Buscar

Recurso e Sucedâneo recursal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Recurso e Sucedâneo recursal
Dentro do Direito Processual Civil, o recurso é a forma pela qual a parte pode atingir o reexame de uma decisão judicial de um juiz de primeira instância ou tribunal. Trata-se de um remédio previsto na Constituição que visa à proteção dos princípios do Devido Processo Legal, Ampla Defesa e do Contraditório, buscando, dessa forma, a reforma, invalidação, integração ou esclarecimento de tal decisão. Tal instrumento é dotado de efeito devolutivo, ou seja, submete a questão ao tribunal ad quem; e, em determinados casos, possui efeito suspensivo impedindo que a decisão recorrida produza sua eficácia.
Necessário se faz observar que o recurso deve ser interposto por termo ou petição nos autos do processo. Diante disso, ele não enseja propositura de nova ação e é dirigido, geralmente, a outro órgão jurisdicional hierarquicamente superior.
Entretanto, há de perceber que a possibilidade de impugnação de uma decisão não é exclusividade dos recursos, havendo outros meios judiciais para alcançar tal objetivo.
Outra característica do recurso é que ele pode ser voluntário ou necessário, sendo que a sua provocação deverá ser sempre voluntária haja vista que é facultado às partes o interesse de recorrer. No entanto, se tratando de sua impugnação, o recurso pode ser voluntário ou compulsório a depender da matéria impugnada onde haverá casos na legislação em que o relator deverá decidir de ofício sobre a questão suscitada de acordo com o art. 932, IV do CPC. 
Recursos mencionados no CPC
Apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência. (art. 994 do CPC).
Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. (art. 995 do CPC)
No entanto uma das característica intrínseca do recurso é a sua inserção na mesma relação jurídica processual onde o direito de ação está sendo exercido. Entretanto, o recurso não é o único instrumento impugnativo de decisões, neste mesmo campo há o que se chama de ações autônomas de impugnação, também incluídos os sucedâneos recursais, tais ações se distanciam dos recursos por serem ações autônomas quanto ao processo atacado.
Dentre estes meios autônomos de impugnação, encontra-se o Mandado de segurança contra ato judicial. Em decorrência da limitação do cabimento de agravo de instrumento por parte da atual legislação processual, tal meio impugnativo possui certo destaque, pois pode ser impetrado contra decisão interlocutória não impugnável imediatamente na tentativa da parte em evitar iminente dano aos seus direitos. Há de verificar, todavia, que tal mandado não pode ser impetrado contra decisões passíveis de recursos com efeito suspensivo. Com base nisso, necessário se faz analisar uma particularidade sobre este remédio. É sabido que, por regra, nenhum recurso tem efeito suspensivo, exceto a apelação. Todavia, pode-se requerer tal efeito por requerimento ao relator ou ao tribunal sob justa fundamentação. Logo, o mandado de segurança contra tais decisões perde um pouco de sua eficácia, uma vez que o recurso pode, mediante requerimento, afastar dano à parte por meio do provimento do requerimento de concessão de efeito suspensivo.
Pode-se também citar a ação rescisória como sendo um remédio impugnativo manejado após a extinção do processo em que se proferiu a decisão atacada, mesmo tendo consumada a coisa julgada. Esta não se confunde com o recurso justamente por atacar uma decisão transitada em julgado. Trata-se de uma ação contra a sentença, contra alguma injustiça omissa no julgamento. Esta visa romper, cindir a sentença tendo como pressupostos que a decisão atacada tenha sido transitada em julgado e haja alguns dos motivos de rescindibilidade dos julgados presentes no art. 966 do CPC.
Já nos casos de sucedâneos recursais, meios que nem se enquadram nos recursos e nem em ações autônomas, é permitido alguma forma de impugnação de decisões judiciais. Nessa categoria pode-se citar a remessa necessária e a correição parcial.
Já a correição parcial é um meio de impugnação que se destina a impugnar erro ou abuso quanto a atos e fórmulas do processo. Esse procedimento só é cabível quando não há recurso específico previsto em lei e a decisão deve importar em uma inversão tumultuária, como por exemplo, contradição expressa com a jurisprudência de uma Corte Superior.
Fora do sistema recursal, porém, com a produção de efeitos similares a Constituição, na seara das Cortes Superiores, institui a figura da reclamação, disciplinada pela lei 8.038/1990 e posteriormente atualizada pelo atual CPC.
Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para preservar a competência do tribunal; garantir a autoridade das decisões do tribunal; garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência, por fim, garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência. Entretanto, não é somente em relação ao STF a postulação deste tipo de remédio. A princípio, tal procedimento era aplicado apenas nas questões elencadas no art. 102, I, l da Constituição, todavia, a jurisprudência entendeu ser possível o uso da Reclamação na Justiça Estadual.
Tais meios não se esgotam por estes aqui expostos. Porém, estes são os principais. Vale lembrar que tais ações se distanciam dos recursos pois não estão presentes todos os requisitos oriundos ao recurso os quais sejam a voluntariedade; expressa previsão em legislação federal; desenvolvimento no próprio processo no qual a decisão impugnada foi proferida; manejável pelas partes, terceiros prejudicados e Ministério Público e, por fim, deve ter como objetivo reformar, anular ou esclarecer decisão judicial. Mesmo sem tais características, ainda sim esses meios produzem efeitos similares aos recursos gerando reexame da matéria atacada.
Fontes:
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – Teoria geral do direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – vol. III / 47. ed. rev., atual. e ampl. versão digital – Rio de Janeiro: Forense, 2016. Versão digital.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm, acessado em 13/04/2022, ás 19:24.
https://jus.com.br/artigos/49098/sucedaneos-recursais, acessado em 13/04/2022, ás 20:35.
https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/dceac2b8e15b6d1906021728e5510eb5.pdf, acessado em 13/04/2022, ás 22:11.

Outros materiais