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Clínica Médica Icc e Valvopatias Processos fisiopatológicos em que o coração é incapaz de alcançar as necessidades metabólitas teciduas para oxigênio. Cardiopatia (anormalidade cardíaca anatômica ou funcional) Insuficiência cardíaca (ejeção de volume inadequado, resultando em aporte insuficiência de oxigênio) ICC (aumento das pressões venosas e capilar, comprometimento cardíaco, resultando em órgãos congestos) Pré carga = Volume (grau que o miocárdio distende no final da diástole) Pós Carga = Trabalho (stress sistólico na parede do miocárdio) Débito cardíaco (volume ejetado por minuto pelo ventrículo) ICC Consequências (congestão sistêmica, estase vascular, aumento da pressão venosa, extravasamento de fluído, edema pulmonar, ascite, efusão pleural) Edema pulmonar NÃO faz drenagem – usa diurético Efusão pleural pode-se usar drenagem, pulsão... Pode se apresentar Azotenia = acúmulo de creat e uréia. Classificação funcional icc 1. Animal não apresenta sinal clínico (sinais de cardiopatia ou cardiopatia+cardiomegalia) 2. Manifestação de ICC – leves a moderados (em repouso ou em exercícios leves) 3. Manifestações graves de ICC (manejo em casa e hospitalar) Icc esquerda (circulação pulmonar) Icc direita (circulação sistêmica) Patogênia da ICC Sistema nervoso autônomo simpático Coração comprometido (-volume ejetado) e Menos sangue (-pressão arterial) Compensação (libera noradrenalina), +FC, Vasoconstrição Cronificação, prejuízo ao coração, =FC, -DC, vasoconstrição crônica (dificuldade o esvaziamento) *coração bate mais rápido, mas não consegue oxigenaar, ajuda um lado e danifica o outro SRAA (Sistema renina..) -DC = redução da perfusão = rins ativam o SRAA Liberação de renina + angiotensinogênio = angiotensina 1 = ECA = Angiotensina 2 Angiotensina 2 = +volume sanguíneo, vasoconstrição e hipertrofia cardíaca (arritmias) Pode causar acúmulo de líquido, formando EDEMA, sendo necessário o uso de diurético Angiotensina 2 também modifica os níveis de aldosterona = retenção de Na e água renal SNAS + SRAA = remodelamento cardíaco, isquemia, arritmais.. Manifestações clínicas da ICC ICC Direita = ascite, edema (membros), efusão pleural, hepatomegalia ICC Esquerda = edema pulmonar, efusão pleural, dispneia, tosse, fadiga muscular, síncope... *tosse mais em cães // anasarca = edema generalizado Exame Físico Ruídos respiratórios, sopros, arritmias, pulso jugular (só pulsa quando tem ic)... Crepitação – líquidos na auscultação Diagnóstico Eletrocardiograma Raio x do tórax Ecocardiograma Biomarcadores cardíacos Hemograma Tratamento Diuréticos: -volemia (furosemida – inibe a bomba de sódio potássio cloro, diminuindo a reabsorção de sódio nas alças // Hidroclorotiazida – ação no túbulo renal, inibe a reabsorção de cálcio, menos eficaz) Vasodilatadores – inibem a ECA (Anlodipina, hidralazina, viagra- hipertensão pulmonar canina) Inotrópicos: aumentam a contratilidade cardíaca (digoxina não se usa mais como inotrópico e sim como anti-arritmico) Inodilatadores e Betabloqueadores Dieta – restrição de sódio, carboidratos e proteínas, rico em ômega 3 (prevenir perda de peso e caquexia) Doença Valvar Adquirida Doença degenerativa Ocorrência – 62% mitral 32,5% mitral e tricúspede 1,3% tricúspede *Muito frequente em cães de porte pequeno (+macho do que fêmeas) Fisiopatogênia Pequenos nódulos nos folhetos valvares Crescimento dos nódulos Não coaptação das valvas Degeneração valvar – regurgitação valvar – escape sanguíneo para o átrio – congestão sanguínea Sinais Clínicos Ausentes no inicio Intolerância ao exercício Tosse na fase avançada Remodelamento cardíaco + edema pulmonar Dispnéia Síncope Diagnóstico Auscultação – sopro sistólico e crepitação pulmonar (edema) Raio x Ecocardiograma Eletrocardiograma Tratamento Vasodilatador, dieta hopossódica, betabloqueadores, diurético.. Cardiomiopatias Cardiomiopatia hipertrófica Hipertrofia concêntrica do miocárdio ventricular Não há dilatação da cavidade do ventrículo Disfunção diastólica Prevalência em gatos Componente genético – Maine coon.. Manifestações clínicas Assintomáticos, alterações respiratórias, Efusão pleural, tromboembolismo, paralisia do membro, sopro sistólico, insuficiência mitral, arritmia, icc, síncope. Diagnóstico Radiologia de tórax Valentine shape (coração da hello kit) Ecocardiograma *Gato com mudança respiratória – 1° coloca no oxigênio e depois faz exame Diagnóstico diferencial Possíveis causas – hipert4, HAS, acromegalia, neoplasias miocárdicas, hiperaldosteronismo.. Tratamento Inotrópico negativo, diurético, dilatadores, oxigenoterapia, antitrombótico Cardiomiopatia dilatada Diminuição da contratilidade e dilatação ventricular Coração globoso, insuficiência valvar, atrofia do músculo cardíaco, fibrose e necrose Geralmente em cães de grande porte Tratamento Inotrópico positivo Dilatador Dieta hipossódica Diurético Venodilatador Oxigênoterapia Doenças do Sistema Respiratório Cavidade Nasal Rinite por corpo estrenho Rinite por defeitos no palato Rinite devido doença periodental Rinite Viral Rinite Bacteriana *Bactéria – infecção secundária *Cinomose – tentar a medicação Ribavirina Rinite Fúngica Aspergilose (raro no brasil) Criptococose (+ em gatos, fezes de aves) Esporotricose (+ em gatos, nariz de palhaço) Corrimento uni/bilateral, diagnóstico (RX, citologia, cultura) Rinite Neoplásica Adenocarcinoma, osteosarcoma. Corrimento nasal uni/bilateral, espirros, deformação da face Diagnóstico – RX, rinoscopia, citologia, biópsia. Complexo respiratório Felino *Tosse não é comum em gatos Rinotraqueíte Herpesvírus felino tipo 1 DNA envelopado Suscetível a maioria desinfetantes e antissépticos Epidemiologia (entrada por via nasal, reprodução no epitélio nasal, destruição do epitélio ciliado, áreas de necrose, fibrose cicatricial, esteólise, latência no glânglio do trigêmeo (vírus fica escondido e o animal não apresenta sintomas; fugindo do sistema imune; não transmite quando está em latência)) Sintomas – espirros, corriza, corrimento nasal, febre, anorexia, rinosinusite... Sequelas – rinite crônica, conjuntivite crônica, ceratite estromal, sequestro de córnea, simbléfaro (pálpebra adere na córnea – cirurgia) Animais gestantes podem abortar Tratamento – fluído terapia, alimentação, estimulantes de apetite, antibióticos, inalação, limpeza nasal, colírios, antivirais (Famciclovir) Calicivirose Patogenia – entrada por via oronasal/conjuntiva, tropismo por cavidade oral, áreas de necrose, pneumonite viral Transmissão – fômites (onjetos que podem ter o vírus – jaleco, tênis...), contato direto, secreções oronasais Calcivírus NÃO faz LATÊNCIA, faz PERSISTÊNCIA em cavidade oral Manifestações clínicas- espirros, secreção óculo-nasal, febre, conjuntivite, anorexia, apatia, pneumonia, hipersalivação/sialorréia (úlceras) Cepa Virulenta – não tem no Brasil – vasculite, multissistêmico, edema de membros, trombose, alta mortalidade Tratamento – suporte, antibioticoterapia, alimentação, antissépticos bucais (Cepacaína/Hexomedine – analgésico + antisséptico) Prevenção – vacina V3,V4,V5 (mais usada é a V4) *6-8 semanas = 1° dose Última dose = 16 semanas (as três doses é devido ao colostro) Dispnéias Calma, observação e tratamento Provavelmente o animal estará cianótico Padrão Respiratório – muito esforço abdominal, pouco esforço torácico Doenças da Traquéia Traqueíte não infecciosa Colapso de traquéia Tratamento– corticoide, glicosaminoglicano, antitussígeno, broncodilatador Emergencial – sedação = dexa = oxigênio Tosse decorrente, não para Traqueíte Infecciosa Tosse de Canis – parainfluenza, adenovírus, herpesvírus, micoplasma, bordatella bronchiseptica Sintomas – tosse seca com evolução aguda Tratamento – doxiciclina, inalação e corticoide Doenças Brônquicas Bronquite/Asma Felina Tosse, dispneia, sibilos, ortopnéia Prednisolona, fluticasona via inalatória, dexametasona, broncodilatador e Oxigênio Bronquite Crônica Canina Tosse diária por período – 2 meses, cansaço, cianose e síncope Auscultação – crepitação e sibilo Colapso de traquéia, doenças cardíacas e neoplasias Tratamento – broncodilatador, corticoide, doxiciclina, antitussígeno, inalação Complicações – pneumonia secundária, bronquiectasia Cálculo de Dose frgr dvg dfgdfg