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Avaliação morfofuncional

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Gráficos descritivos facilitam a visualização dos dados. Exemplos: gráficos de coluna, em barra, em pizza, em linhas, de áreas.
Descrição tabular Tabelas ajudam a analisar os dados com mais clareza. Exemplo: tabela de frequência.
Descrição paramétrica Estima-se o valor de um parâmetro, presumindo que ele completa a descrição dos dados. Por exemplo: média.
Estatística inferencial tem como objetivo fazer afirmações (inferências) com base em um conjunto de valores representativos (amostra) de um universo. Essa afirmação é acompanhada por uma medida de precisão.
Na estatística inferencial, devemos utilizar as abordagens de estimativa dos resultados, os quais são apresentados cointervalos de confiança.
Para isso, utilizamos os testes de hipóteses, cujos resultados são apresentados como valores de P (P de probabilidade) por meio de testes estatísticos. A seleção da estatística inferencial é orientada para uma pergunta que precisa ser respondida.
Um detalhe da estatística inferencial é a testagem de hipóteses. O tratamento estatístico adotado informa se uma variável é de fato estatisticamente diferente ou igual à outra variável ou se possuem alguma relação entre si.
Atenção
Após a utilização da estatística descritiva, o segundo passo é a aplicação da estatística inferencial que permite traçar as probabilidades dos resultados.
Algumas das grandes medidas utilizadas é a correlação de Pearson e o teste T de Student, que veremos a seguir.
Correlação de PearsonA correlação de Pearson, representada pelo (r), mede o grau da correlação (e a direção dessa correlação, se positiva ou negativa) entre duas variáveis de escala métrica (intervalar ou razão). Esse coeficiente assume valores entre -1 e 1, onde:
· r = 1: correlação perfeita positiva entre as duas variáveis (as duas aumentam ou diminuem no mesmo sentido).
· r = - 1: correlação negativa perfeita entre as duas variáveis (se uma aumenta, a outra sempre diminui).
· r = 0: as duas variáveis não dependem linearmente uma da outra. No entanto, pode existir uma dependência não linear. Assim, o resultado ρ = 0 deve ser investigado por outros meios.Para interpretar o valor modular de r, podemos considerar o seguinte:
0,70 a 1,0
Correlação forte
0,30 a 0,7
Correlação moderada
0 a 0,30
Correlação fraca
Veja a seguir o exemplo de um gráfico de correlação:
Teste T de Student
Uma grande característica de um teste de hipótese é que ele usa métodos estatísticos que podem rejeitar ou não uma hipótese nula, quando a estatística de teste segue uma distribuição t de Student .
As hipóteses podem ser nulas (H0), tidas como verdadeiras até que os testes digam ao contrário, ou alternativas (H1), sempre contrárias às hipóteses nulas. Por exemplo:
Exemplo
Um grupo de professores realizou a medida da estatura em um grupo de 20 alunos, em 2 momentos com intervalo de 3 meses, e querem saber se há diferença entre as médias da primeira para a segunda medida. Para isso, formularam a hipótese alternativa que afirma que as medidas são diferentes. Então, nossa hipótese nula é que não há diferença entre as duas medidas.
Evidente que não há como aceitar as duas hipóteses como verdadeiras, pois elas são contrárias. Assim, o valor estabelecido no teste t é utilizado para rejeitar a hipótese nula e aceitar a hipótese alternativa. Quando encontramos um valor no teste t, comparamos com um valor de significância estipulado (normalmente usamos 0,05). Esse valor de significância pode ser:
Igual a 0,05
Neste caso, diz que a hipótese nula será rejeitada em 95% dos casos.
Maior que 0,05
Neste caso, podemos aceitar a hipótese nula e dizer que não existe diferença estatisticamente significativa entre as médias dos grupos.
Menor que 0,05
Neste caso, dizemos que há diferença estatisticamente significativa entre as médias dos grupos.
No exemplo descrito, ao realizar o teste t (considerando o nível de significância de 0,05) entre as duas medidas de estatura, o valor encontrado foi de 0,30, o que indica que não há diferença estatística entre as médias das duas medidas, mesmo com as mudanças nas estaturas.
O teste t pode ser utilizado de formas diferentes:
Teste t com 1 amostra
Testa se a média de uma única população é igual a um valor alvo.
Teste t com 2 amostras ou teste t para amostras independentes
Testa se a diferença entre as médias de duas populações independentes é igual a um valor alvo.
Teste t pareado
Testa se a média das diferenças entre observações dependentes ou pareadas é igual a um valor alvo.
Atenção
Após a avaliação, os dados devem ser analisados. Evidente que precisamos utilizar programas que nos auxiliem e otimizem nosso tempo nessa tarefa. Programas compostos por planilhas, com as quais podemos tabular os dados coletados e analisá-los com o auxílio dos comandos usados na estatística descritiva e inferencial, são capazes de realizar ações as quais vão impactar diretamente no trabalho do avaliador.
INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO PRÉ-PARTICIPAÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Uma grande questão atribuída à escolha de testes é o fato de se realmente o teste mede o que se propõe a medir. Nesse caso, estamos falando da
validade do teste
confiabilidade do teste
fidedignidade do teste
correlação do teste
tipologia do teste
Responder
Comentário
2. Um profissional de Educação Física acompanha uma aluna na academia que já realizou quatro avaliações antropométricas para verificar se o objetivo da aluna foi alcançado: reduzir medidas corporais. A primeira avaliação no início do período, duas durante o semestre e uma ao final. De acordo com o momento da avaliação, podemos defini-la como
avaliação somativa/somativa/formativa/diagnóstica
avaliação diagnóstica/somativa/formativa/formativa
avaliação diagnóstica/formativa /formativa/somativa
avaliação somativa/diagnóstica /formativa/somativa
avaliação diagnóstica/somativa/somativa/formativa
Responder
Comentário
MÓDULO 2
Reconhecer os componentes da avaliação pré-teste
ANAMNESE
Imagine uma pessoa que não pratica exercícios físicos e deseja incluir esse novo hábito na sua rotina de vida. Antes de iniciar um programa de atividade física, ela deverá se submeter a uma avaliação morfofuncional, para que possa realizar as atividades em segurança.
Essa primeira avaliação possui um componente denominado pré-teste, em que o avaliador deve conhecer o avaliado, suas características e todas suas possíveis limitações, e com isso prescrever os exercícios de acordo com as necessidades e os objetivos do beneficiário.
Este módulo abordará todas as etapas da avaliação pré-participação, a anamnese e os questionários com os quais verificamos e estratificamos os riscos da prática de atividade física para a saúde das pessoas.
Sabemos que praticar atividade física de forma inadequada pode gerar um risco físico ao aluno/cliente/beneficiário, mas ao mesmo tempo sabemos que a prática regular de exercícios é um fator de proteção para surgimento de doenças crônico-degenerativas, como hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemias, entre outras. Por isso, ao pensar no risco, devemos esclarecer que o risco físico da atividade física se deve ao indivíduo estar em movimento, o que gera efeitos adaptativos no corpo.
Dessa forma, conhecer o nível de atividade física e saúde dos beneficiários é fundamental para iniciarmos o processo de prescrição de treinamento. Além disso, de acordo com a lei do estado em que o profissional atua e com a condição clínica do beneficiário, é preciso consultar um médico para verificar os exames de rotina — um passo importante para conhecer o nível de saúde.
Não obstante, muitas pessoas portadoras de doenças crônicas ou descompensadas iniciam a prática esportiva sem consultar um médico ou realizar os exames clínicos e ergométricos de rotina. Para compensar esses fatores, o profissional de Educação Física deve realizar entrevistas, a fim de observar possíveis questões que poderão gerar riscos à saúde do indivíduo — e quando necessário encaminhá-lo ao médico.
Questionários específicos para anamnese têm por objetivo conhecer o beneficiário e assim avaliar diversos fatores quepermitirão a prescrição dos exercícios físicos de acordo com as necessidades e objetivos estabelecidos.
Atenção
A anamnese é uma importante estratégia para que o profissional de Educação Física conheça o aluno antes de uma avaliação. Nesse momento, é possível conhecer o avaliado, seus hábitos diários, sua história e suas características.
Dados objetivos e subjetivos na anamnese
Os dados objetivos são confirmados a partir da observação do avaliador e de algo que seja palpável. Por exemplo:
Exemplo
A resposta à pergunta: “Você dorme em média quantas horas por dia?” Resposta: “Durmo em média 6 horas por dia, não mais que isso”. Por outro lado, os dados subjetivos não podem ser confirmados, ou não podemos determinar sua natureza, pois são colhidos em relatos, por exemplo: “Minha coxa dói quando me levanto da cama”.
A anamnese é muito importante na avaliação diagnóstica, pois será utilizada para traçar o perfil do avaliado em um primeiro contato com o avaliador. Essa anamnese possui algumas características específicas: o avaliador deve realizá-la em formato de entrevista ou de um questionário, com questões validadas e preestabelecidas, visando ao preenchimento das informações do avaliado.
O formato de entrevista é largamente utilizado, pois se caracteriza por uma conversa orientada que tem como principal objetivo recolher informações confiáveis do beneficiário. Dessa forma, pode-se estabelecer um roteiro com determinados itens. O entrevistado pode responder às perguntas sozinho, assinalando ou colocando as respostas.
Mas consideramos que, para um melhor acolhimento do beneficiário, é melhor que o profissional faça as perguntas e vá anotando as respostas, pois podem surgir dúvidas em meio ao processo e dessa forma elas poderão ser rapidamente respondidas.
A seguir, você poderá ver os pontos importantes da anamnese.
Clique nas barras para ver as informações.
PONTOS IMPORTANTES DA ANAMNESE
O avaliador deve ter uma postura empática e criar um clima afetivo, para estabelecer um processo de conforto, confiança e empatia com o beneficiário. Lembrando que empatia é diferente de simpatia. Para ser uma pessoa empática, você precisa realizar gestos, expressões e ter atitudes que facilitem o processo de relacionamento interpessoal, tentando colocar-se no lugar do outro.
No momento que você direciona um questionário, esse “interrogatório” pode estabelecer um contexto de perda de confiança por parte do avaliado por conta da “invasão da privacidade”. Portanto, tenha sempre o entendimento de trabalhar o questionário juntamente com a entrevista, procurando complementar as informações, já que a entrevista apresenta uma característica individual e as perguntas podem ser direcionadas de acordo com o perfil do avaliado.
O local de aplicação da anamnese também deve ser agradável e privativo. Lembre-se que os dados extraídos são confidenciais e não devem ser compartilhados com outras pessoas, exceto para os fins da atuação profissional.
Mais alguns aspectos da anamnese
Como vimos, antes de realizar a prescrição do exercício físico, o profissional de Educação Física deve conhecer o beneficiário e verificar os possíveis riscos para a realização das atividades. O beneficiário passa, então, inicialmente por uma anamnese que se caracteriza pela aplicação de questionários e medidas que definem seu perfil.
Atenção
As doenças cardiovasculares são a causa da maioria das mortes no mundo e sabemos que qualquer exercício físico aumenta a demanda cardiovascular, por isso elas sempre devem ser abordadas na anamnese. E quando se trata de perfil de risco para doenças cardiovasculares, os principais fatores associados são a obesidade, a hipertensão arterial e as alterações de frequência cardíaca de repouso.
Durante a aplicação da anamnese, deve ser realizada a coleta de dados explorando os problemas atuais do beneficiário e os problemas pelos quais já tenha passado. Você deve observar se há questões relacionadas à sua saúde física e emocional e, dessa forma, investigar também sua estrutura corporal.
O avaliador deve levar em consideração os seguintes aspectos durante a anamnese:
1. No momento da entrevista, o beneficiário deve estar acomodado confortavelmente e se sentindo bem. O avaliador deve criar um ambiente extremamente favorável, para que o beneficiário esteja seguro e ciente do sigilo das suas informações.
2. A postura do avaliador deve ser calma e a linguagem de fácil compreensão. Falar de forma clara, correta e lenta é fundamental, e o contato formal deve ser adotado.
3. A percepção do professor deve ser direcionada para os sinais verbais e não verbais do beneficiário, ele pode demonstrar desconforto ou insegurança sobre algum questionamento. É preciso estar atento.
Como elaborar a anamnese?
Na montagem de uma anamnese, o avaliador deve se preocupar primeiramente em listar todos os aspectos necessários que atendam seus objetivos; verificar a linguagem a ser adotada, que deve estar de acordo com o beneficiário; fazer simulações de possíveis respostas para verificar ambiguidades no questionário.
É comum que o questionário tenha uma forma estruturada e que seu conteúdo coadune com os objetivos.
A estruturação ocorre de maneira lógica e não modificável, é importante atentar para alguns pontos:
1
Verificar os aspectos que deverão ser esclarecidos e lembrar que as perguntas devem estar voltadas para um objetivo.
Avaliar se a linguagem está simples e direta, se é de fácil compreensão, para que o avaliado não tenha dúvidas
Simular possíveis respostas para as perguntas estabelecidas, para que não haja duplo sentido ou falta de alternativas.
O avaliador também deve evitar perguntas constrangedoras e embaraçosas ou perguntas que remetam a um passado muito distante, para não dificultar o andamento da entrevista.
Existem tipos específicos de questionários com perguntas abertas, fechadas ou com Escala de Likert. Veja a seguirPerguntas abertas
Oferecem a possibilidade de o avaliado expressar seus sentimentos, suas opiniões e ideias. Nesse caso, há uma interação maior entre avaliado e avaliador.Perguntas fechadas
Limitam a relação entre avaliado e avaliador, pois o avaliado escolhe uma entre as respostas prontas de acordo com a situação apresentada.PERGUNTAS DE CARACTERÍSTICA FECHADA
Nas perguntas fechadas, são fornecidas as possíveis respostas ao avaliado, mas apenas uma opção de resposta é possível. O avaliador usa esse tipo de pergunta quando tem informação prévia ou experiência de possíveis respostas.PERGUNTA DE CARACTERÍSTICA SEMIABERTA
A pergunta semiaberta é a junção de uma pergunta fechada e uma pergunta aberta, em que, num primeiro momento, o avaliado responde a uma das opções e depois justifica ou explica sua resposta.
Exemplo: Qual das opções a seguir é a sua principal escolha de atividade na academia?
a. Musculação
b. Cross training
c. Ginástica localizada
d. Bike indoor
Por quê? 
PERGUNTA DE CARACTERÍSTICA DICOTÔMICA
É a pergunta que tem como resposta apenas Sim ou Não. O avaliador usa esse tipo de pergunta quando deseja saber somente se há ou não determinado fato, sem a preocupação de saber o quanto o fato pode ou não influenciar a saúde do avaliado.
Exemplo: Você consome bebida alcoólica?
Sim ( ) Não ( )
PERGUNTA DE CARACTERÍSTICA ENCADEADA
Neste caso, a pergunta seguinte depende da resposta da anterior. O avaliador usa uma pergunta dicotômica seguida de outra pergunta complementar, permitindo ao avaliador ter a informação de quanto aquele fato influencia na saúde do avaliado.
Exemplo: Você consome bebida alcoólica?
Sim ( ) Não ( )
Quantas vezes por semana? _____________
Quantos copos por dia? ________________
PERGUNTAS COM CARACTERÍSTICA DE ORDEM DE PREFERÊNCIA
É dada ao avaliado a possibilidade de escolha do 1°, 2° e 3° lugares. O avaliador usa esse tipo de pergunta quando deseja saber quais são as preferências do avaliado em um banco de opções.
Exemplo: Das atividades de academia listadas a seguir, classifique por ordem de escolha as três primeiras, colocando, respectivamente, 1º, 2º e 3º.
Musculação ( )
Treinamentoaeróbico ( )
Ginástica localizada ( )
Bike indoor ( )
PERGUNTAS COM CARACTERÍSTICA DE ESCALA DE LIKERT
O avaliado indica o grau de concordância ou discordância de acordo com a situação questionada. A escala de Likert permite ao avaliador mensurar o grau de importância da situação questionada para o avaliado.
Exemplo: O quão importante é para você a prática diária de uma atividade física?
Muito importante ( )
Importante ( )
Indiferente ( )
Pouco importante ( )
Totalmente sem importância ( )
Fonte: Freitas, 2014.
Como vimos, informações importantes (há algumas confidenciais!) precisam ser incluídas na anamnese, como os dados cadastrais, os objetivos do avaliado, sua história clínica, familiar e psicossocial, as atividades da vida diária e da vida laboral (FREITAS, 2014, p. 7).
Atividades da vida diária
O avaliador pergunta como é um dia típico do avaliado, qual a dieta usual, quem cozinha na casa, se faz exercícios físicos com e sem orientação de um profissional, qual o ritmo de sono, se dorme bem, o que faz como lazer, hábitos de fumo e ingestão de álcool ou outras substâncias.
Atividades da vida laboral
O avaliador deve perguntar se o avaliado trabalha, se a atividade é estressante, a postura (corporal) adotada na maior parte do tempo, se tem horário para refeições e pausa, se tem programa de ginástica laboral na empresa.
Disponibilidade e preferências para fazer exercícios
O avaliado deve responder sobre a frequência semanal, o tempo disponível para cada dia de treino e suas preferências para a realização das atividades.
Adaptado de Ribeiro e Tirapegui, 2018.
Ao final da anamnese, sugere-se a aferição da pressão arterial e da frequência cardíaca de repouso.
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
A estratificação de risco tem como objetivo classificar o indivíduo em uma categoria de acordo com a sua susceptibilidade ao aparecimento de respostas inadequadas para um determinado esforço físico.
Diversas sociedades e associações nacionais e internacionais estabelecem diretrizes para essas classificações. Veja a seguir.
Fatores de risco causais
Como fumo, alto colesterol total, colesterol baixo, hipertensão arterial, diabetes e câncer.
Fatores de riscos condicionais
Aqueles associados às doenças cardiovasculares, que geram maiores riscos, como a elevação dos níveis de triglicerídeos, lipoproteína, fibrinogênio e da proteína C reativa.
Fatores de riscos predisponentes
Podem aumentar e intensificar os fatores causais, como obesidade, sedentarismo, comportamentos como ansiedade, estresse, depressão e o estado pós-menopáusico.
Fatores de risco inalterados
Não são modificáveis, como sexo, história familiar de doença arterial, baixa questão socioeconômica e idade.
Duas das maiores referências na Medicina Esportiva mundial, o American College of Sports Medicine (ACSM, Colégio Americano de Medicina Esportiva) e a American Heart Association (AHA, Associação Americana do Coração) estabelecem propostas e diretrizes importantes no cenário dos programas de exercícios físicos, além de questionários de prontidão para verificarmos os riscos das atividades.
Segundo o American College of Sports Medicine (2018), o processo de estratificação de risco possibilita a classificação de um indivíduo para a realização de exame médico, atividade física e teste de esforço em três categorias: baixo, moderado e alto. Veja a seguir.
Risco baixo
Homens e mulheres assintomáticos que possuem ≤ 1 fator de risco para doença cardiovascular.
Risco moderado
Homens e mulheres assintomáticos que possuem ≥ 2 fatores de risco para doença cardiovascular.
Risco alto
Indivíduos que sofrem de doença cardiovascular, pulmonar ou metabólica conhecida ou com um ou mais sintomas.
Quando um fator de risco é positivo, ocorre aumento significativo da probabilidade de ocorrências de doenças degenerativas comuns e eventos cardiovasculares; quando o fator de risco é negativo, essa probabilidade diminui. Veja no quadro a seguir os fatores de risco positivos e negativos para doença cardiovascular, segundo a ACSM:
	Fatores de risco positivos e negativos para doença cardiovascular
	Idade
	Homens ≥ 45 anos
	
	Mulheres ≥ 55 anos
	História familiar
	Infarto do miocárdio, revascularização coronariana ou morte súbita antes de 55 anos de idade no pai ou em outro parente masculino de primeiro grau, ou antes de 65 anos de idade na mãe ou em outra parente feminina de primeiro grau.
	Fumo de cigarros
	Fumante atual de cigarros ou aqueles que deixaram de fumar durante os seis meses precedentes ou exposição ambiental à fumaça de tabaco.
	Estilo de vida sedentário
	Não participar em pelo menos 30 minutos de atividade física de intensidade moderada (40-60% do VO2 de reserva) em pelo menos três dias da semana durante um período de pelo menos três meses. Lembre-se que a intensidade se associa ao grau de esforço para fazer uma atividade física ou exercício.
	Obesidade
	Índice de massa corporal ≥ 30kg/m2 ou circunferência de cintura > 102cm para homens e > 88cm para mulheres.
	
	Importante: caso a circunferência aumentada esteja associada à resistência à insulina e à hipertensão arterial, esse indivíduo pode desenvolver síndrome metabólica.
	Hipertensão
	Pressão arterial sistólica ≥ 140mmHg e/ou diastólica ≥ 90mmHg, confirmadas em pelo menos duas ocasiões separadas.
	Dislipidemia
	LDL-C ≥ 130mg/dL ou HDL-C < 40mg/dL ou recebendo medicação redutora de lipídios ou colesterol total sérico ≥ 200mg/dL.
	Pré-diabetes
	Glicose plasmática em jejum ≥ 100mg/dL e < 126mg/dL ou valores de 2 horas no teste de tolerância à glicose oral (TTGO) ≥ 140mg/dL e <200mg/dL confirmadas em duas ocasiões separadas.
	Fatores de risco negativo
	Colesterol HDL sérico alto
	≥ 60mg/dl
 Quadro: Fatores de risco positivos e negativos para doença cardiovascular
Extraído de: ACSM, 2018, p. 22.
É importante compreender que as medidas estabelecidas ao indivíduo numa determinada categoria de risco (baixa, moderada ou alta) implicará recomendações adequadas e específicas:
· É necessária a autorização de um médico que libere o indivíduo para a prática de atividade física ou mesmo para mudar o treinamento.
· O aluno deve realizar testes de esforço antes de iniciar a prática da atividade física. Na realização do teste de esforço máximo e submáximo, o médico deve estar presente.
A American Heart Association (AHA, 2010, p.35) estratifica o risco em quatro classes (A, B, C e D) descritas a seguir:
Clique nas barras para ver as informações.
CLASSE A
· Indivíduos aparentemente sadios.
· Crianças e adolescentes, homens < 45 anos e mulheres < 55 anos sem sintomas ou sem a presença de doença cardíaca ou de fatores de risco significativos para doença cardiovascular (DCV) aterosclerótica.
· Homens ≥ 45 anos e mulheres ≥ 55 anos que não apresentam sintomas nem a presença conhecida de doença cardíaca e com menos de dois fatores de risco significativos para DCV.
· Homens ≥ 45 anos e mulheres ≥ 55 anos que não apresentam sintomas nem a presença conhecida de doença cardíaca e com dois ou mais fatores de risco significativos para DCV.
Para a Classe A, não há restrição além das diretrizes básicas. O monitoramento eletrocardiográfico (ECG) e da pressão arterial não é necessário tampouco a supervisão.
CLASSE B
· Presença de doença cardiovascular estável conhecida com baixo risco para complicações com exercício vigoroso, porém com risco ligeiramente maior do que o estimado para indivíduos aparentemente sadios.
· Indivíduos com doença coronariana cuja condição é estável.
· Indivíduos com doenças cardíacas valvulares.
· Indivíduos com doenças cardíacas congênitas.
· Indivíduos com cardiomiopatias com fração de ejeção ≤30% (incluindo portadores de insuficiência cardíaca estável, mas não a miocardite recente nem a cardiomiopatia hipertrófica).
· Indivíduos com teste ergométrico anormal que não se incluem na Classe C devem realizar o exercício sob supervisão médica para emergências. Os programas de exercícios devem ser supervisionados com indicação e supervisão médica inicial. O monitoramento do ECG e pressão arterial é útil nafase inicial (habitualmente por 6 a 12 sessões).
CLASSE C
· Indivíduos com risco moderado a alto para complicações cardíacas durante o exercício e/ou incapazes de autorregular a atividade ou de compreender o nível recomendado de atividade.
· Indivíduos com doenças cardíacas valvulares.
· Indivíduos com doença cardíaca congênita.
· Indivíduos com cardiomiopatia com fração de ejeção ≤ 30% (incluindo portadores de insuficiência cardíaca estável, mas não a miocardite recente nem a cardiomiopatia hipertrófica).
· Indivíduos com arritmias ventriculares complexas que não estão bem controladas.
O programa de atividades físicas para a Classe C deve ser prescrito de forma individualizada e realizado sob supervisão médica e com monitorização do ECG e da pressão arterial.
CLASSE D
· Doença instável com restrição da atividade.
· Isquemia instável.
· Estenose ou regurgitação valvular severa e sintomática.
· Doença cardíaca congênita.
· Insuficiência cardíaca não compensada.
· Arritmias descontroladas.
· Outras condições médicas que possam ser agravadas pelo exercício.
Para os indivíduos da Classe D, nenhuma atividade com finalidade de condicionamento é recomendada. A atenção deve ser dada ao tratamento e à restauração do paciente para a Classe C ou condição melhor. A realização das atividades da vida diária (AVDs) devem ser prescritas com base na avaliação individual feita pelo médico responsável pelo sujeito.
QUESTIONÁRIO DE PRONTIDÃO PARA A ATIVIDADE FÍSICA (PAR-Q)
O Physical Activity Readiness Questionnarie, Questionário de Prontidão para a Atividade Física (Par-Q) foi desenvolvido por pesquisadores canadenses e é largamente utilizado em academias e centros de exercícios físicos. O questionário deve ser aplicado antes que o aluno comece o programa de atividade física regular, para que se verifique possíveis limitações e riscos à saúde do indivíduo.
O questionário possui sete perguntas específicas com respostas dicotômicas (sim ou não). Mas um ponto importante é que, caso a resposta seja positiva (sim), recomenda-se que o sujeito procure um médico para diagnosticar o possível problema para evitar qualquer risco na prescrição do treinamento.
Quando avaliamos o questionário, verificamos que ele demonstra sensibilidade de 100% (identifica os casos positivos corretamente) e especificidade de 80% (identifica os casos negativos corretamente). As perguntas são bastantes simples e basicamente sobre problemas cardiovasculares, do sistema nervoso e das características musculoesqueléticas. Analise o questionário (ACSM, 2018, p. 26):
	Questionário
	1. Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e lhe recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica?
( ) SIM ( ) NÃO
	2. Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?
( ) SIM ( ) NÃO
	3. Você sentiu dor no peito no último mês?
( ) SIM ( ) NÃO
	4. Você tende a perder a consciência ou cair como resultado de tonteira ou desmaio?
( ) SIM ( ) NÃO
	5. Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de atividade física?
( ) SIM ( ) NÃO
	6. Algum médico já lhe recomendou o uso de medicamentos para pressão arterial, circulação ou coração?
( ) SIM ( ) NÃO
	7. Você tem consciência, por experiência própria ou aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física sem supervisão médica?
( ) SIM ( ) NÃO
	OBSERVAÇÕES:
	· Atualmente, pode-se substituir a palavra dor pela palavra desconforto (perguntas 2 e 3), se for necessário facilitar a compreensão de quem está respondendo o questionário.
· Caso o sujeito preencha ao menos uma resposta SIM no questionário, ele será encaminhado para uma consulta médica, pois iniciar o programa de atividade física sem qualquer diagnóstico do possível problema é um grande risco para a saúde. E precisará responder as questões do formulário "Acompanhamento do seu Estado de Saúde” (Veja o Quadro a seguir).
· Caso o sujeito tenha respondido NÃO a todas as perguntas do questionário, ele estará liberado para a atividade física assim que assinar a declaração de participante. E NÃO precisará responder as questões do formulário “Acompanhamento do seu Estado de Saúde”.
Recentemente, o Par-Q foi atualizado e passou a ser chamado de PAR-Q+. Como vimos, dependendo das respostas do Questionário de Prontidão para a Atividade Física, será necessário o preenchimento do “Acompanhamento do seu Estado de Saúde”. Veja o formulário a seguir.
	Acompanhamento do seu Estado de Saúde
	SIM
	NÃO
	1) Você tem artrite, osteoporose ou problemas nas costas?
Se você apresenta essa(s) condição(ões), responda as questões 1a a 1c.
	
	
	1a. Você tem dificuldades de controlar seu problema com medicamentos ou outras terapias prescritas por médico? (Responda não se você não está tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	1b. Você tem problemas de articulação que causam dor, teve fratura recente ou fratura causada por osteoporose ou câncer, vértebra deslocada ou espondiloses (pequena fratura)?
	
	
	1c. Você já tomou esteroides regularmente por mais de 3 meses?
	
	
	2) Você tem algum tipo de câncer?
Se você apresenta essa(s) condição(ões), responda as questões 2a e 2b. Caso não apresente, vá para a questão 3.
	
	
	2a. O seu diagnóstico de câncer inclui algum dos seguintes tipos: pulmão, mieloma múltiplo, cabeça e pescoço?
	
	
	2b. Você está recebendo tratamento para o câncer como quimioterapia ou radioterapia?
	
	
	3) Você tem algum problema cardíaco ou cardiovascular? Essa categoria inclui doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, anomalias do ritmo cardíaco.
Se você apresenta essa(s) condição(ões), responda as questões 3a a 3d. Caso não apresente, vá para a questão 4.
	
	
	3a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outros tratamentos prescritos por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	3b. Você tem arritmia cardíaca que necessite de acompanhamento médico?
	
	
	3c. Você tem insuficiência cardíaca?
	
	
	3d. Você tem diagnóstico de doença arterial coronariana e não participou de atividade física regular nos últimos dois meses?
	
	
	4) Você tem hipertensão?
Se você apresenta essa condição, responda as questões 4a e 4b. Caso não apresente, vá para a questão 5.
	
	
	4a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outras terapias prescritas por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	4b. Você tem pressão sanguínea em repouso igual ou maior que 160/090 mmHg com ou sem medicação? (Responda sim se você não sabe sua pressão em repouso.)
	
	
	5) Você tem problemas metabólicos? Essa categoria inclui diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, pré-diabetes.
Se você apresenta essa condição, responda as questões de 5a a 5e. Caso não apresente, vá para a questão 6.
	
	
	5a. Você frequentemente sente dificuldade em controlar seus níveis de açúcar no sangue com alimentos, medicamentos ou outras terapias prescritas por médico?
	
	
	5b. Você frequentemente sofre de sinais ou sintomas de hipoglicemia após exercício e/ou durante atividade do dia a dia? Sinais de hipoglicemia podem incluir tremores, nervosismo, irritabilidade incomum, suor anormal, tontura ou dor de cabeça leve, confusão mental, dificuldade na fala, fraqueza e sonolência.
	
	
	5c. Você tem sinais ou sintomas de complicações da diabetes, como doença cardíaca ou vascular e/ou complicações que afetam olhos, rins ou sensações nos dedos e pés?
	
	
	5d. Você tem outros problemas metabólicos, como diabetes relacionada com gravidez, doença renal crônica ou problemas hepáticos?
	
	
	5e. Você pretende se comprometer com exercícios de alta intensidade em breve?
	
	
	6) Você tem algum problema mental ou dificuldade de aprendizado? Essa categoria inclui Alzheimer, demência, depressão, transtorno de ansiedade, transtorno alimentar, transtorno psicótico, deficiência intelectual e síndromede Down.
Se você apresenta essa condição, responda as questões 6a e 6b. Caso não apresente, vá para a questão 7.
	
	
	6a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outros tipos de terapias prescritas por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	6b. Você tem problemas nas costas que afetam nervos e músculos?
	
	
	7) Você tem alguma doença respiratória? Essa categoria inclui doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e hipertensão pulmonar.
Se você apresenta essa condição, responda as questões de 7a a 7d. Caso não apresente, vá para a questão 8.
	
	
	7a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outras terapias prescritas por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	7b. Seu médico já disse que seu nível de oxigênio no sangue é baixo em repouso ou durante exercício e/ou que você precisa de oxigenoterapia suplementar?
	
	
	7c. Em caso de asma, você apresenta sintomas como “aperto” ou chiado no peito, respiração difícil, tosse insistente (> 2 dias/semana) ou usou sua medicação de alívio mais de duas vezes na última semana?
	
	
	7d. Seu médico já disse que você tem hipertensão nos vasos sanguíneos dos pulmões?
	
	
	8) Você tem lesão na medula espinhal? Essa categoria inclui tetraplegia e paraplegia.
Se você apresenta essa condição, responda as questões de 8a a 8c. Caso não apresente, vá para a questão 9.
	
	
	8a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outras terapias prescritas por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	8b. Você apresenta, com frequência, pressão baixa em repouso que causa tontura, dor de cabeça leve e/ou desmaio?
	
	
	8c. Seu médico já indicou que você apresenta episódios repentinos de pressão alta (conhecidos como disreflexia autonômica)?
	
	
	9) Você já teve derrame? Essa categoria inclui ataque isquêmico transitório ou derrame cerebral.
Se você apresenta essa condição, responda as questões de 9a a 9c. Caso não apresente, vá para a questão 10.
	
	
	9a. Você tem dificuldade em controlar seu problema com medicamentos ou outras terapias prescritas por médico? (Responda não se você não estiver tomando medicamento ou fazendo outros tratamentos.)
	
	
	9b. Você tem alguma deficiência de locomoção ou mobilidade?
	
	
	9c. Você teve derrame ou deficiência nos nervos ou músculos nos últimos seis meses?
	
	
	10) Você tem algum outro problema de saúde não listado anteriormente ou apresenta dois ou mais problemas de saúde?
Se você apresenta outros problemas de saúde, responda as questões de 10a a 10c. Caso não, leia as recomendações da última página.
	
	
	10a. Você já desmaiou ou perdeu a consciência por causa de uma lesão na cabeça nos últimos 12 meses ou foi diagnosticada uma concussão nos últimos 12 meses?
	
	
	10b. Você tem algum problema de saúde que não está listado (como epilepsia, problemas neurológicos, problemas nos rins)?
	
	
	10c. Você atualmente convive com dois ou mais problemas de saúde?
	
	
	Por favor, descreva seus problemas de saúde e os respectivos medicamentos usados aqui:
	Vá para a última página para as recomendações sobre seus problemas de saúde e assine a declaração de participante.
Se você respondeu NÃO a todas as questões sobre a sua condição de saúde, você está pronto para se tornar mais fisicamente ativo. Assine a declaração de participante a seguir.
Recomendações
· É aconselhavel consultar um profissional de Educação Física qualificado, a fim de desenvolver um plano de atividade física seguro e efetivo de acordo com suas necessidades de saúde.
· Você será encorajado a começar devagar e avançar gradualmente: 20 a 60 minutos de exercício de intensidade leve a moderada, 3 a 5 vezes por semana, incluindo exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular.
· Conforme sua progressão, recomenda-se que você acumule 150 min. ou mais de atividade física de intensidade moderada por semana.
· Se você tem mais de 45 anos de idade e não estiver acostumado a exercícios de esforço vigoroso ou máximo, consulte um profissional de Educação Física qualificado antes de fazer exercícios com essa intensidade.
	Se você respondeu SIM a uma ou mais questões sobre sua condição médica, você deve buscar orientações antes de se tornar mais fisicamente ativo ou se comprometer com uma avaliação de aptidão. Faça a triagem on-line e o programa de recomendações de exercícios, o ePARmed-X+, e/ou visite um profissional de Educação Física qualificado para trabalhar com o ePARmed-X+ e obter mais informações.
	Declaração do Participante
Todas as pessoas que completaram o PAR-Q+ devem ler e assinar a declaração a seguir. Se você ainda não tem idade legal para consentir ou pedir a avaliação de um profissional de Educação Física, os pais ou responsáveis também devem assinar este formulário.
Eu, abaixo assinado, li, entendi e respondi o questionário. Reconheço que esta autorização de atividade física é válida por até 12 meses desde o preenchimento e que o formulário será inválido se minha condição de saúde mudar. Também reconheço que um Representante (como meu empregador, academia de ginástica, profissional de saúde ou outro designado) pode manter uma cópia desse formulário. Nessas instâncias, o Representante será obrigado a acatar diretrizes locais, nacionais e internacionais relativas ao armazenamento de informações pessoais de saúde, garantindo que o Representante mantenha a privacidade da informação, não a use ou a divulgue injustamente.
Nome _________________________________________ Data_______
Assinatura _________________________________
Testemunha________________________________
Assinatura do responsável ___________________________________
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Uma mulher com 55 anos pretende iniciar a prática de exercícios físicos. Ao chegar à academia, o profissional de Educação Física aplica o questionário PAR-Q, pois, dessa forma, terá as informações de possíveis riscos à saúde da futura aluna. Sabendo que o PAR-Q possui respostas positivas e negativas, quais respostas deverão ocorrer para que a aluna seja considerada apta a iniciar um programa de atividade física?
O PAR-Q deverá ser todo positivo.
O PAR-Q deverá ser todo negativo.
O PAR-Q deverá ter pelo menos a metade das respostas positivas.
O PAR-Q deverá ter pelo menos a metade das respostas negativas.
O PAR-Q deverá ter pelo menos uma resposta positiva.
2. Na avaliação pré-teste, encontramos tópicos como: objetivo com a prática de atividade física; histórico de atividade física; hábitos alimentares; história de doença atual (HDA); e história patológica pregressa (HPP). Esses tópicos fazem parte do(a)?
Anamnese
Teste Objetivo Medida Movimento
Nem todos os esportes possuem essa característica de extremo e um mesmo indivíduo talvez possa se enquadrar em mais de uma modalidade. Portanto, antropometria não serve como critério para determinar que um indivíduo se torne um atleta de alta performance, mas essas características vão se somar à capacidade de gerar força ou desenvolver grandes velocidades, mostrando que as variáveis antropométricas de um indivíduo podem desempenhar um papel determinante num eventual sucesso no esporte escolhido.
INTRODUÇÃO
Cada ser humano é único. Temos semelhanças na forma e no tamanho do corpo, porém jamais igualdade. Ao longo da vida, passamos por várias transformações que podem ser identificadas por meio do processo de crescimento, desenvolvimento e maturação, que se apresentam de forma harmônica ou não, mas sempre respeitando a evolução.
Por que algumas pessoas possuem características como estatura e massa corporal tão semelhantes e, após uma avaliação antropométrica, se mostram tão diferentes? Como podemos verificar diferenças físicas em pessoas com características morfológicas como massa muscular, estatura e massa corporal por vezes idênticas? Por que atletas de salto em altura possuem características físicas tão diferentesde atletas de ginástica artística?
Ao observarmos a natureza humana, notamos que não há duas pessoas que apresentem caracteres mensuráveis iguais por toda a vida. Cedo ou tarde e em vários graus, por condições de saúde ou doença, por diferentes condições de vida ou por união de indivíduos membros de diferentes grupos étnicos, verificamos uma grande variabilidade de formas e proporções.
Assim, neste conteúdo vamos entender como a avaliação antropométrica, por meio da medida da forma, da proporção, da constituição e das dimensões corporais, pode contribuir para o entendimento da relação entre as características corpóreas e os aspectos clínicos, nutricionais, maturacionais, laborativos e epidemiológicos. Veremos como essas medidas devem ser realizadas, os cuidados que devemos tomar para sua aplicação e os instrumentos utilizados para sua obtenção.
Antropometria Área do conhecimento que permite expressar a morfologia humana por intermédio de uma série de medidas sistematizadas que expressam a forma, a proporção, a constituição e as dimensões corporais
Cineantropia rea que estuda tamanho, forma, proporcionalidade, composição, maturação biológica e função corporal, buscando compreender o processo de crescimento e os desempenhos físico, esportivo e nutricional. Não substitui a antropometria.
Podemos dizer que a grande diferença entre os dois termos é que a antropometria se preocupava em estudar as proporções do homem buscando entender as diferenças que caracterizavam o homem em suas diversas raças e etnias.
Nesse sentido, ela é diferente do que foi proposto pelo professor William D. Ross (1991), quando introduziu o termo “cineantropometria”.
Ross mostrou que os estudos de tamanho, proporção, forma, composição e maturação poderiam contribuir para a compreensão do processo de crescimento e da influência no exercício, no desempenho e no estado nutricional, que têm implicações relevantes na medicina, na educação e nas políticas governamentais para a população, acrescentando tal análise ao movimento.
APLICAÇÕES DA ANTROPOMETRIA
Agora que já identificamos o que é antropometria, podemos dizer que a cineantropometria faz uso da antropometria. Sua aplicação pode ser observada na descrição e comparação de características físicas de indivíduos e grupos, em aplicações clínicas e epidemiológicas e na avaliação do efeito de intervenções nas características físicas. Além disso, verifica-se sua utilização em vários momentos no nosso cotidiano.
Quando utilizamos um transporte de massa, como ônibus, metrô ou trem, isso é possível porque esses transportes são pensados para atender a média da população e, para isso, fazem uso de dados antropométricos
Pensemos em uma roupa, por exemplo: só é possível atender vários tipos físicos porque adotamos o princípio de dimensões por faixas (P, M, G, GG).
Nos carros ou no trabalho, adotamos o princípio de dimensões reguláveis, o que permite que as pessoas, mesmo com grandes diferenças em suas medidas corporais, possam dividir um mesmo posto de trabalho ou adquirir veículos idênticos.
No esporte, podemos verificar as características antropométricas aliadas ao sucesso esportivo. A estatura, por exemplo, pode representar uma grande vantagem para o sucesso em determinados esportes, como o basquete, o vôlei e algumas provas de atletismo como salto em altura ou lançamento de dardo. No entanto, pode ser uma grande desvantagem para um atleta de ginástica artística, uma vez que a menor estatura, aliada ao comprimento dos membros, permite um menor momento de inércia, favorecendo a rapidez na realização de movimentos. É pouco provável que encontremos indivíduos com excelente performance para o basquete ou para o voleibol que apresentem as mesmas habilidades na ginástica artística.
Atenção
Nem todos os esportes possuem essa característica de extremo e um mesmo indivíduo talvez possa se enquadrar em mais de uma modalidade. Portanto, antropometria não serve como critério para determinar que um indivíduo se torne um atleta de alta performance, mas essas características vão se somar à capacidade de gerar força ou desenvolver grandes velocidades, mostrando que as variáveis antropométricas de um indivíduo podem desempenhar um papel determinante num eventual sucesso no esporte escolhido.
Outro aspecto importante da antropometria é sua relação com a saúde, na qual é possível constatar sua larga utilização em estudos epidemiológicos, identificando indivíduos em risco que necessitam de atenção especial. Nesse contexto, destacam-se os estudos de obesidade, distribuição regional de gordura, desnutrição, doenças cardiovasculares e metabólicas.
Podemos observar o uso da antropometria para verificar os efeitos do exercício físico sobre o peso corporal e a gordura, os efeitos do treinamento resistido nas circunferências e no acompanhamento da intervenção dietética na composição corporal. Por fim, a aplicação da antropometria no processo de crescimento e desenvolvimento permite observar inadequações em relação às idades cronológica e biológica.
CONTROLE DA QUALIDADE DOS DADOS
Alguns erros podem oferecer um risco imediato para a qualidade da medida. Entretanto, raramente são evidenciados no momento da coleta ou introduzem vieses que comprometem os resultados.
Tais erros podem advir de procedimentos incompletos, da falta de padronização da técnica de medida pelo avaliador ou por distintos avaliadores e a inadequação instrumental ocorrida pela falta de certificação ou pela não calibração.
Outra fonte de erro está associada à falta de controle sobre características externas que podem influenciar nos dados obtidos, como aspectos clínicos, nutricionais e ambientais e o horário de coleta de dados.
As padronizações que envolvam as técnicas de medidas devem ser bem-estabelecidas, pois diferentes padronizações influenciam os resultados, independentemente da técnica do avaliador. Posteriormente, deve haver treinamento e, se possível, estabelecer os erros intra e interavaliadores.
Quanto aos instrumentos, embora alguns sejam similares, podem apresentar características distintas no tocante à fidedignidade. Assim, deve-se optar pela utilização de equipamentos que possuam aceitação no meio científico e boa qualidade na aferição, além de observar a manutenção periódica do instrumental.
A periodicidade de calibração será determinada em função do tipo de instrumento e de sua qualidade, bem como da constância de utilização. Os instrumentos de antropometria, em sua maioria, não precisam ser calibrados constantemente, e aqueles mais robustos tendem a apresentar uma vida útil mais longa, mas o cuidado na utilização é fundamental, pois, instrumentos de antropometria, em sua maioria, não precisam ser calibrados constantemente.
Um paquímetro para diâmetros ósseos, por exemplo, dificilmente vai perder sua precisão, a não ser que leve um tombo. Nesse caso, isso pode afetar o instrumento como um todo, sendo necessária a aquisição de outro equipamento.
Condições clínicas e nutricionais também podem influenciar as medidas antropométricas. Por isso, devem ser conhecidos os aspectos que possam influir no estado de saúde do avaliado.
OS PATOLÓGICOS E CONDIÇÃO NUTRICIONALESTADOS PATOLÓGICOS E CONDIÇÃO NUTRICIONAL 
Medidas de massa corporal são afetadas por estados patológicos e condições nutricionais. Indivíduos com problemas renais, insuficiência cardíaca ou hipotireoidismo, por exemplo, podem apresentar retenção hídrica, o que afeta a massa corporal, apesar de não representar uma modificação na massa muscular ou na quantidade de gordura corporal.
HORARIO DE COLETA A respeito do horário de coleta, variáveis como a massa corporal e a estatura podem ser influenciadas. Sendo assim, sugere-se que essas medidas sejam coletas sempre no mesmo período.
ALTA TEMPERATURA Altas temperaturas podem dificultar a realização de algumas medidas, devido à sudorese e a dificuldades para demarcar pontos de medidas.
Algumas condutas podem ser utilizadas para reduzir a margem de erro nas medidas antropométricas.
Uma sequência sugerida consiste nos seguintes procedimentos:1. Localizar os pontos anatômicos inerentes às medidas.
2. Marcar os locais de medida utilizando um lápis dermográfico.
3. Medir sempre sobre um ponto fixo e preciso.
4. Medir sempre sobre a pele nua.
Aconselha-se ainda que o ambiente onde serão realizadas as medições seja adequadamente iluminado e arejado, fornecendo privacidade para o avaliado.
Outro aspecto associado ao controle da qualidade dos dados diz respeito ao hemisfério corporal a ser utilizado para as medidas antropométricas. Podemos dizer que algumas dimensões são influenciadas pela dominância lateral. Dessa forma, deve-se ter cuidado ao utilizar técnicas que sofram influência da massa muscular, como as medidas de perímetros. Medidas de diâmetros e de comprimento de segmento, quando realizadas em crianças e adolescentes, podem apresentar variações em função do estágio maturacional.
Martorell et al. (1988) relata que muitas dessas diferenças não apresentam relevância, não sendo a escolha do hemisfério corporal o principal fator de erro para as medidas antropométricas, uma vez que esse erro, em geral, é menor que o erro da medida. Assim, o treinamento adequado dos avaliadores torna-se relevante, contribuindo para minimizar tais erros.
No Brasil, os estudos antropométricos voltados para as ciências da atividade física sofreram forte influência das escolas norte-americana e canadense, que optam pelo lado direito do corpo. Assim, tornou-se habitual a tomada das medidas no dimídio corporal direito.
CATEGORIAS BÁSICAS DE ERRO DE MEDIDA
Agora que já você sabe que vários fatores podem oferecer uma fonte de erro para a medida, vamos qualificá-los.
Erros referentes à técnica dos avaliadores
Nesse caso, existem os erros intra e interavaliadores. Os erros intra-avaliadores estão associados às deficiências do avaliador em obter resultados idênticos, em repetidas medidas, no mesmo sujeito. Os erros interavaliadores representam as diferenças nos resultados das mesmas medidas realizadas por dois ou mais avaliadores.
Erros inerentes aos equipamentos
Nesta categoria, estão inseridos o tipo e a característica técnica do equipamento e da calibragem.
Erros sistemáticos de medidas
São erros de característica constante. Podem estar associados aos vícios inerentes à técnica do avaliador ou a fatores externos não controlados, como a medida da estatura realizada no período da noite. A ação da gravidade sobre os discos intervertebrais produz achatamento ao longo do dia. Logo, ao medir a estatura à noite, a medida tenderá a ser menor do que aquela obtida pela manhã em um mesmo indivíduo.
HORÁRIO DA COLETA

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