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Caderno Processo Trabalhista

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cADERNO processo trabalhista
Thiago Ferreira
Princípios específicos do direito do trabalho:
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO: Proteção à parte hipossuficiente na relação empregatícia. Decorre da tentativa de se diminuir e/ou equilibrar a desigualdade socioeconômica e de poder entre os sujeitos da relação de trabalho.
PRINCÍPIO DA FINALIDADE SOCIAL: Amolda-se ao conceito de justiça JUSTA. A busca pela atividade jurisdicional plena. O processo como efetivo meio de reparação da desigualdade, da injustiça. Assemelha-se ao princípio da proteção, diferençando-se, no entanto, que neste, não há previsão legal protetiva. O juiz, quando da análise do caso, deve atentar também o aspecto social da sua decisão, na forma do dispõe o art. 5.º da LICC (Decreto-Lei 4.657/1942).
PRINCÍPIO DA BUSCA PELA VERDADE REAL: Art. 765 da CLT. Ao se analisar as manifestações de vontade das partes, deve se observar mais a intenção dos agentes do que o instrumento que formalizou aquela vontade.
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE: Deriva do princípio de Direito Material da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. O processo é encarado como a busca efetiva pelo cumprimento dos deveres trabalhistas do empregador e a efetivação dos direitos trabalhistas dos empregados. Pressupõe a mitigação do direito das partes de dispor do processo e/ou de atos processuais que impliquem na perda de um direito trabalhista.
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO: Arts. 764 e 831, ambos da CLT. No processo trabalhista ORDINÁRIO, existem dois momentos obrigatórios da tentativa de CONCILIAÇÃO: • Art. 846 da CLT; • Art. 850 da CLT. Quando se tratar de procedimento SUMARÍSSIMO, observar o art. 852-E da CLT
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA: Poder normativo: exclusividade da jurisdição trabalhista. Consiste em criar normas e condições gerais e abstratas, através da chamada SENTENÇA NORMATIVA
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: Art. 893, § 1.º da CLT c/c Súmula 214 do TST. Trata-se de um princípio recursal do processo trabalhista. Objetiva a maior agilidade e celeridade do processo, sem o atravancamento inquestionável que os recursos sobre decisões interlocutórias lhe ocasionam.
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI: Aplicável tanto para o empregado, quanto para o empregador (art. 791 da CLT). Parte da Doutrina questiona a aplicabilidade deste princípio, ante o disposto no art. 133 CRFB. Limitação da amplitude do Jus Postulandi (Súmula 425 do TST).
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS: 
AMAURI MASCARO NASCIMENTO aponta três formas de solução dos conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposição e heterocomposição.
 Já OCTÁVIO BUENO MAGNANO indica a jurisdição, a autocomposição e a autodefesa como sendo as formas de solução dos conflitos trabalhistas. 
Com amparo nos pré-citados doutrinadores, abordaremos a seguir as formas de solução dos conflitos trabalhistas, de maneira objetiva, a fim de situar o acadêmico acerca da questão, lhe fornecendo os subsídios necessários para o conteúdo vindouro da disciplina.
1. DA AUTODEFESA: Nesta modalidade de solução dos conflitos, as próprias partes evolvidas na contenda empreendem a defesa dos seus interesses. Por este modelo o conflito se resolvia quando uma das partes sucumbia à outra.
2. DA AUTOCOMPOSIÇÃO: Forma de solução dos conflitos empreendida pelas próprias partes, sem a intervenção de terceiros, podendo ser unilateral ou bilateral.
2.1. COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP: A Lei nº. 9.958, de 12/01/2000 inseriu na CLT os artigos 625-A a 625-H, que trouxe como uma de suas novidades as Comissões de Conciliação Prévia, que poderiam ser organizadas a nível de empresa e/ou de sindicato. O art. 625-D da CLT estabelece a obrigatoriedade de subsunção do conflito trabalhista à CCP, sob pena de caracterizar requisito processual negativo de validade do processo, conferindo a tal subsunção verdadeira condição da ação, o qual não atendido poderia implicar na extinção do feito sem o exame do mérito da causa, na forma do disposto no art. 267, inciso IV do CPC. O art. 625-E da CLT confere eficácia liberatória à decisão proferida pela CCP. O art. 625-G da CLT ainda estabelece a suspensão do prazo prescricional.
3. DA HETEROCOMPOSIÇÃO: Neste caso a solução dos conflitos trabalhistas é solucionada por um terceiro
3.1. MEDIAÇÃO: Ocorre quando o terceiro que irá solucionar o conflito de interesses é requisitado pelas partes. Este procedimento geralmente é extrajudicial. No entanto, pode ocorrer no processo quando as partes assim o desejarem. Neste caso chama-se conciliação.
3.2. ARBITRAGEM: Nesta modalidade de solução de conflitos, um terceiro e/ou um órgão, escolhido pelas partes, intervém no conflito no intuito de resolve-lo. A decisão dada pelo árbitro é chamada de Laudo Arbitral.
3.3. JURISDIÇÃO: Neste caso, o Estado avoca para si a responsabilidade pela solução dos conflitos de interesse, por meio do Poder Judiciário, que exercita a Jurisdição, sendo que no que pertine às contendas trabalhistas, tal atribuição pertence ao Poder Judiciário Trabalhista, que será objeto de Estudo em nossa próxima aula.
Competência:
CONCEITO DE COMPETÊNCIA: 
Antes de conceituarmos COMPETÊNCIA, precisamos entender o que vem a ser JURISDIÇÃO.
Etimologicamente podemos dizer que JURISDIÇÃO é “dizer o direito”.[footnoteRef:1] [1: SAAD, Eduardo Gabriel e Outros. Curso de Direito Processual do Trabalho, p. 299, LTr, 2007. ] 
Assim sendo, podemos dizer que JURISDIÇÃO se configura como a função do Estado de empreender a Justiça, ou ainda, “função pública de fazer justiça”.[footnoteRef:2] [2: Idem.] 
A doutrina moderna tem entendido que a COMPETÊNCIA é a medida da JURISDIÇÃO[footnoteRef:3], ou seja, a jurisdição é o todo, do qual a competência é uma parte. [3: GRINOVER, CINTRA e DINAMARCO. Teoria Geral do Processo, RT, 1994, p. 226.] 
Feito este esclarecimento inicial acerca da JURISDIÇÃO, podemos definir o que é COMPETÊNCIA. Neste particular, conceituá-la como a medida da jurisdição de cada órgão judicial, ou dizer que “é a competência que legitima o exercício do poder jurisdicional.”[footnoteRef:4] [4: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho, p. 175, LTr, 2007.] 
A COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: 
LEITE destaca que a competência material tem a ver com a: “natureza da relação jurídica material deduzida em Juízo” .[footnoteRef:5] [5: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho, p. 184, LTr, 2011.] 
A doutrina e a jurisprudência têm entendido que a causa de pedir e o pedido definem a competência material da Justiça do Trabalho.
Na forma do disposto no art. 337, II do Novo CPC, em caso de incompetência absoluta (em razão da matéria), esta deve ser declarada ex officio pelo Juiz, a qualquer tempo. Entretanto, cabe ao réu alegá-la em sede de preliminar de contestação.
1. AÇÕES DECORRENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO: 
Trata-se da competência material original da Justiça do Trabalho, qual seja aquele inerentes ao julgamento dos conflitos de interesses decorrentes da relação de emprego, ou seja, as questões controvertidas decorrentes e/ou subjacentes ao vínculo empregatício.
A) DANOS MORAIS E MATERIAIS: As ações de dano moral derivadas da relação de emprego, são de competência da Justiça do trabalho. Isso já estava definido antes mesmo da EC 45/2004.
B) ACIDENTE DE TRABALHO: 
Antes da EC 45/2004, seguindo orientação do STF, as ações fundadas em acidente de trabalho eram julgadas na Justiça Comum.
Esse entendimento, no entanto, foi alterado, em virtude da nova redação dada a art. 114 da CRFB, com o advento da EC 45/2004.
Essa nova regra de competência, tem como marco temporal: 30/12/2004 (com vigência a partir de 02/01/2005), data em que entraram em vigor as inovações trazidas pela EC 45/2004, antes disso, a competência é da Justiça Comum, caso já tenham sido proferidas sentenças nos processos acidentários.
C) FGTS: 
O TST já havia firmado entendimento de que a competência para processar e julgar ações relativas ao levantamento do depósito do FGTS era da Justiça do Trabalho, apóso trânsito em julgado da decisão proferida em processo trabalhista, quando a EC 45/2004 entrou em vigor. Nas demais ações, até então a Justiça Trabalhista era incompetente.
O entendimento em destaque decorria da Súmula nº. 176 do TST, que foi cancelada pela Resolução nº. 130/2005 do mesmo Tribunal. Esse cancelamento poderia levar a crer que a competência de ações relativas ao FGTS, de um modo geral, seria da Justiça do Trabalho, em virtude das inovações trazidas pela EC 45/2004.
Todavia, o que vem prevalecendo a nível jurisprudencial e doutrinário é que a competência da Justiça Especializada laboral, para ações relativas ao FGTS É LIMITADA, na forma do detalhado no quadro abaixo:
	Competência
	Justiça do Trabalho
	Justiça Comum
	Levantamento de FGTS em decorrência de ação trabalhista que contemple, como um de seus pedidos o inerente à parcela fundiária → COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
	Levantamento de FGTS → (questão não atrelada ao contrato de trabalho) → COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL.
D) DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS: 
Com as inovações trazidas pela EC 45/2004, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar: EXECUÇÃO EX OFFICIO das CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS previstas no ART. 195, I, “A” e II da CRFB, com os devidos acréscimos, decorrentes das sentenças proferidas.
Esse entendimento se encontra consubstanciado tanto no art. 114, inciso VIII da CRFB, quanto no art. 876 da CLT e na Súmula nº. 368 do TST.
E) CRIMINAL:
Há divergência doutrinária acerca da competência criminal da Justiça do Trabalho, sendo que alguns entendem que quando na análise de uma dada questão, o juiz trabalhista se deparar com um problema criminal, deve solucioná-lo. Já para outros, a Justiça do Trabalho não tem competência criminal alguma. 
CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE, entende que a Justiça do Trabalho poderia ter competência criminal, “se nos termos do inciso IX, do art. 114 da CF, houver lei dispondo em tal sentido”[footnoteRef:6]. [6: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho, 5.ª ed., p. 193, LTr, 2007.] 
Importante destacar que o inciso IX do art. 114 da CRFB teve sua eficácia suspensa, em decorrência da ADI 3.684-0 de 2006.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA LUGAR:
É determinada levando em conta a circunscrição territorial onde atua o órgão jurisdicional.
Originariamente é das Varas do Trabalho, mas em alguns casos isso pode mudar.
II.2.1. COMPETÊNCIA DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: 
Regra geral, que objetiva facilitar o acesso do empregado à Justiça. 
Aqui se considera que a competência para processar e julgar a demanda trabalhista é da Vara do Trabalho da Comarca do último local onde o empregado prestou serviços ao empregador, ainda que o empregado tenha sido contratado em outra localidade.
Na medida em que o caput do art. 651 não faz vinculação à pessoa do empregado, essa regra aplica-se, também, aos trabalhadores estrangeiros, desde que estes tenham prestado trabalho no Brasil. 
II.2.2. COMPETÊNCIA PARA AÇÕES ENVOLVENDO VIAJANTES COMERCIAIS:
Neste caso, teremos que manejar DUAS regras de competência:
	• 1.ª REGRA .............
	a competência será da Vara do Trabalho da comarca onde a empresa tiver agência ou filial, à qual está subordinado o empregado;
	• 2.ª REGRA .............
	a competência será da Vara do Trabalho da comarca onde o empregado tenha estabelecido o seu domicílio ou a mais próxima a esse, quando não existir agência ou filial.
Quando se diz que a empresa deve ter agência ou filial, está se fazendo menção ao local da prestação do serviço, posto que esse tipo de empregado, presta serviço em várias localidades, viajando, às vezes, de um Estado para outro.
2.3. COMPETÊNCIA PARA AÇÕES ENVOLVENDO EMPREGADO BRASILEIRO QUE TRABALHA NO ESTRANGEIRO:
Aqui há que se destacar que o ordenamento pátrio, prevê dois critérios importantes, sendo um de DIREITO PROCESSUAL e outro de DIREITO MATERIAL.
· ► Critério de Direito Processual: a competência para processar e julgar as demandas trabalhistas de brasileiros contratados para trabalhar no estrangeiro, é da Vara do Trabalho brasileira;
· ► Critério de Direito Material: a legislação trabalhista aplicável, neste caso, será a do país onde o trabalho tenha sido prestado;
2.4. COMPETÊNCIA PARA AÇÕES ENVOLVENDO EMPRESA QUE DESENVOLVE SUA ATIVIDADE FORA DO LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO:
Aqui a escolha cabe ao empregado:
• ou no LOCAL DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO;
• ou no LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.
2.5. FORO DE ELEIÇÃO (arts. 62 e 63 do Novo CPC):
No Direito Processual do Trabalho, não se admite que as partes estipulem o foro para dirimir eventuais questões decorrentes do contrato de trabalho, pois tal atribuição é da União, enquanto única legitimada para legislar em matéria trabalhista, sendo que as normas de competência, são de ordem pública e, portanto, inderrogáveis.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA: 
	► Competências ABSOLUTAS → → → →
	• em razão DA MATÉRIA;
• em razão DA PESSOA e
• em razão DA FUNÇÃO.
	► Competência RELATIVA → → → → →
	• em razão DO TERRITÓRIO;
• em razão DO VALOR.
4. MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA: 
Salvo a hipótese do art. 43 do Novo CPC, a competência absoluta é IMUTÁVEL. Já no tocante à competência relativa, essa restrição não se verifica (art. 54 do Novo CPC).
São seguintes as hipóteses em que a competência da Justiça do Trabalho pode ser modificada:
A) PRORROGAÇÃO (Art. 65 do Novo CPC):
Para efeito do processo do trabalho, a prorrogação que nos interesse é aquela inerente ao TERRITÓRIO (ao Foro).
Situações em que a PRORROGAÇÃO pode ocorrer:
• Quando o Autor aceita a modificação da competência, pois ajuizou sua ação perante Vara sabidamente incompetente;
• Quando o Réu, mesmo sabendo que a ação foi ajuizada perante Vara incompetente, deixa de opor Exceção Declinatória de Foro;
• Quando da aceitação do Juiz, na hipótese de nulidade do foro de eleição, previsto em contrato de adesão, o feito não tiver sua competência declinada para o do domicílio do Réu.
B) CONEXÃO (Arts. 54, 55 e 57 do Novo CPC):
A conexão só deve ser decretada, se não ocasionar embaraços ao processo.
C) CONTINÊNCIA (Arts. 54, 55 e 57 do Novo CPC);
D) PREVENÇÃO (Art. 58 do Novo CPC):
A sua verificação na esfera trabalhista, depende de algumas adaptações, haja vista que a distribuição de uma ação perante a Justiça do Trabalho, configura-se como ato automático. Assim, parece-nos correta a lição de RODRIGUES PINTO[footnoteRef:7]: “... na hipótese de duas ou mais ações conexas, o juízo prevento deve ser aquele em que a ação foi protocolada em primeiro lugar. ...” [7: PINTO, José Augusto Rodrigues. Processo Trabalhista de Conhecimento, p. 144, LTr, 2001.] 
5. CONFLITOS DE COMPETÊNCIA (ART. 803 e seguintes da CLT): 
Incidente processual através do qual, dois ou mais órgãos da jurisdição se dizem competentes para processar e julgar uma demanda.
• Art. 805 da CLT (indica quem é competente para suscitar o conflito).
• Art. 806 da CLT (estabelece situação em que fica prejudicado o direito de suscitar o conflito).
• Art. 807 da CLT (prova documental da existência do conflito).
• Art. 808 da CLT (estabelece que solucionará o conflito).
• A EC 45/2004 estabeleceu ser da Justiça do Trabalho a competência para processar e julgar “os conflitos de competência entre os órgãos da jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o” da CRFB.”
• O processamento do Conflito de Competência observará o disposto nos arts. 809 e 810 da CLT.
• O processamento do Conflito de Competência observará o disposto nos arts. 809 e 810 da CLT.
Atos, Termos e Prazos:
Considerações importantes acerca do PJe __________________________________________
 
	Considera-se REALIZADO
o Ato Processual
	Na data e hora do envio ao sistema, atestado mediante protocolo eletrônico (art. 3º da Lei 11.419/2006).
	PRAZO para envio da petição
	A transmissão deve se dar até as 24:00h do dia do vencimento do prazo (art. 3º da Lei 11.419/2006).
	PRORROGAÇÃO
DO PRAZO
	Caso o sistema fique indisponível,os prazos serão prorrogados para o primeiro dia útil subsequente (art. 10, § 2º da Lei 11.419/2006)
	FALHAS
TÉCNICAS
	Como por exemplo interrupção do fornecimento de energia elétrica ou de telefone, que inviabilize a transmissão do arquivo → tendência de impor risco à parte.
	EXCLUSÃO
DIGITAL
	Os órgãos do Poder Judiciário devem disponibilizar computadores, scanners, à disposição dos usuários.
	DIÁRIO ELETRÔNICO
	Possibilidade criada a partir da Lei 11.419/2006 (art. 4º).
	Contagem do PRAZO
	• Data de disponibilização no DJe;
• Data da publicação no DJe;
• contagem do prazo → 1º dia útil subsequente à publicação.
	Ato SEJUD/GP 342/2010
	• regulamentou o processo eletrônico no TST;
• a partir de 02/08/2010, todos os processos ingressantes no TST, passam a ser eletrônicos.
	Ato Conjunto 20/2009
(TST/CSJT[footnoteRef:8]) [8: Conselho Superior da Justiça do Trabalho.] 
	• implantação da numeração única dos processos (Res. 65 CNJ) ⇨ 20 dígitos
	
NNNNNNN
	
- DD
	
. AAAA
	
. J
	
. TR
	
. 0000
	Número
	dígito
verificador
	Ano
	Judiciário
	Tribunal
	Origem (VT ou TRT)
	
Resolução
CSJT
94/2012
	• instituiu o PJe no TST;
• objetivo: prática de atos processuais e a sua representação → exclusivamente pelo PJe-JT;
• tamanho máximo dos arquivos 3,0MB[footnoteRef:9] → documentos (vários arquivos dentro desta limitação); [9: Ato nº 89 do CSJT.] 
• distribuição da petição inicial e juntada da contestação → responsabilidade dos advogados;
• autuação automática → mediante recibo emitido pelo sistema;
• contestação → deve ser juntada antes da audiência → preservada a possibilidade de defesa oral (20 minutos);
• atas de audiência → assinadas eletronicamente, exclusivamente pelo juiz;
• consulta do inteiro teor dos autos → mediante credenciamento no sistema;
• implantado o PJe, fica vedada a utilização de e-DOC no processo.
Termos processuais:
Didaticamente falando, TERMO nada mais é do que a reprodução gráfica do ato processual praticado.
Na seara do processo trabalhista, no tocante aos termos processuais, temos que manejar os arts. 771/773 da CLT c/c 202/211 do CPC, de aplicação subsidiária, na forma do disposto no art. 769 da CLT.
PRAZOS PROCESSUAIS:
Os prazos processuais classificam-se:
	a) QUANTO À ORIGEM:
	● Legais: fixados em lei;
● Judiciais: fixados pelo juiz;
● Convencionais: fixados através de acordo firmado entre as partes.
	b) QUANTO À NATUREZA:
	● Dilatórios: são aqueles em que as partes podem dispor do prazo para a prática de determinado ato. Podendo ser objeto de convenção entre as partes;
● Peremptórios: decorrem de normas cogentes, imperativas ou de ordem pública, não podendo ser objeto de convenção entre as partes;
 
	c) QUANTO AOS DESTINATÁRIOS:
	● Próprios: são aqueles destinados às partes. Se não observados, implicam em preclusão;
● Impróprios: previstos em lei e destinados aos juízes e servidores do Judiciário. Não estão sujeitos à preclusão. 
IV.1 – CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS (arts. 774/775 CLT):
Há que se fazer uma distinção importante, qual seja, aquela entre o INÍCIO DO PRAZO e o INÍCIO DA CONTAGEM. 
	● INÍCIO DO PRAZO:
	também chamado do dies a quo. Ocorre quando o interessado toma ciência do ato processual a ser praticado. Não se computa o dia do começo, no prazo; 
	● INÍCIO DA CONTAGEM:
	também chamado do dies ad quem. A contagem inicia-se no dia seguinte à ciência do interessado, do ato processual a ser praticado e vai até o seu final.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
Art. 224 -. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 3º - A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. 
• Art. 775 da CLT (prazo contado em dias úteis).
	• Súmula nº 1 do TST (intimação na sexta-feira).
• Súmula nº 262 do TST (intimação no sábado).
2 – SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO:
Antes de mais nada, precisamos ter em mente a distinção entre SUSPENSÃO e INTERRUPÇÃO:
► SUSPENSÃO: paralisação da contagem do prazo processual. Cessada a causa suspensiva, a contagem é retomada do momento em que parou.
	▪ Exemplos de Suspensão:
→ Art. 313, I e III do CPC c/c art. 221 do CPC.
→ Art. 220 do CPC c/c art. 775-A da CLT.
	
► INTERRUPÇÃO: ocorrendo a causa interruptiva, a contagem para e, uma vez cessada essa causa, inicia-se uma nova contagem, desprezando-se o lapso temporal transcorrido anteriormente.
▪ Exemplos de Interrupção:
→ Art. 1.026, caput do CPC c/c art. 897-A da CLT.
V – DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO:
	• Para as Varas do Trabalho ou Juízes de Direito (art. 669, § 1.º CLT) ...
	art. 783 CLT; 
	• Registro das Reclamações 
	art. 784 CLT; 
	• Recibo do Registro ............................................................................
	art. 785 CLT; 
	• Reclamação verbal (apresentação em 5 dias para reduzir à termo) .....
	art. 731 CLT; 
	• Distribuição por Dependência ............................................................
	art. 286 do CPC. 
VI – NULIDADES PROCESSUAIS:
	• Princípio do Prejuízo 
	art. 794 CLT; 
	• Princípio da Convalidação 
	art. 795 CLT; 
	• Incompetência Absoluta do Foro Trabalhista 
	art. 795, § 1.º CLT; 
	• Princípio da Instrumentalidade 
	art. 796 CLT; 
	• Princípio da Economia Processual 
	art. 796,“a” CLT;
	• Efeitos da Nulidade, para atos posteriores à sua decretação 
	art. 798 CLT. 
Ação Trabalhista:
AÇÃO TRABALHISTA: A ação é meio pelo qual o Estado é provocado para solucionar os conflitos de interesse que lhe são submetidos. A essa atividade do Estado, dá-se o nome de Jurisdição. Em verdade, podemos dizer que o Estado tem o monopólio da jurisdição, salvo situações peculiares e excepcionais.
CONCEITO: “Ação é o direito público, constitucionalmente assegurado à pessoa, natural ou jurídica, e a alguns entes coletivos, para invocar a proteção jurisdicional do Estado, objetivando a tutela efetiva de direitos materiais.”
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES TRABALHISTAS:
TRINÁRIA de Chiovenda (ação de CONHECIMENTO ou cognitiva, ação EXECUTIVA e CAUTELAR); → Pontes de Miranda acrescenta uma quarta espécie: ação MANDAMENTAL.
QUINÁRIA (ação de conhecimento ou cognitiva, ação executiva, cautelar, mandamental e executiva lato sensu).
AÇÕES COLETIVAS: Na seara trabalhista, as ações coletivas podem ser: stricto sensu ou lato sensu. 
• Ações Coletivas STRICTO SENSU: também conhecida como DISSÍDIO COLETIVO, destina-se à defesa dos interesses gerais e abstratos da categoria (profissional ou econômica); 
• Ações Coletivas LATO SENSU: configura-se, principalmente, pelas ACPs (Ações Civís Públicas) movidas pelo MPT. Objetivam, via de regra, a condenação, imposição ou abstenção do réu em obrigações de fazer ou não fazer, ou ainda, a condenação em dinheiro quando impossível o cumprimento da obrigação específica. Legitimados naturais: MPT e Sindicatos.
CONDIÇÕES DA AÇÃO (art. 840, §1º, da CLT / art. 337, XI, do CPC c/c 485, VI, do CPC): O direito brasileiro segue a Teoria Tricotômica das condições da ação, inserida no art. 485, VI, do CPC.
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: Será possível o pedido quando, a pretensão do autor estiver amparada pelo direito objetivo e/ou quando não existir uma vedação expressa do ordenamento, no tocante à pretensão deduzida em Juízo.
• ORDINÁRIA: inerente aos titulares dos interesses conflitantes (os sujeitos da lide). Atuação em nome próprio; 
• EXTRAORDINÁRIA: ocorre quando pessoas ou entes atuam EM NOME PRÓPRIO, mas em defesa DE DIREITO ALHEIO, desde que autorizados por lei. A doutrina majoritária vem entendendo que SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL consiste na permissão legal para que alguém atue em Juízo, como parte, em nome próprio, mas postulando direito de terceiro. Legitimados naturais: MPT e Sindicatos.
INTERESSE DE AGIR: Nasce do trinômio: NECESSIDADE, UTILIDADE e ADEQUAÇÃO. 
• NECESSIDADE: sem o processo, o autor da ação ficariaimpedido de ver sua pretensão acolhida ou rejeitada pelo Estado Juiz; 
• UTILIDADE: o processo deve prestar-se a remediar ou prevenir o mal alegado pelo autor; 
• ADEQUAÇÃO: deve haver uma relação entre o fato alegado pelo autor da ação e o provimento jurisdicional, sob pena de o processo não lhe ser útil.
RITOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS: O processo trabalhista possui 3 ritos. Vejamos:
1 – SUMÁRIO: Instituído pela Lei 5.584/1970, no art. 2.º, §§ 3.º e 4.º, que dispõe sobre normas de Direito Processual do Trabalho, altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária na Justiça do Trabalho e dá outras providências. 
• Configuram ações raramente manejadas. 
• Não se aplica às Pessoas Jurídicas de Direito Público, em razão da inexistência da remessa necessária. 
• Só se admite recurso, quando há violação a preceito constitucional (RECURSO EXTRAORDINÁRIO → § 2º. do art. 893 da CLT c/c com o disposto no art. 102, inciso III da Constituição Federal).
2 – SUMARÍSSIMO (arts. 852-A a 852-I da CLT): Não se aplica órgãos da Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional, aplicando-se, no entanto, aos órgãos da Administração Pública Indireta. 
• LIMITAÇÃO ECONÔMICA ↔ 40 SALÁRIOS MÍNIMOS (ART. 852-A CLT); 
• PRAZO DE 15 DIAS PARA APRECIAÇÃO (ART. 852-B, III CLT); 
• AUDIÊNCIA UNA (ART. 852-H, § 1.º CLT); 
• TESTEMUNHAS ↔ 2 (ART. 852-H, § 2.º CLT) ↔ comparecimento independente de intimação (ART. 852-H, § 3.º CLT); 
• PEDIDO CERTO, DETERMINADO E LÍQUIDO (ART. 852-B, I CLT);
3 – ORDINÁRIO (arts. 837 a 852 da CLT): É o procedimento trabalhista mais comum. Neste procedimento, a audiência é una, sendo que, em virtude de prática forense trabalhista, geralmente ela se subdivide em inaugural, de instrução e de julgamento.
O não comparecimento do Reclamante à audiência, implica no arquivamento do processo, enquanto, o não comparecimento da Reclamada na audiência, implica na imposição da pena de revelia e confissão ficta, quanto à matéria fática (art. 844 CLT). 
• Primeira tentativa de conciliação (art. 846 CLT). 
• Segunda tentativa de conciliação e Sentença (art. 850 CLT). 
• Intimação dos litigantes, acerca da decisão (art. 852 CLT).
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL:
 Devem ser observadas as regras do art. 330 do CPC, que no caput trata do indeferimento da inicial e no seu parágrafo único esclarece quando a petição inicial é inepta.
 FATO SUPERVENIENTE. ART. 493 DO CPC DE 2015. ART. 462 DO CPC DE 1973 (atualizada em decorrência do CPC de 2015). O art. 493 do CPC de 2015 (art. 462 do CPC de 1973), que admite a invocação de fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito, superveniente à propositura da ação, é aplicável de ofício aos processos em curso em qualquer instância trabalhista. Cumpre ao juiz ou tribunal ouvir as partes sobre o fato novo antes de decidir.

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