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INTOXICAÇÃO E PLANTAS TÓXICAS Veterinária Sou Animal Conceitos Dl50 = Usada em testes farmacológicos e toxicológicos em animais de laboratórios. D é dose, L é letal e 50 é 50% da população. Se usarmos determinada concentração e volume mata-se 50% da população testada. Muito usado em testes de medicamentos e estudos de plantas toxicas onde extratos são diluídos e é visto o Dl50 dessas substancias. Por exemplo, um individuo de 75 kg tomar seis litros de água, morre. E tudo isso depende da via de administração, da quantidade, da substancia e do individuo. 118 xicaras de café mata um ser humano. 13 doses de bebida alcoolica destilada mata um individuo. Em 1930 os cientistas eram nobres, ou seja, tinham muito dinheiro, e montavam seus laboratórios e faziam suas experiências básicas. Paracelsius dizia que qualquer coisa podia ser veneno, e que só dependia da dose, toxicologistas completaram que depende da via, dose, substancia e individuo. Sócrates foi morto pela planta chamada Cicuta cuja substancia era a coniína. Sócrates era um professor, e naquela época somente os homens tinham acesso as informações, Sócrates tinha vários alunos, inclusive Platão, os reis da época achava que Sócrates estavam fazendo a cabeça dos jovens e Sócrates era ateu. Mandando Sócrates a julgamento pela manipulação e por ser ateu. Sócrates para evitar o enforcamento, ingeriu a cicuta e o Platão fez a descrição de tudo o que Sócrates estava sentindo, até mesmo depois da inconsciência. Sendo a primeira descrição toxicológica da historia. A toxicologia envolve clinica, patologia, farmacologia, analises clinicas, fisiologia e bioquimica. Toxocinética: Cinética e dinâmica possuem o mesmo significado, porém cinética trabalha o movimento de todos os tóxicos no organismo, desde a ingestão, transporte, absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Na biotransformação o toxico original já foi eliminado do organismo, então se a intoxicação ocorreu depois da biotransformação não foi o toxico que causou e sim o metabólito. Toxodinâmica: Como o composto altera as estruturas componentes do corpo, como interage na resposta celular, do órgão e do individuo, ou seja, os danos que a substancias causam ao longo de todo o metabolismo cinético. Abordam proteína, enzimas, lipídios, ácidos nucléicos, ou seja, tudo que age na homeostase do animal. E ainda resposta nos indivíduos, pois pode haver contaminação cruzada. Carl Linnaeus: Possui um herbário, com relato de mais de 3000 espécies de planta, e alem de planta possui coleção de insetos, peixes e moluscos. AVALIAÇÃO DO PACIENTE INTOXICADO E CONDUTAS DE URGÊNCIA Cebola, café, cacau, uva, alho, mandioca são tóxicos para os animais de pequenos animais, em grandes animais também há uma grande variedade de alimentos tóxicos como mandioca por exemplo. Intoxicação é sempre emergência, o problema é que na produção ainda tem conseqüências no ser humano. Dependendo do agente, pode ir para o ovo, para a carne. Dependendo da toxina, não é inativada pelo calor. Muitas vezes a mortalidade é aguda (morte em até 8hs) fazendo com que o produtor perca o rebanho todo. Temos três situações que podem acontecer: • O animal apresenta uma história desconhecida e vários sinais clínicos inespecíficos • O animal apresenta sinais clínicos típicos de determinado agente toxicante, mas o antídoto não está disponível. • O animal apresenta sinais clínicos típicos de um quadro de intoxicação e existe um antídoto disponível. Abordagem por telefone Cuidado com consultas por telefone, pois você não esta vendo o animal, logo não consegue avaliar o animal. A única exceção é nos casos de intoxicação, no qual deve-se orientar o proprietário nos cuidados iniciais. Esses cuidados envolvem: • Breve anamnese, como que horas começou como foi, viu o animal em contato com substancia ou inseto. • Emese, em alguns casos é recomendado à indução de emese, principalmente se o proprietário viu ele comendo ou bebendo determinada substancia. Não se faz em animais de produção, apenas nos animais de casa. E não é sempre que se faz apenas se souber a substancia que foi ingerida e se não fizer muito tempo que a substancia foi ingerida. Se a substancia for muito corrosiva, derivado de petróleo (tinta), alcalina ou ácidas, não se deve induzir a emese. Quando a emese for indicada é feita com água oxigenada (bicarbonato oxida e se transforma em oxigênio e água, oxigênio é um gás que dilata o estomago causando a emese, se a mucosa estiver sensível pode romper, água oxigenada 10 volumes significa que libera 10 partes de oxigênio livre. Mas o ideal é que a água oxigenada esteja a 3 volumes. • Quando a exposição é cutânea ou ocular como nos casos de banho com butox, nesses casos, deve-se lavar o animal (com luva e avental, pois a substancia pode intoxicar o proprietário) para que a absorção seja impedida. Quando é ocular, pode acarretar em degeneração ocular, mas mesmo assim devem-se lavar os olhos do animal, para lavar o olho utiliza-se ÁGUA ou solução de lentes de contatos. Água gelada diminui absorção devido vasoconstrição. • Nos casos de animais com sinais neurológicos como convulsão, deve-se orientar os proprietário a proteger esse animal até chegar no veterinário. Colocar o animal na caixinha de transporte forrada com cobertor. Cobertor de maneira que proteja o animal nos casos de se debater dentro da caixinha. Não colocar mão dentro da boca do animal. • Levar ao medico veterinário com urgência. Se o animal vomitar, pede para o proprietário trazer amostra do conteúdo estomacal. Pois consegue se identificar em algumas vezes a substância toxica ou ainda pode-se mandar para analise toxicológica, não se usa muito coleta de sangue ou urina (pois são usados para identificar drogas de abusos e fármacos), caso faça, é usado tubo verde de heparina. Recebendo um paciente Princípios essenciais de tratamento: • Estabilizar sinais vitais, antes de qualquer coisa • Impedir absorção do agente toxicante, com catárticos e adsorventes • Anamnese e exame clínico • Administrar Antídotos se ele existir Estabilizar os sinais vitais - mante-lo vivo: Respiração (suporte de ventilação mecânica em animais inconscientes e suporte químico em animais conscientes com doxapran) - Cardiovascular (pode ter hipertensão, hipotensão, bradicardia, taquicardia, tratar com fármacos específicos, e ainda usa-se fluidoterapia com soro, o acesso venoso ainda facilita administração de medicamentos) - Excitação de SNC (controlado através de relaxantes muscular, barbitúricos e benzodiazepínicos. A droga de eleição para convulsão em animais de pequeno porte é o diazepam, nesses casos não se recomenda o uso de barbitúrico devido depressão e deposição de tecido adiposo, quando você acha que o animal está melhorando ele tem uma regressão brusca) - Temperatura corporal (Temperatura elevada é dada nos casos de convulsão devido contração muscular, nesses casos quando o animal está estabilizado a temperatura volta ao normal, caso não volte pode banhar o animal, com cuidado para não causar hipotermia, outra alternativa é fazer compressas com álcool na barriga do animal e nos coxins. Nos casos de hipotermia você eleva a temperatura do animal com colchões térmicos, em animais de grande porte coloca água quente em galões e coloca dentro da baia para liberar calor. Existem exemplos de fichas para atendimento de animais intoxicados, para que não se esqueça de nada. Nessas fichas temos: • Identificação do animal • Identificação do proprietário • Tipo de ocorrência (intoxicação - exposição - reação adversa ou outros) • Circunstância (acidental, criminosa, ignorada ou outras) • Agente Tóxico • Via de exposição • Tipo de exposição (aguda, crônica, subaguda, subcronica) • Informações da evolução • Sinais clínicos • Exame físico Eméticos: Apomorfina(opioide funciona para cão e não gato, difícil de se ter na clinica devido necessidade de licença especial, via de administração ocular, depois que o animal vomitar já lava o olho para que o vomito pare), Xarope de Ipeca 7%, água oxigenada 3 volumes ( em casos de volume 10 diluir em dois de água), Xilazina (funciona bem para gato) e cloreto de sódio. De 1 a 2 horas após ingestão no máximo. Cuidado com cloreto de sódio, devido hipernatremia. Lavagem gástrica: 1 a 2 horas após a ingestão, mais garantido que o emético. Para a lavagem é feito anestesia geral ou sedação profunda, não entubar com o animal acordado ou se não estiver relaxado. Animal deitado, decúbito lateral esquerdo com a cabeça mais baixa que o tórax. Passam duas sondas, a primeira no esôfago mais grossa e a segunda mais fina. A solução é colocada pela sonda fina e vai sair pela sonda grossa. Fazer devagar e delicadamente. A quantidade ideal de solução é de 10 ml/Kg. A solução é água morna. Se a água estiver limpa antes de atingir 10 ml / kg, já pode tirar a sonda. Tira primeira a sonda menor, o tubo maior é aproveitado para administrar o adsorvente. Adsorventes: Carvão ativado, é um carvão feito em temperatura controlada e faz com que a madeira queime de forma diferente deixando a superfície do carvão cheia de rugosidades, por isso é chamado ativado. 1 grama de carvão ativado absorve 100 ml de concentração da substancia, temos o enterex, que é o carvão ativado com protetor de mucosa gástrica. Catárticos: Laxante osmótico, atrai água para a luz do intestino, fazendo as fezes ficarem liquidas, só que para chegar no intestino, já se passaram pelo menos umas oito horas, só funciona nos casos em que o agente tóxico tenha metabolização biliar o que é difícil, é usado nos casos que se usou carvão ativado demais causando fecaloma) e o enema que como o catártico não funciona bem. Enema é perigoso, deve-se ter muita noção do que se faz para que não se rompa intestino. Eliminar o agente tóxico Eliminar o agente toxicante da pele e olhos, com banho e tosa dependendo do agente, tosar antes, lavar com sabão neutro ou sabonete para filhotes. Secar o animal após o banho Facilitar o metabolismo do agente tóxico estimulando diurese com fluido e diurético, diálise peritoneal, que é como uma lavagem gástrica só que do peritoneo e hemodiálise. Métodos de diagnósticos no animal vivo • Hemograma completo, para ver hidratação • Hemogasometria para avaliar troca gasosa • Eletrólitos séricos principalmente sódio e potássio • Glicemia • Bioquímica renal e hepática • Eletrocardiograma • Urina • Provas de coagulação, principalmente monofloracetato - rodenticidas Métodos de diagnósticos no animal morto • Necropsia • Toxicológico (analise química), feito com amostra do fígado ou estomago onde é feito o teste HPLC, ensaio que envolve reações de antígeno anticorpo com substâncias, extremamente caro, deve-se ter uma suspeita muito grande. • Ensaios com animais, usado para clostridiose. Feito antes dos protetores dos animais Tipos de amostras • Sangue, urina, fezes, vômitos, pelos (animal vivo) • Fígado, rim, TGI, tecido adiposo, encéfalo (animal morto) • Alimentos, forragens, plantas com potencial tóxico, água, solo, agentes tóxicos (ambiente) ZOOTOXINAS São toxinas provenientes de outros animais e insetos. As principais zootoxinas de importância clínica em medicina veterinária são Apis Mellifera - Abelha, Loxosceles sp - Aranhas, Phoneutria sp – Tityus serrulatus – escorpião amarelo. Abelha Africanizada - Apis Mellifera A produção de mel dessas abelhas européia quando foram introduzidas no Brasil era pouco devido estresse calórico, então pesquisadores viram que na áfrica as abelhas produziam muito, e teve a ideia de trazer essas abelhas, pois dizia que a temperatura era quase a mesma. A idéia era pesquisar essas abelhas e formar um hibrido controlado de africanas com as abelhas européias, pois as africanizadas eram muito agressivas. Porém, essas abelhas fugiram, ocorrendo desastres ambientais, formou o hibrido chamado abelhas africanizadas, que foram inclusive parar nos EUA, proliferou por toda a América. Durante vinte anos depois desse acidente a produção de mel parou, porque ninguém tinha coragem de lidar com essas abelhas. Os acidentes com abelhas começaram a se tornar frequente e podem ser fatais. O veneno é uma apitoxina, que esta sendo vendida a peso de ouro, pois purificada pode ser usada como antiinflamatório. Produtores dão um choque na abelha que libera essa apitoxina num vidrinho. A apitoxina é composta de aminas biogênicas, peptídeos, fosfolipase A2 (hemolítico), histamina, apamina, Hialuronidase e fator desgranulador. A ferroada de abelha tem mais ou menos 0,1mg de apitoxina, ainda a abelha libera ferormônio que atrai outras abelhas. Quando ela pica, ela inocula ⅓ do veneno, se o ferrão não é removido, existe ainda ⅔ de hormonio a ser inoculado. Deve ser tirado ferrão por ferrão quando o animal chega picado. Os acidentes ocorrem principalmente nos membros e nos focinho (oronasal), podendo comprometer respiratório. Os animais acometidos são os animais de pelagem escura. Uma ou duas picadas, faz com que ocorre resposta inflamatória causando edema, agora dependendo do numero de picadas, se o animal é alergico, pode desenvolver reação de hipersensibilidade do tipo 1. Animal não alérgico possui prognóstico melhor, agora aumentando o numero de picadas o prognóstico é pior. Nos casos de várias picadas os sinais comuns agudos são: Agitação, Náusea, Vômito, Queda de pressão, Edema, Fraqueza, Taquicardia e Taquipneia secundária a hipotensão, Edema pulmonar pela reação inflamatória, dor muscular e no local da picada, incoordenação, convulsão, coma e óbito. A apitoxina demora cinco dias para ser metabolizada, então depois que o animal estiver estabilizado deve-se ainda avaliar esse animal, ficar com esse animal internado por cinco dias, controlando principalmente função renal e hepática. Pois ainda vai haver metabolização. Tratamento: Não possui antídoto, então é feito suporte. Tenta ajudar na metabolização da toxina. Depois que o animal estabilizar deve-se tosar essa animal e remover os ferrões. Pode aplicar adrenalina para subir pressão, pode sedar se o animal tiver muitas picadas, pois dói para remover os ferrões. Anti-histamínicos e corticóides para controlar possíveis reações alérgicas, e para controlar edema evitando intubação ou ainda traqueostomia. Ainda antibióticos bactericidas, pois abelhas carregam bactérias, principalmente na hora da remoção do ferrão. Use antibióticos que pouco alteram atividade renal. Antihemorragico (Transamin), o transamin age na cascata de coagulação, demora de dois a três dias para agir, então não salva paciente da hemorragia, o que salva mesmo é a transfusão (realmente Antihemorragico). Prognóstico: Até 14 picadas/ Kg prognóstico Bom, de 14 a 24 picadas/Kg prognóstico é reservado e acima de 24 picadas/kg óbito, pois leva a falência renal. Araneísmo - Aranha Marrom - Loxosceles sp e Aranha Armadeira - Phoneutria sp A armadeira é agressiva então ataca mesmo, podendo pular até um metro, ja a marrom só pica para se defender, só pica quando você pisar se quiser em cima dela. Acontece mais acidente com aranha nos períodos de chuva (outubro a abril), porque o clima é mais quente favorecendo proliferação, e ainda a chuva desaloja essas aranhas. Marrom: Pequena, pernas longas, predominantes no sul e sudeste do Brasil, com distribuição um pouco mais ampla, veneno de alta toxicidade (com três agravantes que são: O veneno é super tóxico, e ainda ela pode ter clostridium, causando infecção secundária, e outro agravante é que se demora 12 horas para sentir as manifestações), pouco agressiva, veneno composto por fatores hemolíticos, quimiotáticos, protéicos, pode inocular Clostridium. Normalmente opelo atrapalha diagnostico, proprietário só percebe depois da necrose, tendo que ser feito a amputação. Hábitos noturnos. Ser humano só sente depois de 12 horas, começa inchando, febre, dor com evolução para necrose tecidual. Não se tem muito que fazer, deve-se amputar a pata, ou deixar o animal necrosar. Animais pequenos podem apresentar sinais sistêmicos como anemia, ictericia, hemoglobinuria, insuficiencia renal aguda e coagulação vascular disseminada Armadeira: Agressiva, pode saltar até 30 cm para atacar, sudeste do Brasil, maiores que a marrom, veneno neurotóxico e cardiotóxico. A armadeira vive em zona rural perto de plantação de banana, e seus hábitos são noturnos. Mede cerca de 15 cm. Apresenta sinais leves como edema, eritema e dor local, ainda moderado náusea, vomito, taquicardia, sudorese, hipotensão e agitação, e como grave temos arritmia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, convulsões, coma, priapismo e óbito. Animais mais jovens são mais sensíveis, porque as vezes não desenvolveram toda a parte enzimática e metabólica para responder a essa situação, assim como os idosos. Tratamento: Soro antiloxoscélico (apenas uso humano) em animais é feito suporte para controlar todos os sinais. Controla dor com antiinflamatório ou corticóide, compressa fria no local da picada para diminuir inflamação e dor. Ainda anestesia local dependendo da dor (lidocaína), ainda pode ser usado opióides porque a dor é severa, ainda antibióticos para evitar infecção secundária e transfusão. Escorpião Amarelo - Tityus serrulatus Possui esse nome porque a cauda é amarela, são amarelos quando filhotes, depois de adulto são marrons. Frequente em animais á campo e raro em animais pequenos. Escorpião inocula toxina pela cauda. Mede cerca de 6 a 7 cm. Hábitos noturnos. Pica apenas para se defender. O veneno é composto por proteínas, aminoácidos, sais tityutoxina (sinais clínicos) e neurotoxina. Principalmente neurotóxica que agem em parassimpático como simpático. Altera canais de sódio. Sinais clínicos: Dor, sudorese, emese, hipermotilidade GI, agitação, desorientação, arritmias, dispnéias, podendo evoluir para choque e óbito. Tratamento: Soro antiescorpionico ou antiaracnideo não disponível para medicina veterinária. Então é feito suporte e alivio dos sinais clínicos, com vasodilatadores, anticolinérgicos, antieméticos, corticóides, analgésicos e anticonvulsivante, ainda pode ser usado o Prazosina que é um antagonista que bloqueia receptores que essa toxina age, ainda melhora sinais clínicos cardíacos. Sapo - Bufoes sp Toxina fica cobrindo o corpo do animal devido glândula de altas toxicidades na superfície da pele. Causa salivação no animal, veterinários normalmente aplicariam atropina, que bloquearia a sialorréia, porém esse animal precisa babar para eliminar essa toxina. Raramente leva ao óbito. Composto poraminas biogênicas (bufotenina que causa efeitos alucinógeno, noradrenalina, dihidrobufotenina, bufotionina). Principais efeitos: Alucinógenos, cardiotóxico. Podendo ser locais ou sistêmicas. Os sinais leves são irritação local e sialorréia, os sinais moderados são vômitos, depressão, fraqueza, ataxia, arritmias, evacuação e micção espontânea, e grave temos vocalização e dor abdominal, depressão, fraqueza, decúbito esternal, pupilas não responsivas, convulsões, edema pulmonar, cianose evoluindo para óbito. Tratamento: Lavagem mecânica da mucosa oral com água, pois contato vai ser bem superficial. Verapamil ou propanolol como antagonista adrenérgico, barbitúricos (pentobarbital sódico) e entubação. Mortalidade baixa com prognóstico bom para animais tratados. Ofidismo - Bothrops sp Bothrops: São elas jararaca, jararacuçu, urutucruzeiro, jararaca pintada, jararaca preta, caiçara, surucucu e cobra papagaio). As brothrops possuem maior porcentagem de incidentes (86%); Crotalus: São cascavel (possui maior porcentagem de óbito), boiquira e boiçununga, corresponde a 8% dos ataque de cobra. Para saber se a cobra é venenosa leva-se em consideração o formato da cabeça, que nas venenosas e triangular, e a não venenosa é redonda. Pupila da não venenosa é redondinha e da venenosa é em forma de fenda. A dentição reta é a da não venenosa, as venenosas possuem canais na dentição, como se fosse uma agulha. A glândula de veneno entra no canal do dente e sai quando a serpente inocular. As serpentes venenosas possuem dentes articulados, são enormes e quando esta com boca fechada o dente é articulado para trás. A narina das cobras venenosas também possuem um formado de fenda como os olhos. As serpentes conseguem deslocar as articulações para engolir um animal maior que ela. Não confundir fosseta loreal com narina, fosseta loreal é um órgão de percepção térmica, pois serpentes regulam sua temperatura pelo ambiente, e ainda rastreiam o calor da presa. Bothrops são selenóglifas (possuem canal no dente), ovoviviparas, possuem fosseta loreal, cauda fina e lisa e possuem comportamento agressiva. Em ordem crescente de sensibilidade temos equinos que são menos sensíveis a acidentes ofidicos, seguido de ovinos, bovino, caprino, canino, suino e felino. O veneno pode se usado para industria farmaceutica (em estudo) e é composto por metaloproteases, Hialuronidase que espalha o veneno pelo organismo, hemotoxina e citolisima, com ação vasculotóxica que causa hemorragia, fosfolipase aumenta permeabilidade da membrana. São substancias de ação necrosante, coagulante, vasculotóxica e outras. Sinais clínicos: Prostração, apatia, taquipneia, muita dor, em equinos e bovinos acometem mais focinho, nos cães acometem mais membros posteriores, ainda decubito, hipotensão, trombose, contaminação bacteriana secundaria e lesão renal. Se tratado mortalidade é baixa. Tratamento: Soro antibotrópico ou antibotrópico crotalico IV lento, não é dose dependente, deve se aplicar de acordo com hipótese de quanto o animal recebeu de toxina (100 mg de toxina). Raramente se tem esse soro na clínica, pois quase não se tem esses casos na cidade, e vence muito rápido. Associa com cuidados de suporte. Não se faz torniquete e nem corte no local da picada, pois um dos compostos da toxina tem ação proteolítica, quebra proteína, quando você amarra o músculo acelera a proteólise, necrosando rapidamente, por isso não se faz torniquete. E quando se faz corte, um dos compostos da toxina é anticoagulante, logo animal vai morrer de hemorragia. Quando fizer o soro lento, pode haver reação de hipersensibilidade, por isso que tem que ser lento, caso tenha reação ao soro pode-se usar corticóides, anti-histamínicos, adrenalina e aminofilina. Animal com essa reação apresenta edema, baixa temperatura, taquicardia e taquipneia, choque e morte. Não suspende soro, continua ate dar 100 mg, pois é a quantidade que vai neutralizar a toxina. MICOTOXINAS Micotoxicoses são infecções por micotoxinas que são metabólitos formado por alguns fungos. Miscetismos é relacionado a cogumelos (cogumelos não possui toxinas). Sobre as micotoxinas pouco se sabe sobre biologia de fungos, pois são poucos estudados, logo seus efeitos são poucos conhecidos, quando o animal ingere, mal se conhece suas manifestações clínicas. É de ocorrência sazonal e difícil diagnóstico. Fungo é extremamente difícil de ser exterminado. Dose x resposta não funciona para fungos. Não é porque fungo produz 0,1 que vai ter mais ação do que um que produz 2. Então quantidade não é um fator de avaliação. Temperatura x umidade propiciam um bom ambiente de crescimento para o fungos. O caso mais grave de contaminação por micotoxina é o amendoim. Mais considerado em animais de produção. Animais de estimação não tem tanto acesso. Aflatoxina São eles: Aspergilus flavus, Aspergilus parasiticus, Aspergilus nomius e Aspergilus pseudotamarii. É bem difícil isolar fungos a partir de um alimento. Por isso que muitasvezes produção esta contaminado e é de difícil diagnóstico. Necessária então avaliação bioquímica do alimento. Toxicidade: Temos cerca de 25 aflatoxinas identificadas, então aspergilus tem importância na produção de alimentos e na saúde humana. Os metabolitos produzidos tem potencial carcinogênico e esse resíduo vai para o consumo humano. Então se o bovino come ração contaminada os metabólitos AF tem potencial carcinogênico. Temos aflatoxinas em amendoim, milho, sorgo, arroz, trigo, castanha e ração. Altamente lipossolúvel se misturando ao alimento, e tem biotransformação hepática complexa e eliminação é pela bile, via urinária e leite. Sinais Clínicos: Lesão hepática aguda ou crônica: Infiltração lipídica e morte celular, coagulopatia, ictericia, perda proteica (albumina). Anorexia, depressão, fraqueza, prostração, dispneia, vomito. Quando se torna crônico vemos redução no ganho de peso, ascite, hemorragias espontâneas. Diminui taxa de crescimento, filhotes começam a nascer menores do que o rebanho anterior e não conseguem ganhar peso e queda na produção. Causa disfunção imunológica, podendo adoecer mais facilmente, podendo ir ao óbito. Essa atuação do sistema imune esta relacionado com interferon e mielopoiese na medula. Diagnóstico e tratamento: São feitos análises dos alimentos qualitativo e quantitativo onde se busca AFs, muito complexo feito por engenheiros. Pode ser feito análise dos metabólitos no leite. Não causam lesões anatomo-patológicas. Faz-se tratamento suporte ou sintomático, retirar o alimento contaminado. A prevenção é feito com ácido propiônico, solventes, aquecimento (300ºC), ionização, autoclavagem e hipoclorito. Porém, nenhuma dessas pode ser feita no alimento que vai ser dado para o animal. O certo era jogar o alimento fora, mas nenhum proprietário faz isso. Então fica sem nenhum tipo de prevenção. Quando se vai iniciar uma criação, deve-se diminuir a umidade do local onde será armazenado o alimento. Coloca aparelhos que mantenham umidade do ar em 15% com isso nenhum fungos irá conseguir se manter e nem crescer nada ali, ou ainda, ar condicionado para o local onde os alimentos ficaram armazenados. Fumonisina - Fusarium verticilloides. Toxicidade: Produz micotoxina chamada fumonisina. Causa leucoencefalo malacia, acomete exclusivamente equinos (pode ocorrer em suínos), nos equinos o quadro é de sistema nervoso central porque a doença causa amolecimento da substância branca do encéfalo. E isso faz com que se forme uma cavitação no encéfalo que pode ser bilateral. O animal nesses casos começa a deitar com o abdômen para cima, muitas vezes confundidos com cólica. A fumonisina mimetizam fosfolipídeo do tecido nervoso, por isso consegue fazer tanta alteração. Começa a apresentar paresia de membros posteriores e postura de head press . Nos suínos se vê edema pulmonar (chamado edema pulmonar suíno). O fungo só se prolifera no verão, quando se tem muita umidade e calor. Mas esse fungo não produz essa toxina imediatamente, ele precisa de um choque térmico para produzir toxina, ou seja, no inverno. Então ele cresce no verão, e no inverno ele produz a toxina. Sinais clínicos: A fumonisina B, é muito rápida, começa a agir muito rapidamente 3 - 6 dias após o consumo. Os sinais clínicos vemos hipersensibilidade, ataxia, fraqueza de posteriores, convulsão, cegueira, disfagia, hepatotoxicidade (edema, ictericia) e morte. Tudo isso no equino. No suíno é muito mais agudo e causa muito mais mortes. Envolve o edema pulmonar suíno com evolução aguda e letal, dispneia, cianose e lesão hepático. Tem relação dose x resposta para o suino, quanto maior a dose maior as manifestações. Diagnóstico e tratamento: É feito análise do alimento. Pesquisa da taxa de esfinganina/esfingosina (deve estar aumentada). Não há tratamento específico. A prevenção é igual ao anterior (alimentar). Não existem nenhum método conhecido que seja capaz de inativar essas toxinas. Zearalenona - Fusareum roseum, F. tricinctum, F.gibbosu. e F. oxysporum. Toxicidade: Muito comum em bananas e milhos. Também conhecido como toxina F-2. Toxina resistente ao calor. Esta presente no milho, sorgo, trigo, cevada, aveia, silagens e rações. É de grande importância para os suínos. Causa edema de vulva nas fêmeas e problemas reprodutiva. É uma lactona ácida super resistente ao calor. Possui grande lipossolubilidade. O suíno é mais acometido porque o suíno tem a deficiência de uma enzima que age na metabolização dessa toxina, então o que acontece é que a zearolenona agem como se fosse um agonista em receptores de estradiol. Mimetiza estradiol no organismos dos suínos.Possui biotransformação hepática. Sinais clínicos: Na fêmea hiperestrogenismo em marrãs, edema de vulva e mamas, aumento uterino, prolapso anal e vaginal, ninfomania, pseudo prenhez, hiperestrogenismo juvenil e redução de vivos na prole. No macho vemos edema de prepúcio, atrofia testicular, crescimento das mamas e queda de libido. Diagnóstico e tratamento: Análise dos alimentos, não existem tratamento especifico. Prevenção relacionada à estocagem dos alimentos. Não existem formas de eliminar a toxina da ração. Ocratoxina e Citrinina - Aspergilus ochraceus e penicillium viridicatum. Existem nove tipos de otatoxina (citrinina). Podem estar presente em milho, cevada, trigo, café, soja, chocolate e côco. É nefrotóxico, hepatotóxico, imunossupressora e carcinogênica. É mais absorvido em ph estomacal muito acido. Sinais clínicos: Gastroenterite, lesão renal em suínos, êmese, desidratação, depressão. Quando a ingestão é baixa os sinais clínicos são inespecíficos como baixa conversão alimentar, poliuria e polidipsia. Diagnóstico e tratamento: Análise de alimentos ou tecidos orgânicos (fígado e rim). Pesquisa dos metabolitos de OTA, não ha achados anatomo-patologicos. Não existe tratamento especifico. Deve-se trabalhar na prevenção armazenando adequadamente esses alimentos. ECTOPARASITICIDAS E PRAGUICIDAS São produtos que controlam pragas de uma forma geral. Pragas: São todos os insetos, fungos, outros tipos de contaminntes como ervas daninha que prejudicam tanto a plantação dos alimentos como a produção animal. Praga ataca, lesa ou transmite enfermidades às plantas, animais e seres humanos. Praguicidas: São substancias químicas natural ou sintetica capaz de eliminar (matar), repelir (afastar) ou mitigar (diminuir) pragas; controle de ectoparasitas, substancias que são utilizadas nas plantações (agrotóxicos). Resistência: Consequência do uso inadequado. Como nos antibioticos, mata as pragas fracas, mas as fortes continuam vivas, criando resistência, isso acontece porque os produtos são diluidos de formas inadequadas, tanto muito concentrado como pouco concentrado. Bioacumulação: Acúmulo de substância química em um organismo vivo. Ex: Joguei herbicida na minha plantação, pela chuva esse herbicida cai no rio, plantas ao redor do rio vão absorver esse herbicida, isso é bioacumulação. Biomagnificação: Acúmulo de substância química ao longo da cadeia alimentar, com potencialização do efeito. Ex: A planta anterior caiu dentro do rio, essa planta é ingerida pelo peixe, a concentração da substancia da planta será maior no organismo do peixe depois de metabolização, ou seja, magnificou, aumentou o problema. Se por exemplo a garça come esse peixe, essa substância também sofrerá magnificação. O homem vai lá, mata a garça e come, o homem magnifica muito mais, tendo um efeito muito maior. DDT foi a primeira substancia quimica criada como praguicida, dessa sigla DDT surgiu a palavra dedetizar. (1920). Foi o primeiro composto sintetizado para esse fim. Tem uma escala de magnificação, onde na agua são 0,00003 ppm, nos zooplanctos 0,04 ppm, nos peixes pequenos 0,5 ppm, nos peixes grande 2ppm e nos homens 25 ppm. Classificação - Toxicidade Vermelha são de classe I significa que éextremamente tóxico (DL50 < 50mg/peso vivo) Amarelo são de classe II que é altamente tóxico (DL50 - 50 a 500 mg/kg peso vivo) Azul são de classe III medianamente tóxico (DL50 - 500 a 5000 mg/kg peso vivo) Verde são de classe IV poucos tóxicos (DL50 > 5000mg/kg peso vivo) Além dessa classificação por cor temos classificação por pictograma. Que são imagens que alertam. Ainda informações como Diazonin 600 CE = O produto contém 600g de principio ativo por litro de concentração emulsionavel. Classificação dos praguicidas Existem denominações especificas de alguns praguicidas, dividido por classes de seres vivos, os principais são: • Inseticidas: Combate insetos • Herbicidas: Controla ervas daninhas • Fungicidas: Ação contra fungos • Acaricidas: Combate ácaros - carrapaticidas • Raticidas: Combate de roedores - anticoagulantes O primeiro composto efetivo contra instetos piretrina natural veio da margarida (crisantemo). PIRETRÓIDES Piretróides e piretrinas são parecidas, tem a mesma forma de ação no animal, a diferença é que piretrina é natural, ja o piretróide foi sintetizado em laboratorio a partir da molécula da piretrina. Sinais clínicos e intoxicação são os mesmos. O crisantemo começou a ser usado na década de 80, o piretroide é uma mistura de esteres (2 piretrinas, 2 cinerinas e 2 jasmolinas). O piretróide é uma molécula sintética com maior estabilidade (impedindo que sejam facilmente degradas no meio ambiente, como acontece com as piretrinas, que não são fotoestavel, ou seja, com incidencia de luz ja degrada). Não é porque é altamente biodegradavel que se vai usar no animal, pois ele é muito lipossoluvel, ou seja, passa rapidamente atraves das membranas, ou seja, é de rapida absorção nos animais. Temo dois tipos de piretroides, o tipo 1 e o tipo 2, um tem a molecula alfaciano e a outra não, os que não tem (tipo 1) basicamente os sinais que o animal vai apresentar são tremores, os que tem a molecula vao desenvolver a sindrome CS - coreoatetose (quadro neurologico como convulsão acentuada e salivação). Usado para carrapatos, piolhos (kotrine) SÍNDROME MANIFESTAÇÃO EXEMPLOS TIPO I (T) Comportamento agressivo, aumento da suceptibilidade a estimulos externos, tremores e prostração Aletrina, Bioaletrina, Resmerina e Fenotrina TIPO II (CS) Comportamento animal de patadas e escavar, salivação excessiva, tremores fortes, coreoatetose e convulsões Deltametrina, cipermetrina, Fenvalerato e Cialotrina Modo de ação: São lipofílicos com biotransformação intestinal, então é pouco tóxico, para esse composto chegar no intestino e começar a ter sinais, é porque não teve outras lesões mais graves. Age na permeabilidade dos canais ionicos, principalmente sodio e cloreto, e age na parte de receptores de gaba A, então animal fica menos responsivo a diazepan (diazepan liga na porção A do gaba, se o piretroide chegou antes, não terá receptor para o diazepan, muitas vezes então esse diazepan deve ser reaplicado) Toxicidade: Aumenta temperatura do corpo (hipertemia), devido contração muscular, causa intoxicação aguda, subaguda ou cronica, e os sintomas variam de acordo com o tipo da sindrome. Diagnóstico: Anamnese detalhada, hematologia e bioquimica sérica normal. Toxicológico não detecta presença no organismo porque metabolismo é rápido. Deve- se fazer diagnostico diferencial de estricnina, nicotina, organoclorados, organofosforados, metaldeido, pseudoraiva e meningite. Tratamento: Não existe antidoto especifico. Feito suporte. Deve-se banhar o animal e lavar os olhos. Lavagem gástrica, catártico, carvão ativado e benzodiazepinicos para convulsões. (pode não funcionar). CARBAMATOS E ORGANOFOSFORADOS (ANTICOLINESTERÁSICOS) São inibidores da enzima acetilcolinesterase, acetilcolina é um neurotransmissor degradado pela acetilcolinesterase. Age em receptor muscarínico e nicotínicos que estão no SNC e periférico. Os sinais depende do tipo de receptor afetado, porque se o atendimento for rápido os problemas serão menores. Os organofosforados se ligam irreversivelmente, e o carbamato se liga reversivelmente. Fenda: Acetilcolina vai pra fenda, se liga porém fica alguma quantidade de acetilcolina livre na fenda, se essas não forem degradas ocorreram os sinais de degradação. A degradação separa colina (que volta para virar acetilcolina) e acetato (será metabolizado). Síndrome colinérgica: Envolve sudorese, salivação, secreção bronquial, broncoconstrição, miose e etc. As vias de exposição são aspersão no ambiente, aspersão no alimento, banho. Os sintomas dependem de estimulação simpática ou parassimpática. Carbamato famoso é o chumbinho, seu principio ativo original é um aldicarb, foi proibido o comercio, porém ainda tem no comércio clandestino só que esse é misturado com rodenticida, vidro, areia, farinha de milho, gerando sinais clínicos mistos. Ser humano usa para se matar ou para matar ratos. Organofosforados estão como inseticidas, acaricidas, nematicidas, fungicidas, e herbicidas. Inibe ação da acetilcolinesterase irreversível, aumenta lipossolubidade, e tem rápida hidrolise. Carbamato vem da planta Physiostigma venenosum é um alcaloide fisostigmina. Não fazem biomagnificação, pois são poucos solúveis em água. Inibem acetilcolinesterase reversivelmente. Alguns são pouco tóxicos e outros muito. O aldicarb foi proibido depois de muito usado para crimes. Sinais clínicos: Biotransformação hepática, eliminação urinaria, fecal e leite. Acumulo de acetilcolina causa excessiva estimulação muscarinica e nicotinica, carbamatos são menos severos, exceto aldicarb. O animal apresentará agitação evoluindo para prostração/apatia, sialorreia, tremores musculares, miose, micção frequente, diarreia, bradicardia (evolui para taquicardia), dor abdominal, coagulopatias, pancreatite, hiperglicemia, emese, dispnéia, broncoconstrição, inibiçao central da respiração, hipoxia e óbito. Pode ter alteração cognitiva nos que sobrevivem. Dagnóstico: Anamnese detalhada + dosagem de colinesterase (redução de 50% ou mais) e toxinas. Na necropsia vemos congestão, edema pulmonar e hemorragias. Tratamento deve ser rápido lavagem + carvão ativado até 2h pós-exposição, não induzir emese, manter carvão ativado por 48h (para completar todo o ciclo digestivo - ciclo entero hepatico). Atropina para controle de sinais muscarinicos, e benzodiazepinicos (diazepam) para convulsão. RODENTICIDAS Temos os de uso legal e de uso ilegal. Temos um a base de vitamina D causando hipervitaminose D, causando calcificação de artéria, indo para o rim levando animal a óbito. Roedores são sinantrópicos (são ratos e camundongos). Causam as seguintes doenças: peste bubônica, leptospirose, tifo, Salmonelose, febre da mordida do rato, hantavirose, sarna, micose, ectoparasitas e etc. Um rato urina 40 vezes por dia, uma fêmea 120.000.000 de descendentes em 1 ano. Rodenticida é considerado dominissanitário pela ANVISA. Temos 2 tipos controlados e de uso público, os de uso público são anticoagulantes de efeito crônico. A maioria dos rodenticida possui corantes fortes fazendo o animal defecar com a cor do corante, mostrando então que o animal ingeriu a substancia, geralmente azul e rosa. Rato não detecta cor, e sim odor e gostos bons. O rato tem sistema social organizado, na colônia tem o dominante que não come a isca, quem come é o subordinado, se esse morrer ninguém mais come, então se busca fazer com que esse rato morra depois de dois dias fazendo que nisso os outros comam também, com isso também evita-se morte rápida de seres humanos envenenados pois assim da tempo de chegar no hospital. USO LEGAL: São os anticoagulantes que podem ser cumarinicios (dose única) ou warfarinicos (uso crônico) e ainda derivado de idantiona. Mecanismo de ação: Age nos hepatócitos, bloqueia ciclo da vitamina K (que auxiliana coagulação do sangue) causando efeito anticoagulante. Esse efeito anticoagulante da vitamina K pode demorar. Quem auxilia rapidamente na coagulação é a transfusão, só que essa transfusão deve ser baseada no calculo de volemia. Repor o que é necessário. Sinais clínicos: Depressão, palidez, dispnéia, tosse, hematomas, hematemese, epistaxis, melena, ataxia, paresia, convulsão e morte súbita. Cor azul ou rosa nas fezes. Diagnóstico: Necessário anamnese detalhada, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina, radiografia, US, toracocentese. Na necropsia é feito analise toxicologica do fígado. Tratamento: Depende do tipo de ingestão x tipo de produto. <24h usa emético e catártico, correção da hipovolemia, vitamina K no mínimo 10 dias (oral) e benzodiazepnicos (para convulsão). Vitamina K é lipossoluvel, então é melhor absorvida via oral. USO ILEGAL: • Acido monofluoracético: Potente, inodoro e insipido. Proibido desde 1982. Mecanismo de ação: Similiar a Palicourea marcgravii, ou seja, inibem ciclo de krebs, são rapidamente absorvidos pelo TGI, pele lesionada e mucosa. Sinais clínicos: Herbivoros falência cardíaca (arritmia/pulso fraco/fibrilação) e carnívoros distúrbios nervosos e GI (hiperatividade, alucinação, convulsão tônica clonica, vomito, diarreia). Diagnóstico: Hiperglicemia, hipocalcemia, acidose metabólica. Teste do eletrodo especifico de ion fluoreto do conteúdo estomacal. Não existe tratamento, pode vir a óbito em 1h após ingestão. Rato come - fica lento - não consegue fugir e morre rápido. Cão come o rato e se intoxica. • Estricnina: Alcaloide strychnos nuk vomica, rápida absorvido pelo TGI, mucosa nasal e exposição dérmica. Compete com neurotransmissor glicina causando hiperexcitação. Tem biotransformação hepática, eliminado por rim. Sinais clínicos: Neurológico e respiratório, animal evolui rapidamente e piora com a luz, som e toque, Ansiedade, opstotomo, nistagmo, sialorreia, ataxia, espasmos musculares, cianose (convulsão tônica clonica), trisma, miose mandibular, parada respiratória e óbito. Tratamento: Controlar convulsão e acidose respiratória. HERBICIDAS, FUNGICIDAS E ACARICIDAS Insetos tem ganglios nervosos, funcionam de forma simular as fendas sinápticas dos mamiferos, é por isso que por mais que esses produtos tenham efeitos indesejáveis nos mamiferos (beneficiarios) é aquele negócio de custo beneficio, se colocado na balança, por exemplo carrapato na fazenda em bovinos, ele está infestado no pasto, ele sobe nos animais e ele suga o sangue dos animais, então o animal não tem uma boa condição alimentar pois está sofrendo processo de parasitismo, além disso, quando carrapato sobe no animal e fura o animal o couro do animal fica furado e começa a aparecer vários furinhos no couro do animal, depois que o animal vai para o abate a parte da carne vai ser menos aproveitada devido baixa condição alimentar e o couro acaba não sendo aproveitado devido picadas de carrapato. Se existe animal com prejuizo de ecto ou endoparasitas vai se converter na produção de tudo que o bovino gera, ai o proprietário da fazenda não fica feliz e pensa que existe risco de contaminação de pasto, risco de fazer mal para os funcionários pois a pessoa que vai fazer a aspersão nos animais também pode ser contaminada, essas pessoas não tem proteção nenhuma pra passar esse produto. Até cifácia (parasita primário) parece chiclete mastigado, não tem boca, nem nada, esse animal tem sistema nervoso. Então no processo de agir no sistema nervoso esse inseto também tem. Praguicidas: São utilizados no controle e/ou combate de ervas daninhas, fungos ou ácaros que comprometem a produção agrícola e animal. No Brasil temos rebanho crescente, gera questão de aparecimento de pragas, resistencia de pragas, o problema não é só controlar pragas existentes, é fazer com que essas pragas não desenvolvam resistencia a esses produtos, cada vez terá que desenvolver produtos mais agressivos e tóxicos para controlar isso. Herbicidas: São usados principalmente pra fazer capina química, foi desenvolvido um herbicida para matar plantas indesejáveis e todo o resto que pode ser imaginável, herbicida não mata só as plantas, mata os insetos que fazem bem, que fazem parte da cadeia biológica. As vezes a intenção é matar carrapato e acaba matando insetos que fazem parte da cadeia biológica e isso é grave pois tem ocorrido essas catástrofes (tornado, maremoto) isso tudo é consequencia que começa com aplicação de herbicida na margem de um rio, bate uma chuva isso tudo corre pra dentro do rio ou para as plantas que ficam na margem do rio, essas plantas os animais vão se alimentar e consequentemente serão intoxicados gerando óbito, ou vão propagar o limite da cadeia trófica até chegar no ser humano. A quantidade de bovinos que temos em São Paulo é maior que a quantidade de bovinos do Reino Unido inteiro. Invariavelmente, absolutamente todos os produtos são eliminados no leite. Problemas que acontecem no uso dessas substâncias O maior problema é a diluição incorreta do produto, pois quando o produto não está na concentração correta o efeito é pior, acontece do produtor dissolver o produto e guarda o produto dissolvido para usar no outro dia ou na outra semana ou no outro mes, isso não é ideal pois quando dilui um produto com alto nivel de toxicidade, ele é diluido com água que é uma molécula, um composto químico, vai reagir com esses produtos e vai gerar novos produtos, não sabendo os riscos que pode causar, podendo ter alta chance de intoxicar mais do que o produto em si. Quando a temperatura está alta, esses produtos são absorvidos mais rapidamente tanto no solo quanto pelos animais, isso também é um agravante do país, grande parte desses produtos vem da indústria internacional, vem da Alemanhã (Ex: Bayer). São desenvolvidos na Europa ou EUA que o clima é temperado, as vezes os produtos são desenvolvidos para tais épocas, ai chega no brasil o clima é quente, fazendo o produto ter ação diferente. O animal vai lamber o produto devido frascos mal armazenados na propriedade, e não se pode jogar os fracos no lixo nem reutilizar pois são altamente tóxicos, tem que devolver para a indústria. Tipos de herbicidas: • Pré-plantio: solo (serve para tratamento preventivo do solo, aplica o herbicida, trabalha o solo e depois começa a plantar) • Pré-emergentes: antes da vegetação indesejada aparecer (você já plantou, ja semeou a colheita, ai depois disso você aplica apenas na terra, não fazendo misturas) • Pós-emergentes: após a germinação (vai ser aplicado quando a planta ja tem no minimo de 4 a 5 folhas, ja plantou, ja cresceu um pouco, ai aplica-se o produto). Tipos de fungicidas: • Foliares: partes aéreas das plantas (aplica na folha, ja tem que ter germinado) • De solo: vapores tóxicos (joga um pózinho ou areinha coloca-se proximo da planta que vai emitir vapores tóxicos para matar o fungo que está ali) • De revestimento: grãos e cereais (foi colhida a plantação, para não ter problema com contaminação ele joga o fungicida direto no produto que foi plantado). Grupos de herbicidas Mais importante sem duvida é o Bipiridílios (paraquart e diquat) ele começou a ser usado bastante porque ele tem baixo efeito toxico no solo, não permanece muito tempo no solo, é rapidamente biodegradável, porém ele tem a toxicidade principalmente pulmonar, pois alguns deles solta vapores tóxicos que vão causar fibrose pulmonar, os alveolos pulmonares que fazem troca gasosa tem tecido elástico para ele inspirar e expirar o ar para fazer troca gasosa, esse produto desencadeia a produção de radicais livres no pulmão no processo que se chama peroxidação, ele transforma as células dos alveolos em uma coisa dura pois a célula morre e fica um tecido duro não conseguindo fazer o movimento de inspiração e expiração, e ai ficacomo se fosse uma massa. Isso é gradual, quanto maior a exposição maior será a fibrose. Sinais Clínicos: Ulceração oral devido vapor tóxico, dispnéia, edema pulmonar, hipóxia, cianose, pode evoluir para insuficiência renal crônica caso o animal sobreviva. Se o respiratório não está funcionando e o renal para de funcionar, animal vem a óbito. Ou morre por insuficiência respiratória progressiva ou de insuficiência renal crônica. Em segundo lugar, o mais usado aqui é o pó da china Clorofenois (pentaclorfenol) já ouve muita discussão no país, ja foi proibido, desproibido, é usado muito para tratamento de madeira por causa de cupim, ele é usado para prevenção, ele mata fungo, herbicida, acaricida, augicida, e qualquer outra coisa viva que apareça na frente, alta absorção via oral, dérmica e respiratória, tem tempo de meia vida de 20 dias, vai atuar na respiração celular, na mitocondria, ele vai bloquear a respiração celular na mitocondria e causar disfunções de fosforilação oxidativa, causa necrose dos hepatócitos. Sinais Clinicos: anorexia, hipertermia, sede, dor abdominal, dispneia, taquicardia, alteração em enzimas hepáticas, epistaxe, efeitos teratogênicos e fetotóxicos. Derivados da uréia (diuron, tebutiuron, linuron) são usados com outro herbicida chamado glifosato, além do paraquat, ele é altamente persistente no meio ambiente, o ciclo de metabolização dele no meio ambiente é baixo, é jogado perto dos canais de irrigação, a água empurra o produto pra dentro do canal, e esse canal vai pro rio. Depois da metabolização hepática ele gera um composto derivado da anelina, ele vai agir como se fosse azul de metileno, isso causa lesões tóxicas na hemácia pois a hemoglobina está dentro da hemácia, animal começa a ter deficiencia na troca/transporte de gases. Sinais Clinicos: bastante inespecífico: anorexia, ataxia, depressão. Grupo de fungicidas Ditiocarbamatos (maneb, zineb, mancozeb) tem estrutura quimica similar aos carbamatos só que sao livres de comercio aqui no brasil por serem fungicidas usados em lavouras, tem alta excreção fecal, ficam de 30 a 60 dias no solo, meia vida alta no solo, absorção oral, dérmica e respiratória. Quando aplicado no solo forma através da degradação do meio ambiente a etileno-tioureia (ETU) é mutogênico, teratogênico, carcinogênico, antitireoidiano, podendo causar alterações reprodutivas no desenvolvimento dos animais e maturidade espermática. Sinais clínicos: Neurotóxico, neurodegenerativos (parkison) = crônico anorexia, diarreia, bronquite, ataxia, convulsões, disfunções hepáticas e renais. Imidazólicos (tiabendazol, benomil) não pode ser usados em filhotes por eles não terem a barreira hematoencefalica totalmente desenvolvida, eliminação renal rápida (24h), toxicidade aguda baixa, mecanismo de ação pouco estudado. Sinais clínicos inespecíficos = anorexia, sialorreia, fraqueza muscular, depressão. Grupo de acaricídas Carrapatos coloca 3 mil ovos em 24h (femea ingurgitada, cheia de ovos e de sangue). Acaricídas tem ação no ambiente e no animal, existem produtos que tem ação dupla, outros só no ambiente, outros só no animal. Carrapato é parecido com pulga, tem que eliminar no animal e no ambiente, senão a reinfestação vai ocorrer. 90% da pulga está no ambiente, 10% no animal, se você dar capstar mata toda a pulga, outros 90% está no chão da sua casa. Mais famosos são Avermectinas e Milbemicinas (Avermectinas: Ivomec, Dectomax, Virbamax, Revolution/ Milbemicinas: Cydectin). Altamente lipossoluvel, tem ciclo enterohepatico, toxicidade alta, mecanismo de ação agonista de gaba (inibitório), influxo de cloreto, hiperpolarização de membrana causando paralisia flácida e morte do parasita. Feito para agir no gaba do parasita, só que se usado de forma incorreta causa intoxicação. Caẽs pastores e filhotes: aumento da permeabilidade da BEA. (bodercollie, pastor de shetlan, sheepdog, etc). Ivermectina não pode ser administrado em cachorros menores de 6 semanas de idade. Dissolvido em veiculo oleoso que é de liberação lenta, as vezes pega animal que recebeu outra dose, não tem como tratar ele por 2h e mandar pra casa pois vai ter liberação lenta por vários dias, por conta disso, a quantidade que se da é muito baixa (pra animal de pequeno porte). Sinais clínicos: ataxia, emese, sialorreia, midriase, hiperatividade, head pressing, vocalizações, convulsão, dispneia, coma, óbito. Deve-se parar de usar remédio de grandes para pequenos, não tem necessidade pois tem remédio próprio pra pequenos, ou usa-se a dose correta. Coleira antipulga: Liberação lenta, produtos que não sejam degradados pela chuva, produtos que deixam o pelo do animal hidratado, mesmo assim pode haver intoxicação. Amitraz (triatox) é bom para o animal e para o ambiente, desde que feito da forma correta. Rezar para o animal não ser sensível, pois se o animal tem sensibilidade o animal tem reação maior. Animal pode desenvolver dermatite de contato mesmo com a diluição correta, a pele fica avermelhada e o animal fica quente, pois ele é absorvido pela pele íntegra. Intoxicação do triatox acontece mais pela pele, pois se o animal lambe o acido cloridrico absorve rapidamente. Utilizar logo após a diluição: os subprodutos são ainda mais tóxicos. Ele é inflamável, irritativel se aquecido com secador, mecanismo de ação é inibidor da MAO, estimula alfa2 adrenergicos e inibe prostaglandinas, efeito hiperglicemiante, se aplicado em animal com diabete vai dar ruim, mesmo na pele ele tem efeito de aumentar a glicose, para diabeticos não pode ser utilizado. Para equinos não pode ser usado também por causa de efeito colateral que é aumento de motilidade intestinal, gerando cólica. Sinais clínicos: Ataxia, depressão, hipotermia, incoordenação, alterações cutâneas. Diagnóstico: É difícil por ter associação entre substâncias, sinais clínicos inespecíficos, caro = analises em centros de toxicologia (nem sempre acessíveis), história (anamnese), Diagnóstico diferencial: Doenças infecciosas, doenças parasitárias e outras doenças e plantas tóxicas. Tratamento: Suporte, lavagem gástrica, indução de êmese (cuidado com corrosivos), adsorventes, via dérmica: banho com shampoo neutro, via respiratória: o2, fluidoterapia, antieméticos, hemodiálise ou diálise peritoneal. Não é aconselhado tirar carrapato do animal, pois na hora de destacar o aparelho bucal do carrapato pode ficar no animal, pode dar problema de pele, não impede de transmitir doenças como babesia e etc, então o aconselhável é os produtos anti-acaros. Não é bom jogar água e produto na cabeça do animal. INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA Causas mais comum de intoxicaçõees em animais de companhia é por medicamentos, que correspondem a 30% dos casos de intoxicação visto na rotina. Sendo os antinflamatorios não estereoidais os mais usados. (cataflan e voltaren, que são os diclofenacos). Gato principalmente são muitos sensiveis, devido deficiencia da glicuronil transferase (enzima hepatica). AINES São antinflamatorios, analgesicos e antipiréticos. Elas variam de cox 1 a cox 2, Cox é a cicloxigenase 1 e 2, uns são seletivos para 1, outro para 2 e outros para os dois. O processo inflamatório ele começa com dois tipos de ativação, a primeira é vascular e a segunda é celular, esses eventos são mediados por varios agentes quimicos, e essa cicloxigenase esta envolvida na sintese das prostaglandinas que tem efeito na parte inflamatorio com ação intrinseca no organismo do animal sem ser relacionada ao processo inflamatório, como por exemplo no estomago que ele inibe secreção de acido e ativa eliminação de muco e bicarbonato. No rim regulam o fluxo do sangue, com filtração glomerular e metabolismo hidrico, auxiliam então o funcionamento adequado do rim. A cicloxigenase ajuda na sintese da sintese dessas prostaglandina. Se eu dou um medicamento que inibe cicloxigenase,inibe consequentemente a prostaglandina. Afetando principalmente o estomago. Tem prostaglandina no processo inflamatório porque ela é responsavel pela dor no tecido, ela que dispara os mecanismos da dor. Ainda AINES inibem lipoxigenase. • Diclofenaco AINE derivado do acido acetico amplamente utilizado. Animal apresenta quadro de acidose metabólica, pois desregula rim. Sinais Clinicos: Anorexia, gastrite, úlcera gastrica, hematemese, melena, hematoquezia, dor abdominal, palidez de mucosas e óbito. Tratamento: Sucrafalto, antagonista de H2 (omeprazol, ranitidina, cimetidina e famotidina), misoprostol (análogo da prostaglandina, funciona para tratamento de gastrite desde que não tenha úlcera profunda, e não pode ser usado em fêmeas gestantes), fluidoterapia e transfusão de sangue. Fluido: NaCl 0,45% + Glicose 2,5% + Bicarbonato de sódio 1-3 mEq/Kg (acompanhar com hemagosometria). Pode usar dopamina para aumentar perfusão renal (não usa diurético se o animal estiver com o rim ruim, por isso usa dopamina, não pode ser usado com bicarbonato de sódio no soro) e diálise peritoneal (infunde substancia morna esteril no peritoneo e depois tira, para fazer lavagem perotoneal. • Paracetamol Possui fraca ação antinflamatório e analgesico apesar de ser inibidor de Cox 2. NUNCA usar em gatos. Biotransformação por glucoronidação ou sulfatação, que leva ao excesso de metabólitos toxicos que modulam a conversão de Hb em MHb. Um comprimido intoxica o gato, dois mata o gato, (machos são mais sensiveis) quatro comprimidos matam o cachorro. O paracetamol depois que ele passa no figado forma metabolito que converte hemoglobina em metahemoglobina que não faz troca gasosa, em alguns casos isso é reversivel com vitamina C, N acetilcisteina (agem na redução das metahemoglobinas), porém nos gatos essa reversão é lenta, e não funciona 100%. Esse complexo de metahemoglobina é quebrado pela morte celular e demora 120 dias, então normalmente o gato morre. Deixar claro para o proprietário de que o prognóstico é bem ruim. Sinais clinicos: Anorexia, emese, palidez de mucosa e ou cianose e ou ictericia (devido falha gasosa), sialorreia, hemoglobinuria, hematuria, depressão, dispneia (porque troca gasosa não esta sendo eficiente), edema, matehemoglominemia (anemia hemolitica) e morte. Tratamento: Nos casos de ingestão num tempo menor de duas horas faremos indução de Êmese + carvão ativado + catártico osmótico e oxigenoterapia (cianose não reverte, garantindo para você que é intoxicação por paracetamol). N acetil-cisteína 140 mg/Kg (4-7 repetições para sintese de glutation; Vitamina C que reduz metabólitos tóxicos e aumenta converção de metahemoglobina em hemoglobina 150 mg/kg QID. NUNCA usar cimetidina, e NÃO usar azul de metileno em gatos, no cão 2 mg/kh IV dose única, tbm reconverte metahemoglobina em hemoglobina. • Ibuprofeno e cetoprofeno Derivados do ácido propiônico. Dose que intoxica gato é 50% menor do que a que intoxica cão. O cetoprofeno de uso veterinário ainda não é totalmente segura para gatos, deve-se fazer em doses e intervalos recomendados. Há interação com diuréticos e anticoagulantes. Sinais clínicos: Irritação gastrointestinal, hemorragia, vomito, anorexia, hematemese, melena, depressão, falencia renal (oliguria/azotemia) porque também são inibidores de prostaglandinas e convulsões. Tratamento: Em ingestão com menos de duas horas pode ser feito indução de êmese + carvão ativado + catartico osmótico e suporte com fluidoterapia, protetor gastrico e monitorar função renal. SNC • Benzodiazepinicos - Diazepan Medicamento muito antigo e usado para dormir. Tranquilizantes menores amplamente utilizados como sedativos, hipnoticos, ansioliticos, relaxante muscular e anticonvulsivantes. Os mais usados são os diazepam, alprazolam, clonazepam, lorazepam ou midazolam. Baixa toxicidade, porém não usar em periodo de gestação e lactação. Ação modulatória em GABA (inibição neuronal) que é um neurotransmissor inibitorio, por isso esses efeitos hipnoticos. A ingestão pode ser acidental quando o animal rouba, ou pode ser intecional, o proprietátio dá para o cão dormir e parar de latir. Sinais clínicos: Alterações em SNC e cardiovasculares. Animal fica como se estivesse anestesiado. Ataxia, letargia, hipotensão, hiperatividade (em alguns animais, mas o comum é letargia), êmese, taquicardia, midriase, dispneia, arritimia cardiaca, convusões, disturbios de coagulação. Pode ocorrer morte súbita. Tratamento: Na ingestão menor que 15 minutos podemos induzir êmese + carvão ativado + catartico osmótico. Suporte com controle de temperatura, fluido com correção de acidose. Nunca usar atropina. Outros • Enema à base de fosfato de sódio - fleet enema Usado em cirurgia de hemorroidas, na clinica é usado para fecaloma. No final no intestino grosso há reabsorção de água, então ele fica absorvendo, no reto se essas fezes não são eliminadas viram um cimento. Tem veterinário que evita ao máximo a cirurgia, então faz de tudo para tratar o animal clinicamente com o fleet enema, causando intoxicação iatrogênica, pois o fecaloma não vai sair e o animal vai intoxicar. Causa intoxicação devido alta quantidade de eletrólitos, o balanceamento eletrolitico da solução é para humanos, no animal esses eletrolitos são rapidamente absorvidos causando problema na bomba de sódio potassio. Sinais clínicos: Tetania, ataxia, êmese, depressão, gastroenterite hemorragica, taquicardia, alterações eletroliticas e morte. Tratamento: Fluidoterapia com baixos niveis de sódio + gluconato de calcio 1,5 mEq/Kg, diazepam nos casos de convulsão. Para fazer enema nos animais usa-se soro fisiologico aquecido com seringa, ou agua morna com glicerina. DOPPING Em medicina veterinária o dopping é usado em equinos, caninos, todos os esportes que tem interação com os animais. Normas para dopping em animais são muito mais rigorosas do que no humano, pois diferente do humano o animal não quis ser dopado. Existem rações de equinos que são enriquecidas com torta de cacau, que tem metilxantinas, e essas são testadas para dopping, então se o animal usa esse tipo de ração, a mesma deve ser retirada antes de provas. Ainda existem diferentes de normas internacionais, sendo duas as mais importantes (federação europeia e a americana) que varia a quantidade de substancias aceitadas nos animais. Dopagem: Aplicação ilegal de substancias visando aumentar o rendimento do animal atleta; Uso ilicito de medicação ou drogas em competições esportivas; Emprego de substancias, alteração artificial do desempenho, trazendo prejuízo saúde do animal. Temos o Dopping negativo, que se aplica substancia ilegal no animal concorrente para que o mesmo diminua seu desempenho (crime) e o dopping terapeutico que é quando o animal faz algum tratamento como fenil butazona, la na corrida é detectado e o animal é desclassificado. Não foi intencional, mas ai parte do veterinário. Normalmente é testado pela urina por ser menos invasiva, mas pode ser testado no sangue e na saliva. 45% do dopping é causado pelo veterinário. Quando começou as corridas na inglaterra, se coletava o sangue do cavalo e inoculava no camundongo, se o medicamente tivesse ação do SNC o camundongo apresentava reação de STRAUB, e isso era positivo, só que, era muito inespecifico, pois era apenas para substancias de ação de sistema nervoso central, e se a quantidade fosse baixa o camundongo não apresentava nada. Hoje os testes estão muitos melhores, tendo laboratórios de análises tecnólogicas, onde é feito ELISA e HPLC. Regulamentação Regulamentação de limites aceitaveis de residuos de medicamentos na urina e plasma equino. Deve-se levar em conta os seguintes fatores como via de administração, formulação farmaceutica, resposta individual, sexo, idade, estado nutricional, dieta e PH urinária. Tudo está estabelecidaem tabelas especificas de acordo com a norma (europeia ou americana). Estudos de farmacocineticas, deve-se levar em consideração biodisponibilidade, biotransformação, excreção e tempo de meia vida. O mais comum é o fenilbutazona e o segundo é o furosemida, o diuretico causa perda de peso devido eliminação da urina, essa perda de peso faz com que o animal corra mais rapido por conta disso. • Regulamento da confederação brasileira de hipismo - Capitulo V, Substâncias com uso proibido em cavalo de esporte 1- Substancias capazes de agir em um ou mais dos seguintes sistemas: Nervoso, cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, reprodutivo, musculoesqueletico, imune, endócrino, pele e sangue. 2- Antiinflamatórios, analgesicos e antipireticos 3- Substancias endocrinas e correlatos sinteticos 4- Agentes que mascaram a detecção Amostragem e análise Dopagem para vencer é o dopping positivo, dopagem para vender é o dopping negatico e dopping acidental. É feito coleta do material, analise e se for confirmado o dopping terá penalidade. Pode ocorrer manipulações de resultados em laboratórios não confiaveis. Análise feito pela urina, sangue e saliva, por espectometria de massa e HPLC. Temos os sistemas de garantia de qualidade e validação metodológico que credencia laboratório confiaveis.
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