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FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Introdução Analisar a cinemática de mecanismos requer que desenhemos de forma simplificada o diagrama esquemático dos elos e juntas que o compõem. As figuras mostram as notações esquemáticas recomendadas para elos binários, terciários, e de ordem superior, e para juntas móveis e fixas de liberdade rotacional e translacional, junto com um exemplo de suas combinações. FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Introdução FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Introdução FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Introdução FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Introdução Note que no projeto de mecanismos cinemáticos, esses podem ser representados através de blocos básicos interligados por elos ou barras e juntas. As juntas ou pares cinemáticos podem ser classificados de diferentes maneiras: Em função do tipo de contato (linha, ponto ou superfície), número de graus de liberdade (ex. rotação pura ou translação pura, M=1 e a união de rotação e translação, M=2). FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) A mobilidade de um sistema mecânico pode ser classificada de acordo com o número de graus de liberdade do mesmo. Os GDL do sistema são iguais ao número de parâmetros independentes necessários para definir uma única posição no espaço em qualquer instante de tempo. FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) Para determinar o GDL geral de qualquer mecanismo, devemos considerar o número de elos e juntas, bem como as interações entre eles. Qualquer elo em um plano possui 3 GDL. Entretanto, um sistema de L elos desconectados em um mesmo plano terá 3L GDL, como na Figura, na qual os dois elos desconectados têm 6 GDL. FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) Quando esses elos são unidos por uma junta completa na Figura, são removidos 2 GDL, deixando 4 GDL. Além disso, quando um elo é fixado a estrutura de referência, todos os 3 GDL serão removidos. FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) Esse raciocínio leva a equação de Gruebler: M 3L2J 3G onde: M= graus de liberdade L = número de elos J = número de juntas G= número de elos fixados FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) Considerando que em qualquer mecanismo real, mesmo se mais de um elo da cadeia cinemática estiver fixado, o efeito líquido será criar um elo fixo maior, de ordem superior, por poder ter somente um plano fixo. Assim, G será sempre igual a 1, e a equação de Gruebler fica: M 3(L 1) 2J FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Graus de Liberdade ou Mobilidade (M) O valor de J deve indicar o valor de todas as juntas. Isto é, meias juntas contam como ½ porque removem apenas 1 GDL. Então podemos utilizar a modificação de Kutzbach na equação de Grueber, como: M 3(L 1) 2J1 J2 onde, J1= número de juntas com 1 GDL (completa); J2= número de juntas com 2 GDL (meia junta). FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Exemplo de cálculo de GDL de mecanismo O exemplo a seguir ilustra um caso de um mecanismo de 8 elos, e de apenas um grau de liberdade, devido ao número total de 10 juntas, onde se observa que existe uma junta múltipla que liga 3 elos no mesmo ponto. Substituindo os valores na equação de Gruebler, obtemos: M 3(L 1) 2J1 – J2 M = 3(8-1)-2(10)-(0)=1GDL L = número de elos J = número de juntas FUNDAMENTOS DA CINEMÁTICA Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Um corpo rígido livre para se mover dentro de uma estrutura de referência terá, em geral, movimento complexo, que é a combinação de rotação e translação. Em um plano, ou espaço bidimensional. Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Translação pura Um corpo tem movimento de translação quando numa reta, definida por dois pontos quaisquer desse corpo, fica constantemente paralela a si mesma. Neste caso, este movimento pode ser ainda ser dividido em: Translação retilínea - Todos os pontos do corpo têm como trajetórias, retas paralelas do tipo movimento alternativo (ex. cursor de plaina limadora, pinhão-cremalheira); Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Translação pura Translação curvilínea – As trajetórias dos pontos são curvas idênticas, paralelas a um plano fixo (ex. rodas motrizes de uma locomotiva). Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Rotação pura Se cada ponto de um corpo rígido, em movimento plano, permanece a uma distância constante de um eixo fixo, normal ao plano de movimento, diz-se que esse corpo tem movimento de rotação. Se o corpo gira de um lado para outro dentro de um determinado ângulo, o movimento é oscilação (ex. mecanismo manivela-balancim de uma serra). Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Movimento complexo Muitos corpos têm movimento que é uma combinação de rotação e translação (ex. a biela do mecanismo do tipo manivela- balancim). Outros tipos de movimentos são: Movimento esférico - Quando um corpo rígido se move de modo que todos os seus pontos girem em torno de um ponto fixo, mantendo uma distância constante desse ponto. Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Movimento complexo Movimento helicoidal – Quando um corpo rígido se move de modo que todos os seus pontos tenham movimento de rotação em torno de um eixo e ao mesmo tempo possua translação paralela a esse eixo (ex. movimento de coroa-parafuso sem fim); Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Movimento intermitente É uma sequência de movimentos e tempos de espera. Um tempo de espera é um período no qual o elo de saída se mantém em estado estacionário, enquanto o elo de entrada continua se movendo. Existem muitas aplicações que exigem esse movimento. (roda de Genebra) Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Ciclo, período e fase do movimento Quando as peças de um mecanismo, partindo de uma posição inicial, tiverem passado por todas as posições intermediárias e retornarem à mesma posição inicial, essas peças terão completado um ciclo do movimento. O tempo necessário para completar um ciclo é chamado de período (T=1/f=2ℿ/w). As posições relativas de um mecanismo em um determinado instante, durante um ciclo, constituem uma fase do movimento. Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Pares de elementos São formas geométricas pelas quais dois membros de um mecanismo são articulados de modo que o movimento relativo entre estes dois membros seja coerente. Par inferior - Se o contato entre os dois membros for uma superfície tal como eixo-mancal ou através de guias de deslizamento Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Pares de elementos Par superior - Se o contato for realizado segundo uma linha ou através de um ponto tal como entre dentes de engrenagens ou em rolamentos de esferas. Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Inversão de Mecanismos Uma inversão é criada pelo fato de fixar um elo diferente na cadeia cinemática. Assim, existem tantas inversões quanto o número de peças do mecanismo. A partir do mecanismo cursor-manivela, que possui a peça 1 fixa e a peça 4 em translação pura, pode-se obter outras inversões como na Figura b, onde fixa-se a manivela e todas as demais peças podem se mover, obtendo- se um movimento complexo. Tipos de Movimentos e Cadeia Cinemática Inversão de Mecanismos Uma aplicação desta inversão é no mecanismo Whitworth que apresenta retorno rápido. A Figura c mostra outra inversão onde a biela é a peça fixa, dando um movimento de rotação pura. A inversão é base do mecanismo plaina limadora. A terceira inversão, onde o cursor é a peça fixa, é usada em operações manuais, como em bombas de poço
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