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Acidentes por abelhas, escorpiões, aranhas e sapos Acidentes por abelhas (Apis mellifera) · Múltiplas picadas: · Geralmente fatais; · Graves reações tóxicas e alérgicas; · Cães. Composição do veneno · Melitina: · Peptídeo; · 50% do veneno seco; · Responsável pela maioria dos efeitos lesivos; · Propriedade: · Hemolítica; · Cardiotóxica; · Citotóxica. Melitina · Diminui a tensão superficial da água da membrana plasmática; · Semelhante ao detergente; · Destrói as membranas biológicas; · Age de maneira sinérgica com a fosfolipase A2 sobre os fosfolipídios da membrana. Apamina · Interfere na permeabilidade iônica de membranas celulares; · Diminui o fluxo de potássio; · Aumento da excitabilidade; · Ação neurotóxica; · Altera as funções da medula espinhal; · Convulsões, hiperatividade e espasmos dos músculos esqueléticos. Degranulador de mastócitos · Eritema; · Dor localizada; · Efeito mediado por histamina: · Vasodilatação; · Aumento na permeabilidade de capilares: facilita a difusão da toxina nos tecidos. Sinais clínicos · Áreas do corpo mais afetadas: · Ocular, nasal e oral; · Múltiplas picadas: corpo todo; · Maior incidência de acidentes em animais com pelagem escura; · Apicultores: usam roupas brancas; · 1 ou poucas picadas: · Reação inflamatória local; · Animal sensível: · Desenvolve reação de hipersensibilidade tipo I ou choque anafilático; · Múltiplas picadas: · Ação de toxinas presentes nas secreções das abelhas; · Agitação; · Náusea; · Emese; · Hipotensão; · Fraqueza generalizada; · Taquicardia; · Taquipnéia · Edema pulmonar; · Mialgia generalizada; · Incoordenação; · Tremores; · Espasmos; · Convulsões; · Coma; · Morte: · Cardiotoxicidade do veneno; · Nº grande de picadas. Manifestações clínicas tardias · Hematúria; · Hemoglobinúria; · Hematomas; · Insuficiência renal aguda; · CID. Achados laboratoriais · Efeito hemolítico do veneno; · Diminuições do hematócrito, hemoglobina e trombocitopenia; · Urinálise: · Proteinúria; · Presença de hemácias e leucócitos. Tratamento · Não há antiveneno específico; · Suporte: · Fluidoterapia: · Manter a volemia; · Evitar problemas renais; · Oxigenioterapia: garantir ventilação; · Adrenalina: · 0,01 mg/kg SC; · Fase precoce do acidente: difícil diferenciar reação anafilática do envenenamento pela toxina melífera; · Animais agitados e com mialgia intensa: · Devem ser sedados com benzodiazepínicos; · Anti-histamínicos: · Cloridrato de prometazina: 0,2-1mg/kg, SC; · Hidrocortisona: 60 mg/kg; · Anti-hemorrágico: Transamin (ácido tranexâmico): 1 ampola/animal; · Mesmo após vários dias de tratamento (às vezes mais de 10 dias), animal pode vir à óbito; · Casos moderados: recuperação em 7 dias; · Ferrões: devem ser retirados com auxílio de uma pinça. Prognóstico · Relacionado à quantidade de picadas por kg de peso; · Menos de 14 picadas/kg: geralmente sobrevivem; · 14 e 24 picadas/kg: prognóstico reservado; · Acima de 24 picadas/kg: óbito; · Vespas e formigas · Espécies que causam problemas frequentemente: · Vespas – veneno de ação proteolítica; · Formigas – veneno de ação proteolítica; · Tratamento: · Anti-histamínico; Insetos · Veneno contém diversos componentes; · Histamina, melitina e 2 enzimas: hialuronidase e fosfolipase; · 3 efeitos no organismo: a. Neurotóxico - atua sobre o sistema nervoso; b. Hemorrágico - aumenta a permeabilidade dos capilares sanguíneos; c. Hemolítico - destrói os glóbulos vermelhos do sangue; Ácido Fórmico · Fórmula molecular: CH2O2; · Propriedades Físicas: · Solúvel em água em qualquer proporção. · É um líquido incolor de cheiro irritante. · Aplicações e usos: · Como fixador de corantes em tecidos; · Como germicida; · Na medicina para o tratamento do reumatismo; · Obtenção de monóxido de carbono (CO); · Produção de ácido oxálico (HCOO - COOH); · Neutralização da cal, que é empregada no processamento do couro; · Na coagulação do látex da borracha; · Ocorrência: Nas abelhas, formigas vermelhas, urtiga, pinheiro e em alguns frutos. Escorpiões Escorpião Amarelo (Tityus serrulatus) Veneno de ação neurotóxica Escorpião Marrom (Tityus bahiensis) Veneno de ação neurotóxica · Tratamento: · Casos mais graves: soro antiescorpiônico ou antiaracnídeo. Aracnídeos Armadeira (Phoneutria sp) Veneno de ação proteolítica e neurotóxica; · Tratamento: aplicação local de anestésico e, nos casos mais graves, deve ser usado o soro antiaracnídico. Aranha Marrom (Loxosceles sp) Veneno de ação proteolítica · Tratamento: soro aracnídico ou antiloxoscélico. Viúva Negra (Latrodectus sp) Veneno de ação neurotóxica · Tratamento: aplicação local de anestésico e, nos casos mais graves, deve ser usado o soro antilatrodectus. Anfíbios · Rãs, pererecas, sapos; · Veneno secretado pela pele dos animais com ação neurotóxica e hepatotóxica; · Espécies que causam problemas frequentemente: · Rãs – Dendrobates histrionicus, Epipedobates sp., Minyobates sp., Phyllobates terribilis – liberação de substâncias cutâneas. · Batracotoxina: toxina animal mais potente do mundo; · Sapos e pererecas – Bufo marinus (Leite de sapo) e Phrynohyas venulosa (substância cutânea tóxica); · Distribuídos em todo o mundo; · Predileção pelas áreas de climas tropical e temperado úmido; · Nem todas as espécies apresentam secreções com caráter tóxico; Sapos · Glândulas na superfície da pele que produzem veneno de alta toxicidade; · Glândulas paratóides: produção e armazenamento do veneno de aspecto leitoso; · Glândulas mucosas: · Secreção menos viscosa; · Toda a superfície corpórea; Cães · Podem envenenar-se abocanhando ou ingerindo o sapo. Composição do veneno · Aminas biogênicas: · Adrenalina; · Noradrenalina; · Bufoteninas; · Dihidrobufoteninas; · Bufotioninas; · Derivados esteroides: · Bufodienólide e bufotoxina; · Agem de forma semelhante aos digitálicos; · Inibe a bomba de sódio e potássio das células da musculatura cardíaca; · Inibe a entrada de sódio em troca da saída de cálcio. · Aumento de cálcio intracelular: · Eleva força de contração cardíaca; · Reduz a ação de batimentos por ação reflexa (ação vagal). Sinais clínicos · Irritação local ou sintomatologia sistêmica; · Efeitos cardiotóxicos; · Salivação excessiva; · Prostração; · Arritmia cardíaca; · Edema pulmonar; · Convulsões e morte; · Vômito e sialorreia: auxiliam na eliminação de parte do veneno. Diagnóstico · Anamnese; · Acidentes mais comuns durante à noite. Tratamento · Boca ou mucosa afetada: · Lavar com água; · Evitar uso de atropina, pois suprime a sialorreia; · Propanolol (0,5mg/kg, IV, com repetição a cada 20 minutos, 3-4 vezes): controla as arritmias cardíacas; · Cloridrato de verapamil (8mg/kg, IV, a cada 20 minutos, 2-3 vezes): controla a taquicardia ventricular e arritmias. Prognóstico · Depende: · Gravidade do quadro clínico: leve, moderado ou grave; · Espécie de sapo; · Potência do veneno; · Quantidade de veneno absorvida; · Porte do animal. · 1 4 Acidentes por abelhas, escorpiões, aranhas e sapos 1 · Múltiplas picadas: · Geralmente fatais; · Graves reações tóxicas e alérgicas; · Cães. © Melitina: · Peptídeo; · 50% do veneno seco; · Responsável pela maioria dos efeitos lesivos; · Propriedade: · Hemolítica; · Cardiotóxica; · Citotóxica. · Diminui a tensão superficial da água da membrana plasmática; · Semelhante ao detergente; · Destrói as membranas biológicas; · Age de maneira sinérgica com a fosfolipase A2 sobre os fosfolipídios da membrana. · Interfere na permeabilidade iônica de membranas celulares; · Diminui o fluxo de potássio; · Aumento da excitabilidade; · Ação neurotóxica; · Altera as funções da medula espinhal; · Convulsões, hiperatividade e espasmos dos músculos esqueléticos. · Eritema; · Dor localizada; · Efeito mediado por histamina: · Vasodilatação; · Aumento na permeabilidade de capilares:facilita a difusão da toxina nos tecidos. · Áreas do corpo mais afetadas: · Ocular, nasal e oral; · Múltiplas picadas: corpo todo; · Maior incidência de acidentes em animais com pelagem escura; · Apicultores: usam roupas brancas; · 1 ou poucas picadas: · Reação inflamatória local; · Animal sensível: · Desenvolve reação de hipersensibilidade tipo I ou choque anafilático; · Múltiplas picadas: · Ação de toxinas presentes nas secreções das abelhas; · Agitação; · Náusea; · Emese; · Hipotensão; · Fraqueza generalizada; · Taquicardia; · Taquipnéia · Edema pulmonar; · Mialgia generalizada; · Incoordenação; · Tremores; Acidentes por abelhas, escorpiões, aranhas e sapos 1 Múltiplas picadas: Geralmente fatais; Graves reações tóxicas e alérgicas; Cães. Melitina: Peptídeo; 50% do veneno seco; Responsável pela maioria dos efeitos lesivos; Propriedade: Hemolítica; Cardiotóxica; Citotóxica. Diminui a tensão superficial da água da membrana plasmática; Semelhante ao detergente; Destrói as membranas biológicas; Age de maneira sinérgica com a fosfolipase A2 sobre os fosfolipídios da membrana. Interfere na permeabilidade iônica de membranas celulares; Diminui o fluxo de potássio; Aumento da excitabilidade; Ação neurotóxica; Altera as funções da medula espinhal; Convulsões, hiperatividade e espasmos dos músculos esqueléticos. Eritema; Dor localizada; Efeito mediado por histamina: Vasodilatação; Aumento na permeabilidade de capilares: facilita a difusão da toxina nos tecidos. Áreas do corpo mais afetadas: Ocular, nasal e oral; Múltiplas picadas: corpo todo; Maior incidência de acidentes em animais com pelagem escura; Apicultores: usam roupas brancas; 1 ou poucas picadas: Reação inflamatória local; Animal sensível: Desenvolve reação de hipersensibilidade tipo I ou choque anafilático; Múltiplas picadas: Ação de toxinas presentes nas secreções das abelhas; Agitação; Náusea; Emese; Hipotensão; Fraqueza generalizada; Taquicardia; Taquipnéia Edema pulmonar; Mialgia generalizada; Incoordenação; Tremores;
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