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Distúrbios Hiroeletrolíticos

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Rose Anne | Medicina 
Distúrbios Hiroeletrolíticos
Enfoque no paciente pré-operatório, 
transoperatório e pós-operatório 
Água corporal 
O corpo é formado por 70% de água 
• Intravascular; 
• Extravascular; 
• Intracelular (60%); 
• Extracelular (40% - intravascular e 
intersticial). 
 
 
Deve haver um equilíbrio para a homeostase 
 
Qualquer estresse cirúrgico (seja uma 
hemorragia, seja um corte) gera uma cascata 
de estímulo: 
• Hipotálamo – hipófise – adrenal – libera 
corticoides – cortisol – mineralocorticoides 
(aldosterona → regulação de água e Na+) 
• Eixos homeostáticos – tendência natural 
do organismo. 
A diferença entre os estresses cirúrgicos é a 
intensidade da resposta metabólica. 
Quanto maior o estresse metabólico, maior a 
probabilidade de haver um desequilíbrio 
hidroeletrolítico. 
Os exames pré-operatórios servem para 
identificar os níveis de íons e verificar o 
equilíbrio, a descompensação do paciente 
causados por doenças. 
Obs: Albumina é o principal biomarcador que 
indica se o paciente está nutrido ou não. 
 
 Rose Anne | Medicina 
• Homens: 60% do peso corporal 
• Mulheres: 50% do peso corporal 
• Mais gordura; menos água (menor reserva 
hidroeletrolítica, podendo desidratar mais 
facilmente) 
• Redução com a idade 
 
Íons importantes 
• Na+ e K+ 
• Se esses dois íons estiverem normalizados, 
os outros íons tendem a se equilibrar 
também. 
 
 
Homeostase 
• Eletroneutralidade: soma = zero 
 
 
• As perdas e ganhos de líquidos corporais 
ocorrem no compartimento extracelular 
• O líquido intracelular repercute as 
alterações que ocorrem no 
compartimento extracelular 
Distúrbios hidroeletrolíticos 
• Rins – principal órgão da homeostase do 
organismo (sentinelas) 
• Pulmões e pele – responsáveis por boa 
parte das perdas insensíveis de água e 
eletrólitos 
✓ Cada grau acima de 37º, aumenta em 
500 ml/24 horas a perda volêmica. 
• Secreções digestivas são vias de perdas e 
reabsorção importantes 
 Rose Anne | Medicina 
Distúrbios do Sódio 
• Principal cátion do LEC: 135-145 mEq/L 
• Hiponatremia: < 135 mEq/L 
→ Sintomático abaixo de 120 mEq/L 
• Hipernatremia: > 145 mEq/L 
• Causas: 
→ Vômitos, diarreia, aspiração 
nasogástrica, obstrução intestinal, 
peritonites, queimaduras, fístulas 
digestivas, insuficiência renal 
Hiponatremia 
• Sintomáticos: < 120 mEq/L 
Sinais teciduais: 
• Impressão digital na pele (água intracelular) 
• Edema 
SNC 
• Hipertensão intracraniana (Na+ e há perda 
de água do interstício para a célula, que fica 
túrgida) 
• Convulsões, contratura muscular 
• Alteração no nível de consciência (Na+ 
participa na transmissão sináptica – bomba 
de Na+ e K+) 
Cardiovasculares 
• Hipertensão e taquicardia (consequente à 
HIC – Hipertensão Intracraniana) 
• Tríade de Cushing – hipertensão arterial, 
bradicardia e arritmia respiratória. 
Obs: Reposição de Na+ deve ser lenta, pois pode 
causar a saída rápida de água da célula e a 
mielinólise pontina. 
Hipernatremia 
Sinais teciduais 
• Mucosas secas e pegajosas 
• água intracelular 
SNC 
• Agitação 
• Delírio 
• Fraqueza 
Cardiovasculares 
• Taquicardia 
• Hipotensão 
Tratamento 
• Tratamento da doença de base 
• Solução de glicose ou SF a 0,45% (diluição 
dos eletrólitos presentes no meio 
extracelular) 
• Hipernatremias severas: diálise 
Distúrbios do Potássio 
• Predomina no intracelular; 
• Função cardíaca e motora; 
• Consequência eletrocardiográfica (grandes 
repercussões na musculatura cardíaca e no 
impulso cardíaco); 
• Liberado no LEC em traumas, acidose e 
catabolismo (câncer). 
3,5 - 4,5 mEq/L 
ATENÇÃO: acima de 6 mEq/L – situação de 
emergência 
• Hipocalemia: < 3,5 mEq/L 
• Hipercalemia: > 4,5 mEq/L 
Margem de aumento ou redução dos níveis de 
K+ para o aparecimento dos sintomas é 
pequena. 
Qualquer alteração causa uma repercussão 
rápida e intensa. 
K+ > 6 mEq/L: emergência nefrológica 
Hipercalemia 
• > 4,5 mEq/L 
• Maior mortalidade 
• Causas 
 Rose Anne | Medicina 
→ Acidose metabólica (H+ no meio 
intracelular, há o escape do K+ da célula 
para o interstício) 
→ Traumas 
→ Insuficiência renal 
→ Iatrogenia 
Cardiovasculares 
• Ondas T apiculadas; 
• Alargamento de QRS; 
• Parada cardíaca. 
 
Gastrointestinais 
• Náuseas 
• Vômitos 
• Cólicas, diarreias 
 
Tratamento 
• Suspender administração; 
• Gluconato de Cálcio → antagoniza o 
Potássio no coração (1 g a 10%); 
• Glicose + insulina (Entrada de Potássio na 
célula); 
• Resinas; 
• Diálise. 
Hipocalemia 
• < 3,5 mEq/L 
• Sintomático < 2,5 mEq/L 
• Causas 
→ Desnutrição 
→ Diuréticos 
→ Diarreia 
→ Fístulas digestivas 
→ Vômitos 
→ SNG 
• A fibra muscular é a mais afetada pela 
carência de Potássio 
• Sintomas 
→ Falha de contratilidade 
Cardiovasculares 
• Arritmias; 
• Achatamento da onda T. 
 
Neuromusculares 
• Fraqueza; 
• Hiporreflexia; 
• Flacidez. 
Gastrintestinais 
• Íleo paralítico* 
→ Não há peristalse → abdome agudo 
obstrutivo (diagnóstico diferencial) 
• Toda suspeita de íleo paralítico, deve pedir 
os níveis de Na+ e K+ 
Hipocalemia  Alcalose metabólica 
Tratamento 
 Rose Anne | Medicina 
• Reposição controlada e lenta (KCl) 
→ Não exceder 40 mEq/L de solução 
→ Não exceder 20 mEq/hora 
• Corrigir a alcalose metabólica (ex: ajustar os 
parâmetros do ventilador) 
Obs: Muitas vezes, não é preciso repor KCl, 
apenas corrigir a alcalose metabólica e 
consequentemente, os níveis de K+ se ajustam 
Atenção: Monitorar o paciente! 
Equilíbrio hidroeletrolítico no paciente cirúrgico 
• No pré-operatório, as alterações 
hidroeletrolíticas podem decorrer da própria 
doença de base (hipoaldosteronismo, tumor 
de hipófise) ou de problemas clínicos 
associados (peritonite purulenta difusa) 
• Alterações hidroeletrolíticas são 
proporcionais ao porte cirúrgico 
• No pós-operatório, as alterações estão 
relacionadas à resposta endócrino-
metabólica de cada indivíduo 
• As primeiras 24h do pós-operatório são 
cruciais em relação à reposta endócrino-
metabólica, uma vez que é quando há a 
maior qtde de liberação de citocininas 
Casos clínicos: 
Caso 1: 
Paciente 60 anos, hipertenso e portador de IRC 
(Insuficiência Renal Crônica). Em Pós-operatório 
de hernioplastia inguinal unilateral, apresenta 
parada de eliminação de flatos e fezes, está 
empachado, vômitos e não se alimenta. 
• Sódio: 128 mEq/L (hiponatremia) 
• K+: 3,0 mEq/L (hipocalemia) 
 
Sinal do empilhamento de moedas: 
• Visualização das pregas intestinais e da 
dilatação das alças 
• Distensão e edema do intestino. 
Descrição: 
• Raio-x do abdome com distensão gasosa 
em toda sua extensão (sem ponto de 
obstrução), edema de alças, sem níveis 
líquidos, com sinal de empilhamento de 
moedas. 
Diagnóstico: íleo paralítico 
• Descompensação clínica, não foi 
consequência da cirurgia. 
• Obstrução funcional 
Tratamento: reposição de Na+ e K+ 
Caso 2: 
Paciente 55 anos apresenta parada de 
eliminação de flatos e fezes e constipação 
crônica. Morou em uma cidade com rio que 
tinha bastante caramujos. Apresenta vômitos 
fecaloides. Exame físico: toque retal 
• K+: 3,4 mEq/L (Hipocalemia) 
• Na+: 136 mEq/L 
Paciente com parada de eliminação de flatos e 
fezes, deve ser feito o toque retal 
 Rose Anne | Medicina 
Se apresentar presença de fezes na luva ao 
toque retal, significa que parou de produzir 
fezes, mas possui trânsito intestinal – fezes 
impactadas 
Diagnóstico sindrômico: Abdome agudo 
obstrutivo 
Diagnóstico nosológico: por volvo de sigmoide 
Diagnóstico etiológico: Esquistossomose 
 
Descrição: 
• Paciente apresenta uma grande distensão 
colônica, sem distribuição de gases 
adequada. Sinal de grão de café – volvo de 
sigmoide 
 
Caso 3: 
Paciente 38 anos, PO de ileocolectomia direita 
por FAF (Ferimento por Arma de Fogo) há 18 
dias. Está letárgico, sonolento,edemaciado. 
SNG: 1800 ml/24 horas 
Há saída de secreção por FO com peso médio 
de 1200 gramas/dia (grandes perdas eletrolíticas) 
• K+: 3,1 mEq/L (hipocalemia) 
• Na+: 120 mEq/L (hiponatremia) 
 
Caso 4: 
Paciente 28 dias de vida, com vômitos após 
mamadas na segunda semana com aspecto de 
leite coalhado. Está desidratado, letárgico, com 
perda de 15% do peso corporal. 
Gasometria – pH: 7,55 (alcalose metabólica) 
• K+: 2,8 mEq/L (hipocalemia) 
• Cl: 90 mEq/L (hipocloremia) 
Diagnóstico sindrômico: 
• Abdome agudo obstrutivo 
Vômitos com conteúdo gástrico rico em H+, 
consequentemente perdendo K+ 
Quando há perda de H+, também se perde K+ 
A alcalose metabólica gera uma hipocalemia e 
vice-versa. 
Conduta: 
 Rose Anne | Medicina 
• Acesso para hidratação e reposição de 
KCl de forma lenta 
• Nesse caso, ao corrigir o K+, corrige-se 
também automaticamente o pH. 
 
 
Vômito com aspecto coalhado (entrou em 
contato com ácido estomacal), o que significa 
que a obstrução é antes do duodeno 
Ponto de obstrução: Piloro 
Consequência e causa de mortalidade: devido à 
hipocalemia 
Se o vômito fosse de aspecto amarelo-
esverdeado (vômito bilioso), seria indício de 
obstrução duodenal, uma vez que a via biliar 
desemboca na papila duodenal

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