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Tireoidites: Classificação e Tratamento

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TIREOIDITES*
● É um processo inflamatório da tireoide, que pode ser agudo, subagudo ou crônico.
Classificação das tireoidites:
● AGUDA OU SUPURATIVA: tem origem bacteriana.
● SUBAGUDA OU GRANULOMATOSA OU DE QUERVAIN: tem origem viral que é a de Quervain, assim
como também temos a linfocítica ou indolor (autoimune) ou até após o parto (autoimune).
● CRÔNICA: tem a tireoidite de HASHIMOTO (autoimune) ou tireoidite de RIEDEL (idiopática).
TIREOIDITE AGUDA/SUPURATIVA/INFECCIOSA:
● É Rara - é mais prevalente nos imunossuprimidos.
● Tem uma etiologia de 70% bacteriana e 15% fúngica.
● Mais comum em crianças com malformações como cisto tireoglosso ou persistência do seio piriforme
(quando falamos disso a infecção é mais comum do lado esquerdo do que do direito).
Classificação:
● Início súbito.
● Tem dor cervical, unilateral com presença de sinais flogísticos.
● Presença de febre, calafrios, odinofagia e disfagia.
● Essa tireoidite às vezes pode não ser só na tireoide e acabar se espalhando gerando até uma SEPSE.
● Como é mais bacteriana, temos uma Leucocitose com desvio à esquerda.
● VHS aumentado.
● TSH e T4 livre estão normais pois é aguda, com raras exceções podemos ter tireotoxicose.
● Cintilografia é hipocaptante.
● PAAF: com cultura e antibiograma para guiar o tratamento.
Exames complementares:
● USG DE TIREOIDE:
❖ Localização do abscesso e processo supurativo.
● PAAF:
❖ Confirma o diagnóstico.
❖ Associado com uma bacterioscopia e cultura.
❖ Irá apresentar um infiltrado leucocitário, necrose e abscesso.
Tratamento:
● Suporte clínico em primeiro lugar se o paciente estiver na SEPSE.
● Antibioticoterapia guiado pela PAAF.
OU
● Tratamento empírico:
1. Oxacilina + aminoglicosídeo;
2. Cefalosporina de segunda/terceira geração.
3. Clindamicina.
● As crianças têm risco de fístula comunicante então fazemos o acompanhamento com TC e RM.
● Tem que fazer drenagem de todo abscesso.
● Mortalidade: 8%.
TIREOIDITE SUBAGUDA:
Pegadinha:
Tem sinônimos para tireoidite granulomatosa subaguda, como:
● De QUERVAIN, tireoidite subaguda dolorosa, tireoidite de células gigantes e tireoidite
granulomatosa.
Classificação:
● Causa mais comum de dor na tireoide.
● Geralmente ocorre entre a 3-5ª década de vida, e é muito mais comum no sexo feminino.
● Frequentemente surge após uma infecção viral - de vias aéreas superiores (IVAS).
● Associação com o HLA-B35.
● VHS está super aumentado, maior que 50 mm.
● Cintilografia é hipocaptante.
● AUSÊNCIA DE DOR CERVICAL NÃO EXCLUI O DIAGNÓSTICO.
Clínica:
Presença de fases:
1. FASE TIREOTÓXICA:
● Que é a do início da infecção, onde liberamos todos os hormônios pré prontos (T3/T4) - pois
antes eles estavam nadando no colóide e agora com a destruição da glândula eles foram para
a corrente sanguínea.
● TSH suprimido e T3/T4L estão elevados.
● Relação T3/T4 Total < 20. TSH supressor.
● Cintilografia com baixa captação.
● Repressão 2-6 semanas.
● Bócio nodular unilateral - pode acontecer.
● Tratamento: AINE e glicocorticoide, assim como o controle dos sintomas (betabloqueadores e
antitireoidianos).
2. FASE HIPOTIREOIDISMO:
● Após a liberação de todo T3/T4 temos que refazer toda a destruição que teve por isso, é uma
fase que está em hipotireoidismo.
● Metabolização dos hormônios, por isso temos um aumento de TSH e diminuição de T4 Livre.
● Essa fase pode ser transitória e com duração variável.
3. FASE DE RECUPERAÇÃO:
● Eutireoidismo.
OBS: As vezes a pessoa pode permanecer na fase do hipotireoidismo se caso ela estiver associada com a
tireoidite de Hashimoto.
OBS: Os anticorpos normalmente são indetectáveis e podem ser elevados nas fases agudas.
Exames:
● USG DE TIREOIDE:
❖ Áreas hipoecóicas irregulares e mal definidas.
❖ Vascularização normal ou reduzida pelo Doppler.
❖ Fundamental para a avaliação da evolução.
● CINTILOGRAFIA DE TIREOIDE:
❖ Captação baixa ou ausente.
UPDATE:
● COVID associada com a tireoidite - que normalmente é uma subaguda dolorosa ou não e o
manejo é o mesmo.
TIREOIDITE SUBAGUDA INDOLOR:
● Pode ser chamada de tireoidite linfocítica indolor.
● Tem o mesmo comportamento da subaguda granulomatosa no caso das 3 fases.
● Associada à tireoidite pós parto e medicamentosa.
● A disfunção tireoidiana é comum.
● VHS < 50 mm
● Também tem associação com outras doenças autoimunes.
● Frequência aumentada de HLA-DRW3 e HLA-DRW4.
● Achados histológicos semelhantes a tireoidite de Hashimoto.
● A clínica, diagnóstico, evolução e tratamento vai ser igual a tireoidite subaguda de Quervain.
● Os anticorpos tendem a ser +.
IMPORTANTE:
Tireoidite pós parto:
● 10% das mulheres podem desenvolver a tireoidite pós parto.
● Geralmente acontece quando a gestante tem a presença de anti-TPO + ou outra autoimunidade.
● Pode acontecer até 1 ano após o parto.
● Três fases:
❖ Hipertireoidismo (1-6 meses);
❖ Hipotireoidismo transitório (3-8 meses);
❖ Eutireoidismo (9-12 meses).
● Três formas de apresentação:
❖ Apenas hipertireoidismo transitório;
❖ Apenas hipotireoidismo transitório.
❖ Trifásica.
● Seguimento é com função tireoidiana de 2/2 meses por ano e anual pelos próximos 5 anos.
Clínica da tireoidite pós parto:
● Leve.
● Na fase do hipertireoidismo temos uma ansiedade, fraqueza, irritabilidade, palpitação, taquicardia e
tremor.
● Na fase de hipotireoidismo temos astenia, falta de energia, pele seca e depressão pós parto (causa ou
agrava).
Diagnóstico diferencial:
TIREOIDITE CRÔNICA:
Pegadinha:
● A tireoidite mais comum no mundo é a de HASHIMOTO e também a causa mais comum de hipo.
Dentro da tireoidite crônica temos a de Hashimoto e a Riedel.
TIREOIDITE DE RIEDEL:
● Pode ser sinônimo de tireoidite fibrosa, invasiva ou lenhosa.
● Raríssima.
● Mais prevalência em 3-5 ª década de vida e é mais comum em mulheres.
● Eutireoidismo.
Clínica:
● Fibrose extensa da glândula tireóide e pode afetar tecidos adjacentes.
● Bócio de consistência endurecida (temos que ver se não é linfoma ou carcinoma anaplásico).
● História de crescimento cervical indolor (poucas semanas ou até vários anos).
● Sintomas de compressão são frequentes como:
❖ Disfagia;
❖ Rouquidão;
❖ Estridor;
❖ Dispneia;
❖ Tosse e
❖ Asfixia.
Laboratório:
● Função tireoidiana normal, exceto em casos de acometimento extenso (hipotireoidismo).
● Anticorpos +;
● PAAF não elucidativa;
● Cintilografia normal;
● US e TC são boas para delimitar a extensão do desenvolvimento.
● Biópsia a céu aberto - exame histológico é essencial, que mostra uma fibrose extensa que compromete
a glândula e se estende para os tecidos vizinhos.
Tratamento:
● Tratar os sintomas compressivos e/ou suspeita de malignidade com cirurgia.
● Alívio dos sintomas com glicocorticoide, tamoxifeno ou metotrexato.
● Patologia benigna de boa evolução.
● Pode involuir até mesmo sem tratar.
TIREOIDITE INDUZIDA POR VÁRIOS MEDICAMENTOS:
AMIODARONA:
● É um antiarrítmico que tem 100X mais a quantidade de iodo que precisamos no dia.
● Pode causar:
❖ Hipotireoidismo: áreas suficientes de iodo.
❖ Hipertireoidismo: áreas deficientes de iodo.
❖ Tireoidite.
CAI NA PROVA:
● No tipo I têm bócio e autoanticorpos + e já no tipo II não têm.
● No tipo I a cintilografia é baixa, normal ou aumentada e já no tipo II é baixa ou suprimida.
● No tipo I a cintilografia com sestamibi é + e no tipo II é -
LÍTIO:
● É um estabilizador de humor.
● Se a pessoa tem uma doença autoimune da tireoide prévia com o uso desse medicamento podemos ter
um hipotireoidismo franco ou subclínico.
● Podemos ter uma tireotoxicose quando o medicamento tem um efeito direto na glândula.
● Assim como também podemos ter uma tireoidite indolor esporádica.

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