um esforço da empresa em buscar o equilíbrio físico e emocional, com o planejamento do programa voltado para este enfoque. Programa de ginástica laboral – possibilidades de integração Pode-se afirmar sobre a integração de um programa de ginástica laboral com outros programas de saúde e qualidade de vida existentes na empresa: a) A integração não é benéfica para nenhuma das propostas, pois os trabalhadores podem confundir-se entre os objetivos. b) A integração é benéfica apenas para o programa de ginástica laboral, o que é desejável, pois traz resultados ao profissional. c) A integração não é benéfica para a ginástica laboral, sendo vantajosa apenas para o outro programa, e por isso deve ser evitada. d) Ambos os programas podem ser beneficiados se a integração for planejada adequadamente. e) Apenas o programa mais antigo pode ser beneficiado se tal integração for realizada. Interatividade Pode-se afirmar sobre a integração de um programa de ginástica laboral com outros programas de saúde e qualidade de vida existentes na empresa: a) A integração não é benéfica para nenhuma das propostas, pois os trabalhadores podem confundir-se entre os objetivos. b) A integração é benéfica apenas para o programa de ginástica laboral, o que é desejável, pois traz resultados ao profissional. c) A integração não é benéfica para a ginástica laboral, sendo vantajosa apenas para o outro programa, e por isso deve ser evitada. d) Ambos os programas podem ser beneficiados se a integração for planejada adequadamente. e) Apenas o programa mais antigo pode ser beneficiado se tal integração for realizada. Resposta Dentre várias abordagens existentes, o profissional de ginástica laboral pode escolher a que melhor vai atender a cada caso. Uma primeira visão pode ser dada a partir da proposta de Mendes & Leite (2012) que divide a estrutura do programa em 4 fases: Fase 1 – estruturação. Fase 2 – planejamento. Fase 3 – execução. Fase 4 – avaliação. Planejamento do programa de ginástica laboral Fase 1 – estruturação: Avalia-se a composição do grupo de trabalho, quais setores da empresa estarão envolvidos na estruturação e relacionando-se diretamente com o profissional de ginástica laboral antes da implantação. Trabalha-se na obtenção de dados, envolvendo os setores escolhidos e solicitando informações a outros, quando forem necessárias. Análise do perfil do público-alvo em cada setor. Análise das solicitações impostas pelo trabalho. Planejamento do programa de ginástica laboral Fase 2 – planejamento: Fase em que se determina a proposta de atuação. Divulgação da ginástica laboral, iniciando pelos gestores e direção. Sensibilização sobre a importância da adesão ao programa, especialmente dos responsáveis pelos setores, para que estes possam influenciar positivamente a participação de seus subordinados. Determinação do horário e duração das sessões, de acordo com as informações obtidas na fase anterior. ginástica preparatória. ginástica de pausa. ginástica de fim de expediente. Determinação do roteiro de atendimento/percurso. Planejamento do programa de ginástica laboral Fase 3 – execução: Implantação de um projeto piloto, quando cabível. Projeto piloto é a implantação controlada da atividade em uma escala menor, por exemplo, um setor apenas, antes da implantação em toda a empresa. Possibilita verificar possíveis problemas, para que sejam corrigidos e evitados em maior escala posteriormente. Implantação definitiva conforme planejamento. Condução do programa e acompanhamento constante. Preocupação permanente com a motivação, para obter bons índices de participação. Planejamento do programa de ginástica laboral Fase 4 – avaliação: Em intervalos definidos, deve-se planejar uma avaliação (mensal, semestral, etc.). Pode-se verificar necessidades de alterações em relação aos conteúdos. Pode-se verificar necessidades de alterações em relação às estratégias. Pode-se verificar necessidades de alterações em relação a horário e local. Satisfação com o andamento do programa dos funcionários, gestores, da direção, etc. Planejamento do programa de ginástica laboral Aprofundando a visão do planejamento a ser realizado, Mendes & Leite (2012) propõem que seja dividido em 4 etapas: Planejamento geral. Planejamento mensal. Planejamento semanal. Planejamento da sessão de ginástica laboral. Planejamento do programa de ginástica laboral O planejamento geral é a primeira etapa a ser realizada, quando o profissional de ginástica laboral irá idealizar um panorama do projeto como um todo. Neste planejamento geral está presente a previsão para realização da avaliação inicial, já abordada anteriormente. Também nesta fase de planejamento geral são estipulados os objetivos gerais para o programa. Nesta fase, ainda, estuda-se a realização ou não de um projeto piloto, a ser implantado posteriormente. Planejamento geral Um segundo nível de divisão do planejamento é o planejamento mensal. Dependendo da exigência do projeto, pode-se utilizar outraperiodicidade para organizá-lo, como bimestral, trimestral ou semestral. A razão desta etapa é proporcionar uma adaptação de um ciclo para outro, de modo a possibilitar uma sequência e às vezes alternância de enfoques. Mantidos os objetivos gerais já estipulados, o planejamento mensal possibilitará traçar caminhos para alcançá-los. Planejamento mensal Este terceiro nível do planejamento também é adaptável. Para programas de 3 a 5 dias semanais, o planejamento semanal conseguirá estabelecer uma organização para que os objetivos, ou mesmo exercícios, possam ser intercalados de modo eficiente. Um programa de ginástica laboral não pode ser monótono, e em geral um planejamento semanal pode ajudar o profissional a se organizar para não repetir os mesmos exercícios ao longo de muitas sessões. Exercícios escolhidos podem ser repetidos ao longo de algumas sessões, de modo a permitir que o praticante os compreenda, tente executar e domine-os após algumas execuções. Já a maior parte dos exercícios deve ser trocada por outros, que também cumpram os objetivos, de modo a ocasionar uma variação de estímulos. Planejamento semanal O quarto e último nível do planejamento é o planejamento da sessão de ginástica laboral, que será visto a seguir. Pode-se adiantar, apenas para dar o sentido final a esta organização de 4 níveis, que o planejamento de sessão irá se alinhar com o planejamento semanal, para que as aulas tornem-se interessantes, motivadoras, variadas e eficazes. Planejamento da sessão de ginástica laboral Foto: Prof. Sérgio Carvalho Sobre as fases de organização de um projeto de ginástica laboral (estruturação, planejamento, execução e avaliação), qual afirmação abaixo é verdadeira? a) A avaliação é realizada apenas no início do projeto, para verificar os objetivos. b) A estruturação é a fase em que se monta uma estrutura de academia dentro da empresa, para receber as aulas de ginástica laboral. c) A fase da execução compreende o momento da sessão de ginástica laboral, quando os trabalhadores executam os exercícios. d) O planejamento é a fase em que se determina o que se vai trabalhar, quando (horários), além da sensibilização e divulgação. e) A divisão em 4 fases é o projeto piloto do programa de ginástica laboral. Interatividade Sobre as fases de organização de um projeto de ginástica laboral (estruturação, planejamento, execução e avaliação), qual afirmação abaixo é verdadeira? a) A avaliação é realizada apenas no início do projeto, para verificar os objetivos. b) A estruturação é a fase em que se monta uma estrutura de academia dentro da empresa, para receber as aulas de ginástica laboral. c) A fase da execução compreende o momento da sessão de ginástica laboral, quando os trabalhadores executam os exercícios. d) O planejamento é a fase em que se determina o que se vai trabalhar, quando (horários), além da sensibilização e divulgação. e) A divisão em 4 fases é o projeto piloto do programa de ginástica laboral. Resposta Conforme estudado no modelo de 4 níveis de planejamento (geral, mensal, semanal e sessão), o planejamento de uma sessão é a menor unidade deste sistema, visando a conquista dos objetivos almejados. Esse planejamento possibilitará considerar as características dos grupos de participantes da ginástica laboral, determinando as atividades e estratégias, de acordo com os objetivos estabelecidos. Planejamento da sessão de ginástica laboral Uma análise inicial cuidadosa vai possibilitar ao profissional de ginástica laboral conhecer melhor o perfil do trabalhador daquela empresa ou setor, e realizar um planejamento de sessões que tenha efetividade com este cliente. A faixa etária adulta tem características fisiológicas gerais bem estudadas. O conhecimento de aspectos gerais da população e características específicas do público atendido irá possibilitar maior adequação do programa. Planejamento da sessão de ginástica laboral Algumas características gerais da população adulta podem mostrar um panorama de parcelas da clientela da ginástica laboral. Certos dados não são exatamente sobre o cliente real, mas podem mostrar uma tendência e uma valoração de alguns parâmetros. Por exemplo, analise este gráfico sobre a prática de atividade física e a idade/renda familiar. Características gerais da população adulta Fonte: http://www.br.undp.org/content/dam/brazil/docs/p ublicacoes/relatorio-nacional-desenvolvimento- humano-2017.pdf Sem rendimentos a menos de ½ de salário mínimo 5 salários mínimos ou mais Uma outra análise geral possível é sobre os motivos que levam um adulto a procurar realizar uma atividade física. Se houver conciliação dos objetivos do programa com motivos de interesse da população, há maior chance de boa adesão. Características gerais da população adulta Fonte: PNUD, 2017 Motivo 15 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 59 anos 60 anos ou mais Total Para melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar 14, 2 23,9 34,0 39,7 38,9 32,7 Para relaxar ou se divertir 40,8 31,4 23,0 15,5 10,0 22,2 Para melhorar ou manter o desempenho físico 17,2 26,7 26,9 19,5 13,1 22,0 Por indicação médica 2,3 3,0 6,6 19,6 34,8 13,0 Por gostar de competir 16,5 9,9 5,7 3,0 1,5 6,1 Para socializar, encontrando com amigos ou fazendo novas amizades 7,3 4,4 2,9 2,0 1,3 3,1 Outro 1,7 0,8 0,8 0,8 0,4 0,8 Outro fator importante é levar em conta a vestimenta dos clientes da ginástica laboral. Em certos setores nem todos os movimentos são possíveis, devido ao uso de roupas ou calçados que impõem maiores limites aos movimentos. Também em alguns casos não são adequadas atividades no plano horizontal (sentar ou deitar no chão), o que em outras áreas da empresa é possível. Em setores com uniformes pesados ou EPIs obrigatórios também vão haver limitações na realização de movimentos. Planejamento da sessão de ginástica laboral Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/10/2 2/00/16/work - 1000618_960_720.jpg Considerando os objetivos estabelecidos, uma série de atividades podem ser realizadas com os clientes. Segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2000), fazem parte de uma sessão de ginástica laboral: Núcleo informativo: acoplado ao trabalho corporal, informações sobre anatomia e fisiologia, fisioterapia de LER/Dort, atividades da vida diária, noções de limite. Abordagem de aspectos psicossociais, instrumentalizando o paciente a superar dificuldades rotineiras. Técnicas variadas de alongamento, automassagem, relaxamento, fortalecimento muscular e correção de postura. Cinesioterapia, massoterapia. Estímulo a atividades lúdico-sociais. Condicionamento físico. Planejamento de conteúdos da sessão de ginástica laboral Exercícios mais simples podem ser utilizados como uma preparação, e os mais exigentes devem ser propostos em seguida. Por exemplo, uma atividade de mobilização de punhos deve ser proposta antes de um exercício de alongamento de flexores ou extensores do punho. As sessões iniciais do programa de ginástica laboral devem envolver movimentos mais simples e de fácil entendimento, e à medida em que o programa avança podem ser propostos exercícios mais complexos. Planejamento de conteúdos da sessão de ginástica laboral Fonte: Carvalho, S.H. p. 170 (2019) Além dos exercícios, também é possível incluir um componente educacional: A abrangência da ginástica laboral pode ir além dos minutos que ela compreende, pois, dependendo do que o professor repassa, seja sob forma de exercício físico ou de informação sobre saúde, os trabalhadores podem apropriar-se de tais conhecimentos e aplicá-los em qualquer momento do dia, dentro ou fora da jornada de trabalho (BRITO; MARTINS, 2012, p. 448). Planejamento de conteúdos da sessão de ginástica laboral Foto: Prof. Sérgio Carvalho Sobre o planejamento de uma sessão de ginásticalaboral, segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2000), é correto afirmar sobre atividades a desenvolver: a) Pode conter um núcleo informativo, com informações sobre fisiologia, anatomia, fisiopatologia da LER/Dort etc. b) Não deve abordar aspectos psicossociais, por tratar-se de uma atividade física. c) Deve evitar atividades lúdico-sociais e concentrar-se no trabalho muscular. d) É desencorajado, pois o Ministério da Saúde trata das doenças instaladas. e) Deve limitar-se a alongamentos e relaxamentos. Interatividade Sobre o planejamento de uma sessão de ginástica laboral, segundo o Ministério da Saúde (Brasil, 2000), é correto afirmar sobre atividades a desenvolver: a) Pode conter um núcleo informativo, com informações sobre fisiologia, anatomia, fisiopatologia da LER/Dort etc. b) Não deve abordar aspectos psicossociais, por tratar-se de uma atividade física. c) Deve evitar atividades lúdico-sociais e concentrar-se no trabalho muscular. d) É desencorajado, pois o Ministério da Saúde trata das doenças instaladas. e) Deve limitar-se a alongamentos e relaxamentos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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