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Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz PRÁTICA MÉDICA III • SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA EXAME DA SENSIBILIDADE E SINAIS DE IRRITAÇÃO MENINGEA EXAME DA SENSIBILIDADE: • Analgesia: ausência de sensibilidade dolorosa • Hiperalgesia: aumento da sensibilidade dolorosa • Hipoalgesia: diminuição da sensibilidade dolorosa • Anestesia: ausência de todas as sensibilidade • Palestesia: sensação vibratória. Hipopalestesia ou Hiperpalestesia • Disestesia: há alguma alteração da sensibilidade – é um termo genérico. A disestesia pode ser uma parestesia ou alodínia; ❖ Parestesia: sensações anormais espontâneas (frio, calor, dormência, agulhadas e etc.); ❖ Alodínia: dor em reposta a estímulo não doloroso, ou seja, a pessoa sempre sente dor quando encosta em alguma coisa. PARESIA: diminuição da força muscular O exame da sensibilidade é um exame extremamente subjetivo e depende muito da cooperação do paciente. Tem muita limitação porque se o paciente está desorientado não tem como realizar o exame, se há redução do nível de consciência também não há como realizar. Pacientes psiquiátricos podem simular a alteração da sensibilidade sem de fato ter. Como ele é feito? 1. O paciente deve estar sempre de olhos fechados 2. Explicar muito bem o exame para o paciente 3. Utilizar apetrechos (agulha, algodão) e o paciente vai informar o que ele está sentindo e como está sentindo. 4. Se ele não estiver sentindo, delimitamos a área em que houve a alteração. Há 2 padrões de avaliação: de um lado para outro e de distal para proximal. Sensibilidades superficiais ou sensações exteroceptivas: São sensibilidades que se originam de receptores periféricos em reposta à estímulos externos e alterações do ambiente. São elas: tátil, térmica e dolorosa 1. Sensibilidade Tátil: • Utilizar algodão, lenços de papel, pena, pincel macio, toque leve das pontas dos dedos; • O estímulo deve ser leve para não produzir pressão; • Explicar o teste ao paciente; • Paciente de olhos fechados; • Aplicar os estímulos usando os padrões distal-proximal e/ou comparando lados de acordo com a suspeita clínica. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Iniciamos explicando ao paciente sobre o exame e em seguida encostamos o apetrecho na região que queremos avaliar a sensibilidade. O paciente vai dizer se está sentindo o toque do apetrecho na pele e após isso podemos iniciar o movimento, podendo ser no padrão distal-proximal e/ou comparando os lados de acordo com a suspeita clínica. 2. Sensibilidade Térmica: • Utilizar tubos de ensaio com água quente (40º - 45º) e fria (5º - 10º). Alternativa: diapasão • Explicar o teste ao paciente com ele de olhos fechados. Aplicar os estímulos usando os padroes distal- proximal e/ou comparando lados de acordo com a suspeita clínica. • “Quente ou frio?” 3. Sensibilidade Dolorosa: • Utilizar instrumentos pontiagudo para causar sensação levemente dolorosa • Explicar o teste ao paciente • Paciente de olhos fechados • Aplicar os estímulos usando os padrões distal-proximal e/ou comparando lados de acordo com a suspeita clínica • “Este é igual aquele?” Sensibilidades profundas s ou sensações proprioceptivas: Originam-se dos tecidos mais profundos do corpo, principalmente músculo, ligamentos, ossos, tendões e articulações. São elas: proprioceptiva, vibratória, pressão. 1. Sensibilidade proprioceptiva (também chamada de movimento e posição): • É a sensibilidade que capta da periferia os estímulos dos músculos e tendões e informa para o cérebro nossa posição em relação ao espaço. • A sensação de movimento consiste na percepção de movimento de diversas partes do corpo e a sensação de posição ou postura, é a percepção da posição do corpo e das partes do corpo no espaço. • Tais sensações dependem de impulsos que se originam do movimento das articulações e de alongamento e encurtamento dos músculos. • Os sentidos de movimento e posição são testados juntos. Como avaliar? Explicar o teste para o paciente com ele de olho fechado Move-se passivamente uma parte do corpo a observa-se a reconhecimento que o paciente tem do movimento: articulação, MTF, IFD, tornozelo, punho, joelho cotovelo. Qual a posição? (para cima ou para baixo) – lembrar de pegar dos dedos na parte lateral. 2. Sensibilidade vibratória: Analisar a capacidade de perceber a presença de vibração quando um diapasão em oscilação é colocado sobre algumas proeminências ósseas. Explicar o teste ao paciente utilizando o diapasão vibrando e também parado; Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz Paciente de olhos fechados Aplique o diapasão em vibração sobre a proeminência óssea e mantenha até que o paciente não sinta mais a vibração: dedos, maléolos, tíbia, crista ilíaca, sacro, processos espinhosos das vértebras, esterno, clavícula, processos estiloides do rádio e ulna; Vibrando ou parado? Perguntar ao paciente. 3. Sensação de pressão: • É o intermediário entre a tátil e a dolorosa. Realiza pressão com o dedo na pele do paciente para atingir o subcutâneo. • Explica ao paciente sobre o teste com ele de olhos fechado • Aplicar toque firme sobre a pele sobre estruturas profundas (massas musculares, tendões, nervos) com dedos ou objeto rombudo. • O paciente deve detectar e localizar a pressão SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA No cérebro • Pia-máter • Aracnoide • Dura-máter Na medula: • Pia-máter • Aracnoide – se prolonga até as raízes dos nervos • Dura mater – se prolonga até as raízes dos nervos Devido aos prolongamentos da Aracnoide e Dura-máter até as raízes dos nervos que existem os sinais quando há irritação meníngea, como, rigidez de nuca, sinal de Brudzinski. A irritação da meninge pode acontecer com qualquer substância diferente do liquor podem provocar irritação meníngea. Como por exemplo Hemorragia subaracnóide, síndrome de Guillain Barré. 1. Rigidez de nuca: • Se caracteriza por enrijecimento e espasmo dos músculos de pescoço, com dor ao movimento voluntário e passivo de flexão do pescoço. • Afeta principalmente os músculos extensos • O exame tem que ser com o paciente em decúbito dorsal, maca a 0º, colocar a mão na nuca do paciente e pedindo para o paciente relaxar. Fazemos movimento de lateralidade e quando perceber que o paciente está relaxado realizamos a flexão. Geralmente acompanha dor. • Se o paciente só tiver dor, sem uma resistência ao movimento não caracteriza esse sinal. Medicina Unigranrio • Lucas Albernaz 2. Sinal de Kernig: • Paciente a 0º fletindo o quadril a 90º e o joelho a 90º • Quando fizer a extensão do joelho e se houver resistência ao movimento podemos considerar positivo. Geralmente acompanha dor. 3. Sinal de Brudzinski: • É necessário ter uma irritação meníngea extrema. • Pode ser realizado com o examinador na lateral ou atrás da cabeça do paciente • Paciente a 0º • Quando fletir o pescoço do paciente a perna tem que flexionar automaticamente para ser considerado sinal de Brudzinski. Referências Bibliográficas: Nunes, Magda Lahorgue, and Antonio Carlos Marrone. Semiologia neurológica. Edipucrs, 2002.
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