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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III SÂMIA MARIA MARINHO CARNEIRO ALVES 3° PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – TIPOS DE ANEMIA – SEMANA 12 GUANAMBI/BA 2022 PERGUNTA: Como diferenciar os tipos de anemia? Qual tratamento para cada grupo? RESPOSTA: Podemos diferenciar os tipos de anemia tomando como base as alterações na morfologia dos eritrócitos, avaliando sua coloração (hipocrômica, normocrômica e hipercrômica) e seu tamanho (microcítica, normocítica ou macrocítica), por exemplo. Tais alterações podem ser observadas quando o médico solicita o hemograma completo. Na anemia ferropênica, anemia devido a deficiência de ferro, o Volume Corpuscular Médio (VCM) está diminuído. A talassemia (anemia do mediterrâneo), anemia com mutações que reduzem a síntese das cadeias alfa e beta globina, causando deficiência de hemoglobina (Hb) e consequentemente com danos nos eritrócitos, também tem o VCM diminuído, caracterizando essas anemias como anemias microcíticas. Ao contrário das anemias supracitadas, quando o VCM está aumentado, temos as anemias macrocíticas, são menos comuns que as microcíticas e são elas: anemia megaloblástica, que pode ser por deficiência de ácido fólico ou deficiências de vitamina B12 (colabamina). Quando o VCM está normal, ou seja, entre 80 e 100 fL (fentolitro) em adultos, temos a chamada anemia normocítica, e temos como exemplo a anemia falciforme que é causada devido a alterações nos glóbulos vermelhos fazendo com que fiquem com formato de foice. A Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) indica a coloração do glóbulo vermelho, então, quando está dentro dos padrões, entre 28 e 34 g/dl de hemácias, dizemos que é uma anemia normocrômica. Quando o HCM está baixo, temos as anemias hipocrômicas, e um exemplo é a anemia ferropênica. Já quando o HCM está aumentado, temos a anemia hipercrômica, tendo como representantes as anemias causadas por doenças crônicas em que ocorre inibição da eritropoiese devido infecção crônica, doença autoimune, doença renal ou câncer. Ademais, há também as anemias hemolíticas que podem ser congênitas ou adquiridas, em que ocorre uma destruição acelerada dos eritrócitos (hemólise), por exemplo a esferocitose hereditária, que ocorre quando se tem um defeito na membrana dos eritrócitos fazendo com que eles possuam um formato semelhante a de uma esfera. Existem diversos tratamentos e em todos se leva em consideração qual o tipo de anemia, se ela é uma doença primária ou se ocorre como causa secundária a outra enfermidade. Nos casos em que ela é secundária, é necessário que se trate a causa base, pois qualquer intervenção feita na anemia sendo ela secundária servirá provisoriamente. Grande parte das anemias se resolve com o fator nutricional, ou seja, a suplementação do fator deficitário resolve a doença, como por exemplo a suplementação da vitamina B12 para os vegetarianos, já que essa vitamina só está presente em bactérias e em alimentos de origem animal. Entretanto, quando não se encaixa em nenhum dos quadros citados acima, há tratamentos específicos. Na anemia ferropênica é necessário o suporte nutricional e a reposição de ferro. Na talassemia o tratamento é feito pela suplementação de ácido fólico, principalmente em gestantes, transfusões sanguíneas em certas ocasiões quando ocorre a forma intermediária da doença, e transfusões regulares e uso de terapia quelante (uso de medicamentos para retirar o excesso de ferro) quando a doença é mais grave, em alguns casos pode até mesmo ser feito o transplante de medula óssea. Na anemia falciforme, é feita a suplementação de ácido fólico, transfusões sanguíneas e é necessário evitar episódios de desidratação e hipotensão (que podem ser fatores desencadeantes para crises de dor, por exemplo), além de acompanhamento desde a identificação da doeça. Nas anemias hemolíticas o tratamento é feito a partir de transfusões sanguíneas, e se necessário, são utilizados glicocorticoides em casos de anemia de doenças inflamatórias, e outros medicamentos que visam suprimir o sistema imunológico, dependendo do caso pode ser indicado uma esplenectomia (remoção cirúrgica do baço), como na esferocitose hereditária. REFERÊNCIAS: ROBBINS, S. L.; KUMAR, V.; ABBAS, A.K.; ASTER, J.C. [tradução Tatiana Ferreira Robaina] Patologia básica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. SANTIS, G. C. D. Anemia: definição, epidemiologia, fisiopatologia, classificação e tratamento. Revistas USP, São Paulo, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/156726/157320/377752#:~:text=Anemia%20 %C3%A9%20a%20redu%C3%A7%C3%A3o%20da,pessoas%20em%20todo%20o%20mundo. Acesso em: 01 mai de 2022. https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/156726/157320/377752#:~:text=Anemia%20%C3%A9%20a%20redu%C3%A7%C3%A3o%20da,pessoas%20em%20todo%20o%20mundo. https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/156726/157320/377752#:~:text=Anemia%20%C3%A9%20a%20redu%C3%A7%C3%A3o%20da,pessoas%20em%20todo%20o%20mundo.
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