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Insuficiência Cardíaca · · Você sabe quais são os sintomas de insuficiência cardíaca? · Como faz o diagnóstico? · O que é insuficiência cardíaca? Falência do coração em bombear sangue de forma suficiente Sístole: Contração; saída de sangue para os vasos Mitral e tricúspide fechadas e aórtica e pulmonar abertas Diástole: Relaxamento; Entrada de sangue no coração Problema nas câmaras esquerdas = sintomas pulmonares Problema nas câmaras direitas = Turgência da jugular, hepatomegalia, edema. Fração de ejeção = quantidade de sangue que sai / pelo que tinha no ventrículo Insuficiência mitral: Válvula mitral não fecha completamente e parte do sangue que deveria ir para aorta vai para o átrio também. FISIOPATOLOGIA · Liberação norepinefrina pelo SNA: Aumenta FC e contratilidade miocárdica e RVP · Ativação SRAA e retenção de água e sal · Liberação de peptídeo natriurético (BNP) – Equilibra SRAA (diurese, relaxamento do músculo liso vascular) Remodelamento Cardíaco: · Alterações na estrutura do miocárdio, aumentando a massa muscular. · Miócitos se adaptam à sobrecarga, levando a hipertrofia das células cardíacas, podendo ser remodelamento concêntrico ou excêntrico. · Sobrecarga de volume: Tende a ser excêntrico (sarcômeros adicionados em série). · Sobrecarga de pressão: Tende a ser concêntrico (sarcômeros são adicionados em paralelo). · Aumenta a necessidade de O2 Prevalência: Idoso; Homens até 79 anos e Mulheres acima de 80. Mortalidade: 12,6% dos pacientes internados Média de idade: 64 anos CLASSIFICAÇÃO · NYHA (sintomas - Funcional) Classe l: Ausência de Sintomas durante as atividades físicas Classe ll: Sintomas desencadeados por atividades cotidiana Classe lll: Sintomas desencadeados por pequenos esforços Classe lV: Sintomas em repouso. · Estágios clínicos (progressão da doença) Estágio A: Pacientes assintomáticos, mas sob alto risco de desenvolver disfunção ventricular, por apresentarem doenças fortemente ligadas ao aparecimento de IC (HAS, DAC, DM). Estágio B: Pacientes que já desenvolveram algum tipo de disfunção ventricular, mas continuam sem sintomas de ICC. Estágio C: Pacientes sintomáticos com disfunção ventricular associada. Estágio D: Pacientes sintomáticos em repouso, apesar de medicação otimizada e que internam frequentemente. Presença de doença estrutural ventricular avançada. PERGUNTAR= · Cansaço aos esforços? · Piorou o cansaço? · Acorda a noite com falta de ar? · Deita e falta ar? · Edema de membros inferiores? · Tosse? · Aumento de volume abdominal ou dor? · Perda de peso? · Perda de apetite? · Infarto prévio ou doença valvar? · Quadro viral? · Doença de chagas? · Tabagismo ou etilismo? · HAS? · DM? QUADRO CLÍNICO · Dispneia progressiva · Dispneia paroxística noturna · Edema de membros inferiores · Aumento abdominal · Tosse noturna Sinais de maior gravidade: · Pressão de pulso estreita · Presença de extremidades frias e úmidas · Anasarca EXAMES LABORATORIAIS: · Sódio, potássio · Ureia, creatinina · Perfil lipídico · TSH/T4L · TGO/TGP · Hemograma · Ferritina/ Fe sérico – 2/A · BNP ou NT-pró BNP: Para dúvida diagnóstica e estratificação prognóstica, não para garantir estabilidade clínica. Não há alvo de BNP. EXAMES DE IMAGEM: · ECOTT Função sistólica, diastólicas, valvas, tamanho de câmaras · Raio X de tórax Cardiomegalia, congestão pulmonar, diagnósticos diferenciais · ECG – Para todos Etiologia, arritmias, sobrecargas DIAGNÓSTICO – CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM 1 maior + 2 menores ou 2 maiores *Diagnóstico é clínico Ressonância magnética é padrão ouro CLASSIFICAÇÃO · ICFE preservada (FE: >50%) · ICFE levemente reduzida (FE: 40-50%) · ICFE reduzida (FE<40%) Mortalidades diferentes. Maior na FE reduzida. OUTRAS CAUSAS: · Valvar – 3ª maior causa no Brasil · Cardiomiopatias: hipertróficas · Drogas · Toxinas (mercúrio) · Periparto · HIV · Infiltrativas · Endocrinológicas TTO NÃO FARMACOLÓGICO: · Controle dos Fatores de ; (HAS, DM, DLP) · Cessar tabagismo · Restrição de sódio - evitar >7g de sal · Restrição hídrica em casos graves e congestão · Reabilitação cardiopulmonar · Perda de peso – U · Se MC alcoólica – suspender álcool. Se não, for o caso, restringir. · Vacinação para pneumococo 3-5 anos e influenza anual. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO QUAIS AS CLASSES MEDICAMENTOSAS QUE TEM IMPACTO NA MORTALIDADE EM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA? · IECA/BRA · ANTAGONISTAS MINERALOCORTICOIDES – ESPIRONOLACTONA · BETABLOQUEADOR · INIBIDORES DA NEPRILISINA (SACUBITRIL + VALSARTANA) · INIBIDORES DA SGLT-2 (DAPAGLIFOZINA, EMPAGLIFOZINA) · VASODILATADORES (HIDRALAZINA + NITRATO) IECA · Diminuição da mortalidade (40% em 6 meses) e melhora da qualidade de vida. Inibe a ECA => diminui formação de Angiotensina II Impede degradação de bradicininas vasodilatadoras Diminui retenção de água e sal · Exemplos: Captopril, Enalapril, Perindopril, Ramipril... Contraindicações: · Angioedema · Estenose bilateral de A. Renal · Cr > 3 · K> 5,5 Tosse seca BRA · Diminuição da mortalidade, hospitalização e melhora da qualidade de vida. · Bloqueio dos receptores de angiotensina · Menos estudos que o IECA, fica como alternativa a ele. · Candesartana, losartana, valsartana. Contraindicações · Estenose bilateral de A. Renal · Cr > 3 · K> 5,5 ESPIRONOLACTONA · Se liga não seletivamente aos receptores mineralocorticoides e receptores andrógeno e progesterona. · Contraindicações: Cr>2,5 e K> 5,5 e hipersensibilidade. Evitar em ginecomastia. · Redução de 30% da mortalidade em ICFER CF > II e em pós infarto reduz mortalidade. · Indicado para disfunção de VE associado a IECA ou BRA Ex. Espironolactona 35-50mg 1x/dia BETABLOQUEADORES · Bloqueio do Sistema nervoso simpático – remodelamento reverso, melhora da FE, reduz FC. Utilizar maior dose tolerável – aumentar a cada 15 dias. Reduz mortalidade, hospitalização. · Dar preferência para os cardiosseletivos (B1 – metoprolol, bisoprolol, nebivolol *), pode usar carvedilol. · Contraindicações: Hipotensão severa, choque, asma ou DPOC sintomáticos, BAV avançado, insuficiência vascular periférica · Manter a FC próxima a 60bpm. INRA – INIBIDORES DA NEPRILISINA + BRA Valsartana + Sacubitril Reduz a degradação de BNP e bradicinina · Redução de morte CV e hospitalização por IC – maior que IECA. CI: Cr>2,5, K> 5,5. Hipersensibilidade. EC: Hipotensão, hiperK, I. renal INIBIDORES DE SGLT-2 · ANTIDIABÉTICO???? · Inibe o Co transportador sódio-glicose 2 no TCP-> perda de glicose na urina -> diurese por osmose. · Reduz Hemoglobina glicada. Perda de peso. Redução de PA sem aumentar FC. · CI: ClCr< 30 e Insuficiência hepática grave · EC: Infecção genital, hipoglicemia, hipovolemia. · Reduz hospitalização e mortalidade · Ex. Dapaglifozina, Empaglifozina. DIGITÁLICOS · Não altera sobrevida · Dignoxina · Diminui ação simpática e aumenta ação vagal. Contra indicações: BAV, Insuficiência renal. Reduz hospitalização, mas não reduz mortalidade em pacientes em geral. Atentar-se ao nível sérico, fácil intoxicação pela faixa terapêutica curta, principalmente quando hipoK e hipoMg. Diretriz: Para disfunção de VE sintomático com terapia otimizada ou FA com dificuldade em controle de FC VASODILATADORES · Hidralazina + Nitrato (dinitrato de isossorbida) · Redução de pré e pós carga · CI: Estenose aórtica grave, hipotensão severa, lúpus induzido por drogas. · EC: Cefaleia, hipotensão, náuseas e vômitos Reduz mortalidade, porem IECA é superior. Efeito melhor em afrodescendentes. Pode associar a IECA, principalmente em afrodescendentes. IVABRADINA · Bloqueador seletivo dos canais If do nó sinusal – paciente deve estar em ritmo sinusal. · CI: BAV ou disfunção do nó sinusal, IC aguda, hipotensão grave. · EC: Bradicardia, cefaleia Não reduz mortalidade Diretriz 2018: Disfunção de VE sintomática, em ritmo sinusal, com FC>70 para diminuição de hospitalização. DIURÉTICOS · Não há benefício de mortalidade, mas ajuda o controle de volemia,consequentemente, hospitalização. · Furosemida (diurético de alça): + potente. Pode associar hidroclorotiazida em alguns casos refratários. · Diretriz: Utilizar para controle de congestão. Pode associar tiazídico para casos de hipervolemia refratária para bloqueio sequencial do néfron. Não utilizar se não apresentar hipervolemia. TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO CARDÍACA CARDIODESFIBRILADOR IMPLANTÁVEL -CDI
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