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Anestésicos Locais: Mecanismo de Ação

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Anestésicos locais 
 
Substâncias químicas que impedem a geração e a condução de um impulso nervoso. 
 
A solução anestésica tem o sal anestésico, o vasoconstritor e alguns conservantes estabilizantes 
para ela se manter estável. 
 
Mecanismo de ação 
• O anestésico local é um sal insolúvel e instável. Quando vai se colocar em solução 
anestésica, mistura-se com uma solução estéril, e acrescenta-se ácido clorídrico para que o 
sal fique solúvel e estável em solução aquosa. Por isso, eles também são chamados de 
cloridratos. 
• A membrana nervosa é o local onde os anestésicos locais exercem suas ações 
farmacológicas. 
• O anestésico age atravessando a membrana nervosa. A maior parte dela é constituída pelos 
lipídeos. 
 
Teoria do receptor específico 
• Anestésicos locais atuam através da ligação a receptores específicos no canal de sódio. 
• Enquanto eles se mantêm ligados, eles impedem a troca da condução de sódio e potássio, 
com isso, não há despolarização da membrana e bloqueia-se a transmissão do impulso 
nervoso. 
• A medida que rompem-se as ligações farmaco-receptor o farmaco deixa de agir assim que 
diminui sua concentração nos fluidos extracelulares. 
• O anestésico sai do líquido extracelular, atravessa a membrana e cai dentro do axoplasma. 
Ele não fecha o canal, ele apenas tampona, impedindo a passagem do sódio e do potássio. 
Se o canal está aberto, como fica normalmente, o anestésico não passa devido ao tamanho 
da molécula. 
• O anestésico tem na sua constituição uma parte lipofilica e uma hidrofilica. Esta permite que 
ele se espalhe bem no líquido extracelular, quando injetamos. A parte lipofilica atravessa a 
parte de lipídeos da membrana. 
• Nem todas as moléculas do anestésico local vão atingir o interior do neurônio por causa do 
processo de difusão e porque algumas serão absorvidas pelos vasos sanguíneos e pelos 
tecidos moles extracelulares no local da injeção. 
 
Resumindo, 
 
1. Deslocamento de íons de cálcio do receptor do canal de sódio que permite 
2. Ligação da molécula de anestésico local a este receptor, que assim produz 
3. Bloqueio do canal de sódio e uma 
4. Redução ou eliminação da condutância de sódio, que leva a 
5. Depressao da velocidade de despolarização elétrica e uma 
6. Incapacidade de atingir o nível de potencial limiar, juntamente com uma 
7. Ausência de desenvolvimento de potenciais de ação propagados, que é denominado 
bloqueio de condução. 
 
Ex: anestésicos de curta duração e longa duração. Os de longa duração permanecem ligados nos 
receptores por mais tempo. O mecanismo de ação dos dois é o mesmo, entretanto. 
 
Formas ativas de anestésicos locais 
• Tipo amino-ester: procaina, benzocaína, cocaina, tetracaína - eles têm metabolitos que 
provocam reações alérgicas. Por isso, na atualidade, usamos mais os do tipo amida. 
• Tipo amino-amida: lidocaína, prilocaina, mepivacaina, bupivacaina 
 
Todos os anestésicos locais são anfipaticos, ou seja, apresentam características lipofilicas e 
hidrofilicas. 
 
Os anestésicos locais usados para infiltração são armazenados como sais, mais comumente o 
cloridrato, dissolvidos em água estéril ou solução salina. 
 
Os que contém adrenalina ou outras substâncias vasoativas são acidificados pelo fabricante para 
inibir a oxidação da adrenalina. O ph da solução sem adrenalina é aproxidamente 5,5; as 
soluções contendo adrenalina possuem ph 3,3. 
 
Dissociação dos anestésicos locais 
• Solução anestésica contém moléculas de anestésico local não carregadas (base livre) e uma 
parte carregada (cátion). Cada parte dessas tem uma função. 
• A proporção relativa das formas ionicas depende do pka, ou constante de dissociação dos 
anestésicos e o ph da solução ou dos tecidos adjacentes. 
• Em ph tecidual normal, a quantidade de forma cationica é menor que a de base livre. Em ph 
elevado, o contrário. 
• A parte que atravessa a porção lipidica é só a parte não carregada (base livre). Em ph 
tecidual alto, demora mais para o anestésico fazer efeito. 
• A parte ionizada é que se liga ao receptor específico. 
• Em ph tecidual normal: quando a base livre entra e tem o ácido clorídrico junto, ela se 
dissocia na mesma hora. Aí fica uma parte ionizada e uma parte não ionizada. Aí a parte 
ionizada vai se ligar ao receptor. Isso vai acontecendo até que se bloqueie por completo. 
Esse período se chama tempo de latência: período que um anestésico leva para fazer 
efeito. Os que demoram mais tempo tem uma quantidade menor de base livre. 
• Os anestésicos tem tempo diferente para fazer efeito, e temos que esperar pelo menos uns 
5 minutos. 
• Quando você anestesia num local que não está normal, o anestésico não age da mesma 
maneira, pois o ph desse tecido vai influenciar na dissolução do anestésico. Ex: se no meio 
extracelular o ph está mais ácido (6). Aí, eu pego o mesmo anestésico, 1000 moléculas. Era 
pra estar 75% na forma ionizada e 25% na forma livre. Só que só 10% está na forma de 
base livre. Elas atravessam, dissociam (25% de 10 ficam na forma de base livre) e 75% vai 
ficar na forma ionizada. Então, às vezes não conseguimos anestesia completa em locais 
infeccionados. Além de ter uma quantidade menor de base livre, os vasos ficam dilatados, o 
que diminui mais ainda a quantidade de anestésico para fazer efeito. 
• É mais difícil conseguir um bloqueio adequado do nervo nos tecidos infectados ou 
inflamados por causa da escassez de moléculas capazes de atravessar a bainha do nervo 
(rn) e da maior absorção das moléculas de anestésicos remanescentes pelos vasos 
sanguíneos dilatados nessa região. 
 
 
Propriedades físicas e ações clínicas 
 
• Lipossolubilidade - potencia. (Membrana nervosa tem 90% de lipídeos) 
• Ligação proteica - duração. Anestésico com maior grau de ligação proteica fixam-se de 
forma mais segura aos receptores proteicos. 
• Atividade vasodilatadora - potência e duração. Todo sal anestésico é vasodilator. Quanto 
mais vasodilatador, menos potente e menor a duração. 
• Constante de dissociação (pka) - início de ação anestésica. O anestésico local com pka 
elevado possui menor % de moléculas disponíveis na forma de base livre em um ph tecidual 
de 7,4 portanto, início de ação mais lento. 
 
Efeitos locais dos anestésicos locais: 
• Bloqueio diferencial: as diversas fibras não respondem da mesma forma ao contato com o 
anestésico local. 
 
Bloqueio diferencial 
• Posição e diâmetro das fibras: as fibras vêm distribuídas em feixes. Temos as fibras centrais 
e as fibras manto (mais externas). Quando você injeta o anestésico local ele vai primeiro 
atingir as fibras manto (pois são mais externas) e quando essas fibras são bloqueadas você 
já gasta uma parte do anestésico. As fibras centrais são bloqueadas, em relação às 
externas, posteriormente, e chega nessas fibras uma quantidade um pouco menor de 
anestésico (já que ele fica mais diluído pelos líquidos teciduais). 
Se não anestesiou, repetimos a anestesia ou corrigimos a técnica. Às vezes temos anestesia 
pulpar inadequada na presença de sintomas subjetivos de anestesia adequada de tecido mole. 
As fibras de menor diâmetro são as primeiras a sofrer a ação dos anestésicos locais, justamente 
as responsáveis pela sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, a seguir as relacionadas a pressão e 
vibração e, por último, as propioceptivas e motoras. 
 
• Presença de mielina: quanto mais espessa a camada de mielina e maior a distância 
internodal, menor a sensibilidade da fibra ao anestésico local. Quando a fibra é 
desmielinizada o impulso se propaga em linha reta. Na mielinizada, o impulso se propaga 
saltando de um nodo de ranvier para o outro. Quando você vai bloquear uma fibra 
mielinizada, se você bloquear só um nodo, às vezes esse impulso pula ele e salta pro 
próximo , continuando a se propagar. Então temos que bloquear 2 ou 3 nodos, usando uma 
quantidade maior de anestésico. 
 
• Potência do anestésico 
• Concentração de bases livres 
 
 
CINETICA DOS ANESTÉSICOSLOCAIS 
 
Absorção: todo anestésico local possui certo grau de vasoatividade, aumentando a velocidade 
de absorção, reduzindo a duração da anestesia e aumentando o nível sanguíneo do anestésico 
local. 
 
Fatores que determinam a velocidade de absorção 
 
Quanto a técnica de administração: 
• Evitar injeção intravascular 
• Injetar lentamente (faz com que a distensão das fibras seja mais lenta, e o paciente não 
sente dor) 
• Evitar volumes excessivos de solução anestésica 
• Vascularização da região de aplicação 
 
Quanto a presença de vasoconstritor: 
• Retarda a absorção do anestésico local. 
• Varia de acordo com a potência do próprio vasoconstritor e tipo e concentração do 
anestésico. 
 
Distribuição: as barreiras naturais como a hematoencefalica e a placentária não se opõem a 
passagem do anestésico local. 
 
Metabolismo 
• Anestésicos locais do tipo ESTER: são hidrolisados no plasma sanguíneo pela 
pseudocolinesterase. Pseudocolinesterase atípica: se o paciente tiver alguma deficiência 
dessas enzimas ele vai ter uma incapacidade de hidrolisar os anestésicos do tipo Ester, 
aumentando a toxicidade dos agentes anestésicos. 
Ex: procaina tem dois metabolitos, o paba e o dietilamino. O paba é o responsável pelas reações 
alérgicas. 
 
• Anestésicos locais do tipo AMIDA: são metabolizado no fígado. A prilocaina sofre 
metabolismo primário no fígado, que também pode ocorrer no pulmão. 
Prilocaina > metabolizada no fígado e nos pulmões > metabólito: orto.. E que transforma 
hemoglobina em metahemoglobina, que vai provocar no paciente metemoglobinemia. A 
hemoglobina se liga ao o2 e vai transportando pelo sangue até no tecidos e ele oxigena os 
tecidos. Na forma de meta, o oxigênio se liga, transporta, vai até os tecidos, mas quando chega lá 
ele não desliga da meta, então ele retorna com aquele oxigênio de volta, então os tecidos vão 
perdendo oxigenação. 
A disfunção hepática significativa (cirrose, hepatite) e a insuficiência cardíaca são contra-
indicacoes relativas ao uso de anestésicos locais do tipo amida, usando a quantidade mínima 
possível e espaçando um pouco as consultas. 
 
Metemoglobinemia: 
• Depressao respiratória 
• Sincope 
• Pode resultar em morte 
 
Excreção: a insuficiência renal significativa (inclusive pacientes submetidos a dialises renal e 
aqueles com glomerulonefrite e ou polinefrite crônica) é uma contraindicação relativa à 
administração de anestésicos locais. 
 
 
 
Equipamento para anestesia local 
• Seringa: veículo pelo qual o anestésico é introduzido no paciente através da agulha. 
• Tipo de carregamento: lateral ou pela extremidade. 
 
Refluxo (aspiração) 
• Evita a injeção do anestésico dentro do vaso sanguíneo 
• Seringa com arpão 
• Seringa auto-aspiratoria: a pressão feita através do anel do polegar aumenta a pressão no 
interior do tubo. O alívio da pressão é suficiente para o teste da aspiração. 
 
Problemas 
• Extravasamento durante a injeção (perfeição excêntrica do diafragma) 
• Tibete quebrado 
• Arpão torto 
• Desencaixe do arpão do embolo durante a aspiração 
 
Manutenção 
• Lavagem após cada uso 
• Demonstrarem e lubrificação após cada 5 autoclavagens 
 
Seringa de pressão: só usamos para anestesia intra ligamentar, aí não precisa aspirar. 
Vantagens: supera a resistência do ligamento periodontal e o tubete fica protegido. 
Desvantagens: muito cara e injeção rápida e fácil (desconforto no paciente). 
 
Seringa de segurança: feita de plástico. 
Vantagem: descartável, uso único, estéril até ser aberta, leve 
Desvantagem: mais cara e nao eh aconselhado recarregamento 
 
Injetor sem agulha 
Vantagens: não existe uso de agulha, administra volumes pequenos de anestésico, usado em 
lugar dos anestésicos tópicos. 
Desvantagens: inadequada para anestesia da polpa ou para bloqueio regional, alto custo, pode 
lesionar tecidos periodontais 
 
Sistema de anestesia computadorizada 
Controla a velocidade de injeção do anestésico. 
Vantagens: permite injeção no ligamento periodontal, pode ser usada em todas as técnicas, reduz 
o estresse do paciente e do operador. 
Desvantagens: custo, exige equipamento adicional. 
 
Agulha: permite o transporte da solução anestésica para os tecidos. 
 
Agulha ideal 
• Afiada 
• Resistente a fratura 
 
Calibre 
• Diâmetro da agulha 
• Quanto maior o número de G mais fina eh a agulha 
• Quanto mais grossa maior a aspiração 
 
Cuidados 
• Sempre agulhas estéreis 
• Uso em um paciente único 
• Trocar após múltiplas perfurações no mesmo paciente. 
• Recobrir a agulha cuidadosamente após o uso “técnica da cureta” 
• Descartar em local apropriado 
 
As agulhas não devem ser introduzidas nos tecidos até o canhão, a menos que isso seja 
absolutamente necessário para o sucesso da injeção. 
 
Não altere a direção da agulha quando ela estiver nos tecidos. 
 
Jamais force a agulha contra qualquer resistência. 
 
Problemas 
• Dor na introdução 
• Quebra 
• Dor na retirada 
• Lesão do paciente ou administrador 
 
Tubete: cilindro de vidro ou plástico contendo s solução anestésica. 
 
Componentes: 
• Tampa da aluminio 
• Diafragma de borracha: onde a seringa vai entrar 
• Colo 
• Cilindro de vidro - todo cilindro sempre vem escrito nele próprio qual anestésico você está 
usando. 
• Rolha 
• Embolo de borracha revestido de silicone 
 
Características 
• Solução estéril 
• Superfície externa passível de desinfecção 
• Siliconados 
• Resistentes 
 
Cuidados 
• Não emergir em solução desinfetante 
• Verificar integridade 
• Validade 
• O tubete de vidro não deve ser autoclavado 
• Passar um chumaço de algodão umedecido com álcool isopropílico a 91% ou álcool etílico 
70% ou pvpi no diafragma. 
• Devem ser guardados em seu recipiente original, a temperatura ambiente (ou em geladeira) 
e em local escuro 
• Os tubetes não devem ser usados em mais de um paciente. 
 
A permeabilidade do diafragma permite que as soluções nas quais o tubete pode ser armazenado 
difundam-se para o interior deste, contaminando a solução do anestésico local. 
 
 
Tipos de anestesia 
 
A anestesia local existe em dois tipos: terminais e por bloqueio. 
As terminais são feitas nas terminações nervosas mais superficiais: superficial e intriltrativa. 
O bloqueio eh quando não anestesiamos esse ponto final: de campo e de nervo. 
 
Anestesia terminal superficial: são por compressão, refrigeração, pulverização. Mas essas não 
são tão mais utilizadas. Atualmente utilizamos a anestesia por fricção, que é com o anestésico 
tópico. 
 
Anestesia terminal infiltrativa: pequenas terminações nervosas na área do tratamento 
odontológico são infiltradas com anestésico local. O tratamento eh realizado na área em que o 
anestésico local foi depositado. Só anestesia o tecido mole (mucosa), dente não. 
 
Anestesia por bloqueio de campo: quando um ramo nervoso é insensibilizado, promovendo 
anestesia da região por ele inervarda. 
Ex: injeções no ápice do dente a ser tratado. 
(Comumente denominada infiltrativa ou supraperiosteal). 
Região anestesiada: Ramos nervosos terminais para os tecidos pulpares e os tecidos moles 
distais ao local da injeção. 
 
Anestesia por bloqueio de nervo: o anestésico local eh depositado próximo a um troço nervoso 
principal, distante do local de inervação operatória. 
Ex: injeções dos nervos alveolar superior posterior, alveolar inferior, nasopalatino. 
Região anestesiada: Ramos nervosos distais ao local da injeção e área correspondente. 
 
• Alveolar superior posterior: anestesia os 3 molares 
• Alveolar superior médio: pré molares 
• Alveolar superior anterior: canino e incisivos 
• Nervo nasopalatino: incisivos e canino - não anestesia o dente, só tecidos moles e ósseo 
• Nervo palatino maior: pré molares até molares - não anestesia os dentes, só tecido mole e 
ósseo 
• Nervo palatino menor: anestesia o palato porção mais pra dentro. Não utilizamos. 
 
 
Procedimentos básicos para anestesia local 
 
• Anamnese 
• Posicionamento do paciente(posição supina) 
• Exame inicial (exame visual, palpacao exploradora, verificação comportamental) 
• Anti-séptico tópico: reduz a flora microbiana, pvpi 10% com 1% de iodo ativo ou clorexidina 
0,12% 
• Isolamento relativo 
• Secar o tecido 
• Aplicar anestésico tópico, mantendo-o no local por no mínimo 2 minutos 
• Montagem do aparelho de injeção 
-> seleção do tubete: 
Integridade da solução 
Integridade do anel de vedação 
Vazamentos 
Bolhas de ar 
• Anti-sepsia do tubete: aplicar pvpi tópico com gaze ou rolete de algodão no diafragma da 
borracha. 
• Carregamento da seringa 
• Montagem da agulha 
• Emissão do jato inicial: serve para vermos se nossa agulha não está entupida e para que 
demos um começo de andada com a rolha que tampa o anestésico, pois ela eh bem 
apertada nas paredes. 
• Manutenção do aparelho de injeção 
• Descarte da agulha 
 
Técnica básica de injeção 
• Tensionar o tecido: segurar ele com os dedos e esticar, para podermos enxergar onde 
vamos fazer a anestesia. 
• Manter a seringa fora da linha de visão do paciente 
• Apoio para as mãos: mindinho apoiado no queixo; indicador da outra mão pra tensionar o 
tecido e apoiar os dedos dessa mão no rosto tbm; ficar com o braço encostado no tronco. 
• Introduzir a agulha na mucosa: bisel sempre voltado para o osso 
• Observar o paciente e comunicar-se com ele. 
• Injetar algumas gotas da solução anestésica 
• Aprofundar a agulha em direção ao alvo 
• Aspirar -> refluxo 
• Deposição da solução anestésica (1ml/min) 
• Observar o paciente 
 
 
Anestesias terminais 
 
Anestesias onde anestesiamos terminações nervosas livres finais, ou seja, mais superficiais. 
 
Anestesia tópica: bloqueio das terminações nervosas livres… 
 
Indicações: 
• Suprimir a dor da penetração da agulha 
• Controlar náuseas 
• Aliviar a dor causada por próteses novas, colocação de matrizes, anéis ortodônticos 
• Permitir alimentação de pacientes portadores de aftas e ulcerações bucais 
 
Anestésico tópico 
• Gel ou spray 
• Gel a 5% da lidocaína e 20% de benzocaína 
• Conforto e segurança ao paciente 
 
Como aplicar: 
• Tensionar o tecido 
• Secar a mucosa 
• Aplicar o anestésico tópico 
 
Anestesia submucosa: bloqueio das terminações nervosas livres e fibras terminais. 
 
Áreas anestesiadas: 
• Mucosa 
• Submucosa 
• Gengiva inserida 
• Papilas gengivais 
 
Ex: quando vou fazer um tratamento no paciente em que preciso colocar o isolamento absoluto. 
Aí injeta anestésicos locais só nas papilas gengivais, aí você só anestesia tecidos moles. 
 
Preparação 
• Exame intra bucal 
• Isolamento relativo 
• Aplicar antisséptico tópico 
• Secar a mucosa 
• Aplicar anestésico tópico 
 
Injeção 
• Introduzir agulha curta 25 ou 27G na mucosa 
• Infiltrar a solução anestésica lentamente 
 
Indicações 
• Cirurgias de tecidos moles 
• Colocação de bandas ortodônticas, grampos e matrizes 
 
 
Sais anestésicos comercializados no Brasil 
 
Cálculo da dose máxima 
 
Adulto jovem 70kg 
 
Ex: lidocaína 2% com epinefrina 1:100 000 
 
2% = 2000mg (2g) —— 100 ml de solução anestésica 
 X —— 1,8 mL (um tubete anestésico) 
X = 36 mg de lidocaína/tubete 
 
A dose máxima de lidocaína é 500mg: 
 
500 / 36 = 13,8889 tubetes 
 
Cálculo do vasoconstritor 
 
Adrenalina 1:100 000 
 
1000mg (1g) —— 100 000 ml 
 X. ——- 1,8ml 
X = 0,018mg/tubete 
 
A dose máxima de epinefrina é de 0,2mg: 
0,2 mg / 0,018 = 11,11 tubetes 
 
Caso 1: paciente 22 anos, saudável, mulher, 50kg. 
Lidocaína 2% com adrenalina 1:100 000 
A dose máxima de lidocaína é de 7 mg/kg. 
 
50 (kg) x 7 (mg/kg) = 350 mg de lidocaína numa única sessão 
 
350 / 36 = 9,7222 tubetes que eu posso usar 
 
Se a paciente for uma paciente com problema renal, reduzimos essa quantidade pela metade, 
aproximadamente. 
 
Caso 2: paciente de 40 anos, saudável, 90kg 
Articaina 4% com adrenalina 1:200 000 
A dose máxima de articaina é 7 mg/kg. 
 
90 x 7 = 630 mg em uma sessão 
 
630 / 72 = 8,75 tubetes 
 
Lidocaína 
• Mais usado em odontologia, é o padrão 
• É a referência em potência e toxidade 
• Metabolismo: xilidida - metabólito tóxico - causa sonolência 
• Excreção renal: 10% na forma inalterada e 80% dos metabólitos inativos 
• Início de ação: 2 a 3 minutos 
• Potência: 2 (procaina: 1) 
• Ação anestésica tópica 
• Concentração eficaz: 2% 
• Anestesia pulpar: lidocaína sem vasoconstritor - 5 a 10min, com vasoconstritor - 60 minutos 
e 3 a 5h de anestesia de tecido mole (a de tecido mole sempre dura mais do que a pulpar) 
• Propriedade vasodilatadora: maior do que a da prilocaina ou da mepivacaina 
• Dose máxima: 7 mg/kg, máximo de 500mg 
 
 Nomes comerciais 
• Lidocaína 
• Xilocaina, Biocaina 
• Alfacinha 
• Ligospan 
• Lidostesin 
• Novocol 
• Melhor: lidocaína 2% com adrenalina 1:100 000 
 
Mepivacaina 
• Início de ação: 1 a 2 min 
• Pouco vasodilatadora, é a opção quando se necessita de um anestésico sem vasoconstritor 
• Potência e toxicidade semelhantes a lidocaína 
• Anestesia pulpar: sem vasoconstritor - 20 a 40min (pulpar) e com vasoconstritor - 60 min e 3 
a 5h em tecidos moles 
• Quando ela vem sem vasoconstritor ela é comercializada a 3% 
• Com vasoconstritor: 2% 
• Disponibilizada com levonordefrina (1:20 000). Esta associação é inferior a lidocaína com 
adrenalina na produção de hemostasia local 
• Dose máxima: 6,6 mg/kg, máximo de 400mg 
 
Nomes comerciais 
• Mepivacaina 
• Policaina 
• Scandonest 
 
A melhor é com adrenalina 1:100 000 
 
Prilocaina 
• Início de ação 2 a 4min 
• Potência 2 
• Toxicidade: 40% < que a lidocaína 
• Ação vasodilatadora menor que a lidocaína e maior que a mepivacaina 
• Anestesia pulpar: infiltração supraperiostal (bloqueio de campo) - 5 a 10min; bloqueio 
regional - 60 a 90min e 3 a 8 horas de anestesia de tecido mole 
• Metabolizada no fígado e pulmões: ortotoluidina 
• Risco de metemoglobinemia, a felipressina apresenta ação ocitocica (causa contração, por 
isso não é indicada para grávida) 
• Concentração: 3% associada a felipressina 
• Dose máxima: 8mg/kg, maximo de 600mg 
• Não é recomendado para se obter hemostasia (se vai sangrar muito o procedimento, não 
optar por ela) 
 
 Paciente hipertenso: você fica com medo, aí usa prilocaina com felipressina. A maioria dos 
procedimentos vamos estar trabalhando em um dente. Na arcada superior, a maior parte desses 
dentes anestesiamos com o bloqueio de campo. Se com a prilocaina dura menos tempo que a 
lidocaína, eh melhor optar logo pela lidocaína. 
Não pode usar em grávidas. 
 
Nomes comerciais 
• Citanest 
• Prilonest 
• Biopressin 
• Citocaina 
 
Bupivacaina 
• Início de ação 6 a 10min 
• Potência 4x a da lidocaína, prilocaina e mepivacaina 
• Toxicidade: menor 4x a da lidocaína 
• Anestesia pulpar: com vasoconstritor - 90 a 180 min e 4 a 9h de anestesia de tecido mole 
• Anestésico de longa duração 
• Concentração eficaz: 0,5% associado a adrenalina 1:200 000 
• Dose máxima: 2mg/kg, máximo 90mg 
• Alta atividade analgésica pós operatório 
• Não é recomendado para pacientes jovens ou mentalmente incapacitados, por ser um 
anestésico de longa duração 
 
Articaina 
• Excelente difusão e melhor anestesia em locais infeccionados 
• Potência 1,5x a da lidocaína 
• Toxicidade: 0,6 bem menor que a da lidocaína 
• Início de ação 1 a 2 min 
• Anestesia pulpar: 60min com vasoconstritor 
• Concentração: 4% associada a adrenalina 1:100 000 
• Dose máxima: 7mg/kg, máximo 500mg 
• Anestesia palatina com uma infiltração vestibular (1,8ml), inclusive na mandíbula = quando 
vc quer anestesiar do lado palatino, se você anestesiar do lado vestibular, o anestésico se 
difunde através do osso, anestesiando a região palatina 
• Risco de metemoglobinemia em altas doses 
 
Nomes comerciais 
• Articaina 
• Ultracaina 
 
Se você for usar ela pra anestesias suplementares, a articaina se difunde melhor através do 
trabeculado ósseo. 
 
 
Anestesia por bloqueio de campo (supraperiostea ou infiltrativa)• O bloqueio de campo anestesia os ramos terminais nervosos. 
• Áreas anestesiadas: polpa e raiz do dente, periósteo, tecido conjuntivo e mucosa. 
• Usamos a agulha curta 25 ou 27G. 
• Bisel da agulha voltado para o osso. 
• Essas anestesia precisa do osso alveolar poroso o suficiente para permitir que a solução 
anestésica atravesse o trabeculado ósseo e chegue no dente. Então, nos pacientes adultos, 
conseguimos fazer essa anestesia em todos os dentes da maxila e só nos incisivos 
inferiores, pois a tábua óssea vestibular da mandíbula é muito mais compacta que a da 
maxila. 
• Nas crianças, até 10 anos, você consegue anestesiar todos os dentes do hemiarco superior 
e inferior, pois o osso mandibular ainda é compacto suficiente. 
• Nos idosos, conseguimos fazer ela só na maxila, e em nenhum dos dentes inferiores. 
 
Indicações 
• Anestesia pulpar dos maxilares, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes. 
pois é uma técnica simples e que não corre risco de injeção intravascular. Nesta técnica não 
necessita de aspiração, pois os vasos sanguíneos que passam ali são terminais, sendo 
muito finos, 
• Anestesia dos tecidos moles, quando indicadas para procedimentos cirúrgicos em área 
circunscrita. 
 
Contra indicações 
• Infecção ou inflamação na área da injeção ex: abscessos dentais 
• Osso denso recobrindo o ápice do dente 
 
Vantagens 
• Elevada taxa de sucesso 
• Injeção tecnicamente fácil 
• Em geral é totalmente atraumatica 
 
Desvantagens 
• Inadequada para grandes áreas 
 
Técnica 
• Levantar o lábio, tensionar o tecido 
• Seringa paralela ao longo eixo do dente 
• Bisel da agulha voltado para o osso 
• Introduzir a agulha na prega mucobucal (onde termina a gengiva inserida e começa a 
gengiva móvel) sobre o dente alvo 
• Avançar a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente 
• Infiltrar 0,6ml de anestésico local lentamente (1/3 do tubete) 
• Retirar a seringa lentamente 
• Colocar a agulha no estojo 
• Aguardar 3 a 5minutos antes de iniciar o procedimento odontológico para esperar que se 
instale o efeito no anestésico local por completo e para observar também as reações do 
paciente 
 
O jato inicial é feito para deslizar a borrachinha no começo, ver se a agulha não está mal 
colocada ou entupida. 
 
O tecido ósseo e mole só fica anestesiado do lado VESTIBULAR, do lingual não. Quando for 
colocar o grampo de isolamento, ele vai sentir dor do lado lingual, então é preciso pensar numa 
maneira de anestesiar o lado lingual. Seriam elas: anestesiando só tecido mole por lingual, 
fazendo uma submucosa na papila mesial e distal do dente. Outra maneira são as técnicas que 
anestesiam a região palatina, que anestesiam tecido mole e tecido ósseo palatino. 
 
Extrair incisivo lateral e fez supraperiostea: não da pra fazer extração só com essa anestesia, pois 
o lado ósseo da palatina não está anestesiado. Como eu preciso luxar o dente, a raiz amassa o 
osso um pouco em volta, criando um espaço para que ela amoleça lá dentro e na hora que você 
puxa o dente, ele saia. Quando eu faço o movimento de movimentar a coroa de palatina para 
vestibular, a raiz vai amassar o ósseo palatino, aí a pessoa sentiria muita dor. 
 
Quando estamos na região anterior, os dentes não são inseridos retos, temos a coroa e as raizes 
um pouco deitadinhas. Na região dos pré molares, já é mais ou menos reta. Na região dos 
molares, o longo eixo das raizes eh praticamente reto também.se a abertura de boca do paciente 
não for suficiente, não conseguimos colocar desse jeito na região dos molares, aí temos que 
mudar a posição da agulha. 
 
Falhas da anestesia 
• Extremidade a agulha abaixo do ápice do dente (anestesia pulpar insatisfatória) 
• Agulha muito distante do osso (solução depositada nos tecidos bucais) 
 
Anestesia subperiosteal 
 
Indicações: intervenções em dentes superiores e região mandibular em crianças. 
 
Contraindicações: as mesmas da supraperiostea + dor após a injeção mascarando o pós 
operatório (tratamento endodôntico). 
 
Injetar o anestésico depois do periósteo. Entao, na hora que tocar o osso, tem que forçar um 
pouco a agulha contra o osso, para que ela entre embaixo do periósteo. 
 
Essa técnica promove dor pois o líquido vai distendendo as fibras do periósteo. Por isso, entre a 
sub e a supra, a maioria prefere usar a supra. 
 
Nesta técnica também não precisa aspirar. 
 
Muito usada em cirurgias de implante. 
 
 
Anestesia zigomática (bloqueio regional) 
 
Bloqueio regional do nervo alveolar superior posterior. 
 
Anestesia toda a região que vem depois do lugar de onde você bloqueou. 
 
Nervo bloqueado e áreas anestesiadas 
• Nervo alveolar superior e seus ramos: polpa, osso e tecido periodontal vestibular de 3, 2 e 1 
molares maxilares. 
• A raiz do 1 molar maxilar é inervada pelo NASM (nervo alveolar superior médio) em 28% dos 
casos aí faz uma infiltrativa na raiz mesial 
 
Indicações 
• Tratamento de dois ou mais molares maxilares 
• Quando a anestesia supraperiostea está contraindicada ou for ineficaz 
 
Contraindicações 
• Grande risco de hemorragia (pacientes hemofílicos) recomenda-se anestesia supreperiosteal 
ou do ligamento periodontal 
 
Plexo venoso pterigoide: grande quantidade de vasos sanguíneos passam ali, então tem muito 
risco de hemorragia. 
 
Vantagens 
• Atraumatica 
• Minimiza o número de injeções e o volume de anestésico injetado 
• Elevada taxa de sucesso (mais de 95%) 
 
Desvantagens 
• Risco de hematoma na região, geralmente difuso 
• Não existem pontos de reparo anatômicos durante a introdução da agulha 
• É necessária uma segunda injeção para tratamento do 1 molar maxilar 
 
Técnica 
Pontos anatômicos de referência 
• Tuberosidade da maxila 
• Superfície infratemporal da maxila 
• Plano oclusal dos molares superiores 
 
Posição do operador: nasp direito é 8h, esquerdo é 10 
 
Lado esquerdo afasta com polegar 
 
• Posicionar O paciente (posição supina) 
• Antisséptico tópico 
• Anestesia tópica 
• Área de introdução: prega mucovestibular acima do segundo molar superior (distal do 
segundo molar superior) 
• Abrir parcialmente a boca do paciente (processo coronoide dificulta a introdução da Carpule) 
 se ele abrir a boca inteira você não consegue introduzir o aparelho de injeção 
• Tensionar o tecido e afastar a bochecha 
• Bisel voltado para o osso 
• Agulha curta (reduz o risco de formação de hematoma) 
• Não é necessário tocar a agulha no osso, ela deve penetrar sem resistência para maior 
conforto do paciente 
• Introduzir a agulha curta na prega mucovestibular na distal do segundo molar 
• Avançar a agulha para cima, para dentro e para trás. A agulha deve formar um ângulo de 45 
graus com o plano oclusal e longo eixo do segundo molar 
• nesse sentido que injeta 
• A profundidade da penetração da agulha é de 16mm para adultos, 10 a 14mm para adultos 
menores e crianças 
• Varia da metade (agulha longa) a três quartos da agulha (agulha curta) de acordo com o 
tamanho da maxila do paciente 
• Fazer aspiração varias vezes durante a injeção, pois a área é ricamente vascularizada, risco 
maior de hematoma por não ser possível pressionar tecido. 
• Aspiração positiva: 3,1% 
• Depositar de 0,9ml a 1,8ml de solução anestésica 
• Retirar a seringa lentamente 
• Colocar a agulha no estojo 
• Aguardar 3 a 5 minutos antes de iniciar o procedimento odontológico 
 
Sinais e sintomas 
• Subjetivos: o paciente tem dificuldade de determinar a anestesia 
• Objetivos: anestesia e ausência de dor no tratamento, 3 a 5min após injeção 
 
Complementação 
• Anestesia suprsperiostea na raiz mesiov do primeiro molar superior 
• Intervenções do lado palatino e extrações de molares superiores: anestesia do nervo 
palatino menor 
 
Falhas e complicações 
• Anestésico pode ser injetado muito lateralmente, o que pode produzir anestesia do nervo 
mandibular 
• Agulha muito posterior alcançará: músculo pl (dor e trismo), plexo venoso pterigoideo(hematoma na região ou perfuração da artéria maxilar) 
 
 
Bloqueio do nervo palatino maior 
 
Anestesia da porção posterior do palato. Bloqueio troncular. 
 
Nervo e áreas anestesiadas: 
• Nervo palatino maior 
• Porção posterior do palato duro e tecidos moles sobrejacentes, desde a divisão com o palato 
mole atento 1 pré molar e mediamente até a linha média 
• Não anestesia dente, só tecido mole e tecido ósseo 
 
Indicações 
• Anestesia de tecidos moles palatinos em mais de dois dentes para tratamento restaurador, 
procedimentos periodontais ou cirurgias. 
 
Contraindicações 
• Inflamação ou infecção no local das injeções 
• Áreas menores de tratamento (um ou dois dentes) 
 
Desvantagens 
• Potencialmente traumática 
• Não há hemostasia, exceto na área próxima da injeção 
 
Ponto de reparo anatômico 
• Forame palatino maior 
 
O nervo palatino maior fica paralelo as cristas alveolares palatinas, distando destas 
aproximadamente 10mm. 
 
Técnica 
• Lado direito: 7 a 8h 
• Lado esquerdo: 11h 
• Paciente com a boca bem aberta e pescoço estendido 
• Localizar o forame palatino maior situado com maior frequência na distal do segundo molar 
maxilar, mas pode estar anterior ou posterior à sua posição habitual 
• Edma eintra bucal 
• Anti-sepsia 
• Anestésico tópico 
• Aplicar pressão sobre o forame (30s) e observar isquemia. Aplico pressão com o cotonete 
até ver a área esbranquiçada 
• Direcionar a seringa para a boca a partir do lado oposto, com a agulha em ângulo reto. 
• Bisel da agulha voltado para tecidos moles palatinos. 
• Introduzir a agulha até tocar no osso (aproximadamente 5mm) 
• Continuar com anestesia compressiva durante toda a deposição. 
• Aspiração positiva: menos de 1% 
• Injetar 0,4 a 0,6 ml de solução anestésica lentamente 
• Retirar a agulha 
 
Falhas da anestesia 
A anestesia do palato na área do primeiro pré molar pode ser inadequada devido as fibras 
superpostas do nervo nasopalatino. Para corrigir: infiltração local suplementar na área de 
anestesia adequada. 
 
 
Complicações anestésicas 
 
COMPLICAÇÕES LOCAIS 
 
Quebra da agulha: ela fica no local, a gente não remove, pois como ela entra na musculatura 
você tem que determinar se ela está mais para v, para l, só que lá passam muitos vasos 
sanguíneos. Pode ocorrer em vários locais, mas o mais comum é durante a pterigomandibular. 
 
Causas de quebra da agulha 
• Enfraquecimento da agulha por dobragem 
• Movimento súbito do paciente 
• Defeitos na fabricacao 
• Agulhas reutilizáveis 
 
Problemas 
• Infecções (raras) 
• Migração (rara) 
• Encapsulamento por tecido fibroso 
• Angústia do profissional e do paciente 
 
Tratamento 
• Instruir o paciente a não se movimentar 
• Se o fragmento for visível remova-o com uma pinça hemostatica 
• Se a agulha estiver perdida, encaminhe o paciente a um cirurgião bucomaxilofacial para 
avaliação 
 
Prevenção 
• Agulhas descartáveis, de boa qualidade 
• Não introduzir a agulha até sua calota 
• Não forçar a agulha contra qualquer resistência 
• Não mudar a direção da agulha quando estiver dentro dos tecidos 
 
Dor a injeção e queimação a injeção 
 
Causas 
• Injeção rápida da solução anestésica 
• Agulhas com farpas 
• Ph ácido da solução anestésica 
• Contaminação da solução anestésica 
 
Problema 
• A dor durante a injeção aumenta a ansiedade do paciente e pode levar a movimentos 
bruscos, aumentando o risco de quebrar a agulha. 
• A sensação de queimação, embora transitória, indica irritação tecidual que pode levar ao 
desenvolvimento de trismo, edema, ou possível parestesia. 
 
Prevenção 
• Usar agulhas afiadas 
• Usar soluções anestésicas estéreis 
• Injetar os anestésicos locais lentamente 
• O tubete anestésico deve ser sempre armazenado em temperatura ambiente ou geladeira 
em recipiente adequado sem álcool ou outros agentes esterelizantes e antissépticos 
 
Lesões com agulha 
 
Pode acarretar contágio com alguma doença transmissível que o paciente possa apresentar. 
 
Tratamento 
• Lavar abundantemente com água e sabão ou com pvpi 
• Suspender o atendimento do paciente 
• Solicitar a colaboração do paciente no sentido de submeter-se a colheita de sangue para 
exames sorológicos 
• Em caso de sorologia positiva do paciente fonte para hiv ou para hepatite b ou c, ou quando 
não for possível realizar os exames sorológicos do paciente, o acidentado deve tomar 
antiretroviral 
 
Prevenção 
• Remover a agulha com alicate 121 ou usar a técnica da cureta 
• Descartar a agulha adequadamente 
 
Parestesia 
Anestesia persistente: senso de dormência por varias horas ou dias após a infiltração anestésica. 
 
Causas 
• Traumatismo do nervo pela agulha 
• Solução anestésica contaminada 
• Hemorragia 
 
Problemas 
• Desconforto do paciente 
• Autolesão 
• Perda de paladar (nervo lingual) 
 
Tratamento 
• Tempo (regride em 8 semanas sem tratamento) 
• Apoio psicológico ao paciente 
 
Paralisia facial temporária 
• Paralisia transitória do nervo facial 
 
Causas 
• Introdução de anestésico local na cápsula da glândula parótida 
 
Problemas 
• Perda transitória da função motora dos músculos da expressão facial 
• Diminuição da lubrificação ocular (paciente não pisca) 
 
Tratamento 
• Tranquilizar o paciente 
• Fechar manualmente a pálpebra inferior periodicamente para manter a córnea lubrificada 
• Remover lentes de contato 
 
Prevenção 
Técnica anestésica adequada 
 
Trismo: prolongado espasmo tetânico dos músculos da mastigação levando limitação da abertura 
da boca. 
 
Causas 
• Trauma dos músculos ou vasos sanguíneos da fossa infratemporal 
• Solução anestésica contaminada ou volumes excessivos 
• Hemorragia 
• Múltiplas perfurações por agulha 
• Infecções 
 
Tratamento 
• Terapia com calor: 20min a cada hora 
• Fisioterapia: abertura e fechamento da boca, excursões laterais da mandíbula por 5min. A 
cada 4h. Goma de mascar 
• Miorrelaxantes: diazepam 10mg 12/12h 
• Analgésicos 
• Após 48h: antibiótico por 7 dias 
 
Prevenção: 
• Técnica anestésica corretamente e atraumatica 
• Assepsia 
• Volumes mínimos de anestésico 
• Agulhas sem farpa, afiada e estéril 
 
Trauma de tecidos moles: ocorrem em pacientes pediátricos ou deficientes mentais durante a 
dormência de tecidos moles após a anestesia. 
 
Prevenção 
• Alertar o paciente ou o responsável 
• colocar roletes de algodão entre os dentes e os lábios se ainda estiverem anestesiados 
• Escolher um anestésico local de duração apropriada 
 
Tratamento 
• Analgésicos 
• Vaselina para cobrir a lesão e minimizar a irritação 
• Em caso de infecção, antibioticoterapia 
 
Hematoma 
• Extravasamento de sangue para os espaços extravasculares por lesão a vasos sanguíneos 
• A contusão formada pode ou não ser visível 
• Poderá aparecer trismo e dor 
• Estará presente de 7 a 14 dias 
 
Tratamento 
• Imediato: compressão 
• Subsequente (sensibilidade e limitação do movimento): gelo nas primeiras horas, que 
funciona como analgésico e vasoconstritor e calor depois de 4h, pois aumenta a velocidade 
de reabsorção dos elementos sanguíneos 
 
Prevenção 
• Conhecimento da anatomia 
• Técnica adequada 
• Minimizar o número de perfurações 
 
Necrose tecidual: irritação prolongada dos tecidos gengivais e palatinos. 
 
Isso acontece mais com noradrenalina, pois sua vasoconstrição é mais intensa do que usando 
adrenalina. 
 
A região palatina é menos irrigada, então é mais fácil ter uma necrose lá. 
 
Causas 
• Descamação epitelial por sensibilidade ao anestésico tópico 
• Abscesso estéril: secundário à isquemia prolongada por um vasoconstritor (noradrenalina), 
quase sempre nos tecidos do palato duro 
 
Tratamento 
• Tranquilizar o paciente 
• Tratamento sintomático 
 
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS 
Podem ocorrer pela superdosagem do sal anestésico ou do vasoconstritor. 
 
Causas 
• Volume excessivo de solução anestésica 
• Injeção intravascular acidental 
• Injeção muito rápida da solução anestésica 
 
Prevenção 
• Anamnese criteriosa• Empre, sempre que possível, soluções anestésicas com vasoconstritor 
• Nos bloqueios regionais, faça a aspiração previa a injeção da solução 
• Injete a solução de forma lenta 
• Empregue doses seguras 
• Evite injeções repetidas 
 
Sinais e sintomas 
• São relacionados com ação sobre o snc e sobre o sistema cardiovascular 
• Os efeitos são dose dependentes 
 
Quantidade leva a moderada de anestésico 7,5mg ml 
• Apreensão 
• Excitação 
• Confusão 
• Zumbidos 
• Loquacidade 
• Fala desconexa 
• Sonolência 
• Visão embaçada 
• Movimentos musculares exacerbados 
• Nistagmo 
• Aumento da pa, fr e fc 
• Perda da consciência 
 
Acima de 7,5mg ml 
• Convulsões 
• Depressão generalizada do snc 
• Queda da pa, fc e fr 
 
Protocolo de atendimento 
• Interromper o tratamento 
• Remover tudo da sua boca 
• Tranquilizar o paciente 
• Posicione o paciente, se ansioso coloque-o em posição confortável e semi reclinada. Se 
houver diminuição da pa e da fc coloque-o na posição supina com as pernas ligeiramente 
mais elevadas que a cabeça 
• Adm oxigênio 
• Espere o paciente recupera-se. Se houver leve alteração da pa e do pulso, dispenso com 
acompanhante 
• Em casos servos,de início muito rápido, solicite um socorro médico de urgência e institua 
sbv 
• Se houver convulsão prolongada, após cessar episódio, adm. anticonvulsivante 
• Enquanto aguarda o socorro médico, monitore os sinais vitais

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