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Neuropatia diabética Epidemiologia: · A complicação mais comum do diabetes, causa ulceras e problemas relacionados ao pé diabético; principal causa de amputações não traumáticas. · 50% dos diabéticos irão desenvolver ND. · A neuropatia de fibras finas na LADA (diabetes autoimune latente do adulto) pode ser mais grave, e tem prevalência menor em pacientes que tem diabetes do tipo 1 precoce. · A incidência aumenta com idade e com a duração da doença, e está associada a baixa qualidade de vida por suas consequências clinicas e alta morbidade. Etiologia: · Hiperglicemia · Hipertensão, obesidade e tabagismo · Hipercolesterolemia Fisiopatologia: · A fisiopatologia da ND envolve fatores metabólicos e vasculares. · No tecido nervoso, esses distúrbios causam prejuízo na função mitocondrial e o suporte neurotrófico, além de mediar a lesão nos neurônios e células de Swan levando aos danos da ND. · As lesões micro e macrovasculares no DM 2. · Efeito da diabetes nas fibras finas delta A e C não mielimizadas ou pouco mielinizadas, e afeta a cicatrização gerando as ulceras de pé. Classificação: · Neuropatia difusa - Polineuropatia sensório-motora simétrica distal * - Primeiramente neuropatia de fibras finas - Primeiramente neuropatia de fibras grossas - Neuropatia mista de fibras finas e largas - Neuropatia autonômica * · Mononeuropatia - Nervo craniano ou periférico isolado (N III, ulnar, mediano, femoral, peroneal) - Mononeurite múltipla · Radiculopatia ou polirradiculopatia - Neuropatia radiculoplexica (polirradiculopatia lombossacral ou amiotrofia motora proximal) -Radiculopatia torácica Neuropatias tratáveis em pct com DM: toxinas (álcool), medicamentos neurotóxicos (quimioterapia), deficiência de B12 (metformina ou inibidores da bomba de sódio e potássio), hipotireoidismo, doença renal, gamopatia monocional, infecções (HIV), neuropatia desmielinizante inflamatória crônica, neuropatias hereditárias e vasculite. Prevenção primária: Controle da hiperglicemia Rastreamento: DM 1: 5 anos após o diagnóstico DM 2: a partir do diagnóstico PCT com síndrome metabólica ou intolerância à glicose com sintomas de ND. Depois é feito pelo menos 1x ao ano. Só precisa ser encaminhado para o neurologista quando- o pct apresentar déficits motores> sensitivos, assimetria acentuada dos déficits neurológicos, sintomas iniciais nos membros superiores e progressão rápida. O rastreamento para a neuropatia autonômica cardiovascular é feito pelo estudo dos reflexos cardiovasculares (CARTs) que utiliza a FC na respiração profunda, na posição ortostática e na manobra de valsalva, e também a PA em ortostase. Prevenção secundária: Envolve a prevenção de ulcerações nos pés, devido a infecção na ferida e gangrena podem gerar amputação. É importante a orientação sobre o cuidado adequado com os pés, como calçados especializados, e cuidado com lesões e feridas. Abordagem passo a passo do diagnóstico: Em 50% dos pct com ND podem ser assintomáticos. É importante uma boa história e um bom exame físico. (o uso prologado de metformina pode causar deficiência de B12). Para diferenciar a ND de outras neuropatias é importante solicitar exames de rastreio que envolvem: função tireoidiana (FSH, T3 e T4), vitamina B12, eletroforese de imunoglobulinas, eletrólitos, hemograma e velocidade de hemossedimentação (VHS). História para a neuropatia periférica diabética: · Fatores de risco colhidos na anamnese incluem a duração> de 10 anos, idada> 70 anos, alta estatura e hiperglicemia mal controlada. História de dislipidemia com níveis elevados de triglicerídeos e hipertensão podem estar presente. Procurar informações sobre quedas recentes e distúrbios de equilíbrio e da marcha. Sintomas comuns: · Dor, disestesias, dormência e dor. Essa dor geralmente piora a noite e pode perturbar o sono. Na maior parte das vezes fibras mais longas e mais distais são as primeiras as serem afetadas, com pontadas dos pododáctilos e dedos, e pode progredir em direção proximal com padrão bota e luva de dor e perda sensorial. Pode haver perda de sensibilidade nos pés sem dor ou disestesias. Pode ocorrer fraqueza. Além de ter apresentação como mononeuropatias (síndrome do túnel do carpo {nervo mediano}, pé pendente {nervo fibular comum}), neuropatias cranianas, radiculoneuropatia troncular (dor na parede abdominal ou torácica inferior) e amiotrofia diabética (fraqueza intensa, dor e atrofia proximal dos músculos da coxa). Exame físico: · Sensibilidade a dor · Sensibilidade tátil (monofilameto de 10g) · Vibração (diapasão de 128Hz no hálux na proeminência interfalangiana distal) · Posição da articulação Fatores de risco: · Fortes: hiperglicemia mal controla, duração prolongada do diabetes, idade avançada, alta estatura, hipertensão, dislipidemia com triglicerídeos elevados, coexistência de vários fatores de risco para doenças cardiovascular. · Fracos: obesidade, desregulação imune e tabagismo. Anamnese e exames físico: Principais fatores diagnósticos- 1. Assintomáticos em até 50% dos casos 2. Dor periférica; pode ser permanente, lancinante queimação, dolorosa, maçante ou extremamente sensível, que pior à noite e pode perturbar o sono. Pode ter sensação de aperto ou de compressão em faixa ao redor do membro. 3. Perda da sensação periférica; avaliar extensão, distribuição e modalidade. 4. Disestesia periférica 5. Reflexos aquileus reduzidos ou ausentes 6. Lesãos indolores 7. Taquicardia de repouso 8. Variabilidade da frequência cardíaca prejudicada; na neuropatia autonômica cardíaca 9. Polaciúria, urgência, noctúria, incontinência, refluxo fraco, hesitação ou retenção, disfunção erétil, desejo sexual diminuído e aumento da dor durante a relação. Exames diagnóstico: 1. Diagnóstico clínico 2. Glicemia de jejum 3. HbA1c 4. Teste oral de tolerância à glicose
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