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Propedêutica Obstétrica e Pré-natal de risco Habitual e risco Intermediário

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1 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
PONTOS PRINCIPAIS 
➢ Conhecer e distinguir os sinais e sintomas da gravidez 
➢ Reconhecer e tratar a hiperêmese gravídica: 
• Durante a gestação, a maioria das mulheres apresentam 
enjoo 
• Quando essa êmese se acentua, tornando-se praticamente 
incontrolável, e, às vezes, apresentando desidratação, perda 
ponderal e/ou cetose, por exemplo, denomina-se de 
hiperêmese gravídica. Em alguns casos, é necessária a 
internação hospitalar da gestante 
• Algumas causas de hiperêmese gravídica: 
▪ Gestação gemelar 
▪ Mola Hidatiforme... 
➢ Saber quais exames laboratoriais solicitar → também deve-se 
discutir a acurácia dos testes rápidos 
➢ Quando pedir a ultrassonografia 
➢ Aplicar a regra de Naegele → para calcular a Data Provável do 
Parto (DPP) 
IDENTIFICAÇÃO 
➢ Além dos dados presentes no cartão do pré-natal, que devem ser 
preenchidos corretamente e de forma completa, também é 
importante saber outras informações que podem influenciar na 
evolução da gravidez de uma mulher, como a idade, a profissão, o 
estado civil, a nacionalidade e o domicílio 
➢ IDADE: 
• A idade da paciente ajuda a classificar o pré-natal em risco 
habitual, intermediário ou de alto risco 
• Sobre a idade de início da gestação: 
▪ Mesmo que o início de uma gestação possa ocorrer já 
aos 10 anos de idade, uma gravidez tem as melhores 
condições, do ponto de vista biológico, a partir dos 18 – 
20 anos de idade 
▪ O melhor período de desempenho para uma gestação 
dura cerca de uma década, sendo ideal até os 30 anos 
de idade, pois a partir dos 30 anos os riscos para a mãe 
e para a criança começam a aumentar 
▪ Ou seja, o melhor período para engravidar vai dos 18-
20 anos até os 30 anos 
▪ Em > 35 anos de idade → há um expressivo risco de 
índice de mal formação do concepto e de distocias 
• Segundo dados do Ministério da Saúde: 
▪ Gravidez na adolescência → vai de 10 até os 19 anos 
de idade 
✓ Toda gestante adolescente necessita de 
acompanhamento psicológico 
▪ O pré-natal deve ser acompanhado por uma equipe 
multidisciplinar (Ex: médico, enfermeiro, dentista, 
psicólogo, nutricionista), de acordo com as 
necessidades individuais de cada gestante 
▪ Acompanhamento psicológico → nem toda gestante 
necessita. Aquelas que engravidaram na adolescência 
ou que apresentem sinais de algum transtorno 
psicológico ou risco de depressão pós-parto 
necessitam desse acompanhamento psicológico 
• Saber a idade da paciente também é importante para 
identificar características de climatério e tamanho do 
espéculo 
➢ PROFISSÃO: 
• É de suma importância saber qual o trabalho dessa gestante, 
para que se analise se há riscos para a mãe e para o bebê 
• É importante o conhecimento da profissão da gestante, 
principalmente quando ela é predisposta a abortamento, 
para que ela seja orientada quanto a necessidade ou não de 
abster-se do esforço físico ou do contato com substâncias 
químicas manuseadas em alguns trabalhos (Ex: álcool, 
chumbo, fósforo, nicotina...) 
• Exemplos: 
▪ Gestante que é frentista de posto de gasolina → 
recomenda-se o uso de máscaras especiais, para que 
ela não inale substâncias prejudiciais 
▪ Gestante que é anestesiologista → é recomendado que 
não faça anestesia geral 
▪ Gestante que é radiologista → deve ter muito cuidado 
com a radiação ao manusear os aparelhos 
➢ ESTADO CIVIL: 
• Mulheres grávidas que tem um companheiro são menos 
vulneráveis: 
▪ Porém, também existem aquelas gestantes que sofrem 
violência doméstica. Assim, na ficha perinatal também 
se pergunta sobre isso à gestante → caso ela afirme 
que sofre violência doméstica, o papel do médico é 
justamente orientá-la a fazer a denúncia 
▪ É de suma importância também fazer o pré-natal do 
parceiro 
• Tem-se uma maior morbidade e mortalidade materna e fetal 
entre as gestantes solteiras 
➢ NACIONALIDADE E DOMICÍLIO: 
• A procedência da paciente auxilia o médico na orientação 
quanto ao rastreio da possibilidade de doenças que podem 
influenciar consideravelmente na gestação, como Doença de 
Chagas, Esquistossomose e Malária 
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS 
➢ Número de Gestações: 
• Incluindo os abortamentos 
▪ Se a gestante já teve uma gravidez ectópica, também 
se considera como um aborto 
➢ Número de Partos: 
• Onde foi o parto → domiciliar ou hospitalar 
• Via de parto → vaginal ou cesárea 
▪ Se for cesáreo, deve-se perguntar o motivo da 
indicação do procedimento, pois, às vezes, pode ter sido 
devido a alguma complicação na gestação anterior 
• Perguntar se houve uso do fórceps 
➢ Número de Abortamentos: 
• Deve-se perguntar se foi espontâneo ou provocado 
• Questionar sobre as causas do abortamento, como: 
▪ Por Infecção Sexualmente Transmissível (IST) 
 
2 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
▪ Complicação de Insuficiência Istmo-Cervical (IIC) → é 
a abertura/dilatação indolor do colo do útero, 
resultando no abortamento 
➢ Como se coloca o número de gestações, partos e abortamentos: 
• Exemplo: mulher grávida do 3º filho, com os dois partos 
tendo sido vaginais e sem abortamentos → G3P2A0 (Gesta 
3, Para 2 e Abortos zero) 
➢ Número de Filhos vivos → deve-se perguntar também se algum 
filho faleceu 
➢ Idade da primeira gestação 
➢ Intervalo entre as gestações: 
• Se o intervalo entre uma gravidez e outra for < 2 anos, há 
um aumento dos riscos tanto para a mãe quanto para o bebê 
▪ Ex: se uma mulher que foi submetida a um parto vaginal 
ou cesáreo há 1 ano e agora encontra-se novamente 
grávida for submetida novamente a outro parto, 
aumentam-se os riscos de rotura uterina ou até mesmo 
o bebê pode não nascer com o peso adequado 
➢ Isoimunização Rh: 
• É essencial que se saiba o tipo sanguíneo da gestante: 
▪ Rh + (soropositiva) → não é isoimunizada 
▪ Rh – (soronegativa) → deve-se solicitar o Coombs 
indireto 
✓ Coombs indireto x Coombs direto → se forem 
positivos, a criança está isoimunizada 
o Coombs indireto → é o que é solicitado no 
pré-natal 
o Coombs direto → solicita-se quando o bebê 
nasce, colhendo-se o sangue do bebê ou do 
cordão. 
➢ Número de recém-nascidos pré-termo ou pós-termo (≥ 42 
semanas de gestação) 
• O ideal é que um bebê nasça a partir de 39 semanas de 
gestação 
• Uma gravidez normal pode durar até 42 semanas, porém 
nunca se deve mandar uma gestante com 40 semanas e 1 dia 
para casa, por exemplo → nesse caso, deve-se avaliar, pela 
primeira ultrassonografia, se essa mulher está com a idade 
gestacional correta. Assim, deve-se internar a paciente e 
induzir o parto normal. Porém, se essa indução não der 
certo, deve-se indicar a cesariana. Isso é importante porque 
se essa gestante com 40 semanas e 1 dia for mandada para 
casa, ela pode retornar para o hospital em alguns dias com 
os batimentos cardíacos fetais inaudíveis, configurando uma 
morte fetal intraútero 
➢ Número de recém-nascidos e o peso (Baixo peso < 2,5 kg ou 
bebê macrossômico > 4 kg) → deve-se questionar se a mãe 
apresenta alguma doença, como o diabetes 
➢ Mortes neonatais → são aquelas que ocorrem até 7 dias de vida 
do bebê 
TERMOS MÉDICOS 
➢ GESTAÇÃO BIOQUÍMICA → é uma gestação muito precoce, 
sendo identificada antes mesmo de haver o atraso menstrual, por 
meio do exame de sangue ou do teste rápido. E essa gestação 
pode ou não evoluir 
➢ GESTAÇÃO HETEROTÓPICA → é uma condição rara na qual a 
mulher apresenta uma gravidez gemelar, com uma gestação 
ectópica (fora da cavidade uterina) simultaneamente a uma 
gestação intrauterina 
• É através da ultrassonografia que se sabe se a gestante 
apresenta esse tipo de gestação 
GESTAÇÃO ATUAL 
➢ Data da Última Menstruação (DUM) - do 1º dia/mês/ano: 
• Deve-se anotar a tanto a certeza quanto a dúvida da paciente 
quanto ao primeiro dia da sua última menstruação• Não é o dia em que terminou a última menstruação que ela 
teve! Mas sim o 1º dia da sua última menstruação 
• É importante para que se calcule a Data Provável do Parto 
(DPP) pela DUM, por meio da regra de Naegele 
➢ Peso prévio e Altura: 
• Exemplo → se a mulher engravida e já se encontra em 
sobrepeso ou obesidade, ela só poderá aumentar cerca de 5 
kg em toda a sua gravidez 
➢ Sinais e sintomas na gestação em curso 
➢ Hábitos alimentares 
➢ Medicamentos utilizados na gestação: 
• Quanto menor o número de medicações que a gestante 
precisar, melhor será a evolução da gestação 
• Porém, existem medicações que são essenciais de serem 
prescritas durante e até mesmo antes de a mulher 
engravidar (como o ácido fólico): 
▪ Ácido Fólico: 
✓ Já pode ser prescrito 3 meses antes de a mulher 
engravidar, caso ela faça o planejamento da 
gravidez antes 
✓ Sua principal função é evitar a mal formação do 
tubo neural do bebê → o tubo neural se forma em 
torno da 6ª semana de gestação, por isso que é 
obrigatório o uso do ácido fólico no 1º trimestre 
da gravidez. Assim, se o ácido fólico for usado 
apenas após a 6ª semana, não haverá esse 
benefício de evitar a mal formação do tubo neural 
o Caso não seja utilizado, o bebê pode 
apresentar Mielomeningocele 
✓ Existem estudos que comprovam os benefícios do 
uso do ácido fólico até o final da gravidez → 
reduz riscos de prematuridade e de descolamento 
prematuro da placenta, por exemplo 
▪ Sulfato Ferroso → é prescrito já na primeira consulta 
da gestante 
➢ Internação durante a gestação atual 
➢ Hábitos: 
• Fumo (número de cigarros por dia) 
• Álcool 
• Drogas ilícitas... 
 
 
3 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
ANAMNESE GERAL 
➢ Deve-se saber também as seguintes informações sobre a 
gestante: 
• Se é portadora de alguma doença → avaliar se a doença 
irá interferir negativamente no curso da gravidez, devendo-
se acompanhar de perto e tratar essa gestante 
• Quais os riscos da gravidez atual da gestante 
• Presença de intercorrências durante a gravidez: 
▪ Exemplo: paciente que teve um sangramento no 1º 
trimestre da gravidez 
• Medicamentos que está em uso 
• DUM (Data da Última Menstruação) 
• DPP (Data Provável do Parto) 
• IG (Idade Gestacional) 
SINAIS DE GRAVIDEZ 
➢ SINAIS DE PROBABILIDADE DA GRAVIDEZ: 
• SINAL DE HEGAR: 
 
▪ É um sinal de probabilidade da gravidez 
▪ Trata-se do amolecimento do istmo uterino que pode 
ser sentido pelo toque vaginal ou pela palpação 
abdomino-pélvica 
• SINAL DE CHADWICK (ou JACQUEMIER): 
▪ É o escurecimento ou mudança da cor da mucosa e da 
pele da região genital nas primeiras semanas da 
gravidez 
▪ Refere-se à distensão venosa da vulva, pelo aumento do 
fluxo sanguíneo 
▪ Ou seja, tem-se uma coloração violácea da vulva e da 
vagina 
• SINAL DE OSIANDER: 
▪ É a percepção da pulsação da artéria vaginal ao toque 
• SINAL DE PISKACEK → assimetria uterina observada na 
palpação 
▪ Abaulamento da região onde houve a implantação 
ovular. Ou seja, o útero fica assimétrico pela nidação 
• SINAL DE NOBILE-BUDIN: 
▪ Decorre do preenchimento do fundo de saco vaginal, 
ocorrendo um abaulamento 
▪ Abaulamento do útero gravídico ao toque do fundo de 
saco vaginal 
➢ SINAL DE CERTEZA DA GESTAÇÃO: 
• SINAL DE PUZOS: 
▪ É um sinal de rechaço fetal intrauterino, no qual tem-se 
a percepção de movimentos e/ou partes fetais pelo 
examinados ao toque 
▪ Exemplo → a examinadora faz o toque vaginal e sente 
a cabeça do bebê 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
➢ EXAMES QUE PODEM CONFIRMAR UMA GRAVIDEZ: 
• Teste Rápido: 
▪ É um teste que pode ser realizado no Posto de Saúde 
para confirmar a gravidez 
▪ A confiabilidade desse teste costuma ser questionada, 
mas ele é confiável 
▪ Assim, se o teste rápido confirmar a gestação → já se 
pode iniciar o pré-natal 
▪ É diferente dos Testes de Farmácia: 
✓ Em relação aos testes de farmácia, deve-se 
analisar se tem o selo do Inmetro e a validade do 
teste 
• Fração Beta da Gonadotrofina (Beta-HCG): 
▪ Quando a paciente não confia no teste rápido ou deseja 
fazer o Beta-HCG ou quando não se tem o teste rápido 
no Posto de Saúde, pode-se solicitar o Beta-HCG 
• Ultrassonografia: 
▪ Solicitar a partir da 6ª semana de gestação 
▪ Atenção → NUNCA pedir antes da 6ª semana de 
gestação, pois antes da 6ª semana pode-se ter o saco 
gestacional e não haver o embrião, tendo-se a falsa 
impressão de ser uma gravidez anembrionária, caso 
ela não evolua com o desenvolvimento do feto 
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ 
➢ SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
• Aumento da Frequência Respiratória (FR): 
▪ Exemplo: gestante que chega afirmando que está se 
cansando muito → nesse caso, pode ser algo 
fisiológico da própria gravidez, mas não se pode 
descartar logo de cara que pode se tratar de uma 
anemia, por exemplo 
• Aumento do consumo de O2 
• Aumento da elevação do diafragma → pois o útero 
comprime o diafragma 
➢ SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
• Aumento do Débito Cardíaco (DC) e da Frequência Cardíaca 
(FC) 
CURIOSIDADES 
#PSEUDOCIESE (“Gravidez Psicológica” ou Falsa Gravidez) 
- Pode ocorrer quando a mulher tem muita vontade ou muito medo de 
engravidar, por exemplo 
- Características: atraso menstrual, crescimento do volume abdominal, 
sensação de que tem um bebê se mexendo... 
- Assim, faz-se a ultrassonografia e não se vê fato algum 
- Nem mesmo o Beta-HCG irá positivar 
- Cursa com alterações psiquiátricas, havendo necessidade de essa 
mulher ter acompanhamento com psiquiatra 
#GRAVIDEZ ANEMBRIONÁRIA 
- É uma gestação sem o desenvolvimento do embrião 
- Paciente apresentava exames que confirmavam a gravidez, com o saco 
gestacional se desenvolvendo normalmente e o óvulo fertilizado pelo 
espermatozoide implantado no útero, porém o embrião não se 
desenvolve 
 
4 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
• Diminuição da Resistência Vascular Periférica Total (RVPT) 
• Diminuição da expansão volumétrica 
➢ SISTEMA ENDÓCRINO: 
• Aumento dos seguintes: 
▪ Peso corporal → por isso que em cada consulta deve-
se calcular o IMC da gestante, para saber se ela está 
ou não com o peso adequado 
▪ Estímulos hiperglicêmicos: 
✓ Nesse caso, se o primeiro exame Glicêmico da 
gestante vier normal, deve-se realizar novo 
exame na 24ª semana de gestação 
✓ Os estímulos hiperglicêmicos aumentam o risco 
de diabetes gestacional, por isso que se deve 
solicitar os exames glicêmicos 
▪ Consumo de lipídeos e carboidratos: 
✓ Assim, o colesterol e os triglicerídeos na gestação 
podem estar aumentados 
✓ Por isso que é essencial o acompanhamento com 
o nutricionista 
➢ SISTEMA OSTEO-MUSCULAR: 
• Relaxamento da pelve 
• Aumento da lordose 
• Deslocamento do centro da gravidade 
PONTOS PRINCIPAIS: O QUE SABER PARA REALIZAR UM PRÉ-NATAL 
➢ Conhecer a rotina básica do pré-natal: 
• Anamnese completa e correta 
• Exame de confirmação da gravidez → principalmente para 
que não se faça um pré-natal de uma pseudociese, por 
exemplo 
• Saber quais exames solicitar 
➢ Interpretar os resultados dos exames: 
• Na gestação, a Leucocitose pode ser fisiológica. Assim, 
quando se pega um hemograma e vê-se uma leucocitose, 
pode ser algo normal da gravidez 
➢ Conhecer as principais queixas durante a gravidez e como 
abordá-las 
➢ Saber quais as vacinas e as principais medicações indicadas e 
contraindicadas durante a gestação: 
• Vacinas: 
▪ COVID-19 → atualmente, faz-se as 2 doses as Pfizer 
(não se faz Astrazeneca) 
✓ Na gravidez e em mulheres que estão no 
puerpério até 45 dias 
▪ Anti-tetânica 
▪ dTpa → é a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, 
que imuniza contra difteria, tétano e coqueluche 
✓ Exemplo: mulher que tomou a dTpa na gestação 
anterior e depois de 1 ano engravidou de novo → 
deve tomar novamentea dTpa 
▪ Hepatite 
▪ Influenza → se ela tomou a vacina da influenza na 
gravidez passada e depois de um ano, por exemplo, 
engravidou novamente, ela deve tomar de novo a vacina 
ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA DO PRÉ-NATAL 
➢ Confirmar o diagnóstico de gravidez 
➢ Fazer o cadastro no sistema de informação 
➢ Preencher o cartão do pré-natal: 
• No local em que essa gestante for ter o bebê, o médico 
plantonista terá o cartão pré-natal como referência, pois ele 
contém todo o histórico da gravidez dessa mulher. Por isso 
e por outros motivos que é essencial preencher 
corretamente esse cartão pré-natal 
➢ Colher uma boa história clínica 
➢ Realizar o exame físico 
➢ Solicitar exames de rotina 
➢ Avaliar o cartão de vacinas 
➢ Colher e registrar testes rápidos 
➢ Encaminhar para o dentista 
➢ Prescrever sintomáticos 
➢ Prescrever Ácido Fólico e Sulfato Ferroso: 
• Ácido Fólico → 1 comprimido 1 hora antes do almoço 
➢ Esclarecer dúvidas sobre a gravidez 
➢ Realizar classificação de risco: 
• Risco habitual e risco intermediário → podem ser 
acompanhadas apenas pelo médico da UBS, caso ele se sinta 
seguro para conduzir, sem necessidade de encaminhar para 
o pré-natal de alto risco 
• Alto risco → deve ser encaminhada para o pré-natal de alto 
risco e continuar indo também na UBS 
REDE CEGONHA – PRINCÍPIOS GERAIS 
➢ A Rede Cegonha preconiza que o pré-natal deve ter a seguinte 
padronização: 
• Anamnese 
• Testes rápidos 
• Exame físico 
• Exames laboratoriais 
• Encaminhamentos 
PRÉ-NATAL PELO SUS 
(RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO) 
INTRODUÇÃO 
➢ Em determinadas regiões brasileiras, cerca de 90% das 
gestantes tem acesso ao pré-natal. Porém, infelizmente, existem 
10% que não tem acesso ao pré-natal 
CURIOSIDADE 
ANEMIA NA GESTAÇÃO x SULFATO FERROSO 
- O manual do Ministério da Saúde orienta a prescrição de 2 
comprimidos de Sulfato Ferroso para a gestante que está com a 
Hemoglobina < 10 g/dL. Porém, as evidências mostram que apenas 1 
desses comprimidos será absorvido. Assim, o a prescrição de 2 
comprimidos não corrige a anemia e ainda causa dor epigástrica e 
diarreia nessa gestante, por exemplo. Dessa forma, nesse caso, deve-se 
avaliar a idade gestacional dessa mulher, encaminhar para o 
nutricionista e, a depender da idade gestacional, pode-se fazer o ferro 
endovenosa, que tem absorção mais rápida. 
 
 
5 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
➢ Em relação à morte materna: 
• 90% podem ser evitadas com um pré-natal bem conduzido 
• Existem estratégias de sucesso no pré-natal para redução 
da mortalidade materna 
CALENDÁRIO DE CONSULTAS 
➢ Consultas Mensais: 
• Do início até a 28ª semana de gestação 
➢ Consultas Quinzenais: 
• Da 28ª até a 36ª semana de gestação 
➢ Consultas Semanais: 
• Da 36ª até a 41ª semana de gestação 
• Cuidado! → Gestante com 40 semanas e 1 dia = deve ser 
internada para indução do parto 
➢ Atenção → NÃO existe alta do pré-natal durante a gestação. Essa 
alta é apenas após o parto 
ESTRATIFICAÇÃO DA SUBPOPULAÇÃO DE GESTANTES 
 
➢ Mulheres em idade fértil → 10 a 49 anos de idade 
➢ Gestantes: 
• Quando se está diante de uma mulher com atraso menstrual 
que apresenta um teste rápido de gravidez positivo, por 
exemplo, deve-se realizar a estratificação de risco e iniciar 
o pré-natal dessa paciente 
• A classificação do risco é de acordo com a idade, presença 
de alguma patologia, exame alterado... 
• Exemplo: Se a paciente iniciou o pré-natal em risco habitual, 
mas com a evolução da gravidez ela passou a ser de alto 
risco → deve-se encaminhar essa paciente para o pré-natal 
de alto risco 
RISCO HABITUAL 
➢ Nesses casos, pode-se fazer o acompanhamento da gestante na 
própria UBS 
➢ Características das mulheres que configuram risco habitual 
→ características individuais e condições sociodemográficas 
favoráveis: 
• Idade entre 16 e 34 anos 
• Aceitação da gestação: 
▪ Se a gravidez não for desejada, deve-se encaminhar a 
paciente para outro setor, para que tenha também 
acompanhamento psicológico 
• Intervalo interpartal > 2 anos (caso ela tenha história de 
gravidez anterior a atual): 
▪ Exemplo: caso a paciente tenha um intervalo entre os 
partos menor que 1 ano deve-se encaminhá-la para 
outro setor 
• Ausência de intercorrências clínicas e/ou obstétricas na 
gravidez anterior e/ou atual 
 
RISCO INTERMEDIÁRIO 
➢ Podem ser acompanhadas pela equipe da UBS, caso o médico se 
sinta seguro para conduzir o pré-natal, ou pode-se encaminhar 
para o serviço de alto risco 
➢ Características Individuais e condições socioeconômicas e 
familiares: 
• Idade < 15 anos ou > 35 anos 
• Condições de trabalho desfavoráveis → Ex: esforço físico 
excessivo, carga horária extensa, exposição a agente físicos, 
químicos e biológicos nocivos, níveis altos de estresse... 
• Indícios ou ocorrência de violência 
• Situação conjugal insegura 
• Insuficiência de apoio familiar 
• Capacidade de autocuidado insuficiente 
• Não aceitação da gestação 
• Baixa escolaridade (< 5 anos de estudo) 
• Tabagismo ativo ou passivo 
• Uso de medicamentos teratogênicos 
• Altura < 1,45 metros 
• IMC < 18,5 ou entre 30 e 39 kg/m2: 
▪ IMC < 18,5 → encaminhar para nutricionista e iniciar 
polivitamínico 
▪ Gestante com menos de 19 semanas e IMC ≥ 30 → 
iniciar profilaxia para pré-eclâmpsia (AAS e Carbonato 
de Cálcio) 
• Transtorno depressivo ou de ansiedade leve 
• Uso de drogas lícitas e ilícitas 
• Gestante em situação de rua ou em comunidades indígenas 
ou quilombola 
• Mulher de raça negra 
• Outras condições de saúde de menor complexidade 
➢ História reprodutiva anterior: 
• Alterações no crescimento intrauterino (Crescimento 
Intrauterino Restrito (CIUR) e macrossomia) 
• Malformação 
• Nuliparidade ou multiparidade (5 ou mais partos) 
• Diabetes gestacional 
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas sem critérios de 
gravidade 
ALTO RISCO 
➢ Nesses casos, deve-se encaminhar a paciente para o serviço 
especializado! (pré-natal de alto risco ou até mesmo, a depender 
da condição, para locais de referência e mais especializados) 
➢ História reprodutiva anterior: 
• Cesárias prévias (2 ou mais) ou cirurgia uterina anterior 
recente (exceto incisão clássica/corporal/longitudinal) → 
pois há risco de rompimento do útero 
• Intervalo interpartal < 2 anos 
➢ Condições e intercorrências clínicas e obstétricas na 
gestação atual: 
• Infecção urinária (1 ou 2 ocorrências) ou 1 episódio de 
pielonefrite 
• Ganho de peso inadequado 
 
6 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
• Sífilis (exceto sífilis terciária ou resistente ao tratamento 
com penicilina benzatina e achados ecográficos suspeitos de 
sífilis congênita) 
• Suspeita ou confirmação de Dengue, vírus Zika ou 
Chikungunya (quadro febril exantemático) 
• Presença de alguma patologia antes da gravidez → Ex: 
Lúpus, doença renal, doença cardíaca... 
• Aparecimento de alguma patologia durante a gestação → 
Ex: diabetes gestacional, distúrbio da tireoide... 
10 PASSOS PARA O PRÉ-NATAL DE QUALIDADE 
1. Iniciar o pré-natal na Atenção Primária até a 12ª semana de 
gestação (captação precoce) 
2. Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos 
necessários à atenção pré-natal 
3. Toda gestante deve ter asseguradas a solicitação, a realização e 
a avaliação em termo oportuno do resultado dos exames 
preconizados no atendimento pré-natal 
4. Promover a escuta ativa da gestante e de seus acompanhantes, 
considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e 
culturais, e não somente um cuidado biológico: “rodas de 
gestantes” 
5. Garantir o transporte público e gratuito da gestante para o 
atendimento pré-natal, quando necessário 
6. É direito do parceiro ser cuidado (realização de consultas, 
exames e ter acessoa informações) antes, durante e depois da 
gestação: “pré-natal do parceiro” 
• Está na contracapa da caderneta da gestante 
• Faz-se uma anamnese curta, verifica-se sinais vitais, 
solicita-se exames, encaminha-se o parceiro para o dentista 
e atualiza-se o cartão de vacina 
7. Garantir o aceso à unidade de referência especializada, caso seja 
necessário 
8. Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, 
incluindo a elaboração do plano de parto 
9. Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o 
serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação) 
10. As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por 
lei no período gravídico-puerperal 
DICA PARA SABER QUANTOS DIAS OS MESES POSSUEM 
➢ Deve-se saber quantos dias cada mês tem, tanto para o cálculo 
da Idade Gestacional (IG) quanto para o cálculo da Data 
Provável do Parto (DPP) 
➢ Utilizando a mão em punho → os nós dos dedos correspondem a 
31 dias e o espaço entre eles corresponde a 30 
 
• Janeiro = 31 
• Fevereiro = 28 ou 29 (ano bissexto) 
• Março = 31 
• Abril = 30 
• Maio = 31 
• Junho = 30 
• Julho = 31 
• Agosto = 31 
• Setembro = 30 
• Outubro = 31 
• Novembro = 30 
• Dezembro = 31 
REGRA DE NAEGELE – DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP) 
➢ A regra de Naegele é usada para calcular a Data Provável do Parto 
(DPP) a partir da Data da Última Menstruação (DUM) da paciente 
➢ Nos dias → sempre lembrar quantos dias cada mês tem, pois se 
a soma dos dias da DUM com os 7 da regra de Naegele passar dos 
dias do mês, deve-se aumentar 1 mês 
➢ Para simplificar: 
• Nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março → Adiciona-se 9 
meses 
• Nos demais meses → retira-se 3 meses 
• Obs: isso é apenas para simplificar, pois retirando-se 3 
meses de janeiro, fevereiro ou março também se consegue 
o mês da data do parto. Exemplo: 
▪ DUM = 10/02/2021 
✓ Retirando-se 3 meses ou adicionando 9 meses 
obtém-se que a DPP é 17/11/2021 
➢ EXEMPLOS: 
• DUM: 09/10/2020 
▪ Nos dias → 9 + 7 = 16 
▪ Nos meses → 10 – 3 = 7 (Julho) 
▪ No ano → o mês de julho já equivale ao ano de 2021 
nesse caso 
▪ DPP = 16/07/2021 
• DUM: 02/03/2021 
▪ Nos dias → 2 + 7 = 9 
▪ Nos meses → 3 + 9 = 12 (Dezembro) 
▪ No ano → Dezembro continua em 2021 nesse caso 
▪ DPP = 09/12/2021 
• DUM: 28/10/2020 
▪ Nos dias → lembrar que Outubro tem 31 dias! 
✓ 28 + 7 = 35 (31 + 4) → assim, o dia é o 04 e 
aumenta-se 1 mês no resultado da DPP 
▪ Nos meses → 10 – 3 + 1 (mês a mais correspondente 
aos dias) = 8 (Agosto) 
▪ No ano → o ano já corresponde ao ano de 2021 
▪ DPP = 04/08/2021 
REGRA DE NAEGELE 
 
𝐷𝑈𝑀 = 𝑑𝑖𝑎 / 𝑚ê𝑠 / 𝑎𝑛𝑜 
 
Adiciona-se 7 dias Adiciona-se 9 meses 
ou retira-se 3 meses 
 
7 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
EXAMES LABORATORIAIS 
➢ EXAMES DO PRIMEIRO TRIMESTRE DA GESTAÇÃO → devem ser 
solicitados já na primeira consulta do pré-natal: 
• Hemograma Completo: 
▪ Repetir entre 28 e 30 semanas de gestação 
• Grupo Sanguíneo (ABO) e fator Rh 
• Glicemia de Jejum: 
▪ Repetir entre 28 e 30 semanas, em gestantes sem 
fator de risco para diabetes 
▪ Se o resultado for ≥ 92 mg/dL → considerar diabetes 
gestacional já na primeira consulta 
• Sumário de Urina 
• Urocultura com antibiograma: 
▪ Para o diagnóstico de bacteriúria assintomática 
▪ Deve-se repetir entre 28 e 30 semanas 
• Parasitológico de fezes 
• Sorologia para Sífilis (VDRL) → também chamada de 
Sorologia para LUES 
• Sorologia anti-HIV: 
▪ Repetir entre 28 e 30 semanas 
• Sorologia para Hepatite B (HBsAg) 
• Sorologia para Toxoplasmose IgM e IgG 
▪ Se IgG positivo → não repetir 
▪ Se IgG negativo → repetir no trimestralmente 
• Exames que são realizados em relação ao exame das 
mamas e ao citológico: 
▪ Colpocitologia oncótica 
• Observação → NÃO se solicita mais as Sorologias para 
Rubéola e Citomegalovírus IgG e IgM 
➢ EXAMES DO SEGUNDO TRIMESTRE: 
• Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) → faz-se entre a 
24ª e a 28ª semana (pegando um pouco do terceiro 
trimestre) 
➢ EXAMES DO TERCEIRO TRIMESTRE DA GESTAÇÃO (que devem 
ser realizados idealmente já entre a 28ª e a 30ª semana): 
• Hemograma Completo 
• Glicemia de Jejum 
• Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) → é entre a 24ª e 
a 28ª semana 
• Sumário de Urina 
• Urocultura com antibiograma 
• Parasitológico de fezes 
• Sorologia para Sífilis (VDRL) 
• Sorologia anti-HIV 
• Sorologia para Hepatite B (HBsAg) 
• Sorologia para Toxoplasmose IgM e IgG → só é feito se o 
primeiro exame tiver como resultado IgG não reagente 
• Exames que são realizados em relação ao citológico: 
▪ Bacterioscopia da secreção vaginal → Cultura 
específica do estreptococo do grupo B (a maioria dos 
serviços não dispõem e também não é consenso a sua 
realização) 
✓ Coleta anovaginal entre 35 e 37 semanas de 
gestação 
➢ ULTRASSONOGRAFIA: 
• Ultrassonografia Obstétrica → 
▪ O Ministério da Saúde preconiza que sejam feitos 4 USG 
durante a gestação (esse número era de 3, mas com o 
surgimento da Zika aumentou-se para 4, 
independentemente de o risco ser habitual ou 
intermediário) 
▪ Em pacientes de alto risco, às vezes, é necessário 
solicitar mais de 4 ultrassons 
EXAME FÍSICO 
➢ MANOBRAS DE LEOPOLD: 
 
1. Situação → delimitação do fundo de útero 
2. Posição → determinação do dorso fetal 
▪ O lado da barriga em que se sente mais rígido/duro é 
onde fica o dorso do feto 
3. Apresentação → mobilidade 
▪ Para saber se a apresentação está cefálica, pélvica, 
variável... 
4. Insinuação → ESTÁ EM DESUSO! 
▪ Determina o grau de penetração de apresentação 
▪ Utiliza-se mais quando a gestante está em trabalho de 
parto, para saber se o feto está insinuado 
➢ MEDIÇÃO DA ALTURA DE FUNDO UTERINO: 
 
• Fita obstétrica → coloca-se o 0 (zero) na sínfise púbica e 
com a borda cubital mede-se a altura do fundo do útero com 
o restante da fita 
• Fita de costureira → como ela inicia-se já de 1 cm, ao 
medir a altura de fundo uterino com ela deve-se aumentar 
1cm no valor obtido 
➢ AUSCULTA: 
• Utiliza-se o Sonar para escutar os Batimentos Cardíacos 
Fetais 
VACINAÇÃO EM GESTANTES 
➢ O Ministério da Saúde estabeleceu o dia 15 de Agosto como o dia 
da Gestante, chamando atenção para a atualização do calendário 
vacinal das gestantes 
➢ Vacinas que todas as gestantes devem tomar: 
• Hepatite B: 
SITUAÇÃO POSIÇÃO 
APRESENTAÇÃO 
INSINUAÇÃO 
 
8 PROPEDÊUTICA OBSTÉTRICA E PRÉ-NATAL DE RISCO HABITUAL E RISCO INTERMEDIÁRIO 
Gizelle Felinto 
▪ Atenção → caso ela já tenha tomado as 3 doses da 
Hepatite B, não há necessidade de tomar novamente 
• Dupla Adulto (DT) → Difteria e Tétano 
▪ Tétano → se fazem mais de 5 anos que a gestante 
tomou, há necessidade de reforço 
• Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) → Difteria, 
Tétano e Coqueluche: 
▪ Independentemente de a gestante ter ou não tomado a 
DT, a partir da 20ª semana de gestação ela toma esse 
reforço que é a dTpa 
• Influenza → é ofertada durante as campanhas anuais 
▪ Deve ser aplicada independentemente da idade 
gestacional 
• Covid-19 
PRÉ-NATAL DO PARCEIRO 
➢ Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS, os homens também 
têm o direito de cuidar de si ao mesmo tempo em que 
acompanham suas parceiras e podem realizar procedimentos 
como: 
• Teste de Sífilis, Hepatites B e C e HIV 
• Medidas antropométricas (peso, altura, IMC) 
• Exames de rotina, como hemograma, lipidograma... 
• Atualização do cartão vacinal 
• Aferição da pressão arterial 
• Teste de glicemia 
CASO CLÍNICO 
Caso: Gestante chega à unidade de saúde informando que a 
menstruação está atrasada. 
➢ Perguntas: 
1. O que fazer? Ela procurou a unidade na época certa? 
▪ Ela procurou o serviço na época certa e primeiramente 
deve-se confirmar essa a gravidez por meio do teste 
rápido, casotenha na unidade, ou do Beta-HCG 
2. Quem deve acolher essa gestante na primeira consulta? 
▪ A enfermeira. Porém, se não for possível, o médico da 
unidade pode fazer esse acolhimento 
3. Quais exames devem ser solicitados? 
▪ O teste rápido para confirmação da gravidez e 
posteriormente todos aqueles da rotina do primeiro 
trimestre 
4. Quando marcar o retorno? 
▪ Como ainda se encontra no início da gestação, o 
retorno deve ser marcado para depois de 1 mês

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