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253_O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM DISLEXIA

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1 
 
 
 
O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO COM DISLEXIA 
THE STUDENT LITERACY PROCESS WITH DYSLEXIA 
 
ADRIANA DA SILVA OLIVEIRA¹, MARINA ALVES DE OLIVEIRA 
RODRIGUES², NAYARA LOPES SIQUEIRA³, 
ROSÂNGELA APARECIDA CARDOSO4 
 
RESUMO 
O objetivo deste trabalho é compreender o processo de alfabetização do aluno com dislexia e os métodos 
pedagógicos que facilitam o ensino-aprendizagem dentro da sala de aula. Consequentemente, torna-se 
importante entender o que é dislexia, como ocorre esse transtorno específico da aprendizagem e a 
possibilidade de aprendizagem da leitura e da escrita por esse aluno. A metodologia escolhida foi a 
pesquisa bibliográfica com base em artigos, livros e sites referentes à alfabetização, à dislexia e ao 
desenvolvimento das crianças disléxicas. Dessa forma, acredita-se que o presente trabalho contribuirá 
para os estudos sobre a alfabetização do aluno com dislexia, sanando, assim, dúvidas em relação ao 
transtorno e demonstrando que é possível desenvolver a leitura e a escrita do referido aluno. 
Palavras-chave: Dislexia. Processo de Alfabetização. Professor. Aluno disléxico. 
 
ABSTRACT 
The aim of this work is to understand the student's literacy process with dyslexia and the pedagogical 
methods that facilitate teaching learning within the classroom. Consequently, it is important to 
understand what dyslexia is, how this specific learning disorder occurs and the possibility of learning 
to read and write by this student. The methodology chosen was bibliographic research based on articles, 
books and websites related to literacy, dyslexia and the development of dyslexic children. Thus, it is 
believed that the present work will contribute to studies on the literacy of students with dyslexia, thus 
resolving doubts regarding the disorder and demonstrating that it is possible to develop reading and 
writing for that student. 
Keywords: Dyslexia. Literacy Process. Teacher. Dyslexic student. 
 
 1 Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. Email: 
oliveiraadriana31@gmail.com 
2 Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. Email: 
marinaoliveirarodrigues86@hotmail.com 
3 Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. Email: 
nlopes124@gmail.com 
4 Professora Orientadora, Doutora em Letras e Linguística, Faculdade Unida de Campinas – FacUnicamps. Email: 
rosangelaacardoso@gmail.com 
 
FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS – facUNICAMPS 
Recredenciada pela Portaria MEC n°262 de 18/04/2016 
 
 
mailto:oliveiraadriana31@gmail.com
mailto:marinaoliveirarodrigues86@hotmail.com
mailto:nlopes124@gmail.com
mailto:rosangelaacardoso@gmail.com
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O principal objetivo deste trabalho é compreender o processo de alfabetização do aluno 
com dislexia e os métodos pedagógicos que facilitam o processo de ensino-aprendizagem 
dentro do espaço escolar, já que o transtorno de aprendizagem é caracterizado por 
comprometimento na leitura e escrita. Considera-se que alfabetizar qualquer indivíduo, seja 
com ou sem impedimento de aprendizagem, não é uma tarefa fácil e pela dislexia ser mais 
visível na criança a partir dessa iniciação da alfabetização, podem confundir as suas 
dificuldades com as comuns e esperadas neste processo. 
Assim, torna-se evidente a necessidade da atenção sobre dislexia por parte dos 
professores no período da alfabetização, pois é a fase que a criança com dislexia precisa do 
empenho, paciência e esforço do docente para vencer esses obstáculos e neutralizar a frustração 
enfrentada por esse aluno. Diante de que esta criança ainda poderá se tornar um cidadão que 
venha a ter muitas dificuldades futuramente, caso não seja alfabetizada adequadamente. Quanto 
mais rápido for o diagnóstico, maiores são as chances de um tratamento qualificado e 
apropriado, com finalidade de obter a aprendizagem satisfatória dentro das capacidades do 
disléxico. Desse modo, pode-se ajudar a reduzir as dificuldades na decodificação. 
Tendo a ciência dos empecilhos que implicam na aprendizagem desses alunos e a 
relevância do professor em incentivar e auxiliar no desempenho escolar, recorrendo a métodos 
coerentes com a capacidade do estudante disléxico, salienta-se que o auxílio da escola e da 
família é necessário no segmento da aprendizagem. 
Normalmente o aprendiz com dislexia apresenta baixa autoestima, capaz de ocasionar a 
falta de interesse em aprender e, com isso, o abandono dos estudos, pois necessita do apoio de 
um conjunto para alcançar suas potencialidades e não se deve responsabilizar o educador pelo 
fracasso escolar desse aluno. 
Portanto, espera-se que, ao final desta pesquisa, os professores atuantes em séries 
iniciais e estudantes de Pedagogia compreendam a importância de entender mais 
profundamente sobre essa dificuldade da aprendizagem e as possibilidades de aquisição da 
leitura e escrita do estudante com dislexia dentro das suas habilidades e limites cognitivos. 
Assim, pode-se refletir que dislexia não é sinônimo de falta de interesse do aluno, apenas falta 
de compreensão do professor sobre o assunto. 
 
 
3 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Para a presente pesquisa, consideram-se as abordagens teóricas fundamentadas nas 
ideias de Muszkat e Rizzutti (2017), Assunção (2018), Cabral e Pinheiro (2017), Mello (2018), 
Garcia (2017), Silva (2017), Gonçalves (2019), Veras (2013), entre outros autores que 
discorrem a respeito das definições sobre dislexia e a forma de ensino dos indivíduos 
diagnosticados. Embora no final do século XIX tenham surgido as primeiras discussões sobre 
dislexia, e atualmente o tema ser debatido em artigos e livros, ainda não é um assunto tão 
presente nos componentes curriculares dos cursos de licenciatura e muitas vezes não são de 
conhecimento dos educadores e gestores escolares. 
Conforme Fonseca (1995, apud GARCIA, 2017), o aluno com dislexia não aprende com 
os métodos convencionais, pois, a parte cerebral responsável por analisar e identificar palavras 
permanece inativa, levando a criança a esquecer aquilo que foi aprendido. Isto ocasiona a 
dificuldade na escrita e leitura, visivelmente, nos anos iniciais escolares do aprendiz disléxico, 
e a situação tem a tendência à piora quando se usam metodologias sem adaptações para suprir 
esta dificuldade, fazendo com que o educando não consiga compreender os conteúdos. A falta 
de entendimento sobre o assunto por parte do docente também pode gerar atitudes e avaliações 
precipitadas em relação à aprendizagem desse aluno. Por estar diariamente com o educando, se 
espera a capacidade do professor de perceber as suas necessidades e dificuldades e como ajudá-
lo a superá-las. 
Há uma carência de entendimento de como se dá o processo de alfabetização da criança 
com dislexia, o que acarreta rendimento escolar e autoestima abaixo do esperado. A sensação 
de incapacidade dos seus próprios conhecimentos cresce dentro de si, levando-a a perder o 
interesse em aprender e, assim, ocorre o abandono escolar. Em suma, torna-se indispensável o 
conhecimento sobre a dislexia e como o docente pode melhorar o método de alfabetização desta 
criança na missão de proporcionar experiências positivas e gerar nela o respeito às suas 
limitações e ritmos de aprendizagem. 
 
2.1 Processo de Alfabetização 
 
Alfabetizar não é simplesmente um processo em que a criança decora ou adquire o 
desenvolvimento da leitura e escrita, é muito mais que isso. Conforme Morais e Albuquerque 
(2007), a alfabetização é um processo de aquisição da escrita, ou seja, um conjunto de 
4 
 
metodologias adequadas para a didática de uma boa leitura e aptidão de codificação dos 
fonemas e grafemas, obtendo o domínio da escrita. 
É válido lembrar que esse processo é uma construção contínua, sendo desenvolvida no 
interior e exterior da sala de aula desde o primeiro contatoque o educando tem com a escrita. 
Enfatiza-se que não é simplesmente uma execução de associação entre palavras e leitura e cada 
aluno tem o seu caminho certo de aprender. Para Carvalho (2010), uma pessoa quando é letrada 
conhece o código alfabético, dominando palavras e sons apresentados, sendo capaz de ler textos 
pequenos, porém não é exatamente um usuário da leitura e escrita na vida cotidiana. 
O processo de alfabetização requer um desempenho fundamental não só do aluno como 
também do educador para que aconteça de forma eficaz a fim de que essa criança não venha ser 
prejudicada nas séries posteriores. Entretanto, o aluno também precisa envolve-se nas situações 
de desafios, propiciando a reflexão com relação à escrita. Acredita-se que o contato com o 
objeto de estudo propicia ao aluno desenvolver a habilidade de escrita e leitura de forma gradual 
(SANTOS et al., 2016). 
Vale ressaltar que, segundo Viana e Viana Júnior (2017), é habitual muitas crianças 
apresentarem problemas no início da alfabetização e haver persistência dessas dificuldades 
durante a continuação escolar, mas o docente precisa investigar quais são as formas de 
desenvolver as potencialidades dos educandos. Pois, alguns desses problemas pode ser em 
desenhar o formato da letra incorretamente, trocar as letras, não conseguir assimilar e transmitir 
o som da palavra. Para isso, é preciso que o educador compreenda e tente usar metodologias 
diversas com a finalidade de ajudar nas dificuldades e superá-las. 
Para Santos et al. (2016), é importante que os alunos adquiram habilidades necessárias 
neste processo de alfabetização para que possam ter total acesso aos conhecimentos e valores 
relevantes no contexto social em que vivem, isto é, o pedagogo precisa fundamentar-se e 
compreender a razão pela qual alguns alunos apresentam dificuldades nesse processo nas séries 
iniciais. Contudo, existe a falta de atenção dos alunos ou desinteresse nos estudos, que acaba 
aumentando os problemas de aprendizagem e, também, tem-se o docente, que muitas vezes é 
vencido pelo cansaço ou comodismo. Salienta-se que estes alunos podem demonstrar 
complicações na alfabetização mesmo não tendo alguma deficiência ou transtorno. 
Pode-se afirmar que a alfabetização faz parte da vida da criança e oportuniza a ter 
desenvolvimento no processo de leitura e comunicação e, não é necessário ser somente 
transmitida da forma escrita, mas também de forma lúdica. Como citado por Ferreiro (2004), o 
brincar é um meio em que o aluno se realizará e estará preparado para a autenticidade da vida 
cotidiana. Por fim, há também uma relevância de incentivar a oralidade antes mesmo de 
5 
 
ingressar na escola, já que, ela pode ser adquirida nos meios sociais em que se vive para 
comunicar uns com os outros e ajuda a estimular a criança antecipadamente no processo de 
alfabetização (FREDDI, 2018). 
 
2.2 Dislexia: Contexto e Sintomas 
 
Conforme relatado por Muszkat e Rizzutti (2017), Assunção (2018) e Veras (2013), no 
final do século XIX surgiram as primeiras referências de dislexia pelos profissionais da área 
médica, pois começaram a se perguntar o motivo pelo qual algumas pessoas habilidosas em 
diferentes atividades com inteligência normal ou superior tinham grandes dificuldades ao 
iniciarem a prática da leitura e da escrita. Em 1887, o oftalmologista alemão Rudolf Berlin 
diagnosticou um paciente que apresentava grande dificuldade em ler e escrever, mas que 
desenvolvia outras habilidades. Sendo assim, Rudolf Berlin usou o termo dislexia pela primeira 
vez. 
Já o médico inglês Pringle Morgan (1896) analisou um paciente que tinha sua 
capacidade intelectual normal, porém, não conseguia ler. Assim, Morgan empregou o termo 
cegueira verbal para descrever esse acontecimento. Steverson (1907) foi um estudioso que 
encontrou em uma família seis casos de cegueira verbal, divulgando as possibilidades do 
transtorno ser hereditário. O termo dislexia voltou a ser utilizado em 1917 pelo oftalmologista 
James Hinshelwood, que concluiu por meio de suas pesquisas a dislexia como um problema 
congênito no cérebro. 
Por volta de 1925, o neurologista americano Samuel Orton iniciou suas pesquisas a fim 
de detectar as razões da dislexia. Conforme Orton (1925, apud MUSZKAT; RIZZUTTI, 2017), 
a dificuldade da leitura e escrita, ao que tudo indica, não tinha qualquer relação com 
dificuldades visuais, enfatizando que essa dificuldade vinha de um defeito na lateralização do 
cérebro, em outras palavras, uma desorganização entre os hemisférios cerebrais quando o 
indivíduo disléxico visualiza as palavras e relaciona ao som emitido. Como relata Veras (2013), 
foi de muita relevância as pesquisas na época, principalmente de oftalmologistas, em descobrir 
a dislexia como problema neurológico e não visual. 
Segundo Muszkat e Rizzutti (2017), o neurologista Norman Geschwind caracteriza o 
termo dislexia derivado da origem grega, sendo dys = disfunção e lexia = linguagem, dando 
amplitude no entendimento sobre esse transtorno de aprendizagem, diferente do significado 
proveniente do latim, sendo dys = dificuldade e lexia = palavra. Portanto, a dislexia é a 
6 
 
disfunção apresentada pela criança na leitura e escrita e pode ser manifestada de forma leve, 
moderada e severa. 
A Associação Brasileira de Dislexia (ABD) determina a dislexia sendo “[...] um 
Transtorno Específico de Aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por 
dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação 
e em soletração” (ABD, 2016). Trata-se de um conjunto de sintomas que resultam em pessoas 
com dificuldades nas habilidades específicas de soletração, escrita e leitura, associada com 
problemas de concentração, organização e memorização de curto prazo. Vale lembrar a 
existência dos dois tipos de dislexia, a adquirida por dano cerebral e a do desenvolvimento, no 
qual o indivíduo nasce com a dislexia. 
Conforme Cabral e Pinheiro (2017), aproximadamente 85% dos alunos que possui 
dificuldades de aprendizagens têm sintomas parecidos com a dislexia, o que torna importante o 
entendimento por parte do professor em relação ao assunto para não confundir com problemas 
comuns de aprendizagem. Veras (2013, p. 14) lista os sintomas da dislexia em conformidade 
com a ABD, esclarecendo que a criança disléxica pode apresentá-los com muita ou pouca 
frequência e não necessita a presença de todos os sintomas para detectar o transtorno. 
Quadro 1 – Sintomas da Dislexia 
 
 
Na primeira infância: 
 
 Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar; 
 Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio à pronúncia de palavras; 
 Dificuldade aparente para a criança entender o que está ouvindo; 
 Distúrbios do sono; 
 Enurese noturna; 
 Suscetibilidade a alergias e a infecções; 
 Tendência a hiper ou a hipo-atividade motora; 
 Choro recorrente e aparente inquietação ou agitação; 
 Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares. 
 
A partir dos sete anos de idade: 
 
 Extrema lentidão ao fazer os deveres ou ocorrência de muitos erros nas tarefas pelo fato 
de terem sido feitas rapidamente; 
 Pobre compreensão do texto ou falta de leitura do que escreve; 
 Inadequação da fluência em leitura para a idade; 
 Invenção, acréscimo ou omissão de palavras ao ler e ao escrever; 
 Preferência por leitura silenciosa; 
 Letra mal grafada e, até, ininteligível; borrões ou ligação entre as palavras; 
 Omissão, acréscimo, troca ou inversão da ordem e da direção de letras e sílabas; 
 Esquecimento daquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas; 
 Maior facilidade, capacidade de bem transmitir o que sabe através de exames orais; 
 Grande imaginação e criatividade; 
7 
 
 Capacidade de desligar-se facilmente de qualquer contexto; 
 Falta de concentração da atenção em um só estímulo; 
 Baixa autoimageme autoestima; em geral, não gosta de ir à escola; 
 Esquiva de ler, especialmente em voz alta; 
 Dificuldade para lidar com as noções de espaço e tempo; 
 sempre perde e esquece seus pertences; 
 Mudanças bruscas de humor; 
 Impulsividade e interrupção dos demais para falar; 
 Timidez, sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria; 
 Confusão entre direita e esquerda, em cima e em baixo; na frente e atrás; 
 Lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros; 
 Dificuldade para ler as horas, para sequências como dia, mês e estação do ano; 
 Boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo; 
 Pensamento por meio de imagem e sentimento, não com o som de palavras; 
 Extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados; 
 Tolerância muito alta ou muito baixa à dor; 
 Muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir; 
 Dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos; 
 Dificuldades extrema para manter o equilíbrio e fazer exercícios físicos; 
 Intolerância a muito barulho, o disléxico se sente confuso - desliga-se e age como se 
estivesse distraído nesse contexto. 
Fonte: VERAS (2013). 
O diagnóstico precisa ser feito por uma equipe multidisciplinar, o que às vezes torna os 
casos de dislexia difíceis de diagnosticar, pois precisa passar por diversas áreas médicas como 
fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, oftalmologista, otorrino e às vezes até no 
neurologista para descartar qualquer outro tipo de transtorno de aprendizagem. Por ser 
complicado o diagnóstico, pode haver a desistência da família em tentar encontrar a razão da 
dificuldade de seus filhos. 
Mas apesar da dificuldade do diagnóstico em alguns casos, quanto mais cedo for 
descoberto, melhor será para a criança no âmbito escolar e pessoal. É comum o aluno disléxico 
perder a confiança em si mesmo e a motivação para continuar a aprender e, assim, acaba 
desistindo da escola. Cabral e Pinheiro (2017) chamam a atenção para os impactos da baixa 
autoestima da criança disléxica, resultando futuramente em dificuldades de integrar-se na 
sociedade e o risco de desenvolver comportamento antissocial. O suporte da escola, do 
professor e da família é importante na vida do disléxico na caminhada rumo à aprendizagem. 
 
2.3 Amparo Legal 
 
Sabe-se da relevância da escola em preparar os indivíduos para exercer seu papel de 
cidadão crítico, reflexivo e participativo na sociedade e a presença de leis que vigoram o 
Sistema Educacional Inclusivo no Brasil, exemplo a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), na busca 
de tornar as escolas mais democráticas e acessíveis a todos. Assim, torna-se imprescindível o 
8 
 
conhecimento dos pais de alunos disléxicos nas leis que garantem o ingresso e a continuidade 
de seus filhos nos meios educacionais. Na Constituição Federal de 1988, o Art. 205 presume 
que: 
 
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Observa-se que o art. 205 da Constituição Federal é bem amplo e abrange todos os 
indivíduos. Para Gonçalves (2019), a criança disléxica aprende de forma diferente dos demais, 
porém, conseguem acompanhar o ensino regular se houver suporte necessário ao aluno. Para 
isso, tem-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996, que 
assegura a esse aluno o direito ao atendimento educacional especializado, se houver a 
necessidade, no art. 4, inciso III: “Atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede 
regular de ensino” (BRASIL, 1996). 
Conforme a Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, que garante ao aluno 
disléxico os seus direitos à educação, no art. 5º – Consideram-se educandos com necessidades 
educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentam: 
 
I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de 
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, 
compreendidas em dois grupos: 
a) Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; 
b) Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências. 
(BRASIL, 2001). 
 
Constata-se que, a Constituição Federal, a LDB e a Resolução CNE/CEB nº 2 prevêm 
o direito educacional de todos à educação independentemente de suas habilidades. Mas no 
Brasil, ainda não existe uma lei específica referente a transtornos de aprendizagem que possa 
respaldar os pais quanto ao acesso escolar de modo abrangente. Assunção (2018) descreve que 
os pais têm dúvidas relacionadas a como proteger de maneira legal seus filhos dentro do espaço 
escolar, as modificações que precisam ser feitas para suprir as necessidades desses alunos e 
garantir sua permanência, entre outras inseguranças relacionadas à dislexia. 
Ressalta-se que, segundo o Instituto ABCD (2019), a dislexia não é considerada uma 
deficiência pela literatura médica, pois, eles consideram como transtorno neurobiológico de 
9 
 
condição permanente, prejudicando o desempenho escolar e o desenvolvimento do 
conhecimento e interferindo nas relações interpessoais e de trabalho. Já pela perspectiva 
biopsicossocial (biológica, individual e social), a dislexia gera uma deficiência por dificultar ou 
impedir a participação na sociedade de disléxicos sem condições de igualdade em relação às 
outras pessoas. 
 
2.4 Aprendizagem da Leitura e Escrita do Aluno Disléxico 
 
Compreende-se que a escola é responsável pelo processo educacional de todas as 
crianças e cabe ao professor buscar metodologias que possibilitem o aprendizado dos 
educandos, independentemente de suas habilidades de aprendizagem. Como dito anteriormente, 
o diagnóstico antecipado da dislexia ajuda muito o docente a preparar e auxiliar a criança 
disléxica diante dos obstáculos apresentados durante o processo de alfabetização. Conforme 
Gonçalves (2019), o diagnóstico prematuro da dislexia pode evitar situações constrangedoras 
no ambiente escolar, como também, na convivência familiar do aluno. 
Entretanto, segundo Muszkat e Rizzutti (2017), o professor precisa ter cuidado ao 
estabelecer o pré-diagnóstico de dislexia antes mesmo de a criança obter a maturação 
linguística, que ocorre por volta dos sete anos de idade. Outra coisa que os autores chamam a 
atenção é o entendimento sobre os subtipos de dislexia, embora exista uma variação de nomes 
para essas classificações. Segundo Assunção (2018) e Garcia (2017), a dislexia pode ser 
classificada em três subtipos: dislexia auditiva (fonológica ou disfonética), cuja dificuldade do 
aluno está em distinguir os sons das palavras, prejudicando a escrita; dislexia visual (ortográfica 
ou diseitética), o aluno tem uma complicação em converter letras em sons e, por último, a 
dislexia mista (aléxico) sendo a junção dos dois subtipos mencionados anteriormente. 
No quadro 2 é possível visualizar as características apresentadas pelo aluno disléxico 
dependendo de qual subtipo ele pertence. Vale ressaltar que tanto a dislexia auditiva como a 
visual não está associada de fato a problemas de visão e audição. Por outro lado, esses 
problemas podem coexistir com a dislexia (GARCIA, 2017). 
 
Quadro 2 – Subtipos de dislexia 
Deficiência auditiva - fonológica ou disfonética.  Trocas de fonemas (sons) e grafemas 
(letras diferentes). Ex.: moto – modo; 
10 
 
 Alteração na ordem das letras e silabas. 
Ex.: azedo – adezo; 
 Omissão e acréscimos. Ex.: escola – 
ecola; 
 Substituição de palavras por sinônimos 
ou trocas de palavras por outras 
visualmente semelhantes.Ex.: infâmia – 
infância. 
Deficiência visual - ortográfica ou diseitética.  Leitura silábica, sem conseguir a síntese 
das palavras. Ex.: comigo – com-migo; 
 Aglutinações e fragmentações de 
palavras. Ex.: fazer isso – fazerisso; 
 Troca por equivalentes fonéticos. Ex.: 
vaca – faca; 
 Maior dificuldade para leitura do que 
para escrita. 
Fonte: ASSUNÇÃO (2018). 
Conforme Fernandes e Penna (2008), o aluno com dislexia demonstra impedimento e 
contratempo em organizar, copiar e concluir as tarefas. Esse transtorno também pode estar 
ligado a outras disfunções de aprendizagem como a disgrafia: atraso no desenvolvimento da 
escrita, principalmente em escrita cursiva; discalculia: dificuldade em calcular, normalmente 
por não entender o enunciado das questões; TDAH: caracterizado por desatenção, inquietude e 
impulsividade; dispraxia: afeta o equilíbrio, a coordenação, a linguagem e o pensamento; e entre 
outras comorbidades (CABRAL; PINHEIRO, 2017). 
Apesar da complexidade, é fundamental entender à dislexia para, assim, poder-se tomar 
providências corretas de intervenções na melhoria do processo de alfabetização. Como descrito 
por Shaywitz e Shaywitz (2006), é primordial que o docente preste atenção nas deficiências e 
nas capacidades, mas não esquecer que é por meio das capacidades que a criança é definida. 
Entende-se que as metodologias são de grande importância para desenvolver o processo da 
leitura e escrita e que um método pode ou não funcionar com um determinado aluno. Contudo, 
cabe ao professor ser compreensivo e traçar novas metas para seguir com o processo da 
alfabetização. 
É na fase da alfabetização que aluno com dislexia apresenta sua maior dificuldade. 
Desse modo, a maioria dos autores descreve dois métodos mais utilizados no processo com o 
11 
 
disléxico, sendo eles o método fônico e o método multissensorial. O primeiro é mais indicado 
para o início da alfabetização e contém os objetivos de desenvolver as aptidões metafonológicas 
e ensinar correlações grafofonêmicas. O método fundamenta-se em que o educando disléxico 
apresenta complicações em manipular, segmentar e distinguir os sons da fala, por isso, as 
atividades de consciência fonológica ajudam a criança disléxica na compreensão das relações 
entre letras e sons (MELLO, 2018). 
As atividades referentes à consciência fonológica devem ser desenvolvidas de forma 
lúdica, sistemática e por níveis (do mais fácil ao mais complexo). Com isso, Fernandes e Penna 
(2008, apud BELLO; RIBEIRO, 2017) descrevem como introduzir a criança neste processo, 
começando a apresentar as vogais, seguir para as consoantes de som único (f, j, m, n, v, z), 
consoantes que apresentam mais de um som (l, s, r, x), consoantes de difícil declamação (b, c, 
p, d, t, g, q), consoantes pouco utilizadas (k, w, y), os dígrafos (ch, nh, lh, rr, ss, gu, qu) junto 
com o cedilha e, por fim, os encontros consonantais. O método fônico colabora também no 
ensino de crianças sem dificuldades em leitura e escrita. 
Já o método multissensorial permite ao professor desenvolver a linguagem escrita do 
educando disléxico mediante as combinações diferentes de modalidades sensoriais (auditiva, 
visual, sinestésica e tátil). O método faz a união dos aspectos auditivos (forma fonológica), 
aspectos visuais (forma ortográfica) e aspectos sinestésicos (movimentos necessários para 
escrever a palavra). A psiquiatra e educadora Maria Montessori foi uma pioneira desse método, 
defendendo a participação ativa do aluno durante o processo de aprendizagem. O neurologista 
Samuel Orton propôs uma mudança no método multissensorial, a começar o ensino das relações 
entre letras e sons, acrescentando as unidades gradualmente para palavras, e depois, chega-se 
às frases (MELLO, 2018). 
O soletrar oral simultâneo é a técnica fundamental do método multissensorial, e consiste 
em a criança olhar a palavra escrita, repetir a leitura da palavra lida pelo professor, escrevê-la 
falando o nome de cada letra e, por fim, fazer a leitura da palavra que acabou de escrever. Essa 
técnica tem a utilidade de tonificar a ligação entre leitura e escrita e é indicado a crianças mais 
velhas que apresentam fracasso escolar, apesar de ser um processo de intervenção mais longo, 
porém, eficaz (MELLO, 2018). Desta forma, o desenvolvimento do aluno disléxico diante do 
processo de alfabetização dependerá do conhecimento do professor sobre suas particularidades 
e, assim, sugerir metodologias que estejam de acordo com as suas habilidades e limites. 
Conforme Garcia (2017), cabe ao professor propor atividades que contribuam para o 
processo de alfabetização da criança, propiciando estímulos aos seus alunos com ou sem 
problemas de aprendizagem e motivar a ler e a escrever. O planejamento com atividades lúdicas 
12 
 
são ferramentas bem-sucedidas para trabalhar com crianças, independentemente do distúrbio 
de linguagem. Uma variedade de atividades pode ser elaborada, como por exemplo: rimas, 
músicas, jogos, quebra-cabeças, jogo dos sete erros, caça-palavras. Ademais, o emprego de 
rimas é adequado à compreensão entre letras e sons. (BELLO; RIBEIRO, 2017). 
Por outro lado, como afirma Assunção (2018), a escola é essencial para incluir os 
responsáveis pelo aluno no processo de aprendizagem e, no caso da dislexia, ajudá-los a 
entender e compreender a disfunção da linguagem e escrita. É importante o conhecimento da 
escola e da família sobre os possíveis problemas emocionais que a criança possa apresentar, a 
fim de levantar e preservar a autoestima desses educandos. Diante do exposto, apesar da ligação 
entre evasão e fracasso escolar com a dislexia, ressalta-se que por intermédio de uma mediação 
coerente, dedicação e esforço, a criança disléxica é capaz de vencer as adversidades, alcançando 
o êxito escolar (SILVA, 2017). 
 
3 METODOLOGIA 
 
No desenvolvimento do presente Trabalho de Conclusão de Curso, a metodologia 
utilizada foi a de consulta a fontes bibliográficas para fundamentação teórica, pois, busca-se a 
compreensão direta e nítida em referência ao tema pesquisado. A escolha do tema surgiu a partir 
do questionamento reflexivo acerca do conteúdo estudado durante o curso de Pedagogia e as 
aulas online da disciplina de Educação Inclusiva. O trabalho desenvolveu-se no período de três 
meses em que foi selecionado e analisado todo material necessário para a elaboração da 
pesquisa. 
Esta pesquisa trata-se de uma análise realizada a partir da pergunta: Como é o processo 
de alfabetização do aluno disléxico? Afinal, o termo não é discutido em muitos cursos de 
licenciatura e existe a possibilidade de haver dentro da sala de aula um aluno com dislexia. 
Acredita-se que o conhecimento de qualquer transtorno ou deficiência por parte do professor, 
já é válido para elaborar estratégias de ensino conforme as habilidades que este aluno apresenta, 
e com a dislexia não é diferente. Diante disso, a pesquisa baseia-se nas teorias dos autores 
Assunção (2018), Bello e Ribeiro (2017), Brandão e Rosa (2010), Cabral e Pinheiro (2017), 
Costa (2008), Ferreira (2004), Garcia (2017), Gonçalves (2019), Mello (2018), Morais e 
Albuquerque (2007), Muszkat e Rizzutti (2017), Rojo (1998), Santos et al. (2016), Silva (2017), 
Veras (2013), Viana e Viana Junior (2017). 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
13 
 
Ao considerar o apresentado no referencial teórico, compreende-se o valor de debater a 
respeito da dislexia, visto que, mesmo com pesquisas crescentes na área educacional e da saúde, 
ainda existe desconhecimento em relação ao tema, seja por parte de escolas, professores ou 
famílias. A desinformação a respeito da dislexia acarreta problemas na aprendizagem do aluno 
e proporciona uma experiência ruim em sua vida escolar. Espera-se que a escola e o professor 
em conjunto com a família possam ajudá-lo a vencer as barreiras e as adversidades impostas 
pelo transtorno. 
Para que esse aluno disléxicopossa viver no meio social de forma digna, sem ser 
rotulado de preguiçoso, esquecido ou desorganizado, precisa-se que a escola não negue a sua 
acessão escolar, proporcione os recursos necessários para o seu ensino, guie os pais que, muitas 
vezes não ouviram falar de dislexia, e oriente os professores quanto aos meios de conseguir 
desenvolver este aluno. Os educadores também precisam fazer a sua parte, buscando se 
aprofundar no assunto, seja mediante pesquisas na internet ou em cursos sobre a dislexia. A 
família pode, também, buscar ajuda na Associação de Dislexia para entender de que maneira 
ajudar e lidar com seus filhos. 
Estima-se que o apoio das pessoas do círculo de vida de quem tem dislexia ajude a 
pessoa disléxica a compreender sua disfunção e lidar com ela de forma melhor. Lembrando que 
a dislexia é uma condição permanente, mas existe a possibilidade de ensinar a ler e escrever ao 
utilizar métodos corretos para a alfabetização. O disléxico tem seus direitos garantidos pela Lei 
para ter acesso educacional e, por isso, não se pode negar seu acesso. Mas muitas vezes na 
prática ocorre um descaso com o aluno. Daí já se percebe a necessidade de saber sobre dislexia. 
 
4.1 Aquisição da Leitura e Escrita 
 
Quando se fala em alfabetização imagina-se que é apresentada justamente nas séries 
iniciais ou até mesmo na educação infantil. Mas, alfabetizar é um processo que precisa ser 
executado em seu devido tempo, de acordo com o desenvolvimento de cada aluno. É um 
processo que deve ser trabalhado continuamente para que o aluno possa realmente se 
desenvolver. Conforme Brandão e Rosa (2010), a alfabetização passa a ser compreendida como 
um longo processo em que se espera que a criança venha aprender a ler e a escrever pequenos 
textos. 
Contudo, é possível perceber que esse processo não é apresentado como algo novo na 
escola, pois o sujeito está inserido em uma sociedade a qual a criança tem acesso a livros, 
vídeos, jornais e inúmeras formas de aprender. Para Brandão e Rosa (2010), acredita-se que a 
14 
 
alfabetização começa muito antes da escola e, ao ingresso à educação infantil, o educando já 
tem um conhecimento prévio do mundo, cabendo ao professor descobrir e estimulá-lo a 
encontrar e saber o verdadeiro sentido da escola. 
Não se trata apenas da alfabetização como ato de ler e escrever. Esse é um processo 
muito amplo que envolve tudo ao redor do aluno e as práticas do cotidiano de cada um faz com 
que aprenda-se a linguagem do mundo. Segundo Rojo (1998), a escola não precisa se preocupar 
em si com a aprendizagem, mas sim com as oportunidades para as crianças vivenciarem o que 
precisa ser aprendido. Elas precisam sentir e vibrar o real significado da alfabetização, pois sem 
esse interesse, as atividades da escola não passarão de um simples jogo ou obrigação. 
Levando em consideração que nesse processo podem surgir dificuldades tanto para o 
professor quanto para o aluno é preciso estar preparado para essas questões e saber lidar com 
cada uma delas. O aluno poderá não dar conta de acompanhar os colegas e, neste caso, uma 
orientação ou um apoio a ele pode ajudar nas dificuldades ao tentar ler uma palavra ou até 
mesmo em escrever ou decodificar as letras. Assim, Costa (2008) descreve que os professores 
além de obterem técnicas, devem procurar novas formas para estimular os alunos, pois ele é o 
agente que impulsiona o processo da leitura e escrita. 
Portanto, é necessário o esforço e preparação do educador, para que as crianças sejam 
realmente alfabetizadas e venham aprender a leitura e a escrita e não somente passar pela etapa 
da educação infantil e do ensino fundamental. Pois, uma das funções do educador é criar 
metodologias diversas, a fim de proporcionar que todos os componentes da sala de aula 
participem da aquisição do conhecimento na linguagem escrita e leitura. De acordo com 
Ferreiro (2004, p. 84), “um dos maiores danos que se pode causar a uma criança é levá-la a 
perder a confiança na sua própria capacidade de pensar”. 
 
4.2 Importância de Saber Sobre a Dislexia 
 
Considerando-se os resultados obtidos em relação à dislexia, as pesquisas durante o 
século XIX foram essenciais para livrar os indivíduos disléxicos de falsos diagnósticos 
relacionados a problemas de visão, audição, coordenação motora e até deficiência intelectual. 
A descoberta da origem e manifestação do transtorno possibilitou traçar os sintomas 
manifestados por esses indivíduos e entender como funciona o pensamento de quem tem 
dislexia. 
Como descrito no livro Dislexia: causas e consequências, de Cabral e Pinheiro (2017), 
foi realizada uma pesquisa via ressonância magnética pelos neurocientistas da Georgetown 
15 
 
University Medical Center com mulheres, homens e crianças com e sem dislexia. Concluiu-se 
que homens disléxicos apresentam um volume de massa cinzenta de menor proporção na parte 
do cérebro em que o ocorre o processamento da linguagem, ao passo que nas mulheres, esse 
volume de massa cinzenta mostrou-se menor na parte cerebral responsável pelo processamento 
sensorial e motor. 
Para os pesquisadores, essas informações não deixam claro se o transtorno é mais 
notório em homens do que em mulheres. Todavia, permitem entender de que maneira a dislexia 
age em ambos os sexos, auxiliando a compreensão da origem do transtorno e a relação entre 
linguagem e processamento sensorial. Esses estudos ainda comprovam que o desenvolvimento 
cerebral da criança com dislexia é diferente da criança sem dislexia e, outro dado observado, 
foi que ao tentar ler, crianças e pessoas com dislexia apresentam um nível de atividade menor 
no hemisfério esquerdo do cérebro. 
Percebe-se, por meio dessa pesquisa, que o cérebro dos disléxicos funciona de forma 
diferente das pessoas que não apresentam o transtorno, mas isto não implica na capacidade de 
aprender de quem tem dislexia. Eles apenas têm um olhar diferente de compreender e pensar. 
Logo se faz necessário o entendimento de que alguns métodos e ações utilizados normalmente 
na alfabetização podem não ser suficientes no desenvolvimento da leitura e escrita desse aluno. 
Daí a relevância do diagnóstico precoce com o intuito de proporcionar uma intervenção 
adequada durante a alfabetização da criança disléxica. 
Garcia (2017) exemplifica sobre o Teste de Dislexia Internacional, adaptado para o 
português e que consiste em testar escrita, leitura, matemática, raciocínio, alguns procedimentos 
fonoaudiológicos, auditivos, visuais e dificuldades motoras nos alunos que apresentam 
sintomas de dislexia. Contudo, não descarta a possibilidade de um diagnóstico envolvendo 
profissionais especializados. No caso de alunos provenientes da rede pública, os diagnósticos 
são raros, pois devido às condições financeiras das famílias, muitos não conseguem consultar 
os filhos com neurologistas ou outro especialista, além da ausência de orientação sobre dislexia, 
seja por parte da escola ou do docente. 
Atualmente, devido à internet, existem sites que falam de transtornos de aprendizagem 
como a dislexia na busca de auxiliar pais e professores. No site do Instituto ABCD, encontram-
se materiais de apoio aos educadores, um curso gratuito referente à “o que é dislexia”, cursos 
pagos para o entendimento dos métodos utilizados na aquisição do conhecimento, dicas de 
aplicativos e softwares que facilitam a aprendizagem do aluno disléxico, uma base de apoio às 
famílias com dicas de centros de avaliação e tratamento, clínicas, escolas e especialistas, 
projetos e os direitos do aluno com dislexia. A ABD também conta com cursos, palestras e 
16 
 
projetos voltados à dislexia e fornece suporte a pais e alunos que podem entrar em contato por 
meio do telefone ou e-mail da associação. 
Mesmo assim, ainda existem muitas crianças e pessoas que têm dislexia e não sabem. 
Vivem sem entender o motivo de não aprender como os outros. A ausência de conhecimentoe 
diagnóstico faz a criança se sentir diminuída, a perder o gosto por estudar, baixa autoestima, 
ansiedade, afeta na relação com os companheiros de sala e até com a própria família. A 
vergonha e a raiva passam a ser sentimentos constantes. Silva (2017, p. 21) relata que “Esse 
sentimento é aflorado por ela não entender o porquê de ser diferente das outras”. Devido à falta 
de atenção da escola e dos pais, alguns passam a faltar nas aulas e chegam a abandonar os 
estudos. 
A importância de saber sobre dislexia vem do esforço de evitar que essa criança se torne 
um adulto antissocial, sozinha e com vários problemas emocionais. É preciso a mediação da 
escola e do professor, ao perceber aspectos da dislexia em determinado aluno, junto com a 
família na intenção de exercer o direito dessa criança à educação. A dislexia não é sinônimo de 
burrice e, o fato de apresentar disfunção na linguagem escrita e leitura, não quer dizer falta de 
habilidades em outras áreas como canto, teatro e até nos esportes. 
 
4.3 Direito da Criança Disléxica 
 
Conforme o Instituto ABCD, estima-se que 7,8 milhões de brasileiros têm dislexia, 
correspondendo a 4% da população no país. Muitas delas, são diagnosticadas de forma errada 
ou sem atendimento educacional devido à ausência de políticas públicas, à má implementação 
da educação inclusiva nas escolas e à omissão de apoio pela sociedade. Compreende-se que é 
de incumbência do Estado e da escola promover a inclusão, seja do aluno deficiente ou com 
qualquer tipo de transtorno de aprendizagem, o que torna importante o conhecimento pela 
família das legislações que garantem o acesso à escola do aluno com dislexia. 
Segundo Assunção (2018), apesar da Constituição Federal garantir o atendimento 
educacional especializado e igualdade de admissão e continuidade escolar, muitos pais relatam 
o obstáculo da escola em aceitar a dislexia da forma que ela é, um transtorno específico de 
aprendizagem, chegando às vezes a proibir o acesso do aluno. Diante disso, em 08 de janeiro 
de 2015, a ex-presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 13.085, em que estabelece o Dia 
Nacional de Atenção à Dislexia, comemorado no dia 16 de novembro. Consta no parágrafo 
único da Lei: 
 
17 
 
O Dia Nacional de Atenção à Dislexia será comemorado com eventos sociais, 
culturais e educativos destinados a difundir informações sobre a doença, conscientizar 
a sociedade e mostrar a importância do diagnóstico e tratamento precoces. (Lei nº 
13.085/ 2015). 
 
A Lei nº 13.085 ao afirmar a dislexia como doença difere de estudos de alguns autores. 
Por outro lado, acredita-se que a criação dessa data abre os horizontes ao conhecimento por 
parte das pessoas a respeito da dislexia. Também é uma ocasião aos profissionais especializados 
de apresentar palestras, oficinas e debates para a conscientização e entendimento com relação 
ao transtorno de aprendizagem. Estima-se que a data seja lembrada nos ambientes educacionais 
e pelos profissionais (MELLO, 2018). 
 A despeito de a dislexia não ter uma lei específica, como já citado no presente trabalho, 
existe um projeto de lei. Em 2008, o ex-senador Gerson Camata (MDB/ES) apresentou no 
Senado o projeto de lei 7081, que previa um programa de diagnóstico e tratamento da dislexia 
e do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. No ano de 2010, o projeto 
começou a tramitar como PL 7081/10 ao ser enviado para a Câmara dos Deputados. Daí em 
diante foi uma luta das instituições e associações de dislexia e TDAH para comprovar a 
necessidade do PL 7081/10 ser aprovado (NAVAS, 2019). 
Os opositores ao PL argumentaram que diagnósticos em crianças e adolescentes eram 
uma invenção com o propósito de medicá-las e não havia a obrigatoriedade de aprovação do 
projeto. Até que em 2019, a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania – CCJC aprovou 
a redação final do PL 7081/10, elaborada pelo Deputado Dr. Federico de Castro 
(PATRIOTA/MG), determinando a obrigação do Estado em manter o programa de 
acompanhamento integral do aluno com dislexia, TDAH e outros transtornos de aprendizagem. 
O objetivo do projeto é garantir que crianças e jovens com indício de dislexia, TDAH 
ou qualquer tipo de transtorno de aprendizagem, sejam encaminhados para receber o 
diagnóstico correto. Diante da comprovação do transtorno, a escola deve garantir recursos 
didáticos adequados na evolução da aprendizagem, e os sistemas de ensino devem garantir a 
formação de docentes sobre práticas pedagógicas adequadas a esses transtornos. Conforme o 
site da Câmara dos Deputados, o PL 7081/10 está em situação de aguardar a apreciação 
(votação) pelo Senado Federal, depois será encaminhado para sanção presidencial para 
aprovação ou não da Lei (BRASIL, 2010). 
Enquanto a Lei não é aprovada, os pais de crianças disléxicas podem contar com a Lei 
nº 13.146/2015 - LBI, que, conforme o Instituto ABCD, apresenta a descrição de deficiência 
embasada na percepção de funcionalidade e não de patologia, ocorrendo a contemplação dos 
18 
 
transtornos de aprendizagem, além dos direitos previstos na Constituição Federal, na LDB e na 
Resolução CNE/CEB nº 2. Contudo, a escola também precisa ter o comprometimento de 
acolher esse aluno, proporcionar um ambiente adequado de ensino, orientar os professores 
quanto às dificuldades advindas da dislexia, guiar os pais diante de suas incertezas e norteá-los 
quando houver a suspeita do transtorno no aluno. 
 
4.4 Papel do Professor Mediante a Dislexia 
 
Quando se fala em dislexia, perdura a dificuldade do professor em desenvolver o 
processo de ensino aprendizagem e a falta do entendimento de algumas escolas, docentes e pais, 
criando barreiras que impossibilitam o desenvolvimento da criança. Com diversas metodologias 
de alfabetização, o educador muitas vezes insiste em somente utilizar um método. Vale ressaltar 
que a alfabetização da criança com dificuldade de aprendizagem depende do processo de pensar 
e repensar práticas pedagógicas que obtenham o alcance dos objetivos propostos. 
No caso da dislexia, o diagnóstico ajuda muito na escolha dos métodos necessários para 
o ensino da criança, mas o professor precisa ter cuidado ao fazer o diagnóstico, como já relatado. 
Para Muszkat e Rizzutti (2017), muitas das vezes que crianças pequenas são rotuladas como 
disléxicas, antes da maturação linguística, é devido aos métodos de alfabetização precoce e a 
cobrança de algumas escolas e famílias no processo do desenvolvimento da leitura e da escrita. 
Mas, pelo fato de o professor ter contato com o educando diariamente, espera-se que possa 
observar quando um aluno apresenta aspectos da dislexia. Nesse sentido, Barbosa (2014) afirma 
que se o educador não tiver entendimento da causa da dislexia, não conseguirá ajudar a criança 
durante o processo de alfabetização. 
Como destaca Assunção (2018, p. 28), o ensino no Brasil apresenta imensos problemas. 
Sendo assim, ao considerar o impedimento em ler e escrever persistente na infância do aluno 
com dislexia, sua situação é ainda pior neste cenário. A criança torna-se um adulto frustrado, 
com inúmeras impossibilidades no meio social. Portanto, o educador é a peça chave para o 
progresso do aluno, e cabe a ele, pesquisar e trabalhar metodologias que proporcionem o 
aprendizado. 
Por outro lado, tem-se um vislumbre da realidade nas escolas com falta de materiais 
adequados e a insuficiência da formação continuada dos professores, o que leva a um cenário 
de deslizes. Contudo, a escola atual necessita de mudanças e é imprescindível destacar a 
formação dos professores como ferramenta de transformação deste cenário. Considera-se que 
toda responsabilidade recai sobre o professor, esquecendo-se da equipe gestora e de políticas 
19 
 
públicas que defendam os alunos disléxicos. Ainda tem a insistência, seja da escola ou do 
educador, aos métodos tradicionais de ensino, que só faz a situação piorar nomeio educacional. 
 Pode-se estabelecer que a alfabetização dependa também do fornecimento de 
programas de treinamento para professores na busca de capacitá-los e ajudá-los a identificar 
crianças que possam ter dislexia e, diante disso, tomar as devidas decisões. Mas, isso não quer 
dizer que toda a responsabilidade é do professor, é notável a necessidade do acompanhamento 
de outros profissionais (psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos etc.), auxílio da família, 
suporte da gestão escolar à criança com dislexia e oferecimento de recursos didáticos e apoio 
ao professor. 
O docente também precisa avaliar suas atitudes perante esses alunos, evitando causar 
atitudes vexatórias, como solicitar a leitura em voz alta ou proferir que o educando é preguiçoso 
e não tem interesse. Devido a falta de tato com a criança, a ABD lista posicionamentos básicos 
aos educadores como: tratar o aprendiz disléxico com naturalidade; usar a linguagem direta, 
clara e objetiva quando falar com ele; falar olhando direto para o disléxico; traga-o para perto 
do quadro; verificar sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição; 
certificar que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas; observar 
discretamente se ele fez as anotações; atentar de maneira correta antes de apagar o quadro; 
reparar se ele está integrado com a classe; estimular, incentivar, fazê-lo acreditar em si, a sentir-
se forte, capaz e seguro. 
Ressalta-se que a dislexia está interligada a questões emocionais do educando e não 
ajuda se o professor apresentar atitudes preconceituosas em relação ao transtorno. O educador, 
como mediador da sabedoria, necessita observar as possíveis dificuldades dos alunos durante o 
processo de ensino, e no caso da dislexia, intervir com alternativas que ajudem na aquisição do 
conhecimento. Espera-se, também, que a identificação da dislexia possa ajudar a escola a 
providenciar adaptações necessárias, recursos pedagógicos para a melhoria da escrita e da 
leitura, fornecer o apoio ao professor, ao aluno e a sua família. Por meio dessa parceria entre 
escola, educador, família e apoio educacional, pode-se lutar para a visibilidade do transtorno na 
sociedade e na criação de leis que auxiliem a vida dos disléxicos a enfrentar os desafios 
escolares e sociais de forma digna (MUSZKAT; RIZZUTTI, 2017). 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
20 
 
Buscou-se demonstrar e compreender nesta pesquisa que a dislexia é um distúrbio que 
provoca um atraso no processo de alfabetização do aluno, uma perturbação com bases 
neurológicas. É preciso o empenho do docente para que esse aluno venha a aprender a leitura e 
a escrita, usando métodos que possibilitem o aprendizado tanto desse aluno como também dos 
demais educandos. E quanto mais cedo for diagnosticada a dislexia, melhor será para o 
desenvolvimento da criança. 
É fundamental que o educador tenha um aprendizado e estudos essenciais para possíveis 
diagnósticos tanto acerca da dislexia como de outros transtornos de aprendizagem que possam 
surgir em sua jornada de trabalho. Cabe a ele, juntamente com a equipe pedagógica, traçar 
métodos e buscar resoluções para despertar o interesse do aluno em aprender. Isso inclui trazer 
o lúdico como jogos educativos, brincadeiras, quebra-cabeças, instrumentos de valia para o 
aprendizagem, equilíbrio emocional e sociabilidade. 
Aliás, a dislexia não é um distúrbio que impossibilitará o aluno de desenvolver a escrita 
e a leitura. A criança apresentará dificuldades que a impedem de alfabetizar-se, porém, se for 
diagnosticada precocemente e com a mediação coerente do docente, esse distúrbio será menos 
agravado e o educando poderá levar uma vida com menos dificuldades e aprender ler e escrever 
conforme seu processo de ensino-aprendizagem. Para isso, a utilização de metodologias 
adequadas tem um significado relevante na trajetória de conhecimento do disléxico. 
Nesse sentido, a dislexia torna-se um desafio para o educador e o aluno dentro da sala 
de aula, visto que, se o professor não tiver um conhecimento prévio, o trabalho educacional 
pode causar consequências traumáticas. Ademais, pode ocorrer um desgosto no aluno que 
dispõe da vontade de saber ler e escrever. Sendo assim, a prática docente é fundamental para o 
desenvolvimento do conhecimento e, consequentemente, para a aceitação do indivíduo 
disléxico na sociedade letrada e cada vez mais exigente. Portanto, a compreensão do processo 
de alfabetização pode amenizar os problemas da criança disléxica, tanto relacionado ao 
cognitivo e emocional como oportunizar um futuro decente. 
 
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