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Anestésicos locais Substâncias químicas que impedem a geração e a condução de um impulso nervoso. A solução anestésica tem o sal anestésico, o vasoconstritor e alguns conservantes estabilizantes para ela se manter estável. Mecanismo de ação • O anestésico local é um sal insolúvel e instável. Quando vai se colocar em solução anestésica, mistura-se com uma solução estéril, e acrescenta-se ácido clorídrico para que o sal fique solúvel e estável em solução aquosa. Por isso, eles também são chamados de cloridratos. • A membrana nervosa é o local onde os anestésicos locais exercem suas ações farmacológicas. • O anestésico age atravessando a membrana nervosa. A maior parte dela é constituída pelos lipídeos. Teoria do receptor específico • Anestésicos locais atuam através da ligação a receptores específicos no canal de sódio. • Enquanto eles se mantêm ligados, eles impedem a troca da condução de sódio e potássio, com isso, não há despolarização da membrana e bloqueia-se a transmissão do impulso nervoso. • A medida que rompem-se as ligações farmaco-receptor o farmaco deixa de agir assim que diminui sua concentração nos fluidos extracelulares. • O anestésico sai do líquido extracelular, atravessa a membrana e cai dentro do axoplasma. Ele não fecha o canal, ele apenas tampona, impedindo a passagem do sódio e do potássio. Se o canal está aberto, como fica normalmente, o anestésico não passa devido ao tamanho da molécula. • O anestésico tem na sua constituição uma parte lipofilica e uma hidrofilica. Esta permite que ele se espalhe bem no líquido extracelular, quando injetamos. A parte lipofilica atravessa a parte de lipídeos da membrana. • Nem todas as moléculas do anestésico local vão atingir o interior do neurônio por causa do processo de difusão e porque algumas serão absorvidas pelos vasos sanguíneos e pelos tecidos moles extracelulares no local da injeção. Resumindo, 1. Deslocamento de íons de cálcio do receptor do canal de sódio que permite 2. Ligação da molécula de anestésico local a este receptor, que assim produz 3. Bloqueio do canal de sódio e uma 4. Redução ou eliminação da condutância de sódio, que leva a 5. Depressao da velocidade de despolarização elétrica e uma 6. Incapacidade de atingir o nível de potencial limiar, juntamente com uma 7. Ausência de desenvolvimento de potenciais de ação propagados, que é denominado bloqueio de condução. Ex: anestésicos de curta duração e longa duração. Os de longa duração permanecem ligados nos receptores por mais tempo. O mecanismo de ação dos dois é o mesmo, entretanto. Formas ativas de anestésicos locais • Tipo amino-ester: procaina, benzocaína, cocaina, tetracaína - eles têm metabolitos que provocam reações alérgicas. Por isso, na atualidade, usamos mais os do tipo amida. • Tipo amino-amida: lidocaína, prilocaina, mepivacaina, bupivacaina Todos os anestésicos locais são anfipaticos, ou seja, apresentam características lipofilicas e hidrofilicas. Os anestésicos locais usados para infiltração são armazenados como sais, mais comumente o cloridrato, dissolvidos em água estéril ou solução salina. Os que contém adrenalina ou outras substâncias vasoativas são acidificados pelo fabricante para inibir a oxidação da adrenalina. O ph da solução sem adrenalina é aproxidamente 5,5; as soluções contendo adrenalina possuem ph 3,3. Dissociação dos anestésicos locais • Solução anestésica contém moléculas de anestésico local não carregadas (base livre) e uma parte carregada (cátion). Cada parte dessas tem uma função. • A proporção relativa das formas ionicas depende do pka, ou constante de dissociação dos anestésicos e o ph da solução ou dos tecidos adjacentes. • Em ph tecidual normal, a quantidade de forma cationica é menor que a de base livre. Em ph elevado, o contrário. • A parte que atravessa a porção lipidica é só a parte não carregada (base livre). Em ph tecidual alto, demora mais para o anestésico fazer efeito. • A parte ionizada é que se liga ao receptor específico. • Em ph tecidual normal: quando a base livre entra e tem o ácido clorídrico junto, ela se dissocia na mesma hora. Aí fica uma parte ionizada e uma parte não ionizada. Aí a parte ionizada vai se ligar ao receptor. Isso vai acontecendo até que se bloqueie por completo. Esse período se chama tempo de latência: período que um anestésico leva para fazer efeito. Os que demoram mais tempo tem uma quantidade menor de base livre. • Os anestésicos tem tempo diferente para fazer efeito, e temos que esperar pelo menos uns 5 minutos. • Quando você anestesia num local que não está normal, o anestésico não age da mesma maneira, pois o ph desse tecido vai influenciar na dissolução do anestésico. Ex: se no meio extracelular o ph está mais ácido (6). Aí, eu pego o mesmo anestésico, 1000 moléculas. Era pra estar 75% na forma ionizada e 25% na forma livre. Só que só 10% está na forma de base livre. Elas atravessam, dissociam (25% de 10 ficam na forma de base livre) e 75% vai ficar na forma ionizada. Então, às vezes não conseguimos anestesia completa em locais infeccionados. Além de ter uma quantidade menor de base livre, os vasos ficam dilatados, o que diminui mais ainda a quantidade de anestésico para fazer efeito. • É mais difícil conseguir um bloqueio adequado do nervo nos tecidos infectados ou inflamados por causa da escassez de moléculas capazes de atravessar a bainha do nervo (rn) e da maior absorção das moléculas de anestésicos remanescentes pelos vasos sanguíneos dilatados nessa região. Propriedades físicas e ações clínicas • Lipossolubilidade - potencia. (Membrana nervosa tem 90% de lipídeos) • Ligação proteica - duração. Anestésico com maior grau de ligação proteica fixam-se de forma mais segura aos receptores proteicos. • Atividade vasodilatadora - potência e duração. Todo sal anestésico é vasodilator. Quanto mais vasodilatador, menos potente e menor a duração. • Constante de dissociação (pka) - início de ação anestésica. O anestésico local com pka elevado possui menor % de moléculas disponíveis na forma de base livre em um ph tecidual de 7,4 portanto, início de ação mais lento. Efeitos locais dos anestésicos locais: • Bloqueio diferencial: as diversas fibras não respondem da mesma forma ao contato com o anestésico local. Bloqueio diferencial • Posição e diâmetro das fibras: as fibras vêm distribuídas em feixes. Temos as fibras centrais e as fibras manto (mais externas). Quando você injeta o anestésico local ele vai primeiro atingir as fibras manto (pois são mais externas) e quando essas fibras são bloqueadas você já gasta uma parte do anestésico. As fibras centrais são bloqueadas, em relação às externas, posteriormente, e chega nessas fibras uma quantidade um pouco menor de anestésico (já que ele fica mais diluído pelos líquidos teciduais). Se não anestesiou, repetimos a anestesia ou corrigimos a técnica. Às vezes temos anestesia pulpar inadequada na presença de sintomas subjetivos de anestesia adequada de tecido mole. As fibras de menor diâmetro são as primeiras a sofrer a ação dos anestésicos locais, justamente as responsáveis pela sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, a seguir as relacionadas a pressão e vibração e, por último, as propioceptivas e motoras. • Presença de mielina: quanto mais espessa a camada de mielina e maior a distância internodal, menor a sensibilidade da fibra ao anestésico local. Quando a fibra é desmielinizada o impulso se propaga em linha reta. Na mielinizada, o impulso se propaga saltando de um nodo de ranvier para o outro. Quando você vai bloquear uma fibra mielinizada, se você bloquear só um nodo, às vezes esse impulso pula ele e salta pro próximo , continuando a se propagar. Então temos que bloquear 2 ou 3 nodos, usando uma quantidade maior de anestésico. • Potência do anestésico • Concentração de bases livres CINETICA DOS ANESTÉSICOSLOCAIS Absorção: todo anestésico local possui certo grau de vasoatividade, aumentando a velocidade de absorção, reduzindo a duração da anestesia e aumentando o nível sanguíneo do anestésico local. Fatores que determinam a velocidade de absorção Quanto a técnica de administração: • Evitar injeção intravascular • Injetar lentamente (faz com que a distensão das fibras seja mais lenta, e o paciente não sente dor) • Evitar volumes excessivos de solução anestésica • Vascularização da região de aplicação Quanto a presença de vasoconstritor: • Retarda a absorção do anestésico local. • Varia de acordo com a potência do próprio vasoconstritor e tipo e concentração do anestésico. Distribuição: as barreiras naturais como a hematoencefalica e a placentária não se opõem a passagem do anestésico local. Metabolismo • Anestésicos locais do tipo ESTER: são hidrolisados no plasma sanguíneo pela pseudocolinesterase. Pseudocolinesterase atípica: se o paciente tiver alguma deficiência dessas enzimas ele vai ter uma incapacidade de hidrolisar os anestésicos do tipo Ester, aumentando a toxicidade dos agentes anestésicos. Ex: procaina tem dois metabolitos, o paba e o dietilamino. O paba é o responsável pelas reações alérgicas. • Anestésicos locais do tipo AMIDA: são metabolizado no fígado. A prilocaina sofre metabolismo primário no fígado, que também pode ocorrer no pulmão. Prilocaina > metabolizada no fígado e nos pulmões > metabólito: orto.. E que transforma hemoglobina em metahemoglobina, que vai provocar no paciente metemoglobinemia. A hemoglobina se liga ao o2 e vai transportando pelo sangue até no tecidos e ele oxigena os tecidos. Na forma de meta, o oxigênio se liga, transporta, vai até os tecidos, mas quando chega lá ele não desliga da meta, então ele retorna com aquele oxigênio de volta, então os tecidos vão perdendo oxigenação. A disfunção hepática significativa (cirrose, hepatite) e a insuficiência cardíaca são contra- indicacoes relativas ao uso de anestésicos locais do tipo amida, usando a quantidade mínima possível e espaçando um pouco as consultas. Metemoglobinemia: • Depressao respiratória • Sincope • Pode resultar em morte Excreção: a insuficiência renal significativa (inclusive pacientes submetidos a dialises renal e aqueles com glomerulonefrite e ou polinefrite crônica) é uma contraindicação relativa à administração de anestésicos locais. Equipamento para anestesia local • Seringa: veículo pelo qual o anestésico é introduzido no paciente através da agulha. • Tipo de carregamento: lateral ou pela extremidade. Refluxo (aspiração) • Evita a injeção do anestésico dentro do vaso sanguíneo • Seringa com arpão • Seringa auto-aspiratoria: a pressão feita através do anel do polegar aumenta a pressão no interior do tubo. O alívio da pressão é suficiente para o teste da aspiração. Problemas • Extravasamento durante a injeção (perfeição excêntrica do diafragma) • Tibete quebrado • Arpão torto • Desencaixe do arpão do embolo durante a aspiração Manutenção • Lavagem após cada uso • Demonstrarem e lubrificação após cada 5 autoclavagens Seringa de pressão: só usamos para anestesia intra ligamentar, aí não precisa aspirar. Vantagens: supera a resistência do ligamento periodontal e o tubete fica protegido. Desvantagens: muito cara e injeção rápida e fácil (desconforto no paciente). Seringa de segurança: feita de plástico. Vantagem: descartável, uso único, estéril até ser aberta, leve Desvantagem: mais cara e nao eh aconselhado recarregamento Injetor sem agulha Vantagens: não existe uso de agulha, administra volumes pequenos de anestésico, usado em lugar dos anestésicos tópicos. Desvantagens: inadequada para anestesia da polpa ou para bloqueio regional, alto custo, pode lesionar tecidos periodontais Sistema de anestesia computadorizada Controla a velocidade de injeção do anestésico. Vantagens: permite injeção no ligamento periodontal, pode ser usada em todas as técnicas, reduz o estresse do paciente e do operador. Desvantagens: custo, exige equipamento adicional. Agulha: permite o transporte da solução anestésica para os tecidos. Agulha ideal • Afiada • Resistente a fratura Calibre • Diâmetro da agulha • Quanto maior o número de G mais fina eh a agulha • Quanto mais grossa maior a aspiração Cuidados • Sempre agulhas estéreis • Uso em um paciente único • Trocar após múltiplas perfurações no mesmo paciente. • Recobrir a agulha cuidadosamente após o uso “técnica da cureta” • Descartar em local apropriado As agulhas não devem ser introduzidas nos tecidos até o canhão, a menos que isso seja absolutamente necessário para o sucesso da injeção. Não altere a direção da agulha quando ela estiver nos tecidos. Jamais force a agulha contra qualquer resistência. Problemas • Dor na introdução • Quebra • Dor na retirada • Lesão do paciente ou administrador Tubete: cilindro de vidro ou plástico contendo s solução anestésica. Componentes: • Tampa da aluminio • Diafragma de borracha: onde a seringa vai entrar • Colo • Cilindro de vidro - todo cilindro sempre vem escrito nele próprio qual anestésico você está usando. • Rolha • Embolo de borracha revestido de silicone Características • Solução estéril • Superfície externa passível de desinfecção • Siliconados • Resistentes Cuidados • Não emergir em solução desinfetante • Verificar integridade • Validade • O tubete de vidro não deve ser autoclavado • Passar um chumaço de algodão umedecido com álcool isopropílico a 91% ou álcool etílico 70% ou pvpi no diafragma. • Devem ser guardados em seu recipiente original, a temperatura ambiente (ou em geladeira) e em local escuro • Os tubetes não devem ser usados em mais de um paciente. A permeabilidade do diafragma permite que as soluções nas quais o tubete pode ser armazenado difundam-se para o interior deste, contaminando a solução do anestésico local. Tipos de anestesia A anestesia local existe em dois tipos: terminais e por bloqueio. As terminais são feitas nas terminações nervosas mais superficiais: superficial e intriltrativa. O bloqueio eh quando não anestesiamos esse ponto final: de campo e de nervo. Anestesia terminal superficial: são por compressão, refrigeração, pulverização. Mas essas não são tão mais utilizadas. Atualmente utilizamos a anestesia por fricção, que é com o anestésico tópico. Anestesia terminal infiltrativa: pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas com anestésico local. O tratamento eh realizado na área em que o anestésico local foi depositado. Só anestesia o tecido mole (mucosa), dente não. Anestesia por bloqueio de campo: quando um ramo nervoso é insensibilizado, promovendo anestesia da região por ele inervarda. Ex: injeções no ápice do dente a ser tratado. (Comumente denominada infiltrativa ou supraperiosteal). Região anestesiada: Ramos nervosos terminais para os tecidos pulpares e os tecidos moles distais ao local da injeção. Anestesia por bloqueio de nervo: o anestésico local eh depositado próximo a um troço nervoso principal, distante do local de inervação operatória. Ex: injeções dos nervos alveolar superior posterior, alveolar inferior, nasopalatino. Região anestesiada: Ramos nervosos distais ao local da injeção e área correspondente. • Alveolar superior posterior: anestesia os 3 molares • Alveolar superior médio: pré molares • Alveolar superior anterior: canino e incisivos • Nervo nasopalatino: incisivos e canino - não anestesia o dente, só tecidos moles e ósseo • Nervo palatino maior: pré molares até molares - não anestesia os dentes, só tecido mole e ósseo • Nervo palatino menor: anestesia o palato porção mais pra dentro. Não utilizamos. Procedimentos básicos para anestesia local • Anamnese • Posicionamento do paciente(posição supina) • Exame inicial (exame visual, palpacao exploradora, verificação comportamental) • Anti-séptico tópico: reduz a flora microbiana, pvpi 10% com 1% de iodo ativo ou clorexidina 0,12% • Isolamento relativo • Secar o tecido • Aplicar anestésico tópico, mantendo-o no local por no mínimo 2 minutos • Montagem do aparelho de injeção -> seleção do tubete: Integridade da solução Integridade do anel de vedação Vazamentos Bolhas de ar • Anti-sepsia do tubete: aplicar pvpi tópico com gaze ou rolete de algodão no diafragma da borracha. • Carregamento da seringa • Montagem da agulha • Emissão do jato inicial: serve para vermos se nossa agulha não está entupida e para que demos um começo de andada com a rolha que tampa o anestésico, pois ela eh bem apertada nas paredes. • Manutenção do aparelho de injeção • Descarte da agulha Técnica básica de injeção • Tensionar o tecido: segurar ele com os dedos e esticar, para podermos enxergar onde vamos fazer a anestesia. • Manter a seringa fora da linha de visão do paciente • Apoio para as mãos: mindinho apoiado no queixo; indicador da outra mão pra tensionar o tecido e apoiar os dedos dessa mão no rosto tbm; ficar com o braço encostado no tronco. • Introduzir a agulha na mucosa: bisel sempre voltado para o osso • Observar o paciente e comunicar-se com ele. • Injetar algumas gotas da solução anestésica • Aprofundar a agulha em direção ao alvo • Aspirar -> refluxo • Deposição da solução anestésica (1ml/min) • Observar o paciente Anestesias terminais Anestesias onde anestesiamos terminações nervosas livres finais, ou seja, mais superficiais. Anestesia tópica: bloqueio das terminações nervosas livres… Indicações: • Suprimir a dor da penetração da agulha • Controlar náuseas • Aliviar a dor causada por próteses novas, colocação de matrizes, anéis ortodônticos • Permitir alimentação de pacientes portadores de aftas e ulcerações bucais Anestésico tópico • Gel ou spray • Gel a 5% da lidocaína e 20% de benzocaína • Conforto e segurança ao paciente Como aplicar: • Tensionar o tecido • Secar a mucosa • Aplicar o anestésico tópico Anestesia submucosa: bloqueio das terminações nervosas livres e fibras terminais. Áreas anestesiadas: • Mucosa • Submucosa • Gengiva inserida • Papilas gengivais Ex: quando vou fazer um tratamento no paciente em que preciso colocar o isolamento absoluto. Aí injeta anestésicos locais só nas papilas gengivais, aí você só anestesia tecidos moles. Preparação • Exame intra bucal • Isolamento relativo • Aplicar antisséptico tópico • Secar a mucosa • Aplicar anestésico tópico Injeção • Introduzir agulha curta 25 ou 27G na mucosa • Infiltrar a solução anestésica lentamente Indicações • Cirurgias de tecidos moles • Colocação de bandas ortodônticas, grampos e matrizes Sais anestésicos comercializados no Brasil Cálculo da dose máxima Adulto jovem 70kg Ex: lidocaína 2% com epinefrina 1:100 000 2% = 2000mg (2g) —— 100 ml de solução anestésica X —— 1,8 mL (um tubete anestésico) X = 36 mg de lidocaína/tubete A dose máxima de lidocaína é 500mg: 500 / 36 = 13,8889 tubetes Cálculo do vasoconstritor Adrenalina 1:100 000 1000mg (1g) —— 100 000 ml X. ——- 1,8ml X = 0,018mg/tubete A dose máxima de epinefrina é de 0,2mg: 0,2 mg / 0,018 = 11,11 tubetes Caso 1: paciente 22 anos, saudável, mulher, 50kg. Lidocaína 2% com adrenalina 1:100 000 A dose máxima de lidocaína é de 7 mg/kg. 50 (kg) x 7 (mg/kg) = 350 mg de lidocaína numa única sessão 350 / 36 = 9,7222 tubetes que eu posso usar Se a paciente for uma paciente com problema renal, reduzimos essa quantidade pela metade, aproximadamente. Caso 2: paciente de 40 anos, saudável, 90kg Articaina 4% com adrenalina 1:200 000 A dose máxima de articaina é 7 mg/kg. 90 x 7 = 630 mg em uma sessão 630 / 72 = 8,75 tubetes Lidocaína • Mais usado em odontologia, é o padrão • É a referência em potência e toxidade • Metabolismo: xilidida - metabólito tóxico - causa sonolência • Excreção renal: 10% na forma inalterada e 80% dos metabólitos inativos • Início de ação: 2 a 3 minutos • Potência: 2 (procaina: 1) • Ação anestésica tópica • Concentração eficaz: 2% • Anestesia pulpar: lidocaína sem vasoconstritor - 5 a 10min, com vasoconstritor - 60 minutos e 3 a 5h de anestesia de tecido mole (a de tecido mole sempre dura mais do que a pulpar) • Propriedade vasodilatadora: maior do que a da prilocaina ou da mepivacaina • Dose máxima: 7 mg/kg, máximo de 500mg Nomes comerciais • Lidocaína • Xilocaina, Biocaina • Alfacinha • Ligospan • Lidostesin • Novocol • Melhor: lidocaína 2% com adrenalina 1:100 000 Mepivacaina • Início de ação: 1 a 2 min • Pouco vasodilatadora, é a opção quando se necessita de um anestésico sem vasoconstritor • Potência e toxicidade semelhantes a lidocaína • Anestesia pulpar: sem vasoconstritor - 20 a 40min (pulpar) e com vasoconstritor - 60 min e 3 a 5h em tecidos moles • Quando ela vem sem vasoconstritor ela é comercializada a 3% • Com vasoconstritor: 2% • Disponibilizada com levonordefrina (1:20 000). Esta associação é inferior a lidocaína com adrenalina na produção de hemostasia local • Dose máxima: 6,6 mg/kg, máximo de 400mg Nomes comerciais • Mepivacaina • Policaina • Scandonest A melhor é com adrenalina 1:100 000 Prilocaina • Início de ação 2 a 4min • Potência 2 • Toxicidade: 40% < que a lidocaína • Ação vasodilatadora menor que a lidocaína e maior que a mepivacaina • Anestesia pulpar: infiltração supraperiostal (bloqueio de campo) - 5 a 10min; bloqueio regional - 60 a 90min e 3 a 8 horas de anestesia de tecido mole • Metabolizada no fígado e pulmões: ortotoluidina • Risco de metemoglobinemia, a felipressina apresenta ação ocitocica (causa contração, por isso não é indicada para grávida) • Concentração: 3% associada a felipressina • Dose máxima: 8mg/kg, maximo de 600mg • Não é recomendado para se obter hemostasia (se vai sangrar muito o procedimento, não optar por ela) Paciente hipertenso: você fica com medo, aí usa prilocaina com felipressina. A maioria dos procedimentos vamos estar trabalhando em um dente. Na arcada superior, a maior parte desses dentes anestesiamos com o bloqueio de campo. Se com a prilocaina dura menos tempo que a lidocaína, eh melhor optar logo pela lidocaína. Não pode usar em grávidas. Nomes comerciais • Citanest • Prilonest • Biopressin • Citocaina Bupivacaina • Início de ação 6 a 10min • Potência 4x a da lidocaína, prilocaina e mepivacaina • Toxicidade: menor 4x a da lidocaína • Anestesia pulpar: com vasoconstritor - 90 a 180 min e 4 a 9h de anestesia de tecido mole • Anestésico de longa duração • Concentração eficaz: 0,5% associado a adrenalina 1:200 000 • Dose máxima: 2mg/kg, máximo 90mg • Alta atividade analgésica pós operatório • Não é recomendado para pacientes jovens ou mentalmente incapacitados, por ser um anestésico de longa duração Articaina • Excelente difusão e melhor anestesia em locais infeccionados • Potência 1,5x a da lidocaína • Toxicidade: 0,6 bem menor que a da lidocaína • Início de ação 1 a 2 min • Anestesia pulpar: 60min com vasoconstritor • Concentração: 4% associada a adrenalina 1:100 000 • Dose máxima: 7mg/kg, máximo 500mg • Anestesia palatina com uma infiltração vestibular (1,8ml), inclusive na mandíbula = quando vc quer anestesiar do lado palatino, se você anestesiar do lado vestibular, o anestésico se difunde através do osso, anestesiando a região palatina • Risco de metemoglobinemia em altas doses Nomes comerciais • Articaina • Ultracaina Se você for usar ela pra anestesias suplementares, a articaina se difunde melhor através do trabeculado ósseo. Anestesia por bloqueio de campo (supraperiostea ou infiltrativa)• O bloqueio de campo anestesia os ramos terminais nervosos. • Áreas anestesiadas: polpa e raiz do dente, periósteo, tecido conjuntivo e mucosa. • Usamos a agulha curta 25 ou 27G. • Bisel da agulha voltado para o osso. • Essas anestesia precisa do osso alveolar poroso o suficiente para permitir que a solução anestésica atravesse o trabeculado ósseo e chegue no dente. Então, nos pacientes adultos, conseguimos fazer essa anestesia em todos os dentes da maxila e só nos incisivos inferiores, pois a tábua óssea vestibular da mandíbula é muito mais compacta que a da maxila. • Nas crianças, até 10 anos, você consegue anestesiar todos os dentes do hemiarco superior e inferior, pois o osso mandibular ainda é compacto suficiente. • Nos idosos, conseguimos fazer ela só na maxila, e em nenhum dos dentes inferiores. Indicações • Anestesia pulpar dos maxilares, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes. pois é uma técnica simples e que não corre risco de injeção intravascular. Nesta técnica não necessita de aspiração, pois os vasos sanguíneos que passam ali são terminais, sendo muito finos, • Anestesia dos tecidos moles, quando indicadas para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita. Contra indicações • Infecção ou inflamação na área da injeção ex: abscessos dentais • Osso denso recobrindo o ápice do dente Vantagens • Elevada taxa de sucesso • Injeção tecnicamente fácil • Em geral é totalmente atraumatica Desvantagens • Inadequada para grandes áreas Técnica • Levantar o lábio, tensionar o tecido • Seringa paralela ao longo eixo do dente • Bisel da agulha voltado para o osso • Introduzir a agulha na prega mucobucal (onde termina a gengiva inserida e começa a gengiva móvel) sobre o dente alvo • Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente • Infiltrar 0,6ml de anestésico local lentamente (1/3 do tubete) • Retirar a seringa lentamente • Colocar a agulha no estojo • Aguardar 3 a 5minutos antes de iniciar o procedimento odontológico para esperar que se instale o efeito no anestésico local por completo e para observar também as reações do paciente O jato inicial é feito para deslizar a borrachinha no começo, ver se a agulha não está mal colocada ou entupida. O tecido ósseo e mole só fica anestesiado do lado VESTIBULAR, do lingual não. Quando for colocar o grampo de isolamento, ele vai sentir dor do lado lingual, então é preciso pensar numa maneira de anestesiar o lado lingual. Seriam elas: anestesiando só tecido mole por lingual, fazendo uma submucosa na papila mesial e distal do dente. Outra maneira são as técnicas que anestesiam a região palatina, que anestesiam tecido mole e tecido ósseo palatino. Extrair incisivo lateral e fez supraperiostea: não da pra fazer extração só com essa anestesia, pois o lado ósseo da palatina não está anestesiado. Como eu preciso luxar o dente, a raiz amassa o osso um pouco em volta, criando um espaço para que ela amoleça lá dentro e na hora que você puxa o dente, ele saia. Quando eu faço o movimento de movimentar a coroa de palatina para vestibular, a raiz vai amassar o ósseo palatino, aí a pessoa sentiria muita dor. Quando estamos na região anterior, os dentes não são inseridos retos, temos a coroa e as raizes um pouco deitadinhas. Na região dos pré molares, já é mais ou menos reta. Na região dos molares, o longo eixo das raizes eh praticamente reto também.se a abertura de boca do paciente não for suficiente, não conseguimos colocar desse jeito na região dos molares, aí temos que mudar a posição da agulha. Falhas da anestesia • Extremidade a agulha abaixo do ápice do dente (anestesia pulpar insatisfatória) • Agulha muito distante do osso (solução depositada nos tecidos bucais) Anestesia subperiosteal Indicações: intervenções em dentes superiores e região mandibular em crianças. Contraindicações: as mesmas da supraperiostea + dor após a injeção mascarando o pós operatório (tratamento endodôntico). Injetar o anestésico depois do periósteo. Entao, na hora que tocar o osso, tem que forçar um pouco a agulha contra o osso, para que ela entre embaixo do periósteo. Essa técnica promove dor pois o líquido vai distendendo as fibras do periósteo. Por isso, entre a sub e a supra, a maioria prefere usar a supra. Nesta técnica também não precisa aspirar. Muito usada em cirurgias de implante. Anestesia zigomática (bloqueio regional) Bloqueio regional do nervo alveolar superior posterior. Anestesia toda a região que vem depois do lugar de onde você bloqueou. Nervo bloqueado e áreas anestesiadas • Nervo alveolar superior e seus ramos: polpa, osso e tecido periodontal vestibular de 3, 2 e 1 molares maxilares. • A raiz do 1 molar maxilar é inervada pelo NASM (nervo alveolar superior médio) em 28% dos casos aí faz uma infiltrativa na raiz mesial Indicações • Tratamento de dois ou mais molares maxilares • Quando a anestesia supraperiostea está contraindicada ou for ineficaz Contraindicações • Grande risco de hemorragia (pacientes hemofílicos) recomenda-se anestesia supreperiosteal ou do ligamento periodontal Plexo venoso pterigoide: grande quantidade de vasos sanguíneos passam ali, então tem muito risco de hemorragia. Vantagens • Atraumatica • Minimiza o número de injeções e o volume de anestésico injetado • Elevada taxa de sucesso (mais de 95%) Desvantagens • Risco de hematoma na região, geralmente difuso • Não existem pontos de reparo anatômicos durante a introdução da agulha • É necessária uma segunda injeção para tratamento do 1 molar maxilar Técnica Pontos anatômicos de referência • Tuberosidade da maxila • Superfície infratemporal da maxila • Plano oclusal dos molares superiores Posição do operador: nasp direito é 8h, esquerdo é 10 Lado esquerdo afasta com polegar • Posicionar O paciente (posição supina) • Antisséptico tópico • Anestesia tópica • Área de introdução: prega mucovestibular acima do segundo molar superior (distal do segundo molar superior) • Abrir parcialmente a boca do paciente (processo coronoide dificulta a introdução da Carpule) se ele abrir a boca inteira você não consegue introduzir o aparelho de injeção • Tensionar o tecido e afastar a bochecha • Bisel voltado para o osso • Agulha curta (reduz o risco de formação de hematoma) • Não é necessário tocar a agulha no osso, ela deve penetrar sem resistência para maior conforto do paciente • Introduzir a agulha curta na prega mucovestibular na distal do segundo molar • Avançar a agulha para cima, para dentro e para trás. A agulha deve formar um ângulo de 45 graus com o plano oclusal e longo eixo do segundo molar • nesse sentido que injeta • A profundidade da penetração da agulha é de 16mm para adultos, 10 a 14mm para adultos menores e crianças • Varia da metade (agulha longa) a três quartos da agulha (agulha curta) de acordo com o tamanho da maxila do paciente • Fazer aspiração varias vezes durante a injeção, pois a área é ricamente vascularizada, risco maior de hematoma por não ser possível pressionar tecido. • Aspiração positiva: 3,1% • Depositar de 0,9ml a 1,8ml de solução anestésica • Retirar a seringa lentamente • Colocar a agulha no estojo • Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico Sinais e sintomas • Subjetivos: o paciente tem dificuldade de determinar a anestesia • Objetivos: anestesia e ausência de dor no tratamento, 3 a 5min após injeção Complementação • Anestesia suprsperiostea na raiz mesiov do primeiro molar superior • Intervenções do lado palatino e extrações de molares superiores: anestesia do nervo palatino menor Falhas e complicações • Anestésico pode ser injetado muito lateralmente, o que pode produzir anestesia do nervo mandibular • Agulha muito posterior alcançará: músculo pl (dor e trismo), plexo venoso pterigoideo(hematoma na região ou perfuração da artéria maxilar) Bloqueio do nervo palatino maior Anestesia da porção posterior do palato. Bloqueio troncular. Nervo e áreas anestesiadas: • Nervo palatino maior • Porção posterior do palato duro e tecidos moles sobrejacentes, desde a divisão com o palato mole atento 1 pré molar e mediamente até a linha média • Não anestesia dente, só tecido mole e tecido ósseo Indicações • Anestesia de tecidos moles palatinos em mais de dois dentes para tratamento restaurador, procedimentos periodontais ou cirurgias. Contraindicações • Inflamação ou infecção no local das injeções • Áreas menores de tratamento (um ou dois dentes) Desvantagens • Potencialmente traumática • Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção Ponto de reparo anatômico • Forame palatino maior O nervo palatino maior fica paralelo as cristas alveolares palatinas, distando destas aproximadamente 10mm. Técnica • Lado direito: 7 a 8h • Lado esquerdo: 11h • Paciente com a boca bem aberta e pescoço estendido • Localizar o forame palatino maior situado com maior frequência na distal do segundo molar maxilar, mas pode estar anterior ou posterior à sua posição habitual • Edma eintra bucal • Anti-sepsia • Anestésico tópico • Aplicar pressão sobre o forame (30s) e observar isquemia. Aplico pressão com o cotonete até ver a área esbranquiçada • Direcionar a seringa para a boca a partir do lado oposto, com a agulha em ângulo reto. • Bisel da agulha voltado para tecidos moles palatinos. • Introduzir a agulha até tocar no osso (aproximadamente 5mm) • Continuar com anestesia compressiva durante toda a deposição. • Aspiração positiva: menos de 1% • Injetar 0,4 a 0,6 ml de solução anestésica lentamente • Retirar a agulha Falhas da anestesia A anestesia do palato na área do primeiro pré molar pode ser inadequada devido as fibras superpostas do nervo nasopalatino. Para corrigir: infiltração local suplementar na área de anestesia adequada. Complicações anestésicas COMPLICAÇÕES LOCAIS Quebra da agulha: ela fica no local, a gente não remove, pois como ela entra na musculatura você tem que determinar se ela está mais para v, para l, só que lá passam muitos vasos sanguíneos. Pode ocorrer em vários locais, mas o mais comum é durante a pterigomandibular. Causas de quebra da agulha • Enfraquecimento da agulha por dobragem • Movimento súbito do paciente • Defeitos na fabricacao • Agulhas reutilizáveis Problemas • Infecções (raras) • Migração (rara) • Encapsulamento por tecido fibroso • Angústia do profissional e do paciente Tratamento • Instruir o paciente a não se movimentar • Se o fragmento for visível remova-o com uma pinça hemostatica • Se a agulha estiver perdida, encaminhe o paciente a um cirurgião bucomaxilofacial para avaliação Prevenção • Agulhas descartáveis, de boa qualidade • Não introduzir a agulha até sua calota • Não forçar a agulha contra qualquer resistência • Não mudar a direção da agulha quando estiver dentro dos tecidos Dor a injeção e queimação a injeção Causas • Injeção rápida da solução anestésica • Agulhas com farpas • Ph ácido da solução anestésica • Contaminação da solução anestésica Problema • A dor durante a injeção aumenta a ansiedade do paciente e pode levar a movimentos bruscos, aumentando o risco de quebrar a agulha. • A sensação de queimação, embora transitória, indica irritação tecidual que pode levar ao desenvolvimento de trismo, edema, ou possível parestesia. Prevenção • Usar agulhas afiadas • Usar soluções anestésicas estéreis • Injetar os anestésicos locais lentamente • O tubete anestésico deve ser sempre armazenado em temperatura ambiente ou geladeira em recipiente adequado sem álcool ou outros agentes esterelizantes e antissépticos Lesões com agulha Pode acarretar contágio com alguma doença transmissível que o paciente possa apresentar. Tratamento • Lavar abundantemente com água e sabão ou com pvpi • Suspender o atendimento do paciente • Solicitar a colaboração do paciente no sentido de submeter-se a colheita de sangue para exames sorológicos • Em caso de sorologia positiva do paciente fonte para hiv ou para hepatite b ou c, ou quando não for possível realizar os exames sorológicos do paciente, o acidentado deve tomar antiretroviral Prevenção • Remover a agulha com alicate 121 ou usar a técnica da cureta • Descartar a agulha adequadamente Parestesia Anestesia persistente: senso de dormência por varias horas ou dias após a infiltração anestésica. Causas • Traumatismo do nervo pela agulha • Solução anestésica contaminada • Hemorragia Problemas • Desconforto do paciente • Autolesão • Perda de paladar (nervo lingual) Tratamento • Tempo (regride em 8 semanas sem tratamento) • Apoio psicológico ao paciente Paralisia facial temporária • Paralisia transitória do nervo facial Causas • Introdução de anestésico local na cápsula da glândula parótida Problemas • Perda transitória da função motora dos músculos da expressão facial • Diminuição da lubrificação ocular (paciente não pisca) Tratamento • Tranquilizar o paciente • Fechar manualmente a pálpebra inferior periodicamente para manter a córnea lubrificada • Remover lentes de contato Prevenção Técnica anestésica adequada Trismo: prolongado espasmo tetânico dos músculos da mastigação levando limitação da abertura da boca. Causas • Trauma dos músculos ou vasos sanguíneos da fossa infratemporal • Solução anestésica contaminada ou volumes excessivos • Hemorragia • Múltiplas perfurações por agulha • Infecções Tratamento • Terapia com calor: 20min a cada hora • Fisioterapia: abertura e fechamento da boca, excursões laterais da mandíbula por 5min. A cada 4h. Goma de mascar • Miorrelaxantes: diazepam 10mg 12/12h • Analgésicos • Após 48h: antibiótico por 7 dias Prevenção: • Técnica anestésica corretamente e atraumatica • Assepsia • Volumes mínimos de anestésico • Agulhas sem farpa, afiada e estéril Trauma de tecidos moles: ocorrem em pacientes pediátricos ou deficientes mentais durante a dormência de tecidos moles após a anestesia. Prevenção • Alertar o paciente ou o responsável • colocar roletes de algodão entre os dentes e os lábios se ainda estiverem anestesiados • Escolher um anestésico local de duração apropriada Tratamento • Analgésicos • Vaselina para cobrir a lesão e minimizar a irritação • Em caso de infecção, antibioticoterapia Hematoma • Extravasamento de sangue para os espaços extravasculares por lesão a vasos sanguíneos • A contusão formada pode ou não ser visível • Poderá aparecer trismo e dor • Estará presente de 7 a 14 dias Tratamento • Imediato: compressão • Subsequente (sensibilidade e limitação do movimento): gelo nas primeiras horas, que funciona como analgésico e vasoconstritor e calor depois de 4h, pois aumenta a velocidade de reabsorção dos elementos sanguíneos Prevenção • Conhecimento da anatomia • Técnica adequada • Minimizar o número de perfurações Necrose tecidual: irritação prolongada dos tecidos gengivais e palatinos. Isso acontece mais com noradrenalina, pois sua vasoconstrição é mais intensa do que usando adrenalina. A região palatina é menos irrigada, então é mais fácil ter uma necrose lá. Causas • Descamação epitelial por sensibilidade ao anestésico tópico • Abscesso estéril: secundário à isquemia prolongada por um vasoconstritor (noradrenalina), quase sempre nos tecidos do palato duro Tratamento • Tranquilizar o paciente • Tratamento sintomático COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS Podem ocorrer pela superdosagem do sal anestésico ou do vasoconstritor. Causas • Volume excessivo de solução anestésica • Injeção intravascular acidental • Injeção muito rápida da solução anestésica Prevenção • Anamnese criteriosa• Empre, sempre que possível, soluções anestésicas com vasoconstritor • Nos bloqueios regionais, faça a aspiração previa a injeção da solução • Injete a solução de forma lenta • Empregue doses seguras • Evite injeções repetidas Sinais e sintomas • São relacionados com ação sobre o snc e sobre o sistema cardiovascular • Os efeitos são dose dependentes Quantidade leva a moderada de anestésico 7,5mg ml • Apreensão • Excitação • Confusão • Zumbidos • Loquacidade • Fala desconexa • Sonolência • Visão embaçada • Movimentos musculares exacerbados • Nistagmo • Aumento da pa, fr e fc • Perda da consciência Acima de 7,5mg ml • Convulsões • Depressão generalizada do snc • Queda da pa, fc e fr Protocolo de atendimento • Interromper o tratamento • Remover tudo da sua boca • Tranquilizar o paciente • Posicione o paciente, se ansioso coloque-o em posição confortável e semi reclinada. Se houver diminuição da pa e da fc coloque-o na posição supina com as pernas ligeiramente mais elevadas que a cabeça • Adm oxigênio • Espere o paciente recupera-se. Se houver leve alteração da pa e do pulso, dispenso com acompanhante • Em casos servos,de início muito rápido, solicite um socorro médico de urgência e institua sbv • Se houver convulsão prolongada, após cessar episódio, adm. anticonvulsivante • Enquanto aguarda o socorro médico, monitore os sinais vitais
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