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Fundamentos da Teologia Catolica

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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação a Distancia
A bioética nas várias dimensões (Aborto e caso da vida humana) 
Cândida Chea Consolo, código: 708195096 
Curso: Licenciatura em Ensino de Historia
Disciplina: Fundamentos de Teologia Catolica 
Ano: 2º Ano
Nampula, Abril, 2020
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	Subtotal
	
Estrutura
	
Aspectos organizacionais
	· Capa
	0.5
	
	
	
	
	· Índice
	0.5
	
	
	
	
	· Introdução
	0.5
	
	
	
	
	· Discussão
	0.5
	
	
	
	
	· Conclusão
	0.5
	
	
	
	
	· Bibliografia
	0.5
	
	
	
Conteúdo
	
Introdução
	· Contextualização
(Indicação clara do problema)
	
1.0
	
	
	
	
	· Descrição	dos objectivos
	1.0
	
	
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	
2.0
	
	
	
	
Análise	e discussão
	· Articulação		e domínio do discurso académico (expressão	escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
	
2.0
	
	
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional	e
internacionais relevantes na área de
estudo
	
2.
	
	
	
	
	· Exploração dos dados
	2.0
	
	
	
	Conclusão
	· Contributos teóricos práticos
	2.0
	
	
	
Aspectos gerais
	
Formatação
	· Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo,
espaçamento entre linhas
	
1.0
	
	
	
Referências Bibliográficas
	Normas APA 6ª edição	em
citações	e bibliografia
	· Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
	
4.0
	
	
	Folha para recomendações de melhoria
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Índice
Introdução	5
Conceito da bioética	6
Inicio da vida humana	6
Reprodução Natural	6
Sexualidade humana	6
Desvio Sexual	7
Pecados de Natureza sexual	8
Actos contra a vida Humana	8
Reprodução assistida	8
O aborto	9
Conclusão	10
Bibliografia	11
i
Introdução
O presente trabalho tem como tema bioética nas várias dimensões (aborto e caso da vida humana) o objectivo do trabalho é a reflexão católica a cerca da bioética. O início da vida é o tema que se faz mais presente no pensamento humano de todas as épocas. A curiosidade especulativa e científica tem-se interessado por discorrer sobre como se iniciou a vida em geral e quais são os mecanismos que se encontram no começo da gestação de todos os seres vivos, particularmente os da vida humana. Do mesmo modo, esse tema foi incorporado em doutrinas religiosas com os avanços da tecnologia científica e com as reflexões da Bioética. Tanto o início quanto o fim da vida humana requerem conceitos do que são a vida, a vida humana e a vida pessoal. Quanto a organização do trabalho segue uma sequência lógica iniciando com capa, folha feedback, folha de observação, índice, introdução, desenvolvimento do respectivo trabalho, conclusão e referência bibliográfica.
Conceito da bioética
“É o estudo sistemático da conduta humana, no âmbito das ciências da vida e da saúde, considerada a luz de valores e de princípios morais” (SAPATO, 2016,p.40).
Hoje, a bioética pode ser definida como um instrumental de reflexão e acção, a partir de três princípios: autonomia, beneficência e justiça. Busca estabelecer um novo contrato social entre sociedade, cientistas, profissionais da saúde e governos. Além de ser uma disciplina na área da saúde, é também um crescente e plural movimento social preocupado com a biossegurança e o exercício da cidadania, diante do desenvolvimento das biociências. Procura resgatar a dignidade da pessoa humana e a qualidade de vida, (BARCHIFONTAINE, 2010,p.43)
A bioética é a orientação que diz respeito as intervenções sobre a vida, entendida em sentido extensivo que deve compreender também as intervenções sobre a vida e saúde do homem.
Inicio da vida humana
Reprodução Natural
O ser humano começa a existir quando no acto sexual o óvulo que sempre tem o cromossoma X fica fecundado pelo espermatozóide que tem ou cromossoma X ou Y, resultando numa menina – XX ou num rapaz XY, dependendo do tipo de espermatozóide que fecunda o óvulo.
Segundo ALMEIDA (1988) “a vida humana começa na fertilização, quando espermatozóide e óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro”. 
Sexualidade humana
A regulamentação da sexualidade humana é firmemente radicada na carne e no sangue e toca um conjunto de factores:
1. Sexo Cromossomico – depende da constituição genética que distingue cromossomas sexuais diferentes, XX na mulher e XY no homem. Essa fórmula preside todas diferenciações ulteriores.
2. Sexo gonadico – distingue na mulher órgão genitais do tipo feminino, os ovários, e no homem, os testículos órgãos do tipo masculino. Nesse contexto, distingue-se também o sexo enzimático, isto é, a existência de substâncias químicas provenientes dos ganes que provocam as determinações gonadicas que aparecem no crescimento do indivíduo.
3. Sexo Endócrino – concerne as secreções hormonais das glândulas endócrinas que ficam derramadas directamente no sangue do indivíduo para permear todo o organismo. O sexo endócrino é essencialmente mas não unicamente relacionado as gônatas e determina o aspecto exterior do indivíduo.
4. Sexo morfológico – concerne as características sexuais secundaria exteriores – órgãos genitais externos, estatura, abundância, disposição de pelo, tom da voz etc. Trata-se de sexo de estado civil. 
5. Sexo psicológico – constituídos pela estrutura afectivos e intelectuais de cada sexo.
6. Sexo funcional – toca no papel do indivíduo de realizar um acto sexual seguido ou não por procriação.
7. Sexo social – refere-se a vida na sociedade, segundo o papel de cada sexo fora do acto sexual, por exemplo na vida familiar e no campo profissional.
Desvio Sexual
São consideradas desvio sexual todas as condutas sexuais contrarias as normas comummente estabelecidas numa determinada sociedade.
a) Homossexualidade – atracão erótica predominate e percistente entre pessoas do mesmo sexo. Os homossexuais são intriscicamente uma desordem por falta de uma união sexual genuína com a parte unitiva e ou procriativa.
b) Pederastia ou Pedofilia – actividade sexual entre um(a) adulto(a) e um(a) menor PESCHKE 1989,p.454 apud SAPATO et all 2016). 
c) Zoofilia – coito com um animal
d) Sadismo – prazer sexual conseguido mediante crueldade exercida sobre o outro.
e) Masoquismo – prazer sexual conseguido mediante suporte da crueldade e humilhação.
Pecados de Natureza sexual
a) Prostituição – é a prática do acto sexual como moeda de comércio.
b) Adultério – é a prática de acto sexual fora do matrimónio. Ele ofende a justiça e a fidelidade.
c) Violação – é a prática de acto sexual com uma pessoa contra a sua vontade. O violador usa a forca física, e o engano ou busca uma pessoa sem o uso da razão.
d) Incesto – pratica de acto sexual com pessoas com afinidade de parentesco.
e) Fornicação – toda a relação sexual fora do quadro social do matrimónio ou casamento.
f) Concubino – é o estado do homem e da mulher que vivem como conjugues sem contrair o matrimónio cristão.
Actos contra a vida Humana
A contracepção
É o mecanismo de interferência no processo natural da fecundação. Esta pode ser preventiva, impedindo a fecundação, ou abortivo, impedindo o desenvolvimento do óvulo fecundado.
Reprodução assistida
Consiste na assistência médica do processo de reproduçãohumana. Existem várias técnicas de assistência de acordo com o motivo da assistência.
a) Inseminação artificial
Consiste na colocação do esperma na vagina ou numa outra parte do aparelho reprodutivo feminino por meio artificial. Esse método é usado para responder a questões ligadas a esterilidade ou impotência masculina. Em princípio, esta pratica não apresenta não apresenta dificuldades morais quando o esperma provem do cônjuge. 
Quando por outra razoes o esperma é de um doador , há dificuldades de manutenção dos princípios matrimoniais, ou seja, a unidade matrimonial, a dignidade dos conjugues, a vocação dos pais de ficar pai e mãe exclusivamente através um do outro e o direito do filho de ser concebido e nascer no matrimónio e através do matrimónio. 
b) Fecundação in vitro e transferência de embriões
Esta técnica consiste em colocar o esperma (do marido ou do dador) e os óvulos em contacto num vaso para realizar a fecundação, em um laboratório. Este processo responde a questão de esterilidade ou em ambos os cônjuges. 
c) Maternidade substitutiva
Trata-se de uma prática de contratação de mulheres que com pagamento assumem a gestão de embriões fecundados in vitro com óvulos e espermatozóides de outras pessoas ou dos bancos de embriões. Essa técnica é igualmente desencorajada pela igreja.
O aborto
· O aborto é a interrupção da gestação que pode ser espontâneo ou provocado.
· O aborto espontâneo é aquele que acontece sem a concorrência humana.
O aborto provocado pode ser terapêutico ou por outros motivos. O aberto terapêutico é interrupção da gravidez para salvar a vida salvável da mãe ou da criança, trata-se daqueles casos em que deve escolher entre deixar as duas vidas morrer ou salvar uma das duas (HARIG, 1982,p.2 apud SAPATO et all 2016).
No contexto da Bioética (REICHE, apud PESSINI & BARCHIFONTAINE, 2008) explica que o aborto espontâneo refere-se à interrupção espontânea da gravidez antes da viabilidade (em torno de 25 a 26 semanas de gestação). As interrupções de gravidez após essa época são chamadas de partos precoces, ou no caso de um feto que já morreu, parto de natimorto. Já no caso de um aborto induzido (provocado) é diferente. Neste caso, o autor explica que a viabilidade não é ponto chave. Qualquer interrupção de gravidez por meio de técnicas médicas ou cirúrgicas denomina-se aborto, independente do estágio.
 
Conclusão
Chegado ao fim deste trabalho, conclui-se que os abortos são, via de regra, classificados em espontâneo que é compreendido como aquele que acontece proveniente de causas naturais. E, o aborto provocado ou induzido que é aquele que acontece pela intervenção especial do ser humano. 
O aborto provocado pode ter várias motivações e em decorrência delas eles sofrem outras classificações como as que citaremos a seguir: indicação médica ou terapêutica quando o aborto é provocado para salvaguardar a vida ou a saúde da mãe; quando o aborto ocorre em função de uma doença no feto que comprometerá sua existência, como no caso dos fetos anencéfalos; indicação socioeconómica, quando não se tem condições de prover a existência de mais uma pessoa, por pressão social quando os valores morais rígidos não comportam a convivência com uma mãe solteira. Por indicação ética quando o aborto é indicado em decorrência de um estupro ou incesto entre outros.
Em muitos lugares nenhum tipo de aborto é bem visto, nem mesmo aqueles que ocorrem espontaneamente, pois entendem que uma mulher que não procria perde a razão para a qual foi criada, ou seja, “a reprodução”, de um modo menos tenso a “maternidade” para essas pessoas, parir não é uma escolha, e sim um dever. Nessas comunidades as mulheres que não parissem eram consideradas amaldiçoadas, secas e impuras. Em outras sociedades que se entendem mais avançada o aborto é permitido em alguns casos como os que colocam em risco a vida da mulher, ou em caso de estupro por exemplo. Mas, o aborto humanizado, onde a mulher tem o direito de decidir livremente pela interrupção da gestação tendo acesso a acompanhamento médico,
social e psicológico como política de saúde pública ainda é um ponto polémico principalmente em países como o Brasil que ainda tem forte influencia da moral cristã que entende o aborto como um atentado contra a vida humana e que quem o pratica comete mais que um crime, um pecado mortal.
Bibliografia
ALMEIDA, M. Considerações de ordem ética sobre o início e o fim da vida, Tese (Concurso de Livre-Docência) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1988. BARCHIFONTAINE, Christian de Paul. bioética no início da vida. Brasil 2010
SAPATO, R Baciano. CUNLELA, F. MARIA, E Lucas. Manual de Fundamentos de Teologia Catolica. Beira 2016.
PESSINI, Leo. BARCHIFONTAINE, Christian de Paul. Problemas Atuais de Bioética- 8ª ed. São Paulo.2008.

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