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SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS Nascimento da Produção Lean SURGIMENTO DA PRODUÇÃO LEAN “A necessidade é mãe da invenção” (OHNO, 1988) “Novas ideias vem em resposta a problemas concretos” (DENNIS, 2008, p.19) “A necessidade é mãe da invenção” (OHNO, 1988) “Novas ideias vem em resposta a problemas concretos” (DENNIS, 2008, p.19) SISTEMA DE PRODUÇÃO ARTESANAL SISTEMA DE PRODUÇÃO ARTESANAL • Mão de obra especializada em todo o processo de fabricação (desde design a finalização do produto). • Pequenas empresas compravam diretamente os itens específicos que precisavam de fornecedores (outros trabalhadores locais); • Máquinas de uso geral (cortar, perfurar, polir...) • Volume de produção baixa e altos preços • Alta customização • Contato direto clientes e trabalhadores/artesãos. Apesar de antiga, ela ainda existe.Apesar de antiga, ela ainda existe. PROBLEMAS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ARTESANAL • Baixo volume de mão de obra especializada; • Baixo volume de produção; • Altos custos devido a alta customização; • Qualidade (aceitável para a época); • Baixo número de fornecedores disponíveis; • Limitado conhecimento de melhoria de processo. • Altos tempos de espera (lead-time) TRANSIÇÃO DO SISTEMA PRODUÇÃO ARTESANAL PARA INDUSTRIAL • Revolução Industrial (século XVIII) – surgimento das máquinas a vapor e das fábricas. • Divisão do trabalho – reduzir ao mínimo o número de tarefas de cada trabalhador a fim aumentar a velocidade e eficiência. • As condições de trabalho nas primeiras fábricas eram precárias: • baixos salários; • jornada de trabalho de 14 a 18 horas/dia; • trabalho infantil de até 14h/dia – 12h/dia; • barulho; • locais escuros e insalubres; • sujeira nas fábricas. • Características gerais: • crescimento das cidades – êxodo rural; • substituição do artesão pelo operário especializado; • foco em eficiência produtiva, não importando o custo do esforço humano ou limitações do homem; • surgimento de sindicatos. • Séc. XX – expansão da Revolução Industrial para América • Siderúrgicas – 8-10 mil operários; • Fábricas Têxteis • Automobilísticas TRANSIÇÃO DO SISTEMA PRODUÇÃO ARTESANAL PARA INDUSTRIAL Início da era da PRODUÇÃO EM MASSAInício da era da PRODUÇÃO EM MASSA Frederick W. TAYLOR Autor do livro “Princípios da Administração Científica” (Scientific Management) em 1911. • Características gerais (Taylorismo): • Trabalho especializado • Separação planejamento e produção • Tempo de ciclo reduzido • Estudo de tempos e movimentos (foco na melhoria da eficiência produtiva) • Medição e análise para melhorar o processo e aumentar a eficiência produtiva. Criador das bases da Engenharia Produção ou Industrial! Henry FORD • Aplicou ideias de Taylor na fábrica da Ford; • Primeiro a produzir automóveis em grande volume e baixo custo unitário, colocando no mercado um produto de acordo com as expectativas e recursos dos consumidores; • Conceito de intercambiabilidade; • Disponibilização das peças no próprio posto de trabalho; Redução TC (h – min) Modelo T (1908) Quadriciclo (1896) Henry FORD • Estabelecimento de um nível padrão de execução das tarefas – estabilidade ao processo. • Montagem de chassis passou a consumir 1h33 min em contraste as 12h28min quando montagem era artesanal; • 1914 – Linha de montagem móvel e mecanizada. Quanto mais carros eram fabricados, mais baratos eles ficavam! - ECONOMIA DE ESCALA https://www.youtube.com/watch?v=58xRsfJP4N8 Henry FORD • Características gerais (Fordismo): • Intercambiabilidade das peças • Disponibilização de peças nos postos • Linha de montagem móvel • Melhoria nas condições dos trabalhadores Suas ideias não ficaram restritas a produção automobilística. Difundiram-se para usinas de aço, fábricas de fundição, vidro... Suas ideias não ficaram restritas a produção automobilística. Difundiram-se para usinas de aço, fábricas de fundição, vidro... www.youtube.com/watch TEMPOS MODERNOS Charlie Chaplin PROBLEMAS DA PRODUÇÃO EM MASSA • Alienação dos trabalhadores; • Qualidade Regular (alto índice de defeitos); • Postos de inspeção no fim da linha (produtos voltam para reparos; pessoas destinadas a reparos); • Aumento da economia de escala; • Formação de estoques (m.p, processo, p.a) • Ramificação das engenharia e setores em razão das especialidades – barreiras interfuncionais. Expansão da ideia de produção em massa nos EUA através da FORD e GM e depois na Europa com a Fiat, Renault e Citroen até a chegada da Toyopet Model SA (1947) Toyopet Crown (1957) PÓS-GUERRA E BASE DA FILOSOFIA LEAN • FIM DA GUERRA - renúncia de Kiichiro Toyoda • ¼ da mão de obra foi dispensada e o restante recebeu garantias de emprego vitalício! • Plano de carreira – salários e benefícios acrescido de tempo de empresa • Empresa e trabalhadores se tornaram parceiros (cooperação e benefícios mútuos) • Experiência e conhecimento dos trabalhadores passou a ser reconhecido como capital humano SISTEMA DE PRODUÇÃO LEAN • Visita Eiji Toyoda a uma das fábricas da Ford (Rouge) – Toyota produzia 2685 carros/dia em comparação a 7000 carros/dia da Ford. • Eiji Toyoda e Taiichi Ohno chegaram a conclusão que a produção em massa não funcionaria no Japão, além de detectar melhorias que poderiam ser feitas. – País devastado pela 2°GM – Mercado interno pequeno e exigente a variabilidade de modelos – Mercado externo especializado e avançado SISTEMA DE PRODUÇÃO LEAN • Prática da filosofia Just in Time – Fazer o necessário – No momento necessário – Na quantidade necessária • 1960-1970 – disseminação da filosofia para seus fornecedores (supply chain) por meio do grupo de discussão e melhoria - Operations Management Consulting Division (OMCD). • Ocidente – meados de 1990-2000 • Hoje, como estamos? Qual é a situação atual na manufatura ? NOMES DIFERENTES PARA UM MESMO CONCEITO • Produção Lean • Lean Manufacturing • Manufatura Enxuta • Filosofia Just in Time • Modelo de Produção Enxuto • Sistema Toyota de Produção (STP) • Produção sem estoques • Modelo de produção zero desperdício... QUAL A RELAÇÃO DA PRODUÇÃO LEAN COM QUALIDADE??? PRODUÇÃO LEAN E QUALIDADE ANDAM JUNTOS! – Ferramentas como: • 5S – organização e limpeza • Kaizen • Manutenção Produtiva Total (TPM) • Quadros e cartazes para visualização da qualidade e produtividade • Inspeção 100% ao longo do processo – qualidade na fonte! • Gráficos de controle para gestão de melhorias... Enquanto a Qualidade está focada em identificar a causa raiz, a Produção Lean faz uso desta informação para reduzir desperdícios e produzir mais com menos! Agregar mais valor ao cliente! LEAN é… “Uma mentalidade, ou forma de pensar, com o compromisso de atingir operações livres de desperdícios com foco nos consumidores… É atingido a partir da simplificação e melhoria contínua de todos os processos e relacionamentos em um ambiente de confiança, respeito e envolvimentos dos funcionários… Está relacionado a pessoas, a simplicidade de processo, ao fluxo, a visibilidade, a parcerias e a geração de valor ao cliente.” Adaptado de David Hogg, High Performance Solutions. REFERÊNCIAS • Dennis, P. Produção Lean Simplificada. 2°ed. Porto Alegre, Bookman, 2008. • Rodrigues, M.V. Sistema de Produção Lean Manufacturing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. • National Research Council Canada. Principles of Lean Thinking: tools & techniques for advanced manufacturing, 2004. (PDF) Perguntas?? ATIVIDADE EM SALA Destaque características pontuais de cada marco da manufatura nos quesitos solicitados. PRODUÇÃO ARTESANAL PRODUÇÃO EM MASSA PRODUÇÃO ENXUTA PRODUTO VARIEDADE FERRAMENTAL /MAQUINÁRIO QUALIDADE CUSTO CONTATO CLIENTE/ FORNECEDOR ATIVIDADE EM SALA Destaque características pontuais de cada marco da manufatura nos quesitos solicitados. PRODUÇÃO ARTESANAL PRODUÇÃO EM MASSA PRODUÇÃO ENXUTA PRODUTO Altamente customizado e individualizado Padronização e baixa customização Padronizado, porém compossibilidade de customização VARIEDADE alta baixa Média/alta FERRAMENTAL /MAQUINÁRIO Simples e flexível Grandes e inflexíveis Pequenos e flexíveis QUALIDADE Máxima permitida a época Inspeção 100% Na fonte CUSTO Elevado Baixo Baixo CONTATO CLIENTE/ FORNECEDOR alto baixo baixo SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS Conceitos Iniciais SISTEMA DE PRODUÇÃO LEAN • Sistema de Produção Enxuta • Sistema de Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing) • Sistema Toyota de Produção (TPS) • Sistema de Produção Just-in-time • Pensamento Enxuto (Lean Thinking)... FAZER MAIS COM MENOS! PENSAMENTO LEAN Qual é a melhor forma de mover uma carga de 6000kg com uma empilhadeira com capacidade para 2000kg? MURA (Irregularidade) 2 viagens de 2000kg 2 viagens de 1000kg MURI (Sobrecarga) 2 viagens de 3000kg MUDA (Desperdício) 6 viagens de 1000kg Situação ótima: 3 viagens de 2000kg Os 3M’s do Pensamento Lean OS 8 DESPERDÍCIOS LEAN SUPERPRODUÇÃO • Produzir mais do que a demanda; • Busca pela máxima utilização dos recursos; • Fluxo empurrado. Sistema EMPURRADO vs. Sistema PUXADO LEMA: JUST IN TIME!!! Prevista Real Just-in-Time Num processo Just-in-Time deve-se fornecer: • o que o cliente deseja • na quantidade que o cliente deseja • quando o cliente deseja Questões do Planejamento e Controle da Produção Programação Carregamento SequenciamentoMonitoramento & Controle INVENTÁRIO / ESTOQUE • Acúmulo de produtos ao longo do processo: • Matéria prima • Material em processo (WIP) • Produto acabado • Estoques sem previsão para saída; • Estoques antigos parados (FIFO não funciona); • Problemas na visualização do processo total. ESPERA • Operadores aguardando: • Peças ou materiais de postos anteriores; • máquina quebrada • grandes lotes • gargalo • Informações para dar continuidade; • Disponibilidade de máquina; Lead time • Aplicar esforços em atividade que não agregam valor ao cliente: • Inspeção; • Procedimentos ambíguos/duplicados; • Adição de recurso que o cliente não está interessado; • Inclusão de informações ambíguas em relatórios/ procedimentos desnecessários; • Redigitar informação – era fax; PROCESSAMENTO DESNECESSÁRIO DEFEITOS • Falhas/erros que geram retrabalho; • Perda total de peças – sucateamento; • Aumento do custo (postos de inspeção 100%); • Algumas decorrências: • Falta de manutenção dos equipamentos; • Falta de treinamento; • Falta de procedimento adequado; • Falta de tecnologia adequada... Fonte: http://www.portal-administracao.com/2015/11/gestao-da-qualidade-fundamentos.html MOVIMENTAÇÃO • Movimento desnecessário dos colaboradores no processo em busca de: • Materiais • Ferramentas • Instruções/informações • Alcançar o posto seguinte... TRANSPORTE • Movimento desnecessário de peças e materiais entre processos. . 8° - CONHECIMENTO SEM LIGAÇÃO • Falta de comunicação entre: • colaborações – departamentos; • empresa – fornecedores; • Empresa – clientes; • Inibe a construção do conhecimento (soluções criativas); • Alocar funcionários sem observar especialidades e potencial do mesmo. OS 8 DESPERDÍCIOS LEAN FLUXO DE VALOR: como enxergar? -Esta atividade é realmente necessária? o cliente vai pagar por isso? - Se eliminá-la, o cliente irá notar? a qualidade do produto final será prejudicada? - Posso incorporar esta etapa em alguma outra? Lead Time Novo Lead Time Pedido cliente Entrega Fonte: Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing Fonte: Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing Fonte: http//unigalera.vilabol.com.br Análise do Tempo Total na Manufatura Convencional – IMAM Consultoria Movimentação, Espera, Estoque, Inspeções... (PERDAS) Tempo Produtivo (add value) Preparação e ajustes (necessário, mas pode ser reduzido) 0% 2% 5% 100% Existência de 73 etapas de movimentação de materiais entre o descarregamento da m.p dos caminhões e a descarga do produto acabado no local do destino Fonte: Moura (2012, p.6) Fonte: Prof. Silene Seibel 30 min 30 min 30 min Busca contínua pela agregação de valor... Fonte: Prof. Silene Seibel Fonte: Prof. Silene Seibel DESAFIO LEAN • Enxergar os desperdícios; • Encontrar as causas; • Eliminá-las/Reduzi-las; • Posteriormente, monitorá-las. LÓGICA PARA ESTABELECIMENTO PREÇO DO PRODUTO Velha Equação Custo + Lucro = Preço Nova Equação Preço (fixo) – Custo = Lucro Ponto-chave REDUÇÃO DE CUSTOS Custo Preço Fixo (mercado) Lucro Valor ao cliente O que afetará então a redução de tais desperdícios? Pensamento Sistêmico SISTEMA “Habilidade de pensar em termos de sistemas e saber como liderar sistemas” (Dennis, 2008, p.34) Princípios do Pensamento Lean ZERO DEFEITOS Fonte: Prof. Silene Seibel PRINCÍPIOS LEAN THINKING CASA DA TOYOTA Fonte: http://pt.slideshare.net/gustavohd/lean-manufacturing-springer 36 TPM TRABALHO PADRÃO SISTEMA A PROVA DE ERROS (Poka Yoke) FLUXO CONTÍNUO 5S KANBAN REDUÇÃO DE SETUP CONCEITOS EMBUTIDOS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO LEAN • Simplificação – eliminação de fluxos cruzados ao longo do chão de fábrica; • Padronização – tarefas especificadas no que se refere ao conteúdo, sequência, ritmo e resultado; • Envolvimento de todos colaboradores para solução de problemas - motivação; • Criatividade - os funcionários são estimulados a tentar encontrar modos melhores de executar suas tarefas; CONCEITOS EMBUTIDOS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO LEAN • Estabilidade de processo - carga diária nas estações de trabalho individuais for relativamente uniforme. • Redução de custo – redução de desperdícios; • Qualidade - aprimoramento contínuo; • Criar valor – identificação das atividades que realmente adicionam valor ao produto e, consequentemente, cliente. Perguntas?? Exercício em sala 1) Conhecendo um pouco mais sobre a MANUFATURA LEAN, monte um mapa mental ou uma lista indicando diferenças entre o sistema de manufatura Lean e o Tradicional. 2) Listem também relações comuns/conexões entre Qualidade e Produção Lean. 3) Qual a lógica da lucratividade do Lean? APRESENTAR NA PRÓXIMA AULA TRADICIONAL LEAN Mova o metal! Cumpra os números! Para a produção para que a produção nunca tenha que parar (Jidoka) Produza quanto puder. Vá o mais rápido possível (Sistema empurrado) Produza apenas o que o cliente pediu (Sistema puxado) Produza lotes grandes e mova-os lentamente pelo sistema (Lote e fila) Produza objetos um de cada vez e mova-os rapidamente pelo sistema (Fluxo) Você fará assim! (líder = chefe) O que você acha? (Líder = professor) Temos alguns padrões (não tenho certeza de quais sejam ou se são seguidos...) Temos padrões visuais simples para todas as coisas importantes. Engenheiros e outros especialistas criam os padrões. O resto faz o que é mandado. O pessoal mais próximo do trabalho desenvolve os padrões e chama as especialistas quando for necessários Não seja pego com a mão na botija! Torne os problemas visíveis. Apenas os peões vão até a chão de fábrica. Vá e veja por si mesmo. Faça – Faça – Faça – Faça! Plan – Do – Check – Action (PDCA) SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS Os 5 Sensos ESTABILIDADE NO SISTEMA PRODUTIVO • Mão de obra (Man/Woman) • Máquina (Machine) • Material (Material) • Método (Method) O QUE FAZER??? A abordagem de fácil entendimento, principalmente por ser um gibi então com os desenhos mostrando qual é o objetivo de cada S 1 SENSO DA UTILIZAÇÃO: Separar e Descartar (Classificar) Sem bagunça se faz mais com menos ! � Identificar os itens que não são necessários para o trabalho atualmente realizado na área e anexar a eles uma etiqueta vermelha. � Remover os itens etiquetados para uma área de espera; � Determinar o destino dos itens etiquetados (vender, jogar fora, consertar,retornar a área). Essa tarefa deve ser executada por um gestor da área de trabalho; � Definir o melhor local para guardar os itens remanescentes. 1 SENSO DA UTILIZAÇÃO: Separar e Descartar (Classificar) Sem bagunça se faz mais com menos ! � Identificar os itens que não são necessários para o trabalho atualmente realizado na área e anexar a eles uma etiqueta vermelha. � Remover os itens etiquetados para uma área de espera; � Determinar o destino dos itens etiquetados (vender, jogar fora, consertar, retornar a área). Essa tarefa deve ser executada por um gestor da área de trabalho; � Definir o melhor local para guardar os itens remanescentes. Como melhorar o senso de utilização? Sempre acho que tudo é necessário e vale guardar, nunca consigo reduzir os papéis na minha mesa, e-mails na caixa de entrada e documentos na rede. Fonte: Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing “Ouvimos, vemos e aplicamos o 5S na empresa e no trabalho com frequência, mas sempre temos que ser lembrados dele. Precisamos fazer disso uma atividade natural. Legal falar que ele também deve ser usado em computadores. Do que adianta ter um mesa organizada e não achar as pastas de trabalho no PC?!” “...No primeiro passo por exemplo, entra o comodismo de simplesmente acumular coisas para jogar fora depois, doar depois ou “talvez usar daqui um tempo". O segundo combate a falta de padronização, busca deixar as coisas sempre visíveis, facilitando o acesso a elas. Um exemplo seria de uma pasta de documentos, se simplesmente for colocado qualquer documento (certificados de cursos, contas pagas, a pagar, certidão de nascimento, casamento, etc.) na mesma pasta sem separar por tipo, quando for necessário procurar por um certificado vai ser muito mais demorado e provavelmente irá aumentar a mistura de documentos na pasta. Etiquetas, fitas, delimitações são muito importantes pra deixar a rotina mais prática.” 2 SENSO DA ORGANIZAÇÃO: Ordenar Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar ! � Identificar os itens necessários (etiquetar) para que os mesmos possam ser encontrados por qualquer pessoa; � Criar limites e áreas para colocação dos itens; CRIAR LIMITES E ÁREAS Fonte: Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing As coisas ficaram mais fáceis de achar desde que numeramos as prateleiras,as peças e as ferramentas Que tal fazermos um local aqui para colocarmos as ferramentas que mais usamos? Número da prateleira Número do item 3 SENSO DA HIGIENE E LIMPEZA Mais importante do que limpar é aprender a não sujar ! � Limpar a área de trabalho ou área foco da organização; � Atribuir tarefas de limpeza rotineiras as pessoas que operam o processo. � Limpeza ajuda a detectar zonas de erros, vazamentos em equipamentos, problemas em gerais... 21 Antes do 5S Depois do 5S 4 SENSO DA PADRONIZAÇÃO ou SENSO DA SAÚDE Bons hábitos contribuindo para nossa saúde ! � Criar procedimentos padronizados para a realização das tarefas diárias das etapas classificar, ordenar e limpar; � Afixar, na área de trabalho, fotografias do “antes” e “depois” e incorporar o “depois” ao padrão. � Padronizar cronogramas de limpeza semanais. � Desenhar um mapa 5S apresentando a melhor localização para cada item com base na frequência de uso e nos princípios de economia de movimentos. 5 SENSO DA AUTODISCIPLINA: Hábitos Melhoria contínua: respeito, persistência e comprometimento. � Comprometimento de todos os níveis de gerência; � Usar criatividade para sugerir melhorias; � Exercitar o aprendizado continuamente (natural); � Ter paciência e persistência para formar/criar novos hábitos saudáveis; � Auditar periodicamente o cumprimentos dos padrões. SENSO DA (AUTO)DISCIPLINA “As coisas tendem a se desmanchar. Essa é a segunda lei da termodinâmica (ou Lei de Murphy)” (Dennis, 2008, p.53) • Envolvimento de todos! Ex: rodízio de responsáveis de cada área para manter o ambiente. • Comunicação – Ex: quadro informativos (antes e depois – fotos; calendário de limpeza). • Incentivos – Ex: reconhecimento do departamento mais 5S, ou funcionário mais colaborativo, concursos de logos... • Treinamento! Desde gerentes até operadores. Fonte:http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/qualidade_na_gestao/5s/index.php?p=1080 Quadro de Auditoria O QUE BUSCA O 5S? • PADRÃO! – SIMPLES, CLARO E VISUAL • Tornar claro as condições fora do padrão • Forma de comparar É um planejamento sistemático que busca organizar a “casa” – programa simples, de baixo custo e que exige o envolvimento do todos! GERENCIAMENTO VISUAL Fonte: Adaptado de Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing Em decorrência de chuvas torrenciais nas últimas duas semanas, esta via pública esta bloqueada devido a diversos buracos na pista que podem causar acidente. BENEFÍCIOS DO 5S • Eliminação de desperdícios; • Prevenção de acidentes; • Qualidade de vida; • Desenvolvimento da criatividade; • Melhor aproveitamento do tempo, espaço físico e recursos; • Aumento da produtividade; • Melhoria atendimento dos clientes; • Base para outras iniciativas de melhoria dentro da filosofia Lean. In: Junior, Barbosa e Prates (2012) ORGANIZAÇÃO PADRONIZAÇÃO CLASSIFICAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA DIMENSÕES DO 5S • Preparação do ambiente por meio da utilização, organização e limpeza buscando fluxo de trabalho mais eficiente - rápido e sem desperdício. FÍSICA • Motivada pelo aprendizado contínuo a partir dos 5 sensos, cultivando novos valores e padrões. INTELECTURAL • Efeito positivo a todos, incentivando ainda o trabalho conjunto por todos e em qualquer nível hierárquico. Dia D (Descarte). SOCIAL SUCESSO DO PROGRAMA 1) Implantação – Buscar comprometimento do nível estratégico; – Buscar o conhecimento do nível tático; – Buscar a sensibilização do nível operacional; – Formar equipes 5S para a implantação; – Capacitar os facilitadores; – Registrar a situação atual; – Divulgar o programa em toda organização; – Promover o Dia do Descarte (Dia D) com foco na otimização da utilização, na ordenação física, operacional e na limpeza. SUCESSO DO PROGRAMA 2) Consolidação e Manutenção – Manter o comprometimento de todos os níveis; – Criar ações para divulgação do programa; – Criar ações para motivar os colaboradores; – Definir critérios de inspeção para buscar um fluxo produtivo eficaz; – Capacitar a equipe para inspeção; – Criar e implantar o programa de reconhecimento e recompensa; – Reforçar o programa com valores de modo a cristalizar todos os sensos no dia a dia. FASE 1 Se livrar de todo o lixo! FASE 2 Criar formas de manter! “Os 3 primeiros sensos são os mais tranquilos de serem aplicados, só requer um pouco de trabalho manual, a maior dificuldade está nos dois últimos sensos, que requer mudanças de hábito e atitude, e é aí que geralmente os programas de 5S falham.” • Acredito que o 5S, de fato, é uma ferramenta muito importante para a melhoria contínua da empresa. Mas trabalho em uma indústria, e estou muito ligada ao chão de fábrica. Minha "dúvida" é com relação à prática dessa ferramenta dentro da produção... Como é possível fazer com que todos entendam a necessidade da organização? E ainda, como é possível manter os princípios, mesmo com a "correria" de entrega de pedido, recebimento de material atrasado, ferramental quebrado, etc? (R: 5°Senso) – “O Como manter o 5S pega bem no ponto que acho que é o mais complicado, fazer virar natural e incorporar na rotina sem que as pessoas fiquem com isso "martelando" na cabeça.” • O 5s pode ter adaptações culturais dependendo da região? Até que ponto é possível haver essas adaptações? (R: Sim, adaptações de acordo com a cultura da organização e até o ponto que seja interessante e ela e que atenda o objetivo do 5S de maneira saudável). DÚVIDAS (2sem2018) • Como fazer para quetodos os colaboradores da empresa se envolvam para iniciar e manter o 5S? • Assim como foi exemplificado o quarto S na história “Como Manter o 5S”, quais seriam os exemplos possíveis para realizar a manutenção do quinto S? – R: Iniciar: ter envolvimento da gerência como passo inicial; Manter: não deixar o programa morrer – gerência tendo ciência da importância e cobrando auditorias constantes e motivar as pessoas por meio de concursos e retribuições até virar hábito. Treinamentos constantes, especialmente para pessoas novas... “A auto-disciplina para manter os outros passos é o mais importante ao meu ver, pois com o passar do tempo a tentação de comodismo e de surgimento de maus hábitos é muito frequente.” “Achei interessante que a todo o momento, no primeiro e no segundo gibi, o que realmente faz a diferença é o comprometimento das pessoas em manter o ambiente dentro dos sensos.” “... Qualquer melhoria quebra a rotina e exige novas práticas dos envolvidos no trabalho e as vezes a tentação de voltar a agir como antes é forte. É necessário que as pessoas responsáveis pela implementação dessas melhorias sirvam como um pilar para sustentar as mudanças a longo prazo.” DÚVIDAS (1sem2019) • Qual é a grande diferença da aplicação do 5s em relação a indústria e a prestação de serviços? – R: Processos analisados! A filosofia é a mesma, independente se é produto (tangível) ou serviço (intangível). DÚVIDAS (2sem2020) • Achei interessante pelo fato de dar bastante ênfase no último senso, que na maioria dos casos é o mais difícil de ser implementado com sucesso. Porém, achei que não ficou muito clara a diferença entre o senso da limpeza e o senso da saúde. – R: Senso da Limpeza – lembrar do “limpar” (após selecionar e organizar); Senso da Saúde – lembrar do “padronizar” – saúde mental! *Literaturas possuem termos diferentes que pode confundir! DÚVIDAS PONTOS INTERESSANTES • Achei interessante a explicação da auto disciplina quando o texto proposto ressalta que os sensos anteriores a autodisciplina se tornam rotina e trazem ganhos diários. • Outro ponto interessante são que os quadrinhos simplificam o entendimento dos sensos e deixam o aprendizado mais divertido. • Na tirinha de "Como manter o 5S" reconheci as dificuldades em implementar/manter o 5S que já vi na prática: a desculpa da falta de tempo, de "depois arruma", de resistência às mudanças etc. PONTOS INTERESSANTES (2019) • Ambos os textos enfatizam bastante o quinto senso da auto-disciplina ... é o mais difícil de ser alcançado, porém é o mais importante. Sem ele todo o esforço dispendido para separar, organizar e limpar as coisas acaba se perdendo assim, o local de trabalho volta a ser uma bagunça e os "dinossauros" voltam a nos atrapalhar. • O que achei interessante foi o gibi se passar na área da saúde. Ás vezes como a nossa faculdade é muito voltada para a indústria, esquecemos que as ferramentas que aprendemos (lean, qualidade..) podem ser usadas em tantas outras áreas, e esta interação vem crescendo cada dia mais. • ...Começamos a implantar a metodologia no escritório que trabalho e a reação do dinossauro foi a mesma. • É interessante ver o quanto a aplicação do 5s e a cobrança de que ele se torne uma prática constante traz melhorias a empresa. Com o passar do tempo, os próprios colaboradores tornam-se dependentes da aplicação do método, pois notam [sua relevância no dia a dia]. • Achei interessante a abordagem do texto de como a implantação do 5s tem um impacto positivo nos indicadores de desempenho e produtividade das empresas. PONTOS INTERESSANTES (2sem2018) • As duas histórias em quadrinhos mostram a flexibilidade do 5S e como ele pode ser aplicado tanto no ambiente fabril e administrativo, quanto em hospitais. E os métodos utilizados são os mesmos, alterando apenas os stakeholders e as ferramentas e coisas que devem ser organizadas. • O destaque ficou por conta da importância da participação das pessoas em todo o processo, são elas que irão trabalhar no ambiente, sabem definir quais materiais são necessários, identificar a melhor maneira de padronização, e o principal, precisam ter ciência da necessidade de manutenção do programa 5S de modo a exercer o último senso, disciplina, e manter o ambiente da melhor maneira possível. A participação das pessoas também é fundamental para que sintam que as melhorias irão facilitar seu trabalho e lhes trazer benefícios, desse modo fica mais fácil manter o programa rodando. • A didática na hora de explicar conceitos que melhoram a qualidade de vida no ambiente de trabalho faz toda a diferença, de modo que as pessoas tomem como sua responsabilidade o zelo pelo ambiente, sem achar que estão "limpando a empresa de graça" ou "perdendo tempo de trabalho" colocando as coisas no lugar novamente. DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO (1sem2019) • Maior dificuldade é sempre a mudança cultural associada ao 5S. A alta direção deve "comprar" a ideia, caso contrário, os colaboradores do operacional nunca irão entender o 5S como algo a ser cumprido. Dado o exposto, pode-se notar que, após a implementação do 5S, auditorias para ver o estado dos 5 sensos são de extrema importância, dado o caráter avaliativo e de cobrança. • Enquanto na Smart, participei de uma implementação de 5S na empresa FBM, que fabrica moldes. Foi uma experiência desafiadora, pois a empresa nunca havia feito nada do tipo, e uma das partes mais difíceis foi a mudança de cultura que tivemos que gerar. A implementação por consequência não foi completa e não conseguimos cumprir todos os objetos do projeto. • ... participei de um projeto de layout e dentro dos estudos (diagrama de espaguete) foi identificado que os colaboradores levavam muito tempo para encontrar as ferramentas necessárias para o seu trabalho e ficavam andando de um lado pro outro na empresa e no almoxarifado. Nessa caso, identificamos a oportunidade de aplicar um 5S também. DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO • Implantei no Trainee da Smart, no Hurakan. O maior problema sempre é a resistência dos colaboradores a descartar materiais por medo de precisar usá-los algum dia, e claro, manter a disciplina. • Porém, é sabido que há uma dificuldade natural ao ser humano para se adaptar as mudanças. DIFICULDADES/FACILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO • ... Uma das maiores dificuldades é a resistência dos colaboradores. • Sim, as facilidades foram as primeiras fases (utilização, ordenação, limpeza e saúde), apesar de serem braçais e demandarem muito esforço e tempo, elas são simples de serem desenvolvidas. Entretanto, a implementação ao longo prazo e a adequação da cultura do 5S para a empresa foi a fase mais difícil. • ... Havia recompensas para quem mantinha um histórico de cumprir com a responsabilidade do 5S e punições para quem não cumpria. Hoje eu entendo que este sistema era errado, pois não era contínuo e não era todo mundo engajado nos 5S ao mesmo tempo, aplicando no dia a dia e em todas as esferas. Em termos de utilização e de ordenação nós até fazíamos da maneira correta: o espaço físico da empresa era pequeno, por isso tinha sinalização de onde guardar cada coisa e as pessoas respeitavam a sinalização; além de que periodicamente nós tirávamos as coisas inúteis acumuladas da empresa. Mas nota-se que não era um aspecto cultural mesmo na empresa pelo fato de as coisas continuarem se acumulando. • Inicialmente todos colaboram, porém com o passar do tempo as pessoas acabam relaxando pois o 5s não chega ao ponto de se tornar uma cultura realmente. É muito difícil passar a ideia de que 5s é uma filosofia que pode trazer inúmeros benefícios pois os colaboradores tendem a manter seus antigos comportamentos rotineiros. DIFICULDADES/FACILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO • . Sim, trabalho na melhoria contínua da Fabio Perini e estou iniciando como auditora 8S este semestre. Até hoje só acompanhei uma auditoria com meu chefe e tenho mais algumas agendadas. Foi muito interessante acompanhartoda a movimentação do pessoal que ao ver que estava ocorrendo a auditoria correu para ajeitar suas coisas o mais rápido possível. Achei desafiador destacar os pontos negativos da organização dos colaboradores. Por outro lado pode-se perceber a atenção deles e o zelo para fazer a alteração para a forma adequada. DIFICULDADES/FACILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO (2019) • Dificuldades: mudança de mentalidade de pessoas antigas na empresa; do pessoal fabril que imagina ser algo muito complexo, etc. • Aplicamos em um laboratório aqui da UDESC e nossa maior dificuldade foi convencer o professor de que era importante, e achar um lugar para cada coisa. Além disso, aplicamos auditoria interna que nunca foi realizada. Das facilidades, foi etiquetar tudo e a parte da limpeza. • Minha maior dificuldade foi utilizar o senso de utilização em coisas que não eram minhas. Depender muito do cliente é moroso e desestimulante. • Tivemos dificuldade em convencer o dono da empresa em permitir que um funcionário dedicasse seu tempo de trabalho para nos auxiliar na implantação dos sensos de utilização e ordenação, visto que não podíamos realizar esta etapa sem a ajuda de alguém que conhecia bem os processos da empresa... • Na minha empresa é responsabilidade dos estagiários a auditoria mensal em todos os setores da empresa visando a aplicação do 5s. É interessante notar o quanto isso é algo que todos os colaboradores valorizam, ... Mas mesmo sendo uma prática consolidada na empresa, alguns setores resistem na correção de problemas identificadas por nós, auditores. Temos que insistir e criar medidas para que eles sejam "punidos" para que assim mudem. ... e alguns colaboradores não concordam com a nossa avaliação, insistindo que o problema está sempre nos outros setores e não no seu próprio. FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO FACILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO (1sem2019) • Já trabalhei em empresa que já estava implantado, mas na empresa que estou atualmente, traçamos como meta no Planejamento Estratégico do ano a implantação do 5S tanto nas áreas administrativas com, principalmente, na produção. • ...Uma facilidade seria no senso da utilização onde os indivíduos pode trabalhar percebem o que é útil ou não, cabe apenas a vontade e atitude para descarte. x • a maior dificuldade do grupo foi em separar as peças por tipos e quais seriam uteis e inúteis. A aplicação foi no nPEE e tinham muitos componentes elétricos pequenos que o grupo não sabia o que era, além de não ter conhecimento sobre o funcionamento deles. Porém um dos responsáveis pelo laboratório guiou a gente indicando quais que podiam ser descartados, quais podiam ser colocados na mesma caixa, os nomes para as etiquetas, etc. PONTOS INTERESSANTES (2sem2018) • Todos os pontos do programa 5S são fundamentais como meta na qualidade de vida e trabalho, mas o que me chama a atenção é a instalação da padronização e ordenação das coisas, este quesito agiliza todo um processo de atividades as serem desempenhadas no trabalho. • Achei interessante o ponto dos dinossauros na empresa que não querem ou não conseguem se adaptar e pensar diferente. • Trabalhar para evitar que os "dinossauros" voltem para dentro da empresa. Esse ponto é interessante por que geralmente a motivação é grande inicialmente, porém quando cai no comodismo, os velhos hábitos retornam e se mostram mais fáceis por já terem sidos praticados. DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO (2sem2018) • ... Foi bastante frustrante ... porque não foi encarado como uma mudança real e positiva pela equipe... eu tinha que ficar no pé de todo mundo, o tempo todo, e dar o exemplo. Então se eu deixasse um papel sobre a mesa e alguém visse era o fim do mundo e a justificativa para não fazerem. • A maior dificuldade na empresa que eu trabalhava, era que as ordens de implantação do 5s, melhoria contínua, etc.: eram canalizadas de superiores para seus colaboradores... Não era algo que acontecia no dia a dia... Outro ponto era que no momento em que ocorriam as inspeções (realizadas por uma comissão), o setor se preparava para deixar as coisas organizadas... Não existia a auto disciplina em alguns momentos... • ... Foi extremamente difícil espalhar a cultura do 5s, pois era área de engenharia, e os engenheiros são conhecidos como acumuladores. Nós realizávamos uma auditoria mensal surpresa em todas as mesas, de forma que cada zona tinha uma pontuação e esta pontuação afetava diretamente o PMP do funcionário. • ... Albatroz = as dificuldades que tivemos foram: conseguir materiais, moveis que o espaço precisava; faltou engajamento do líder da equipe; dificuldade em atender o que a equipe precisava. As facilidades do projeto foram: após notarmos o que estávamos sendo falhos, em reunião conseguimos alinhar as ideias, e realizar a aplicação do 5's (seguindo os 5 sensos). • ... PET = foi fácil manter a ordem, pois a cultura já estava enraizada há algum tempo dentre os membros da equipe. Todos tinham também, noção da importância do 5S no cotidiano e rotina de trabalho. DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO (2sem2018) • ... Cadenas (jóias) = maior dificuldade foi a constância da organização e a padronização para colaboradores antigos e acostumados com a antiga forma de trabalhar. /// ...Sim, houve resistência a implantação e dificuldade em desapegar do que não é útil ao trabalho. • Fazemos auditorias mensais em 7 setores baseado no 5s na empresa. Temos muita dificuldade na demonstração das necessidades e melhoras de pequenas atitudes, com isso acabamos levando parte do tempo das auditorias sempre para tentar conscientizar os colaboradores, mesmo em alguns casos sendo "inútil". • ... Smart = A maior dificuldade foram as restrições que se tinha em função do tamanho dos equipamentos, tratava-se de um laboratório, e também por que eles chegavam a altas temperaturas. Esta situação impossibilitou o desenvolvimento de opções variadas de layout. Outra dificuldade foi convencer os responsáveis pelo laboratório a se "desapegar" das coisas. ... Além disso, há uma variedade grande de pessoas que frequentam o laboratório, então não foi possível conscientizar à todos. • BUSSCAR (almoxarifado) = ... foram levantadas várias peças obsoletas e mesmo fora de linha, que por não serem usadas a muito tempo, tiveram que ser destinadas a retrabalho para adaptação a novos carros, ou sucateamento. Na época esta atitude levou a muitos conflitos internos entre gerências e diretoria, pois esta conta iria parar no Centro de Custo de algum setor. Qual dos 5 sensos é o mais difícil de manter e por que? • O senso da auto-disciplina, pois a mudança cultural é algo que acontece aos poucos. Ou seja, se dada de forma abrupta, o 5S não perdura. • Autodisciplina. É uma tarefa que não tem fim, é ela que da a continuidade do 5s. • Sem dúvida é o 5°s Shitsuke (auto-disciplina), pois muitas vezes as pessoas podem achar que o método tem um fim, quando na verdade é para ser continuo para procurar melhorias. 5S em escritório (exemplo prático) 5S em hospital (exemplo prático) RESUMINDO... Referências • Dennis, P. Produção Lean Simplificada. 2°ed. Porto Alegre, Bookman, 2008. • Rodrigues, M.V. Sistema de Produção Lean Manufacturing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. • Werkema, C. Lean Seis Sigma: Introdução às Ferramentas do Lean Manufacturing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. • Treinamento Lean Manufacturing Eaton. • Prof. Mauri Guerra – Visão do processo lean manufacturing • Informações diversas internet. • R. S. Agrahari, P.A. Dangle, K.V.Chandratre. Implementation Of 5S Methodology In The Small Scale Industry: A Case Study. INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC & TECHNOLOGY RESEARCH VOLUME 4, ISSUE 04, APRIL 2015 • Junior, Barbosa e Prates. IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA 5S EM EMPRESA DO RAMO MOVELEIRO LOCALIZADA NA REGIÃO DE ITAPEVA SP. Qualit@s Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 Vol.13. No 1 (2012) Perguntas?? SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS– DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS FLUXO CONTÍNUO Fonte: http://pt.slideshare.net/gustavohd/lean-manufacturing-springer PRODUÇÃO EM FLUXO CONTÍNUO Tradicional (lotes): funcionários estão posicionados em postos de trabalhos distintos e distante, trabalhando isoladamente. Fluxo Contínuo: funcionários estão posicionados próximos e em sequência, realizando a produção de uma peça por vez consecutivamente. DINÂMICA FLUXO CONTÍNUO INSTRUÇÕES DINÂMICA – FÁBRICA DE TORNEIRA INSTRUÇÕES DINÂMICA – FÁBRICA DE BINÓCULO RESUMO DOS CENÁRIOS DAS DINÂMICAS 1) Produção tradicional – Lote 6 peças 2) Produção tradicional – Lote 6 peças – Retirar etapas não agregam valor 3) Produção tradicional – Lote 3 peças – Apenas etapas que agregam valor 4) Fluxo contínuo – Lote 3 peças – Apenas etapas que agregam valor ANOTAR LEAD TIMES DE PRODUÇÃO (TEMPO DE ATRAVESSAMENTO) Fluxo Lote Processos Número Operadore s LEAD TIME 1 Tradicional (lotes) 6 Transporte, Processos, Inspeção, Transporte 5 2 Tradicional (lotes) 6 4 3 Tradicional (lotes) 3 4 4 Contínuo 3 3 CENÁRIO 1 (Produção Tradicional em lote – 6 peças)Componentes Produto Acabado P1 P2 P3 Insp eção OP1 OP2 OP3 OP4 OP1 OP2 OP3 OP4 Inspeção CENÁRIO 2 (Produção Tradicional em lote – 6 peças) - Minimizar transporte - Melhor sequência de montagem - Sem inspeção Componentes Produto Acabado P1 P2 P3 OP1 OP2 OP1 OP2 OP3 OP3 CENÁRIO 3 (Produção Tradicional em lote – 3 peças) Componentes Produto Acabado P1 P2 P3 OP1 OP2 OP3 OP1 OP2 OP3 CENÁRIO 4 (Fluxo contínuo de produção – 3 peças) Produto Acabado P1 P1 P1 OP1 OP2 OP3 OP1 OP2 OP3 DISCUTIR EM GRUPO 1. Qual o efeito da retirada de etapas de desperdícios no lead time? 2. Qual o efeito da redução dos lotes sobre no lead time? 3. Qual o efeito da introdução do fluxo contínuo no lead time? 4. Qual a vantagem do fluxo contínuo? 5. Que tipos de desperdícios foram eliminados? 6. Os resultados aqui obtido é um senso comum nas empresas? Justifique. Tempo Processamento = 1 min/peça Tempo Decorrido (min) Produção Tradicional em Lotes Tempo Decorrido (min) Tempo Processamento = 1 min/peça Fluxo Contínuo FLUXO CONTÍNUO A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D 0 5 min 20 5 5 min 10 5 min 15 5 min 0 1 min 4 1 min 3 1 min 2 1 min 1 A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D8 Balance 4 min FLUXO EM AMBIENTE LOTES E FILAS F P1T S I F P2T S I F P10T S I (T… Transporte; F… Fila; S… Setup; P… Processo; I… Inspeção) • Sistema com 10 operações agregadoras de valor (P) e 40 operações não agregadoras de valor (T, F, S, I) • Lote de Produção: 300 peças • Tempo de Processo: – 1 minuto por peça em operações agregadoras de valor – 1 hora (lote) cada processo não agregador de valor • Lote de transferência = Lote de Produção • Lead Time = 90 horas Posto de trabalho CONCEITO DE ATRASO RELATIVO • Atraso relativo ao processo: tempo de fila • Atraso relativo ao lote (lot delay) é o tempo que cada peça do lote espera pelas demais peças do lote, antes de serem enviadas para a próxima operação. Op. 1 Op. 1 Todas as 1000 unid devem estar processadas para serem transportadas Lote: 1000 unid. ELIMINANDO OPERAÇÕES QUE NÃO AGREGAM VALOR P1 P2 P10 (T… Transporte; F… Fila; S… Setup; P… Processo; I… Inspeção) • Sistema com 10 operações agregadoras de valor (P) e eliminação das operações não agregadoras de valor • Lote de Produção: 300 peças • Tempo de Processo: – 1 minuto (em operações agregadoras de valor) – 1 hora (lote) cada processo não agregador de valor • Lote de transferência = Lote de Produção • Lead Time = 50 horas CRIANDO FLUXO UNITÁRIO DE PEÇAS • Sistema com 10 operações agregadoras de valor (P) sem operações que não agregam de valor em fluxo contínuo • Lote de Produção: 300 peças • Tempo de Processo: – 1 minuto (em operações agregadoras de valor) • Lote de transferência = Unitário (One Piece Flow) • Lead Time = 5,15 horas P1 P2 P10 REDUZINDO OS LOTES • Sistema com 10 operações agregadoras de valor (P) • Lote de Produção: 50 peças • Tempo de Processo: – 1 minuto (em operações agregadoras de valor) • Lote de transferência = Unitário (One Piece Flow) • Lead Time = 59 minutos P P P Fluxo contínuo pode ser criado quando continuamente eliminamos atividades que não agregam valor Perguntas?? REFERÊNCIAS • Dennis, P. Produção Lean Simplificada. 2°ed. Porto Alegre, Bookman, 2008. • Treinamento Lean Manufacturing Eaton. • Prof. Silene Seibel – Sistemas de Produção Lean (slides adaptados) • www.leaninstitute.com.br EXERCÍCIOS 1) Considere uma linha de produção com 5 postos agregadores de valor sequenciados em fluxo contínuo. O processamento de cada peça leva 3 minutos em cada posto AV. Qual o lead time para um lote de? a) 400 peças b) 200 peças c) 30 peças d) Qual foi a redução obtida do 1° cenário (a) para o último (c)? 2) Considere que um posto de trabalho com: transporte, setup, processamento e inspeção. O tempo de processamento neste sistema é de 5min e o tempo de transporte, setup e inspeção juntos é de 1 hora total. Todavia, para o produto sair pronto da fábrica, o mesmo passa por mais 4 postos de trabalhos como o descrito acima. Qual o lead time da produção para um lote de 300 peças? SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS TRABALHO PADRONIZADO “TRABALHO PADRONIZADO É UM PROCESSO E NÃO UMA PRISÃO” (DENNIS, 2008, p.71) SIMPLIFICAÇÃO “ONDE NÃO HÁ PADRÃO, NÃO PODE HAVER MELHORIA” (Taiichi Ohno) Um processo é simplesmente um conjunto de etapas ou ações que possui um meta claramente definida. Logo, o trabalho padronizado é uma ferramenta para desenvolver, confirmar e melhorar o processo (DENNIS, 2008). MÃO DE OBRA MÁQUINA MATERIAL MÉTODO • O que fazer? • Quando fazer? • Como/Em que ordem? TRABALHO PADRONIZADO Taylorismo (produção em massa) Toyotismo (produção enxuta) Os trabalhadores não estão envolvidos em projetar o trabalho ou fazer melhorias; Os operadores estão intensamente envolvidos nas decisões do processo – empowerment; Existe um jeito certo (e os engenheiros irão defini-lo); O jeito certo é discutido e identificado em conjunto com os operadores; Padrões raramente mudam (e apenas os especialistas podem mudá-los). Padrões mudam constantemente – melhorias ilimitadas TRABALHO PADRONIZADO Fornecer base para melhorias de operações Melhorias ilimitadas Padronizar: garantir os ganhos, avançar na caminhada! TRABALHO PADRÃO • qualidade • segurança do operador • evita movimentos desnecessários • evita danos nos equipamentos • mantém fluxo suave e constante • ... Sempre que um trabalho for executado, recomenda-se que ele seja repetido da mesma maneira. Essa repetição garante: ESTABILIDADE Sem padronização: Com padronização: Estabilidade! Grande variabilidade! OS 3 ELEMENTOS DO TRABALHO PADRONIZADO • Tempo Takt • Sequência de Trabalho Padrão • Estoque em Processo (WIP) TEMPO TAKT A palavra Takt significa um intervalo preciso de tempo, como na métrica musical. Ela pode ser entendida como RITMO. O tempo Takt ajusta (sincroniza) o fluxo na produção com a demanda do cliente Tempo Takt = Tempo útil por período Demanda cliente por período Do alemão Taktzeit: Takt = Compasso, ritmo; Zeit = Tempo, período. Para 1 Turno/Dia : Tempo Takt = Tempo Líquido de Operação (por Turno): Turno: minutos Almoço: minutos Limpeza: minutos Tempo Liquido por Turno : Necessidade Mensal (un.): # Dias úteis/Mês : Necessidade do Cliente . Tempo Takt = Tempo Líquido de Operação/Período Necessidades do Cliente/Período CÁLCULO DO TEMPO TAKT CALCULANDO O TEMPO TAKT (EXEMPLO) • 1 Turno – 8 h x 60min/h = 480 min/turno – Reuniões de “start up” – 10 min/turno– Intervalo – 30 min/turno – Limpeza final de turno – 10 min/turno • Tempo de operação sem paradas = 430 min/turno • Demanda do cliente = 50 unidades/turno .min/6,8 50 430 __ __ unidTakt Takt turnoclientedemanda turnoútiltempo Takt = = = TAKT TIME vs. TEMPO DE CICLO • CALCULADO • Quanto se deve produzir para atender a demanda • MEDIDO* • Quanto o processo é capaz de fazer TAKT TIME vs. TEMPO DE CICLO • TC deve ser sempre menor que o Takt Time. Caso contrário o cliente terá que esperar pelo produto ou a empresa perde sua venda/receita. TAKT TIME vs. TEMPO DE CICLO • Supondo que o conteúdo total de trabalho (CTT) para se fazer um produto seja 74 segundos. Elementos de trabalho TAKT TIME vs. TEMPO DE CICLO • Considerando o takt time de 30 segundo, será impossível que um único operador consiga realizar todas as tarefas dentro do Takt. TAKT TIME vs. TEMPO DE CICLO operadoresNop Nop Nop TaktTempo TrabalhoTotalConteúdo Nop 3 47,2 30 74 _ __ ≈ = = = A Bolos Karlstad (BK) é uma empresa manufatureira de bolos especiais, que recentemente conseguiu um contrato de suprimento para uma grande cadeia de supermercados de um bolo especial na forma de uma nave espacial. Foi decidido que os volumes envolvidos nesse fornecimento justificariam uma linha de produção dedicada ao acabamento, decoração e embalagem do bolo. BALANCEAMENTO DE LINHA (PRODUTO ÚNICO) BALANCEAMENTO DE LINHA (PRODUTO ÚNICO) Essa linha teria então de executar os elementos de trabalho mostrados na figura a seguir, que também mostra o diagrama de precedência para o trabalho total. O pedido inicial do supermercado foi de 5000 bolos por semana e o número de horas úteis trabalhadas pela fábrica é 40h por semana. A partir dessas informações, calcule: a) Takt time b) Número de operadores c) % tempo ocioso bolo bolos h TAKT min/48,0 5000 min60*40 == O tempo takt é: O n° de operadores (estágios) requeridos será: operadoresN operadoresN N TAKT CTT N 4 5,3 min48,0 min68,1 ≈ = = = *Takt time *Takt time SITUAÇÃO IDEAL / DESAFIO: IGUALAR TC E TAKT TIME EM UM BALANCEAMENTO DE LINHA Takt time Takt time Manipular recursos para atingir o TAKT TIME • Takt Time – 60 seg. Takt Time – 30 seg. 1 operador. 2 operadores. Maximizar a utilização de máquinas ou pessoas? • PRODUÇÃO TRADICIONAL – Ter máquinas em funcionamento constante com a maior velocidade possível, o que cria a superprodução (muda); – Admitir mais pessoas para manter as máquinas em funcionamento; – Aumentar os produtos em processo para cobrir os problemas e manter as máquinas em funcionamento. • PRODUÇÃO ENXUTA – Mover-se de uma máquina para outra para produzir itens conforme a necessidade; – Carregar máquinas e transferir peças com facilidade, ao passo que o custo de máquinas aumenta exponencialmente com a carga e transferência automáticas; – Facilmente ajustar ciclos de trabalho de acordo com a necessidade de mudanças. Maximizar a utilização de pessoas (flexibilidade humana) – Adicionar/remover operadores; – Adicionar/remover horas extras; – Adicionar/remover novos turnos; – Adicionar/remover horas extras nos finais de semana. – Adicionar/remover máquinas... Manipular recursos para atingir o TAKT TIME – Como? BALANCEAMENTO DE LINHA (PRODUTO MÚLTIPLO) Uma empresa deseja produzir na linha de montagem os produtos X, Y e Z, cuja sequência de montagem é dada a seguir. Sabendo-se que cada operador trabalha 48 minutos por hora, e que devem ser produzidos 30 produtos por hora para atender a demanda do cliente, determinar: a) O Takt e o n° téorico de operadores; b) A divisão do trabalho e o número real de operadores; Deve-se determinar o tempo ponderado para cada operação: min53,0 min73,1 min72,0 min85,1 30 )12*4,28*2,110*7,1( min72,2 30 )12*8,28*310*5,2( = = = =++= =++= E D C B A b) Uma das soluções: Tal solução está em função de não ser possível ultrapassar o Takt que é de 1,6min/prod e as operações não serem divisíveis!*. Contudo, verifica-se que com 7 operadores pode-se ser produzido maior quantidade de produtos. Assim: )(5 72,4 6,1 55,7 min55,7 min/6,1 30 min48 teóricooperadoresNop operadoresNop CTT produto produtos Takt ≈ == = == min53,0 min73,1 min72,0 min85,1 min72,2 _ = = = = = E D C B A PonderadaMédia a) POSTO 1 2 3 4 T/Cprocesso Operações A B D C+E n°operadores 2 2 2 1 Tempo (T/C) 2,72/2 1,85/2 1,73/2 1,25 1,36 0,93 0,87 1,25 1,36 hunidP unid h P /_29,35 min/36,1 min/48 = = OS 3 ELEMENTOS DO TRABALHO PADRONIZADO • Tempo Takt • Sequência de Trabalho Padrão • Estoque em Processo (WIP) Sequência de Trabalho Padronizado • Define-se um sequência passo a passo na qual cada operação de montagem ou processamento é realizada; • Ordem que o trabalho é feito • Deve ser clara e detalhada para cada tarefa do operador; • Gestão visual • Ajuda a identificar e evitar desperdícios. • Kaizen – melhoria contínua Cartas de Trabalho Padrão Carta de Observação / Folha de Estudo de Processo (FEP) Fonte: Prates, Caroline Chagas, & Bandeira, Denise Lindstrom. (2011). Aumento de eficiência por meio do mapeamento do fluxo de produção e aplicação do Índice de Rendimento Operacional Global no processo produtivo de uma empresa de componentes eletrônicos. Gestão & Produção, 18(4), 705-718. Carta de Observação / Folha de Estudo de Processo (FEP) Fonte: Mariz, Renato Nunes, & Picchi, Flávio Augusto. (2013). Método para aplicação do trabalho padronizado. Ambiente Construído, 13(3), 7-27 Carta de Capacidade / Folha de Capacidade de Operação (FCO) diapçsCapacidade pç dia Capacidade pçsetuptempoprocessotempo turnoloperacionatempo Capacidade /4,4 min/20min100 min/528 )/__( __ = + = + = Fonte: Mariz, Renato Nunes, & Picchi, Flávio Augusto. (2013). Método para aplicação do trabalho padronizado. Ambiente Construído, 13(3), 7-27 Gráfico de Balanceamento de Operadores (GBO) ou Yamazumi Fonte: Mariz, Renato Nunes, & Picchi, Flávio Augusto. (2013). Método para aplicação do trabalho padronizado. Ambiente Construído, 13(3), 7-27 Tabela de Combinação de Trabalho Padronizado (TCTP) Carta Final de Trabalho Padronizado / Diagrama de Trabalho Padronizado Fonte: Mariz, Renato Nunes, & Picchi, Flávio Augusto. (2013). Método para aplicação do trabalho padronizado. Ambiente Construído, 13(3), 7-27 Sequência de Trabalho Padronizado Sequência de Trabalho Padronizado OS 3 ELEMENTOS DO TRABALHO PADRONIZADO • Tempo Takt • Sequência de Trabalho Padrão • Estoque em Processo (WIP) Estoque Padrão em Processo • É a quantia mínima de peças incompletas (WIP) para que o operador complete o processo sem ficar parado; • Necessários para manter uma produção contínua – manter estabilidade do processo, porém o mínimo possível. 3 ELEMENTOS DO TRABALHO PADRONIZADO • Tempo takt: é a velocidade com a qual os clientes solicitam os produtos acabados, sendo esta determinada pela divisão do tempo útil disponível de produção por turno pela demanda do cliente (ROTHER; HARRIS, 2002); • Sequência: a ordem das ações que cada trabalhador deve desempenhar dentro do tempo takt (MONDEM, 1998); • Estoque padrão em processo: é a quantidade mínima de estoque necessária para manter a continuidade no fluxo de produção (OHNO, 1997) – manter fluxo suave. REFERÊNCIAS DENNIS, P. Produção Lean Simplificada. Porto Alegre: Bookman, 2011. RODRIGUES, M.V. Sistema de Produção Lean Manufacturing: entendendo, aprendendo e desenvolvendo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. LIKER, J.K., MEIER, D. O Modelo Toyota – manual de aplicação. São Paulo: Bookman, 2009. SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo, SP: Ed. Atlas, 1996. MARTINS, P.G.; LAUGENI, F.P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2005. Slides Gabriel Silva, Giliarde Barni e Lucas Fernandes – Tempo Takt – UDESC. Slides gentilmente fornecidos pelos Professores Silene Seibel e ÉvertonRafael Breitenbach. Perguntas?? ATIVIDADE EM SALA 1. Qual a função do trabalho padronizado? 2. Quais são seus benefícios? 3. Como ele se encaixa dentro da filosofia Lean e qual sua relação com a qualidade? 4. Qual a diferença entre o tempo de ciclo (TC) e o tempo takt (TAKT)? 5. Quais os 3 elementos do trabalho padronizado? Qual seu entendimento sobre eles? SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEAN Profa Carla R. Pereira DEPS – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS PROJETO DE CÉLULA Layout Posicional ARRANJOS FÍSICOS CLÁSSICOS Layout Processo Layout em CélulaLayout em Linha DEFINIÇÃO DE CÉLULA DE PRODUÇÃO “Uma célula é um arranjo de pessoas, máquinas, materiais e métodos em que as etapas do processo estão próximas e ocorrem em ordem sequencial, através da qual as partes são processadas em um fluxo contínuo (lotes unitários a pequenos)”. TUBOS APEX • Produz grande variabilidade de produtos tubulares para automóveis, caminhões e equipamentos pesados. • Há 2 anos a Apex reagiu às pressões de seus clientes por: preços menores, alta qualidade, maior frequência de entregas e uma resposta mais rápida às mudanças na demanda. APEX (MFV anterior) ARRANJOS FÍSICOS CLÁSSICOS Layout Processo Layout em Célula Escolha dos produtos finais adequados Caminhões Leves • Sequência semelhante no processo puxador • Geram maior receita APEX (MFV atual) Decidiram instalar uma célula simples, de baixo custo, flexível, intensiva em m.o Célula de fluxo contínuo para as 5 etapas finais do processo de tubos de combustíveis de automóveis leves Mudança: Funcional > Célula em U • Por que existe tanta variação da produção? • Por que a produção real não atinge o planejado? *A célula em U muito aberta, o que anula principais objetivos do layout celular: flexibilidade dos operadores para outras operações – excesso movimentação. DIAGNÓSTICO: Esta célula é apenas um “conjunto” de máquinas próximas e operadores produzindo, no máximo, de maneira intermitente; um “fluxo falso” que engana. • Etapas interrompidas – Operadores 1 e 4; • Muito WIP • Ilhas – processos independentes QUESTÕES PARA ANÁLISE DA CÉLULA 1. A informação flui? • Todos conhecem a meta de produção por hora? • Com que rapidez as anormalidades são percebidas? • O que acontece quando existem anormalidades? 2. O material flui? • A peça em processo se movimenta da etapa que agrega valor diretamente para outra que também agrega valor? 3. Os operadores fluem? • O trabalho do operador é repetível e consistente dentro de cada ciclo? • O operador pode ir de maneira eficiente de uma etapa que agrega valor até a seguinte? METAS PARA A CÉLULA DA APEX 11 questões devem ser respondidas para desenvolver um verdadeiro fluxo contínuo em uma célula. Q1) Produtos finais escolhidos são adequados? • Demanda: produtos com alta demanda podem permitir a introdução de uma célula dedicada. Porém, a demanda por um produto dentro da família pode variar, enquanto a demanda de toda a família frequentemente é mais estável. • Variação no CTT: não deve variar mais que 30% nos processos finais da célula. Quando o trabalho varia muito, fica difícil de manter o fluxo, produtividade e padronização. • Similaridade das etapas: produtos dentro da célula com processamento diferentes reduz produtividade e aumenta o risco de problemas de qualidade. • Takt time (ritmo de produção): quando o takt da célula é menor de 10s, o trabalho do operador pode tornar-se altamente repetitivo e estressante. Neste caso, pensar em usar múltiplas células iguais lado a lado/paralelo (curto-gordo). LONGO-MAGRO • fluxo sequenciado de materiais • máquinas maiores / inflexíveis • dependência entre postos - maior probabilidade de parada de linha • trabalho repetitivo / tarefas simples CURTO-GORDO • maior flexibilidade de mix e volume • máquinas menores / flexíveis • menor probabilidade de parada de linha – maior robustez processo • trabalhos menos monótonos. Q2) Qual é o Takt time? *Usado para ajudar a sincronizar a velocidade da produção ao ritmo de vendas. ���� ���� = ��� � ú�� �� ����� ∗ ������� � ����� �� ����� ���� ���� = 27600� 690 �ç�� ���� ���� = 40 �/ ç *480min(8h) – 20min de paradas = 460min=27600s Q3) Quais são os elementos de trabalho necessários para fazer um item? Q4) Qual é o tempo real necessário para cada elemento de trabalho? Após eliminação de desperdícios • Implantação de dispositivos de auto-descarregamento nas linhas de montagem I e II, grampeadora e teste, eliminando tempo do operador soltar, remover e organizar peças ao lado do posto; • Eliminação dos tempos de espera do operador enquanto as máquinas estão operando em ciclo automático; • Conversão de trabalhos fora do ciclo para (carregar o tubo em lotes de 25 peças) dentro do ciclo de trabalho – operador carregar uma peça a cada ciclo. Q5) Os equipamentos podem atender o Takt time? Na prática, as máquinas não são complemente capazes ou disponíveis e a demanda muda; é melhor estabelecer uma meta para os tempos efetivos de ciclo para cada máquina na célula em não mais do que 80% do Takt . Isso fornece capacidade extra para absorver algum aumento de demanda inesperado. Se as máquinas não conseguem cumprir o takt time com uma folga de 20%? • Kaizen do processo de carga, início e descarga; • Repartir algumas das tarefas da máquina gargalo e usar mais do que uma máquina para fazê-las. Use máquinas mais simples ou máquinas de tarefas únicas operando simultaneamente com menores TC; • Crie duas células ao invés de uma; • Se todas as opções anteriores falharem, remova o equipamento gargalo da célula e opere-o separado do processo puxador, na forma de lotes de produção (precisará supermercado e sistema puxado para regular a produção). Q6) Qual o nível de automação? *Para permitir que os operadores se movam e agreguem valor enquanto uma máquina trabalha, precisa-se no mínimo o nível 2 de automação em uma célula. Normalmente, o mais atrativo (custo) • Quando o operador espera em uma máquina enquanto ela trabalha, o operador está trabalhando para a máquina; • Quando o operador se move enquanto a máquina completa seu ciclo, a máquina está trabalhando para o operador. • Implementação de Poka- yokes. O custo de sensores simples para detectar problemas é quase sempre menor do que o custo de manter um operador ao lado da máquina, sem considerar que inspeção humana nunca é 100%. Q7) Como organizar o processo físico para que uma pessoa possa fazer um item da maneira mais eficiente possível? Máquinas e estações devem estar próximas e a largura dentro da célula deve ser mantida em torno de 1,5m, se possível – U longo e estreito. SUGESTÕES - LAYOUT • Colocar máquinas e estações de trabalho bem próximas para minimizar a distância percorrida; • Eliminar espaços e locais onde o estoque de peças em processo possa se acumular; • Manter alturas apropriadas para conforto dos colaboradores – ergonomia; • Localizar o processo inicial e final próximos um do outro; • Use a gravidade (quando possível) para ajudar os operadores na colocação de peças e movimentação de materiais; SUGESTÕES - MÁQUINAS • Utilize equipamentos pequenos e dedicados a tarefas simples ao invés de equipamentos grandes e de múltiplas tarefas; • Implemente dispositivos auto ejetáveis (nível 3 automação); • Sempre que possível, instale a automação de um toque (operador abastece a máquina, inicia o ciclo e sai para outra operação); • Incorpore sensores para sinalizar condições anormais ou parar as máquinas; • Implante melhorias de setup nas máquinas do processo puxador; OBSERVAÇÕES: 1. Grandes distâncias percorridas – início/fim; 2. O lado interno da célula é muito amplo; 3. Operação inicial e final são muito distantes para retorno do operador; 4. Grande área de acúmulo de WIP; 5. Dobradeira precisa ser modificada para possibilitar o carregamento de uma peça a cada ciclo; 6. Bandeja de saídada dobradeira obstrui o caminho do operador. Q8) Quantos operadores são necessários para atender o Takt? operadoresNop operadoresNop Nop TaktTempo TrabalhoTotalConteúdo Nop _2 _2,2 40 88 _ __ ≈ = = = Balanceando a linha através da divisão igualitária do trabalho tende a embutir o desperdício da espera dentro da célula, distribuindo-o igualmente entre os operadores. Operadores estão balanceados, mas não utilizados complementarmente. Este método distribui o trabalho entre operadores completamente utilizados, com exceção de um. Isto expõe o desperdício e torna a melhoria mais fácil. Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? - Ótimo para gerenciar mudanças no Takt. - Reduzir movimentação Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? - Geralmente não funciona se 40% do CTT estiver em uma única estação – congestionamento; - Operadores treinados (velocidade e qualidade); LIMITAÇÕES: - Limitados a 2 operadores para ter uma boa sincronia; Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? - Reverter o sentido dos operadores em um circuito onde as peças exigem o uso de ambas as mãos é uma boa escolha quando as máquinas ainda não têm descarga automática. - Ótimo para dar fluxo no início, sem investimento. Posterior/e eliminar duplo manuseio e adicionar 3°nível (descarregamento automático). Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? DTC = divisão do trabalho + circuito Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? • Processo com trabalhos apenas manuais (número de estações = número de operadores); • Difícil de balancear igualmente; • Baixa flexibilidade pela falta de mobilidade entre as estações; • Uso de esteiras para manter o ritmo. Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? Cada operador trabalha em duas estações e se move de uma para outra conforme o takt. Quando eles se movem, carregam uma peça trabalhada e o retorno de mãos vazias. Q9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? • Corte – não se encaixa na situação da célula, pois um operador teria que fazer 3 postos; • Distribuição de operador por estação – não se adapta pela possibilidade de um operador se mover de um posto ao outro durante o ciclo da máquina; • Combinação – célula de dois operadores sem tanta complexidade para combinação (divisão + circuito ). • Escolha Apex – Inicia com o fluxo reverso (poupando investimento de início no descarregamento automático); – mas, assim que possível passará para circuito (dois operadores fazendo todo o circuito). Q10) Como programar o processo puxador? min20__1200 /30*40 * ousPitch caçambapçsPitch QTaktPitch = = = Liberação de pedidos no processo puxador a um ritmo compassado. Incremento consistente de trabalho ou Pitch Heijunka Box Q10) Como programar o processo puxador? Q11) Como o processo puxador reagirá frente a mudanças na demanda? DEMANDA TAKT • Incrementos de capacidade • operadores • máquinas • células DEMANDA TAKT • Subutilização • Superprodução (se não houver processo puxado) Q11) Como o processo puxador reagirá frente a mudanças na demanda? • A necessidade periódica de aumentar ou reduzir o número de operadores é uma das principais razões de usar célula e arranjá-la no formato de U estreito. A grande variedade de rotas de caminhadas oferecidas pelo U cria muitas opções de redistribuição dos elementos de trabalho para diferentes números de operadores – flexibilidade. • Quando se projeta a célula, deve-se preparar um cenários “um para cima” e “um para baixo” para responder às mudanças de volume. Faz-se isso desenhando o GBO do número atual de operadores para distribuição do trabalho com um operador a mais e um a menos – posições de chave/chaveamento (toggles). Perspectiva de alteração da demanda da Apex 3 OPÇÕES PARA REAGIR A MUDANÇA NA DEMANDA 1) Absorver a flutuação diária do cliente com um supermercado de produtos acabados; 2) Rodar com um pouco de hora extra a cada turno; 3) Mudar o número de operadores (mensal/trimestral). Manter Takt Mudar Takt IMPLEMENTANDO, MANTENDO E MELHORANDO Um plano de implementação deve conter: – razões para as melhorias do processo, – resumo das condições atuais e futuras, – programa de implementação – lugar para registrar as metas quantitativas e os resultados. RELEMBRANDO 1) Escolheu os produtos finais adequados? 2) Qual é o takt time? 3) Quais são os elementos de trabalho necessários para produção de um item? 4) Qual é o tempo real necessário para cada elemento de trabalho? 5) O seu equipamento pode atender o takt? 6) Qual o nível de automação? 7) Como organizar o processo físico para que uma pessoa possa fazer um item de maneira eficiente? 8) Quantos operadores são necessários para atender o takt? 9) Como distribuir o trabalho entre os operadores? 10) Como programar o processo puxador? 11) Como o processo puxador reage as mudanças da demanda? Perguntas?? REFERÊNCIA ROTHER, M.; HARRIS, R. Criando Fluxo Contínuo: um guia de ação para gerentes, engenheiros e associados da produção. Lean Institute Brasil, 2008.