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CLÍNICA I – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO CIMENTO DE IONOMERO DE VIDRO COMPOSIÇÃO/ REAÇÃO DE PRESA o O pó é constituído de partículas vítreas. → Sílica ou óxido de silício. → Óxido de alumínio ou alumina. → Fluoreto de cálcio. → Magnésio e sódio em quantidades menores. o O líquido é um ácido polialcenóico, geralmente ácido poliacrílico e polimaléico. → Ácido tartárico: adicionado para aumentar o tempo de trabalho. → Ácido itacônico: impedir ou retardar a reação química dos ácidos, quando armazenado. REAÇÃO DE PRESA CIV CONVENCIONAL 01. Ataque do íon hidrogênio às partículas de vidro. → Liberação dos íons metálicos Al e Ca que migram para a fase aquosa do cimento. 02. Cálcio reage com as cadeias aniônicas do poliácido. → Formação de poliacrilato de cálcio (matriz de gel). 03. Porção mais externa das partículas de vidro reage com o ácido e se transforma em gel. 04. Porções não reagidas atuam como carga da matriz de gel de polissais. 05. Com a formação dessa matriz, o cimento endurece. 06. Mais lentamente o alumínio liberado vai reagindo, formando poliacrilato de alumínio. 07. Maturação da matriz. TIPOS E FORMULAÇÕES o Cimentos convencionais: apresentam-se na forma de pó/líquido (as partículas vítreas estão no pó e os componentes ácidos no líquido). o Cimentos anidros: componente ácido desidratado e incorporado ao pó. → Líquido pode ser água destilada ou solução aquosa de ácido tartárico. o Cimentos modificados por monômeros resinosos: a parte resinosa pode ser HEMA ou Bis- GMA. → Melhores características de trabalho, melhor resistência e estética. → Necessita de fotopolimerização. o Cimentos de alta viscosidade: surgiu a partir da utilização da técnica do tratamento restaurador atraumático (feito com instrumentos manuais). → Melhor resistência à compressão. → Partículas são menores e em maior número. UTILIZAÇÕES o Cimentação de peças protéticas e ortodônticas: resistência adesiva é adequada e recorrência de cárie nas margens é baixa. o Base e forramento: muito indicado, pois não provoca efeito danoso sobre a polpa. → Agente antibacteriano. → Efeito isolante em relação às alterações térmicas do meio bucal. → Mais indicado em dentina esclerosada. o Restauração: material restaurador temporário em tratamentos expectantes. → Substitui o cimento de óxido de zinco e eugenol. → Processos de adequação do meio bucal. → Para restaurações permanentes, é indicado apenas em classe I onde não tem contato oclusal, classe III e V. → Para dentes decíduos, é material de escolha em qualquer cavidade devido as suas propriedades anticariogênicas. o Núcleo de preenchimento: material para preenchimento em restaurações indiretas. o Selamento de fóssulas e fissuras. PROPRIEDADES o Liberação de flúor. → Considerável nas primeiras 48 h. → Vai diminuindo com o tempo, porém se perpetua durante toda a vida clínica da restauração. o Adesão a estrutura dentária: ligação química. → Adesão no esmalte é superior que na dentina por ser mais mineralizado. → Considerada baixa. o Compatibilidade biológica. o Coeficiente de expansão térmica próximo ao da estrutura dentária. o Sinérese e embebição: altamente sensível à perda e ganho de água. → Necessita de proteção superficial. LIMITAÇÕES o Maior problema é o tempo de presa. → Última fase do processo é muito lenta (dura mais e 24 h). o Pode sofrer sinérese e embebição nesse tempo. → Indica-se vedamento logo após a sua inserção na cavidade. o Resistência mecânica inferior à da resina composta. o Baixo padrão estético. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE o Utiliza-se ácido poliacrílico 10-40%. o Ácido fraco com alto peso molecular. o Promove uma limpeza superficial. o Melhora o molhamento e a adaptação do CIV à dentina. o CIV modificado por resina tem um primer específico. MANIPULAÇÃO E INSERÇÃO o Ler as instruções do fabricante. o Agitar o frasco do pó. o Colher dosadora sem excesso. o Limpar frasco do pó. o Inclinar o frasco do líquido. o Se colocar pouco pó a mistura fica fluida, aumenta sua solubilidade e diminui a resistência a abrasão. o Se colocar muito pó diminui o tempo de trabalho e presa, a adesividade, a translucidez, e causa trincas. o Proteção do material: resina fluida ou esmalte incolor. → Precisa ser imediata. PROTOCOLO CLÍNICO 01. Profilaxia. 02. Isolamento absoluto. 03. Remoção do tecido cariado/ preparo cavitário. 04. Proteção do complexo dentinho-pulpar. 05. Tratamento da superfície. 06. Manipulação e inserção do material. 07. Compressão e proteção do material. 08. Acabamento e polimento.
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