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ESCRITORES DA LIBERDADE por Cleiton Cândido da Silva Certo dia, navegando pela internet, me deparei com o filme de nome “Escritores da liberdade”, de nome originalmente como sendo “Freedom Writers”. Lendo a sinopse do filme logo me interessei por se tratar de questões das quais retrata a realidade vivida por muitos estudantes e professores em sala de aula e em sociedade. Uma professora idealista e sonhadora, recém formada, casada, ela de família nobre e com realidades bem diferentes daqueles alunos, com um pai conservador, e ela com grandes ambições acerca da educação transformadora que tanto almejamos. Ela sempre se mostrava otimista. Sempre bom humor e positividade. Os problemas começam com a coordenação da escola, sem acreditar na potencialidade dos alunos, a escalou então para lecionar para eles, sem recursos didáticos algum, ela se viu trabalhando em escalas e até em três empregos para poder suprir o que acreditava ser necessário aos alunos se desenvolverem, ela se esforçou para entrar em seus mundos, do crime, da violência e das diferenças, existiam em sala de aula pelo menos (3) etnias, que viviam em guerra de gangues por “respeito”. Ela passou a conhecer os gostos deles e assim conseguindo chamar a suas atenções, ela falou sobre o “holocausto” e perguntou se algum deles sabiam o que seria, as respostas foram negativas, então falou sobre o povo judeu e de como eles sofreram por serem quem são e as consequências que ainda existem dessa desumanidade causada pela ignorância e pela pseudo superioridade, quando somos todos iguais nas diferenças, ela percebeu que eles sentiram-se tocados pela sua fala sobre o holocausto e então, ela então, apresentou a eles o livro “Diário de Enne Frank” comprados com o seu próprio dinheiro, bem aí começou a transformação, alguns se negaram a ler, outros já se interessam, e começaram a suas viagens dentro da realidade vivida por casa um deles, logo haviam vários dos alunos se identificando com os personagens do livro e questionando o seu final na estória, a professora insistiu que descobrissem lendo e refletindo sobre aquilo, e foram tantas transformações nos alunos que ela até os apresentou para eles mundos e realidades onde eles jamais teriam conhecimento, e luta para estar com eles nas séries seguintes até a formatura, buscando assim garantir que eles logrem êxito em suas vivências na nova realidade que um professora sonhadora e com ideais transformadores conseguiu mudar nas vidas de cada um deles. Trazendo para a minha realidade enquanto estudante de escola pública e pobre, morador de periferia, tendo a mãe como incentivadora dos estudos, mas que devido a bebida, eu tive que aprender a caminhar por minha vontade, eu me vi em cada aluno do filme, todos os conflitos e a vida difícil, sem que ninguém acredite em você e todas as portas parecem se fechar, eu aqui estou, mudando a minha história e pretendo com todos os meus esforços, mudar a vida de cada aluno (a) que passar por mim na minha trajetória da educação, de fato, existem todo um sistema político e social que permeia a educação, acredito que a minha realidade vivida pode colaborar em meu ensino de forma real e menos falaciosa. Eu me vi naquela jovem professora que teve em seu início de profissão, o mais belo aprendizado de todos, a empatia e a visão da realidade, ela observou, ela entendeu o que cada um precisava para sair da zona de conforto e a terem confiança em si mesmos. Eu em meio aos desafios que o processo da educação se coloca, compreendo que é possível fazer com que isso se torne realidade dentro da minha bagagem acadêmica, tendo clareza da minha responsabilidade e da minha formação como futuro pedagogo.
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