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Filtração Glomerular

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FILTRAÇÃO GLOMERULAR E REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
Funções do rim
· Equilíbrio da estrutura óssea: rim participa da síntese/ativação da vitamina D – equilíbrio do cálcio;
· Participa da formação do sangue: síntese de eritropoetina, produzindo hemácias;
· Regulação da pressão arterial: equilíbrio do balanço entre sal e água – remoção de sódio;
· Regulação do pH do sangue: recupera o bicarbonato que é filtrado e regenera esse bicarbonato – é o último controle em relação ao pH sanguíneo (e o mais efetivo);
· Atividade cardíaca: participa do equilíbrio de potássio, o qual participa do potencial de membrana;
· Produtos finais metabólicos: eliminam substâncias que são produtos finais do catabolismo, que são filtrados e depois excretados – remoção de uréia, creatinina, etc.;
· Hemodiálise não substitui todas as funções renais – diálise atua no controle da água e sal, regulação do pH equilibrando a acidez e retirada de eletrólitos – mas é necessária reposição hormonal para manter a produção de hemácias, controle da doença óssea (para não ter processo de desmineralização) e equilíbrio de outros elementos (excesso de potássio e de fósforo); 
· Quando ingere muito sal, a volemia extracelular/intravascular e interstício aumenta, e a pessoa se sente mais inchada – pressão sobe; 
· A excreção leva de 2 a 3 dias, e o equilíbrio com o excesso de sódio leva de 4 a 5 dias;
Anatomia renal
· Porção medular: formada pelas pirâmides, que formam os cálices;
· 95% do suprimento sanguíneo que chega no rim se dá a nível do córtex, enquanto 5% fica na região da medula;
· Há mais no córtex porque é onde estão os glomérulos, responsáveis pela filtração;
· Há dois leitos capilares: capilares glomerulares e capilares peritubulares; 
· Funções da circulação renal: suprimento de oxigênio/nutrientes, manter pressão adequada pra filtração glomerular e manter um gradiente de osmolaridade na medular renal;
néfron
· Néfron: túbulo proximal + alça de Henle (porção descendente + porção fina + espessa ascendente) + túbulo distal (entre arteríola aferente e eferente) + tubo coletor (se junta com tubo cortical);
· Porção próximal do túbulo coletor: tecido metanéfrico; 
· Porção distal do túbulo coletor: tecido mesonéfrico (ricamente inervado);
· Glomérulos: região cortical, com capilares peritubulares, que estão ao redor;
· Glomérulos justaglomerulares: transição entre o córtex e a região mais externa da medula, e corre junto a eles capilares peritubulares chamados de vasa reta que já não são tão enovelados e correm paralelo aos túbulos;
· Glomérulo não se regenera;
· É normal perder glomérulos com o envelhecimento, diminuindo a atividade renal;
Capilar glomerular 
· Arteríola aferente e eferente: endotélio, camada muscular e adventícia;
· Ao chegar na cápsula de Bowman, forma rolo enovelado, passando a ter somente endotélio, membrana basal e podócito (camada externa que “abraça” o endotélio) – sem camada muscular;
· Barreira glomerular: passam substâncias através do endotélio, que é fenestrado, cruza a membrana basal e passa pela fenda podocitária – depende do tamanho/peso; 
· Para passar pela membrana basal, depende do peso/tamanho molecular (água passa livremente, mas a albumina tem mais resistência pelo tamanho e porque essa barreira tem carga negativa, e todas as moléculas com carga negativa vão ser repelidas;
· Quando necessário, os podócitos se abrem e deixam passar proteínas;
· Síndrome nefrótica que se perde muita proteína pela urina: doenças geralmente mediadas por fatores imunológicos, que bagunçam esse mecanismo – podócitos ficam abertos e perde proteínas em grande quantidade para dentro da cápsula de Bowman (para o túbulo), lesionando o glomérulo, levando à insuficiência renal;
· Para tratar, usa-se imunossupressores, baixando a defesa de todo o organismo;
Formação da urina
· Caminho do sangue: arteríola aferente e eferente (capilares glomerular e peritubular) → tufo glomerular → barreira glomerular → cápsula de Bowman → túbulos → um pouco é reabsorvido e um pouco secretado;
· A substância ideal para avaliação da capacidade de filtração glomerular deve ter baixo peso molecular, com carga positiva e que não seja reabsorvida no túbulo capilar peritubular;
· Opções de caminho:
· Passar pelo glomérulo e pela barreira e ir direto pra urina;
· Filtrada e voltar a ser reabsorvida;
· Totalmente filtrada e totalmente reabsorvida – é pior, porque nunca é eliminada;
· Filtrada pelo glomérulo, mas pode sair pelo capilar glomerular e pelo peritubular;
· Ex: glicose é filtrada e totalmente reabsorvida (não sai açúcar na urina), porém tem casos que o açúcar é eliminado pela urina (diabéticos – substância não consegue ser reabsorvida completamente, pelo excesso de glicose que tem no sangue, os transportadores não conseguem reabsorver esse açúcar); 
· Para essa avaliação da filtração renal, deve haver secreção apenas pelo capilar glomerular – 100% do que foi ingerido deve ser eliminado;
Aspectos importantes da filtração glomerular
· Ultrafiltrado: o que passou do glomérulo e caiu na cápsula de Bowman - concentração semelhante ao plasma no início no túbulo proximal, exceto pela não presença de proteínas, hemácias e menor concentração Ca2+ e ácido graxos;
· Taxa de filtração glomerular (TFG): 125ml/min (180 litros/dia ou 60x do volume plasmático);
· Desses 180L, 20% do plasma é filtrado efetivamente;
Determinantes da filtração glomerular
· Com o aumento da pressão dentro da cápsula de Bowman, há abertura da arteríola aferente e fechamento da eferente, resultando em maior filtração;
· Angiotensina é responsável por esse mecanismo – bloqueador da ECA inibe formação de angiotensina (diminuindo pressão arterial); 
· Prostaglandinas são responsáveis por causar vasodilatação da arteríola aferente – anti-inflamatórios inibem a formação de prostaglandinas;
pressão efetiva de filtração
· Pressão hidrostática do glomérulo: faz com que a urina saia (é filtrado) – força dentro do vaso pra jogar a água pra fora;
· Com o aumento dessa pressão (pela adrenalina/epinefrina), aumenta a pressão sanguínea e a filtração;
· À medida que a PA aumenta, o rim joga mais água e sal para fora, fazendo com que a pressão suba, o que faz o paciente urinar mais (natriurese de pressão);
· Quando aumenta a resistência da arteríola eferente, diminui o fluxo sanguíneo e aumenta a pressão hidrostática do capilar (e a filtração), fazendo com que a osmolaridade dentro do capilar aumente até estabilizar e cessar a filtração;
· Quando aumenta a resistência da arteríola aferente, aumenta o fluxo sanguíneo, diminuindo a pressão hidrostática do capilar (e a filtração);
· Se obstruir o trato urinário, aumenta a pressão hidrostática da cápsula de Bowman, diminuindo a filtração.
· Pressão coloidosmótica (dentro do capilar): proteínas puxam a água de volta por causa da osmose – não quer que a água saia; 
· Pressão na cápsula de Bowman: evita a filtração;
· Pode ocorrer aumento dessa pressão por obstrução ou cálculo;
· Coeficiente de filtração: determinado pela vitalidade da membrana endotelial do capilar – no rim esse coeficiente é 400 vezes maior do que outros capilares do corpo (por isso filtra tanto);
· Se tem HAS e DM, pode alterar a membrana endotelial do capilar, que fica doente, fazendo com que o coeficiente seja alterado e a filtrabilidade diminua, levando à esclerose do glomérulo;
· No início do capilar enovelado, o sangue é filtrado com alta intensidade, e isso diminui ao longo do trajeto, até que a filtração cesse – isso ocorre porque a pressão hidrostática vai jogando água pra fora, e à medida que isso acontece, a osmolaridade dentro do capilar aumenta, ficando mais concentrado, fazendo com que a água seja atraída, até que em determinado momento haja equilíbrio com a pressão hidrostática, e para de filtrar.
pressão coloidosmótica do capilar
· Quanto maior a pressão coloidosmótica menor a filtração no final do capilar; 
· Pra diminuir o fluxo, aumenta-se a pressão contraindo a porção final (passagem fica mais resistente), resultando numa maior osmolaridade, com aumento dafiltração;
· À medida que aumenta o fluxo (contraindo arteríola aferente), diminui osmolaridade e filtração;
Mecanismo de Autorregulação do Fluxo Sanguíneo Renal
· Fluxo sanguíneo renal é diretamente influenciado pela pressão arterial renal, a qual também é diretamente influenciada pela pressão arterial sistêmica;
· A autorregulação renal tem como objetivo principal manter a filtração glomerular;
· Principais vasos envolvidos na resistência vascular renal: arteríolas interlobulares, aferentes e eferentes – são influenciadas pelo SNS, hormônios e autacóides/prostaglandinas (participam da vasoconstrição das arteríolas);
· A autorregulação ocorre quando a pressão arterial está entre 80 e 170mmHg – quando a pressão arterial está nesse intervalo existe um controle;
· Se a pressão estiver baixa, abre a arteríola aferente e fecha a eferente – ocorre o contrário se estiver alta;
· Balanço/feedback tubuloglomerular: túbulo distal passa acavalado entre as arteríolas aferente e eferente – complexo justaglomerular (túbulo distal + arteríola aferente) é composto por células especializadas ricas em complexo de Golgi, que percebem mudanças do ultrafiltrado, se sensibilizam e mandam sinal para as células da arteríola aferente pra mexer na regulação da resistência;
· Quando há diminuição da pressão arterial (e da pressão hidrostática e da filtração glomerular), os túbulos proximais reabsorvem água e sal – na mácula densa (túbulo distal), há diminuição de NaCl, então essa mácula envia sinal que tem pouco sal, há a secreção de renina, a qual forma angiotensina, para que o fluxo (e filtração) aumente;

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