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Neurofisiologia e Fisiologia da Contração Muscular Meio Interno e Homeostase. Cerca de 60% do corpo humano adulto é composto de líquidos, principalmente, uma solução aquosa de íons e outras substâncias. Embora a maior parte desse líquido esteja dentro das células e seja chamado líquido intracelular, cerca de um terço se encontra nos espaços fora das células e é chamado líquido extracelular, ou seja, meio interno corresponde ao líquido que banha as células do nosso corpo, ou seja, o líquido intersticial. Homeostase refere-se à manutenção do equilíbrio do meio interno, ou seja, manutenção da constância desse liquido em termos de nutrientes, eletrólitos, oxigênio e catabólitos. Todos os órgãos e sistemas usufruem da homeostase, mas todos tem que trabalhar para mantê-la. O funcionamento conjunto e adequado de todos os sistemas possibilita a manutenção da homeostase. Agora, se pensarmos na falha de um órgão ou sistema, isso pode resultar em desequilíbrio do meio interno e homeostase. Pense no funcionamento inadequado de um órgão ou sistema que pudesse influenciar na homeostase, lembrando que graus moderados de comprometimento de um sistema podem levar a doenças e grau severo de comprometimento pode levar a tal desequilíbrio da homeostase que se torna incompatível com a vida. Imagine um peixinho em um aquário, o peixe poderia ser comparado a uma célula e a água que o cerca ao liquido que banha as células do nosso corpo ou meio interno. Se não renovarmos a água desse peixe e não lançarmos comida para ele o que acontecera com ele ? Respondendo essa questão você já sabe o que é meio interno e homeostase. Então, Como é mantida a Homeostase? Quais às consequências da falha de um órgão ou sistema sobre a Homeostase? O Transporte através de membrana é dividido em: DIFUSÃO SIMPLES; OSMOSE DIFUSÃO FACILITADA TRANSPORTE ATIVO: PRIMÁRIO DEPENDENTE DE ATP (BOMBA DE NA+K+); SECUNDÁRIO COTRANSPORTE e CONTRATRANSPORTE A difusão simples refere-se ao movimento de moléculas ou íons (partículas), sempre do local de maior para o local de menor concentração até que o soluto esteja uniformemente distribuído pela solução. Para raciocinarmos sobre isso, basta pensar em se colocar uma gota de tinta em um copo com água, inicialmente teremos um ponto escuro representado pela tinta no copo, mas, depois de alguns minutos o copo vai passar a apresentar coloração clara, pois a tinta se distribui uniformemente em todo o volume de liquido por difusão. Praticamente tudo se difunde no nosso organismo, como existe a membrana plasmática em nossas células, para sabermos se a substancia que se difunde permeará ou não a célula, temos que considerar a lipossolubilidade dessa substancia e sua massa molecular. Substancias de baixa massa molecular, inclusive a própria águas podem penetrar ou sair da célula através de canais abertos presentes na membrana, agora, substancias de maior peso molecular que não passam pelos canais abertos e, que, não são lipossolúveis (polares) precisam ser carreadas (exemplo glicose é carreadas pelos glicose transportes ou GLUTs). Se a substância for lipossolúvel ou apolar, esta pode permear a membrana plasmática que tem constituição lipídica (anestésicos gerais, CO2, O2, benzeno, etanol etc). Fatores que afetam a velocidade efetiva de difusão: Lei de Difusão de Fick J = D. A. Δc D = K.T Δx 6.π.r.ή J= intensidade efetiva de difusão (moles/unidade de tempo); D= Coeficiente de Difusão; A= área de superfície de membrana; Δc= diferença de concentração através da membrana; Δx= espessura da membrana K=constante de Boltzmann; T= Temperatura; r= raio; ή = viscosidade Baseado nas figuras abaixo faça uma correlação da lei de Difusão de Fick com Pneumotórax, pneumonia e enfisema pulmonar. Osmose Difusão de água através de membrana semipermeável do local de menor para maior concentração de soluto ou do local de maior para menor concentração de água. Para podermos fixar o conceito de osmose, devemos ter em mente que a água sempre busca o local onde existe maior concentração de solutos. Obs. O soluto diminui a concentração de água na própria água, gerando a osmose. O que determina a osmose é o número de partículas osmoticamente ativas, não é a massa da partícula, mas sim os números de partículas osmoticamente ativas independentemente da massa dessa partícula, pois partículas de massa diferente exercem em média a mesma pressão osmótica sobre a membrana. Portanto, o que determina a osmose não é a massa do soluto e sim o número de partículas expressa pela osmolaridade (mol/L) ou osmolalidade (mol/kg). Concentração em termos de massa do soluto (Isotônica, Hipertônica e Hipotônica) vs Concentração Osmolar (Isosmótica, Hiperosmótica e Hiposmótica)(Concentração em termos de números de partículas presente em solução). P.M Osmolaridade • 1 mol de glicose 180g 1 osmol • 1 mol de Sacarose 324g 1 osmol • 1 mol de NaCl 58,5g 2 osmóis • 1 mol de CaCl2 110g 3 osmóis Pressão Osmótica dos Líquidos Corporais: [1 Osmol] = 19.300 mmHg [1 mOsmol] = 19,3 mmHg Pressão Osmótica dos Líquidos Corporais: Concentração osmolar dos líquidos corporais ~ 300 mOsm. Pressão osmótica dos líquidos corporais = 5790 mmHg ~ 5500 mmHg. Diferença entre os líquidos Intra e extracelulares Como já foi observado acima há difusão de substâncias lipossolúveis através da bicamada lipídica e difusão de moléculas e água e outras substâncias hidrossolúveis pelos canais protéicos. Podemos observar que há diferença de concentração de solutos através da membrana, se observarmos somente o sódio e o potássio, podemos observar que existe 142mEq de Na+ fora da célula para 10 mE dentro e, 140mEq de K+ dentro para 4mEq fora. Dessa forma, pelas leis de difusão até aqui estudadas se não houvesse nenhum outro mecanismo o que teríamos era a difusão de Na+ para dentro da célula e de K+ para fora até o equilíbrio, ou seja, até que houvesse cerca de 70 mEq de Na+ e K+ dentro e fora da célula. Mas, pergunta-se, por que isso não ocorre? A resposta é devido ao transporte ativo: no caso devido ao funcionamento incessante da Na+-K+ATPase, que tira o Na+ que entra e busca o K+ que saiu, consumindo para isso um ATP para cada ciclo da bomba. Portanto, essa ATPase bombeia 3 íons Na+ para fora enquanto que ao mesmo tempo internaliza 2 íons potássio. Mantendo assim o gradiente de Na+ e K+, impedindo que o Na+ entre e fique dentro da célula e que o K+ saia e fique fora da célula. Pergunta-se, qual a importância do funcionamento da Na+-K+ ATPase, e quais seriam as consequências se essa bomba pareasse de funcionar ? Pense que a bomba precisa de ATP para funcionar e que fatores como a isquemia pode limitar a oferta de sangue e nutrientes para os tecidos sintetizarem ATP. Essa seria uma boa dica para responder a essa questão. Se o gradiente de íons Na+ e K+ se dissipassem não ocorreriam mais potenciais de ação, a base da nossa vida. Podemos dizer que somos fenômenos elétricos, ou seja, tudo no nosso organismo depende de potenciais de ação onde o Na+ deve entrar na célula e o K+ sair, se isso deixar de acontecer nada mais que depende desses potencias funcionaria. Veremos mais a frente. O Na+ tende sempre a entrar na célula, enquanto o K+ tende a sair, se esse efeito de difusão não for contraposto, haverá a perda do gradiente de concentração iônico, como já citado acima. Portanto, se o Na+ tende a entrar e o K+ a sair constantemente, deve-se atuar a Na+-K+ATPase que retira 3 íons Na+ enquanto internaliza 2 íons K+ a cada ciclo, dessa forma não se perde o gradiente de concentração para esses íons, a não ser em em algumas condições patológicas como na isquemia. A bomba de Na+-K+ tem grande importância na manutenção do volume celular, como citado acima,quando há diminuição da sua função devido à falta de ATP, o Na+ se torna um soluto permeante e começa a se concentrar no interior das células, resultando em osmose de água para o interior celular, resultando no processo de tumefação celular. Se o processo não for revertido às células podem romper. Como exercício podemos imaginar quatro soluções: água destilada, solução fisiológica (0,9%), que é isosmótica em relação aos líquidos corporais, solução de NaCl 4% que é hiperosmótica e solução de NaCl 0,4% que é hiposmótica. A hemácia pode representar o que aconteceria com virtualmente todas as células vivas do nosso organismo quando expostas a solução hiperosmóticas, isosmóticas e hiperosmóticas. Quando uma gota de sangue é colocada em água destilada as hemácias rompem instantaneamente, resultado do excesso de fluxo osmótico para o interior celular, lembre a água busca sempre o local onde existe maior concentração de soluto, no caso da água destilada não há soluto algum, a água, portanto, entra na célula rompendo-a, resultado num processo denominado de hemólise. Portanto, podemos concluir que deve-se utilizar solução fisiológica na maioria dos procedimentos clínicos como lavar um ferimento, em cirurgias, infusão etc. A bomba de Na+-K+ também possui natureza eletrogênica, ou seja, a cada ciclo ela tira 3 íons Na+ positivos enquanto internaliza somente 2 íons K+ (também positivos), portanto, gera-se um déficit de 1 íons positivo para cada ciclo da bomba. Voltaremos nesse assunto mais a frente em potenciais de ação. Transporte ativo secundário: Co-transporte (Na+-Glicose – Na+aa): Contratransporte(Na+-Ca++ Na+H+): Já que a bomba de Na+K+ tem que funcionar constantemente mantendo o Na+ fora da célula, esta, por sua vez, pode utilizar a energia cinética da difusão de Na+ para o interior celular para movimentar alguns transportadores presentes na membrana plasmática. Assim, ao entrar o Na+ pode carregar consigo alguma substância (cotransporte ou sinporte) importante para as células, assim como, ao entrar ele pode movimentar um transportador retirando alguma coisa da célula (contratransposte ou simporte). Podemos comparar esse transporte a uma porta de banco, imagine que você e outra pessoa entrem na mesma baia de uma porta de banco, mas estando lá, esta pessoa não se mova, você pode empurrar a porta e forçar a pessoa a entrar com você no banco, assim como se a pessoa estiver dentro na aba da porta no interior do banco e não se movimentar você pode forçar a porta ao entrar que a aba de trás da porta giratória vai fazer com que a pessoa saia. Para que serve o soro caseiro? Em que situações ele é indicado? Soro Caseiro: Duas porções de açúcar e uma ‘’pitada’’ de sal Para que o sal (NaCl) esta presente no soro caseiro ? Observando a figura, talvez você tenha a resposta. Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação Conceito de Potencial Eletroquímico: A difusão de íons gera diferença de potencial elétrico (ddp) através da membrana plasmática, enquanto que a difusão de partículas sem carga não gera diferença de potencial elétrico. Assim, temos que considerar agora duas grandezas para começar a entender os potenciais de membrana e potenciais de ação, são essas o potencial químico da partícula e o potencial elétrico (no caso dos íons). Quanto uma partícula sem carga se difunde esta parte do local de menor para o local de maior concentração e se difunde até que seja atingido o equilíbrio, ou seja, até que a concentração seja igual no lado A quanto do lado B. Agora, se partícula tem carga, temos que considerar além do potencial químico (tendência física das partículas se difundirem do local de maior para menor concentração) o potencial elétrico. Por exemplo, quanto um ânion se difunde do local de maior para menor concentração além do acumulo de partículas no lado menos concentrado também vai ocorrer o acúmulo de cargas, dessa forma, a negatividade começará a aumentar no lado menos concentrado e diminuir do lado mais concentrado, devido à difusão. O processo seria o mesmo para íons positivos. Imagine agora o ambiente interno e externo das células que possuem diversos cátions e ânions, como pode ser observado na figura abaixo: Se os vários íons e substâncias tendem constantemente a se difundir a favor de seu gradiente de concentração (do local de maior para menor concentração), como a célula mantém esses gradientes? A resposta é que as células mantém o gradiente de concentração de várias substâncias, sobretudo por transporte ativo, gastando energia, ex: • Na-K+ ATPase; • Ca++ ATPase; • Cl- ATPase. Dessa forma, o Na+ entra a célula tira, o K+ sai a célula busca de volta para o interior através da Na+-K+ ATPase, da mesma forma o Ca++ entra ou saí dos retículos e células bombeia-o constantemente para fora ou de volta para o interior do reticulo. O CL- entra, a célula também o bombeia para fora. Virtualmente todas ás células do nosso corpo são polarizadas, ou seja, possuem potenciais de membrana, mas, somente alguns tipos celulares são capazes de gerar (deflagrar) e conduzir potenciais de ação. Que células são estas? A resposta é: células excitáveis. E o que seriam células excitáveis? São células capazes de gerar e conduzir potenciais de ação. Mas, se virtualmente todas as células são polarizadas, ou seja, possuem o interior próximo a membrana negativo e o exterior próximo a membrana positivo, o que tornam as células mostradas na figura acima capazes de gerar e conduzir potenciais de ação ? A resposta é simples: canais de Na+ e K+ voltagem dependentes ao longo da membrana. Estes canais se abrem na dependência de estímulos específicos, a sua abertura pode ser regenerativa, ou seja, a abertura de canais suficientes para elevar o potencial de repouso da membrana até o limiar de excitação gera a abertura de mais e mais canais de Na+ e posteriormente de K+ gerando um potencial de ação. A figura abaixo demostra uma fibra nervosa (axônio) em potencial de repouso, que é em média para fibras musculares e nervosas calibrosas em torno de -90mv. Mas, da onde vem esse valor de -90mV? Por que a célula possui um potencial de repouso médio de -90 mV? Estudaremos como chegamos a este valor a seguir. Como podemos observar na figura a célula esta polarizada com o interior negativo e o exterior positivo, como uma pilha que possui um polo positivo e um polo negativo. Dessa forma, podemos observar na figura abaixo que as células estão polarizadas. Mas, em um pequeno espaço muito próximo a membrana apesar das células serem negativas dentro e positivas por fora, existem também íons positivos no interior e negativos no exterior, mas o número de cargas negativas no interior é maior que positiva, dessa forma a carga resultante para o interior celular é negativa, o mesmo raciocínio podemos usar para o lado externo que é positivo. A não ser por essa pequena região próxima da membrana que é polarizada, ou seja, há prevalência de cargas negativa ou positivas, o restante cada carga negativa é acompanhada de uma carga positiva, possuindo potencial nulo. Também se deve destacar a presença de ânions impermeantes no interior celular (compostos fosfatados, sulfatados) que não podem sair da célula. Para podermos entender melhor os potenciais de repouso, temos que ter em mente que os ânions impermeantes nunca entram ou saem das células. Para o estabelecimento do potencia de repouso da membrana participam os íons K+, Na+ e a Na+-K+ ATPase. Para podermos compreender melhor este assunto, vamos considerar que somente os íons K+ se tornem permeáveis, devemos esquecer todos os outros íons, agora, focaremos no íons K+. Lembrando que segundo as leis de difusão o Na+ sempre tende a entrar nas células e o K+ a sair, e, a Na+-K+ ATPase, bombeiaativamente e constantemente o Na+ de volta para o liquido extracelular e busca o K+ que saiu de volta para o liquido intracelular. Figura: A partir desse momento, vamos imaginar que somente o K+ seja permeável através dos canais abertos presentes na membrana plasmática: Com a saída dos íons potássio, a célula vai passar a perder cargas positivas, e, lembrando que os ânions impermeantes nunca saem da célula, vai começar a sobrar cargas negativas desacompanhadas de positivas no interior celular que ficara cada vez mais negativo à medida que mais íons K+ sai da célula. Esse processo vai ocorrer até que se estabeleça um valor de negatividade interna da ordem de -94 mV. Este potencial é denominado de potencial de equilíbrio ou potencial de Nernst para o K+. Devemos lembrar que ainda existe K+ dentro da célula capaz de sair por difusão, mas estabelece- se um valor de negatividade que segura o K+ (como se fosse um ímã), ou seja, a negatividade de -94mV segura o K+ que é positivo (negativo e positivo se atraem), impedindo que os íons K+ continuem a se difundir. Portanto, o potencial de Nerst ou de equilíbrio é o valor de negatividade que impede a saída de mais K+ devido ao gradiente de concentração. Acompanhe o raciocínio através das figuras: A difusão de K+ para fora da célula criou perda de íons positivos gerando um potencial de membrana de -94mV, muito próximo ao valor do potencial de repouso da membrana que é de cerca de -90mV. Mas, devemos também considerar a participação de outro íon importante relacionado com a geração dos potenciais de repouso da membrana que é o íon Na+. Então, da mesma forma que fizemos com o K+, vamos considerar que a membrana se tornará permeável somente ao íon Na+ a partir deste momento, lembrando novamente que pelas leis de difusão o Na+ somente tende a entrar na célula (saindo somente quando é bombeado ativamente pela Na+-K+ATPase). Vamos acompanhar a contribuição do Na+ no estabelecimento do potencial de repouso de -90mv nas figuras a seguir (para fins didáticos as cargas negativas no interior da célula foram omitidas): Portanto, o Na+ se difundo para o interior celular até que se estabeleça um potencial de +61mV, este valor vai repelir a entrada de mais Na+ (positivo com positivo se repele), este potencial é denominado de potencial de equilíbrio ou potencial de Nernst para o íons Na+. Através da equação de Nernst pode se calcular o potencial de repouso para o Na+ e K+. FEM = 61 log [concentração]i [concentração]e Na+ interno/Na+ externo = 0,1 K+ interno/K+ externo = 35 Log 35 = 1,54 x 61 = -94 mV (K+); Log 0,1= -1 x 61 = +61 mV (Na+) Portanto, o potencial de equilíbrio ou de Nernst para o K+ = -94mV e para o Na+ = +61mV. Calculando-se através da equação de Goldman-Hodking-Katz FEM = 61 log CNa+i . PNa+ + CK+i . PK+ CNa+e . PNa+ + CK+e . PK+ Chegamos a um valor de potencial de equilíbrio de membrana quando consideramos o Na+ e o K+ de -86mv. Pergunta: E os outros – 4mV que restam para chegar ao valor médio de -90mV que se estabelece em fibras musculares e nervosas calibrosas ? Agora, que entendemos como se estabelece os potenciais de membrana de virtualmente todas as células do nosso corpo, podemos ter em mente a importância desses potencias que é permitir que sejam gerados e conduzidos os potenciais de ação através das células excitáveis. Como veremos no próximo tópico sobre potenciais de ação. Potencial de Ação Os seres humanos são fenomemos elétricos, ou seja, basicamente tudo no nosso organismo depende de potenciais de ação: audição, visão, gustação, olfato, movimentação, o simples ato de estarmos lendo este texto esta dependendo de muitos potencias de ação. Os potencias de ação são alterações elétricas, registradas por microvoltimetros ou osciloscópios gerados na membrana e conduzidos através das células excitáveis (neurônios, músculos estriado cardíaco, estriado esquelético, liso). A partir das figuras esquemáticas a seguir, vamos acompanhar um a geração de um potencial de ação entre dois neurônios. Podemos observar que a célula esta polarizada, ou seja, nada aconteceu ainda o interior da célula está negativo e o exterior positivo, podemos observar na figura um botão sináptico contendo neurotransmissores, um canal de Na+ dependente de ligante (será ativado e abrirá na dependência da ligação do neurotransmissor [ligante]), um canal de Na+ com comporta de ativação e de inativação e canal de K+. Se representarmos graficamente o potencial de repouso esta estará no valor de cerca de -90mV como estudado acima, figura abaixo. A partir desse momento houve um estimo vido do neurônio pré-sináptico resultando na liberação de neurotransmissores na fenda sináptica, estes neurotransmissores se ligam no canal de Na+ dependente de ligante (receptor) e, o abrem, o que resulta em influxo de Na+ para o interior do neurônios pós-sináptico. Pode-se observar que o canal de Na+ está aberto e o interior celular esta ficando positivo e o exterior negativo. Devemos lembrar que somente íons positivos se deslocam tanto na despolarização (Na+) como na repolarização (K+). Baseado na figura acima, tente plotar onde o potencial de membrana poderia se encontraria no gráfico abaixo: Na figura abaixo, podemos observar que a célula esta despolarizada, ou seja, o inteiro que é negativo ficou positivo e o exterior que era positivo ficou negativo. Como o Na+ só entra na célula por difusão (sai somente por transporte ativao-Na+K+ATPase), para que a célula possa se repolarizar rapidamente é necessário que saia íons positivos, o único íon positivo capaz de sair da célula rapidamente por difusão é o K+, dessa forma, após a abertura e fechamento dos canais de Na+, abrem-se os canais de K+. A saída dos íons K+ começa a devolver para fora as cargas positivas que entraram na célula devido a entrada do Na+. A saída do K+ permite que a célula comece a se repolarizar. Até que esteja completamente repolarizada, voltando ao potencial de repouso. Podemos acompanhar os eventos elétricos que são causados pelos potenciais de ação no gráfico a seguir, ou seja, a célula ao ser estimulada sai do potencial de repouso de cerca de -90mV devido a abertura de canais de Na+, o interior celular próximo a membrana fica cada vez mais positivo até que todos os íons negativos estejam acompanhados de positivos, quando isto acontecer teremos potencial de membrana zero, mas os íons Na+ continuam a entrar e o interior celular se torna positivo ultrapassando o nível do zero, sendo denominado este potencial de potencial de ultrapassagem. Nesse momento o permeabilidade ao Na+ começa a diminuir e a permeabilidade ao K+ começa a aumentar devido a abertura de canais de K+. A saída de potássio devolve para fora íons positivos permitindo que a célula novamente vá se tornando negativa (repolarização). Se durante o potencial de ação o Na+ que deve ficar fora da célula entrou e o K+ que deve ficar dentro da célula saiu, pergunta-se: Que mecanismo é utilizado para devolver os íons para os seus devidos lugares? Alguns tecidos como o marcapasso fisiológico do coração (nodo sinusal ou sino- atrial), são auto-excitáveis, e possuem ritmicidade, ou seja, são capazes que gerar e conduzir potenciais de ação de forma automática. Isso ocorre porque o potencial de repouso nestes tecidos é exatamente o limiar de excitação, quando o potencial volta ao repouso (que é o limiar de excitação) há novo potencial de ação. Portanto, para que seja gerado um potencial de ação o estímulo deve ser forte suficiente para chegar ao limiar de excitação que é cerca de 20 mv mais positivo que o potencial de repouso da membrana, ou seja, se o potencial de repousoda célula excitável for de -90mV, 20 mV mais positivo é -70mv. Se o estímulo for forte suficiente para elevar o potencial de repouso da membrana para -70mV chega-se ao limiar de excitação e gera-se um potencial de ação, se não chegar nesse limiar diz-se que o estimulo é subliminar, pode facilitar o neurônio como veremos mais afrente, mas não gera potencias de ação. Sistema Nervoso O sistema nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. O sistema nervoso central compreende o encéfalo e a medula espinal, enquanto o sistema nervoso periférico se subdivide em nervos, gânglios e terminações nervosas. E encéfalo é subdividido em lobos, os quais compreendem os lobos: frontal, parietal, occipital, temporal. Dividindo o encéfalo, podemos observar o sulco central, a frente deste observa- se o giro pré-central com funções motoras e por detrás do sulco central podemos observar o giro pós-central com funções sensoriais. Existe uma representação de todas as partes do nosso corpo tanto no giro central, quanto no giro pós-central. Quando estivermos estudando funções motoras e sensoriais será apresentado o homúnculo sensorial e motor. É bom destacar que a medula espinal faz parte do sistema nervoso central se conecta com a periferia através dos nervos espinais. Os nervos funcionam como conduites para axônios de neurônios motorores (motoneurônios) e neurônios sensoriais dos diversos órgãos sensoriais presentes no nosso organismo. Estes órgãos sensoriais permitem que possamos transformar informações sensoriais em potenciais de ação, permitindo que possamos interpretar tanto o ambiente externo quanto o ambiente interno do nosso corpo, discutiremos esse assunto mais a frente. O cerebelo possui um circuito intrincado relacionado basicamente ao controle de atividades rápidas, a modulação dos circuitos cerebelares através da repetição de movimentos permite o aprendizado motor. Os núcleso de base também estão realacionados com o controle dos movimentos, dependo do circuito que é utilizado. Outra parte do sistema nervoso refere-se ao sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, como o próprio nome indica funciona de maneira automática, independente de nossa vontade consciente. Por exemplo, se subimos uma escada apressadamente existe aumento da frequência cárdica, ajustes de pressão arterial e frequência respiratória independente de querermos ou não que isso aconteça. Os ajustes são proporcionais ao grau de condicionamento físico do individuo, quanto mais bem condicionado melhor o organismo ajusta estes parâmetros. As funções realizadas pelo sistema nervoso são realizadas por neurônios, existem diversos tipos de neurônios, mas os neurônios padrão que será apresentado na figura seguinte refere-se ao motoneurônio do corno anterior da substância cinzenta medular: O neurônio é a unidade funcional do sistema nervoso, sendo responsável pelo automatismo corporal. Na fotomicrografia a seguir podemos observar um neurônio padrão e suas principais estruturas: Mas, não existem somente neurônios no sistema nervoso central, outras células com funções estruturais, imune e até metabólicas estão presentes. Os astrocitos correspondem a um destes tipos celulares e recebem este nome porque possuem forma de estrela (astro), os astrocitos além de contribuírem para formação da barreira hematoencefalica, também possuem função de captação e metabolização de neurotransmissores e de função de captação e tamponamento do excesso de íons potássio (K+) do liquido cefalorraquidiano após atividade central intensa. No sistema nervoso central os capilares são fechados, permitindo a passagem de substancias por difusão (para substancias lipossolúveis) ou através dos poros das células para água e substancias de baixo peso molecular como os íons. Para substâncias de peso molecular mais elevado é necessário mecanismo carreador, para que tal substância possa cruzar a barreira hematoencefálica, por exemplo, existem carreadores de glicose (GLUT), carreadores para grupos de aminoácidos etc. Para que anestésicos gerais tenham ação no sistema nervoso central estes devem cruzar a barreira hematoencefáfica e, para isso, estas substâncias devem ser bastante lipossolúveis. Outro tipo celular presente no sistema nervoso central são as células da micróglia, estas células tem função de fagocitose, tendo função semelhante a de um macrófago. Podemos também citar os oligodendrócitos que formam a bainha de mielinha nos axônios dos neurônios do sistema nervoso central, enquanto que a células de Schwuann formam a bainha de mielina no sistema nervoso periférico. Enquanto uma única célula de Schwann forma bainha de mielina em porção única de um axônio, um oligodendocito enrola-se em vários axônios, contribuindo para a formação da bainha de mielina. Tal fator pode estar relacionado a maior facilidade de regeneração dos nervos seccionados da periferia (degeneração e regeneração Walleriana) quando comparados a regeneração medular. Quando falamos de neurônios devemos observar que estes são a unidade morfofuncional do sistema nervoso, basicamente no sistema nervoso central existe somente sinapse química, onde um neurônio se comunica com o neurônio seguinte através de sinapses, não há contato entre um neurônio e outro. A comunicação é realizada através de neurotransmissores. Existem alguns tecidos como o musculo estriado cardíaco e musculo liso onde as células se comunicam através de gap juntions (junções abertas), este tipo de comunicação pode ser considadera como uma sinapse elétrica, como observaremos quando estudarmos o tecido cardíaco. Os neurotransmissores atuam sobre canais iônicos ou sobre receptores relacionados com a geração de segundos mensageiros. Os neurotransmissores que atuam sobre canais iônicos são de ação rápida, enquanto que a atuação de neutransmissores sobre receptores acoplados a proteína G, permite ação mais prolongada. Os Receptores excitatórios ou inibitórios da membrana pós-sináptica atuando através de canais permitem: • Excitação através da Abertura de canais de Na+; Condução reduzida através de canais de Cl- ou K+; • Inibição através da condução aumentada através de canais de CL- ou K+. A ação de neurotransmissores sobre o Sistema de segundo mensageiro no neurônio pós- sináptico esta relacionado com funções que requerem mudanças prolongadas nos neurônios (duração de segundos, semanas, meses ou anos após o neurotransmissor ter se dissipado). Ex. Como exemplo de mecanismos que envolvem somente ação de neurotransmissores sobre canais iônicos podemos citar a memória de curto prazo, enquanto que memoria de longo prazo envolve neuroplasticidade e ação de neurotransmissores sobre receptores acoplados a formação de segundos mensageiros (estudaremos memória mais a frente). Quanto as Substâncias químicas que funcionam como Transmissores Sinápticos mais de 50 substâncias químicas foram demonstradas ou sugeridas como neurotransmissores. Características de alguns neurotransmissores de moléculas pequenas possuem ação rápida (aferências sensoriais e eferências motoras), enquanto que os Neuropeptídeos causam ação prolongada (mudança no número de receptores; abertura e fechamento por longo prazo de canais iônicos; mudança no número e tamanho das sinapses). Os Neurotransmissores de moléculas pequenas de ação rápida são geralmente sintetizados no botão sináptico, um exemplo é a síntese de Acetilcolina (Ach) no botão sináptico. Acetilcolina: secretada por neurônios em diversas áreas do Sistema Nervoso (SN): terminais de grandes; Células piramidais do córtex motor; vários neurônios dos núcleos de base; Neurônios Motores que inervam os músculos esqueléticos; neurônios pré- ganglionares do SNA; Neurônios pós-ganglionares do SNA-P e alguns do SNA-S (figura):Noradrenalina: secretado por neurônios cujos corpos celulares estão localizados no Tronco cerebral e hipotálamo. Locus ceruleus (ponte) e secretada pelos neurônios pós- ganglionares do SNA-S. Dopamina: efeito geralmente inibitório - projetam-se, sobretudo para região estriatal dos núcleos de base – Efeito geralmente inibitório. Serotonina projeta-se para várias regiões do SNC e cornos dorsais da medula Espinal - age como inibidor das vias de dor na medula auxilia no controle do Humor, efeito ansiolítico e sono. Glicina: secretado, sobretudo nas sinapses da medula espinal neurotransmissor inibitório; GABA (ácido gama-aminobutírico) secretado por terminações nervosas situadas na medula espinal, cerebelo, gânglios de base, diversas áreas do córtex efeito inibitório. Glutamato secretado por terminais pré-sinápticos e muitas vias sensoriais aferentes e em diversas áreas do córtex cerebral excitatório; Óxido Nítrico: secretado em áreas do cérebro envolvidas com comportamento de longo prazo e memória. Neuropeptídeos São Sintetizados no corpo celular neuronal e transportados por transporte axonal anterógrado, possuem potência mil vezes maior ou mais em relação aos neurotransmissores de moléculas pequenas Ex. Beta endorfina; substância P, Hormônio Antidiurético (vasopressina ou ADH), ocitocina, fatores hipotalâmicos de liberação. Potencial Excitatório Pós-Sináptico (PEPS) e Potencial Inibitório Pós-Sináptico (PIPS). PE Somação espacial e temporal Potencial de ação único causa PEPS de 0,5 – 1,0 mV – longe do potencial de aproximadamente 20 mV requeridos para gerar um potencial de ação. Como atingir os ~ 20mV que corresponde ao limiar de excitação mínimo pra que seja gerado um potencial de ação ? Facilitação e Inibição Neural + 20 = 20 sinapses disparando 40 = 40 sinapses disparando 60 = 60 sinapses disparando - 6 - Limiar de 4 - 2 2 - 4 - 6 -1 1 1 1 1 Tempo al de Potenci PI M ili v o lt s Quanto mais próximo do limiar de excitação um neurônio estiver, mais facilmente este neurônio vai disparara potenciais de ação, diz-se então que o neurônio esta facilitado, agora, quanto mais longe do potencial de ação ele estiver, mais longe ficara do limiar de excitação o que dificultara a geração de potenciais de ação. Por exemplo, existe tipo de epilepsias focais, onde os neurônios dos focos epiléticos estão muito próximos ao limiar de excitação, o uso de benzodiazepínicos como o diazepan fixa o neurotransmissor inibitório GABA no seu receptor abrindo um canal de cloreto (CL-) por tempo prolongado tendo, neste caso, efeito antiepilético, mas efeitos colaterais podem surgir, pois os neurônios de áreas que não a área do foco epilético possuem potencial de repouso normal e o uso desse medicamento poderia causar hiperpolarização e inibição do sistema nervoso central com efeitos de sonolência, sedação etc. Fisiologia Sensorial Sistesma epicrítico (mecanorreceptores): Receptores sensoriais e circuitos neuronais para o processamento das informações (Somestesia) Propiocepção (cinestesia): posição e movimento; Sensibilidade vibratória; Tato fino (epicrítico): estereognosia, grafestesia, discriminação entre dois pontos; Sistema Protopático Tato Grosseiro (basicamente reconhecimento de pressão); Sensações térmicas (calor e frio); Dor (dor rápida/aguda – dor lenta (crônica). Tipos de receptores sensoriais e os estímulos que eles detectam: Cinco tipos básicos de receptores sensoriais: 1. Meconorreceptor (compressão ou estiramento); 2.Termorreceptor (calor e frio); 3. Nocirreceptores (dor); 4. Receptores eletromagnéticos (Luz); 5. Quimiorreceptores (paladar, olfato, osmolaridade, níveis de O2 e CO2). • Quanto ao calibre das fibras estas são classificadas em Aalfa, Abeta, Agama, Adelta e tipo C. Havendo diminuição do diâmetro do axônio de alfa em direção as fibras tipo delta. As fibras tipo C são as de menor diâmetro e, desmielinizadas. As terminações nervosas livres possuem fibras Adelta e tipo C, enquanto que o restante (figura acima) possuem fibras tipo Abeta. Classificação das fibras nervosas Sensoriais: • Grupo IA: fuso muscular (média de 17 micrômetros – classificação geral Aα); • Grupo IB: fibras do órgão tendinoso de golgi (cerca de 16 μm - classificação geral Aα); • Grupo II: Fibras de recepção tátil fina e de terminações secundárias do fuso muscular ( média 8 μm – classificação geral Aβ e Aγ); • Grupo III: Fibras termorreceptoras, tato grosseiro e sensibilidade dolorasa em pontada ( cerca de 3 μm – classificação geral tipo Aδ); • Grupo IV: Fibras amielínicas dor, coceira, temperatura e tato grosseiro (diâmetro 0,5-2,0 μm - classificação geral tipo C) Ainda, podemos observar que os receptores sensoriais se adaptam rápida ou lentamente ao estimulo, por exemplo, os corpúsculos de Paccini, se adaptam em centésimo de segundo, enquanto que os órgãos terminais de Ruffini que respondem a sinais pesados de pressão contínua se adaptam lentamente (muito pouco). Receptores de adaptação rápida detectam alterações da intensidade do estímulo (receptores de movimento ou fásicos). Reagem quando uma alteração esta ocorrendo (Meissner, Paccini). Receptores de adaptação lenta detectam continuamente a intensidade do estímulo – receptores tônicos. Continuam a transmitir os impulsos enquanto os estímulos estiverem presentes. Sensações somáticas: Organização geral Classificação: 1. Sensações somáticas mecanorreceptivas incluem tato e posição; 2. Sensações termorreceptivas: calor e frio; 3. Sensação de dor. As terminações nervosas livres estão relacionadas com a detecção de tato, pressão, dor, temperatura, sendo formadas por fibras A∆ (dor rápida) e C (dor lenta-crônica). Corpúsculo de Meissner esta presente, sobretudo na pele glabra (pontas dos dedos) e lábios, se adapta rapidamente sndo sensível a toque muito leve sobre a pele e vibração de baixa frequência até 80 Hz, sendo formadas por fibras do tipo Aβ. Pêlo tátil ou órgão terminal piloso - como o corpúsculo de Meissner se adapta rapidamente detecta o movimento de objetos sobre a superfície do corpo ou contato inicial, são supridas por fibras do tipo Aβ. Corpúsculo de Pacini localizado abaixo da pele ou mais profundos, se adaptam rapidamente, possuem a capacidade de detecção de vibração 80-300 Hz ou alterações mecânicas rápidas e são supridos por fibras do tipo Aβ. Órgão terminal de Ruffini - pouca adaptação estão relacionados a sinalização de deformação sobre a pele – também encontrados nas cápsulas articulares, respondem a rotação das articulações e também são supridos por fibras do tipo Aβ. Os reflexos musculares estão relacionados com o fuso neuromuscular e com o aparelho tendinoso de golgi. Vias sensoriais de transmissão até o Sistema Nervoso Central (SNC) Principais: Via da coluna dorsal-lemnisco medial; Via Antero-lareral. As duas vias se juntam parcialmente no tálamo. A via da coluna dorsal (sistema epicrítico) esta relacionada com: 1. Sensações de tato que requerem alto grau de localização do estímulo; 2. Sensações de tato fino; 3. Sensações vibratórias; 4. Movimento contra pele; 5. Sensação de Posição; 6. Sensação fina de pressão; Fibras mielinizadas mais caliborosas – 30-110m/s, as quais transmissão com fidelidade temporal e espacial modalides sensoriais mecanorreceptivas-Orientação espacial das fibras. Via Antero-Lateral (Sistema Protopático) 1. Dor (dor rápica espinotalamico lateral/ dor lenta espinorreticular). 2. Sensações térmicas: Frio e Calor (espinotalamico lateral) 3. Sensações de imprecisas de pressão (espinotalâmico anterior) 4. Sensações decócegas e prurido (espinotalamico lateral) 5. Sensações sexuais (espinotalamico lateral) Amplo espectro de modalidades sensoriais, formada por fibras mielinizadas finas e amielinizadas que transmitem os potenciais de ação com velocidade de até 40m/s - sensações que não precisam de fidelidade espacial e temporal. Em relação à interpretação das modalidades sensoriais o córtex não tem função absoluta, apesar de ser responsável pela interpretação precisa das informações sensoriais não é responsável pela interpretação total; localização e interpretação imprecisa, mais dor e temperatura é função do tálamo. O Córtex sensorial (Somatossensorial) O córtex sensorial possui a representação de todas as partes do nosso corpo. Dessa forma, podemos observar o Homúnculo de Penfield ou Homúnculo Sensorial, onde a sensibilidade é diretamente proporcional ao tamanho do órgão, ou seja, quanto mais sensível maior, possuindo dessa forma mais receptores sensoriais. O tamanho dos órgãos é diretamente proporcional ao número de receptores sensoriais em cada área periférica do corpo. As Funções da área Somatossenrorial I são observadas quando se faz uma Excisão bilateral das mesmas, nesse caso observa-se Incapacidade de: Localização discreta de sensações em diferentes partes do corpo localização grosseira permanece; Analisar diferentes graus de pressão sobre o corpo; Avaliar o peso dos objetos; Avaliar contornos e formas dos objetos (astereognosia); Incapacidade de avaliar textura; Perda da Grafestesia; Não há perda de capacidade de detecção dolorosa e térmica , porém as sensações são pouco localizadas. Função de áreas mais inferiores. Função das Áreas de Associação Somatossensoriais (5 e 7): Estão relacionadas com os significados mais profundos das informações sensoriais; Estimulação elétrica causa sensações sensoriais complexas como sensação de um objeto. Esta recebe sinais provenientes da: 1. área somatossensorial I, 2. núcleos talâmicos, 3. córtex visual, 4. córtex auditivo Sensações Somáticas, Dor, Cefaleia e Sensações Térmicas. Estímulos que causam dor: Mecânicos; Térmicos; Químicos (bradicinina, serotonina, histamina, K+, acetilcolina, enzimas proteolíticas, prostaglandinas e substância P). Extratos de tecido lesado causam dor intensa quando injetados sob a pele (substâncias relacionadas ao processo inflamatório). Tipos de dor: Dor rápida (aguda, pontual, em pontada, dor elétrica) – fibras do tipo Aδ – via espinotalamica lateral. Dor lenta (crônica, em queimação, persistente, pulsátil, nauseante) – fibras do tipo C – via espinorreticular. Nociceptores: Mecânicos tipo Aδ respondem a estímulos mecânicos fortes (espetar a pele com uma agulha ou apertar com uma pinça) dor rápida Polimodais tipo C respondem a vários tipos de estímulos (mecânicos, térmicos e químicos) dor lenta (crônica). Hiperalgesia – natureza não adaptável dos receptores de dor. Existem duas vias para transmissão da dor para do SNC – Dentro da via antero-lateral exitem duas subvias para aferencia de informação de dor. Via da dor rápida (aguda) (NEOESPINOTALÂMICA) A∆ 6-30m/s Via da dor lenta (Crônica) – (PALEOESPINOTALÂMICA): C 0,5-2m/s Somente 1/10 à ¼ das Fibras da dor lenta passam para tálamo, a maioria termina na Formação reticular do mesencéfalo, ponte e bulbo, área tectal do Mesencéfalo, colículos superiores e Inferiores e substância cinzenta periaquedutal, não chegando ao córtex cebreal, determinado que a dor seja mal localizada. Na formação reticular esta localizada a área ativadora central, dessa forma, como a dor termina, sobretudo nessa região há dificuldade fisiológica de se dormir com dor. Sistema de supressão da dor (analgesia) no encéfalo e medula espinal Sistema opióide central: beta endorfina, met e leu-encefaninas e dinorfina. O sistema de supressão da dor envolve a ativação central de núcleos como o paraventricular e periaquedutal que cujos neurônios se dirigem para o núcleo magno da rafe, principal núcleo serotoninérgido presente na ponte. Estes neurônios uma vez ativados atuam estimulando interneurônios encefarlinérgicos na medula espinal, estes neurônios liberam encefalinas pré e pós-sinápticamente sobre os neurônios de segunda ordem das vias da dor, a endorfina atua sobre receptores Mu-opióides acoplados a proteína G que resulta em inibição da adenilil ciclase com diminuição de AMPc o que causa abertura de canais de K+ cauando hiperpolarização pré e pós-sináptica diminuindo a aferência dos potenciais de ação proveninentes dos nocirreceptores. A estimulação de meanorreceptores nos mesmos locais que são submetidos a estímulos álgicos resulta em diminuição da dor, isso ocorre provavelmente porque os mecanorreceptores teriam prioridade para aferir com as informações em relação à dor (teoria da comporta). Segundo a figura abaixo, podemos observar que a dor pode ser suprimida devido a ativação de interneuronios encefalinérgicos por ramificações axônicas partindo dos mecanorreceptores. Existem algumas teorias para a explicaçao da dor referida, ou seja, a dor que ocorre nas visceras e o paciente a refere sob a pele acima do órgao afetado ou afastado deste órgao. Acredita-se que a referência da dor sentida nas visceras sob a pele se deva a ativação de receptores relacionados a via visceral verdadeira suprida por neurônios do sistma nervoso autônomo simpático e parassimpático, enquanto que se forem estimulada nociceptores parietaias (peritônio, pleura, pericárdio) sentiremos a dor mais bem localizada. Quando referimos a dor que ocorre em uma regiao para outras partes do corpo, isso se dependo do dermatomo de origem embriológica do órgao e não o dermatomo que ele se encontra depois da vida adulta. Funções Motoras da Medula Espinal e do Tronco Encefálico Reflexo de estiramento muscular esta relacionado ao fuso neuromuscular, quando o músculo é estirado ele se contrai instantaneamente impedindo a variação significativa do seu comprimento. Aplicações clínicas do reflexo de estiramento: A percussão do tendão patelar resulta no estiramento do musculo reto femoral e dos fusos neuromusculares presentes neste músculo. O estiramento dos fusos resulta em um reflexo monossinátpico que estimula o musculo que foi estirado e inibe o antagonista, no caso o semitendinoso, permitindo que o membro seja estendido. Aparelho Tendinoso de Golgi Provoca o relaxamento quando a tensão nos músculos aumenta, ou seja, está relacionado a um reflexo oposto ao mediado pelo fuso neuromuscular, neste caso o aumento da tensão muscular resulta na inibição da contração do musculo que esta sendo muito estirado (reto femoral), enquanto que o músculo antagonista é estimulado, caso o semitendinoso. Reflexos que ajudam a evitar lesões no corpo Reflexos de Retirada Acompanhado da extensão do membro contralateral, produzem reações musculares adequadas a retirada de parte do corpo do campo de ação de um estímulo nocivo. Está relacionado com a estimulação de nocirreceptores, como por exemplo, colocar a mão numa chapa quente e retirar rápida e involuntariamente ou pisar num espinho. Os potencias de ação provenientes dos nocirreceptores aferem até a região dorsal da substancia cinzenta medular onde através de um circuito polissináptico há inibição do reto femoral que está relacionado ao movimento de extensão do membro, que deverá ser flexionado, para isso o músculo semitendinoso é estimuldo via interneuronio. Enquanto que no lado contralateral da medula o musculo reto femoral é estimulado e o semitendinoso é inibido permitindo a extensão do membro contralateral. Podemos citar também diversos outros reflexos que dependem exclusivamente de circuitos neurais presentes na medula espinal, como: Reflexos deMarcha; Reflexo plantar: a pressão nas plantas dos pés faz com que as pernas fiquem rigidamente estendidas reação de suporte positivo ou sustentação positiva; Reflexos Vesicais e Retais. Controle cortical e do tronco encefálico sobre a função motora O ser humano possui o córtex motor muito desenvolvido, a perda do córtex resulat em perda, sobretudo dos movimentos dos dedos, mãos e parte distais dos membros. Movimentos grosseiros do tronco, pernas e ombros ainda permanecem por serem controlados por vias subcorticais. Córtex motor é dividido em três subáreas: Córtex motor primário; Área pré-motora; Área motora suplementar. O córtex motor é bastante desenvolvido principalmente para o controle dos movimentos das mãos e diversos aspectos relacionados à vocalização. O homúnculo motor é bem semelhante ao homúnculo sensorial, com mãos e boca bastante grandes. Transmissão de Sinais do Córtex Motor para os músculos Trato corticoespinhal (piramidal) diretamente do córtex para medula espinal; Trato extracorticoespinhal (extrapiramidal) origina-se nos núcleos da base e vários núcleos do tronco cerebral Vias Extracorticoespinhais Núcleos da base, tronco cerebral e cerebelo recebem sinais motores do sistema Corticoespinal sempre que um sinal é transmitido para a medula para causar atividade motora. Núcleo rubro: possui reprentação Somatotópica dos músculos; Controle de movimentos grosseiros das extremidades. Termina sobre interneurônios e neurônios motores que controlam os músculos mais distais das extremidades. Estimulação dos Neurônios Espinhais Pode-se observar na figura abaixo um corte transversal de um segmento da medula espinal ilustrando múltiplos feixes motores que entram na medula a partir do encefalo. Maioria dos níveis da medula, as fibras terminam sobre interneurônios na área intermediária da substância cinzenta medular. Na dilatação cervical da medula onde as mãos e dos dedos estão representados, grande número de fibras corticoespinhais terminam diretamente sobre motoneurônios formando uma via direta para o controle da contração. Remoção do Córtex motor primário, se a área pré-motora e motora suplementar não forem lesadas causa perda do controle voluntário dos movimentos finos das extremidades dos membros, sobretudo das mãos e dedos, demostrando a importância de vias subcorticais para o controle motor mais grosseiro. Sustentação do corpo contra a ação da gravidade: Papel dos núcleos reticulares e vestibulares. Os núcleos reticulares pontinhos estão relacionados com a ativação de músculos antigratários permitindo a sustentação do corpo na posição ereta contra ação da gravide, agora, estes músculos podem ser relaxados ao ser estimulada outra região localizada no tronco encefálico denominada de formação reticular bulbar, a qual recebe entradas de controle a partir dos tratos corticoespinais e rubroespinais sobretudo. Os corpos celulares dos neurônios presentes nestes régios se dirigem para a medula espinal estimulando ou inibindo os motoneuronios que controlam o tônus dos músculos antigravitacionais (paravertebrais e extensores das extremidades). A ação dos núcleos vestibulares (recebem informações do sistema vestibular) também tem função importante na manutenção da tonicidade dos músculos antigravitários, em resta aos sinais do sistema vestibular. A transecção em região mesencefálica resulta em perda das entradas e do controle a partir córtex motor, núcleo rubro e núcleos de base estimulam neurônios da formação reticular bulbar que tem função inibitória sobre a formação reticular pontina, o resultado é que o núcleo inibidor reticular bulbar perde à função resultando em hiperatividade do sistema excitatório pontinho causando rigidez de músculos antigravitacionais: pescoço, tronco e extensores das patas, podendo ser observado na figura do cão que é submetido a transecção em nível cervical alto acima da formação reticular pontina, o resultado é a rigidez de descerebração, sou seja, incapacidade de relaxar os músculos antigravitários. No caso de Acidente Vascular Encefálico (AVE) ocorre perda da irrigação para córtex ou para o trato corticoespinal. Na maioria dos AVEs a lesão também atinge os núcleos de base resultando em espamos musculares do lado contralateral do corpo devido a perda das entradas de controle das regiões lesadas para a ativação da formação reticular bulbar bulbar, que tem função inibitória sobre a formação reticular pontina, sem o controle inibitória a formação reticular pontina se torna muito ativa, causando a espasticidade. Sensações vestibulares e controle do equilíbrio Sistema Vestibular esta localizado na parte petrosa do osso temporal labirinto ósseo onde se encontra o labirinto membranoso do sistema vestibular, composto: Cóclea (audição); Três canais semicirculares; Duas grandes câmaras, utrículo e sáculo. Canais semicirculares movimentos angulares Sáculo e útriculo (mácula) aceleração linear. Contribuição do Cerebelo e dos núcleos da base para o controle motor Coordenação dos movimentos motores pelo cerebelo Recebem sinais dos receptores proprioceptivos das articulações, músculos, áreas de pressão do corpo. Recebe informações do córtex motor, núcleos de base e formação reticular sendo um centro coletor de informações sobre o estado físico do corpo. O cerebelo é essencial no controle das atividades motoras rápidas: corrida, datilografia, tocar instrumentos, falar. Compara o movimento pretendido com o movimento realizado gernado sinais corretivos para diminuir ou aumentar os níveis de ativação de músculos específicos. Células de Purkinge e a correção de erros motores – Papel das fibras trepadeiras. Quando realizamos um movimento pela primeira vez o grau de acentuação motora no inicio da contração e inibição no final quase sempre são incorretos. Depois que os movimentos são executados até centenas de vezes? Sensibilidade a longo prazo das células de Purkinge é alterada; Fibras trepadeiras alteram sua frequência de disparos – aumentando de 1 para 4/seg ou caindo para zero, resultando em alteração da sensíbilidade a longo prazo das células de Purkinge. O Complexo olivar inferior recebe eferencias motoras e aferencias sensoriais – compara – se o movimento pretendido não for igual ao realizado as fibras trepadeiras estimuladas ou inibidas levando a alterações de longo prazo da sensibilidade das células de Purkinge. A resposta das células de Purkinge para responder às fibras paralelas das células granulares também é alterada. Anormalidades clínicas do cerebelo Dismetria e ataxia movimento passa do ponto seguido de hipercorreção (dismetria) – Ataxia movimentos sem coodenação; Deficiência de progressão: Disdiadococinesia perde-se a percepção das partes do corpo durante movimentos rápidos Disartria fala Nistagmo cerebelar tremor do globo ocular (falha em amortecer os movimentos) – lesão dos lóbulos floculonodulares. Hipotonia lesão de núcleos cerebelares profundos (denteado e interpósito) perda da facilitação cerebelar do córtex motor e núcleos motores do tronco encefálico. Núcleos de base e suas funções motoras Núcleos da base recebem e devolvem os sinais para o córtex. Controlam padrões de movimentos aprendidos (hábeis) Ex. escrever, digitar, tocar um instrumento, cortar papel com tesoura, jogar, alguns aspectos da vocalização. Função dos núcleos de base na execução de padrões de atividade motora – O circuito do Putâmen. Papel dos núcles de base no controle cognitivo de sequencias de padrões motores – O circuito do caudado. Controle cognitivo da atividade motora envolve Padrões sequenciais de movimentos em vez de estimular movimentos musculares individuais, cuja função é atingir um objetivocomplexo, como fugir de um animal. A ativação desse circuito nos permite a capacidade cognitiva ao se deparar com um animal feroz integrar rapidamente que sequencia de movimentos e músculos serão necessários para que um objetivo que o objetivo complexo de fugir do animal tenha sucesso. Os núcleos de base também função na alteração da cronologia e da escala dos movimentos Exemplo: Escrever a letra “a” rápida ou lentamente; Escrever um “a” pequena ou grande. Síndromes clínicas resultantes de lesões dos núcleos da base Doença de Parkinson destruição da substância negra – 1. rigidez, 2. tremor muscular e 3. incapacidade de iniciar movimentos (acinesia). Doença de Huntington (hereditário 4ª. ou 5ª. Década de vida) perda de neurônios GABAérgicos (núcleo caudade e putâmem) perda da inibição – salvas espontâneas de atividade do globo pálido e substância negra que causam os movimentos de distorção Córtex cerebral, funções intelectuais do cérebro, aprendizado e memória Em 19 de cada 20 pessoas a área de Wernicke fica localizada no hemisfério cerebral esquerdo determinando que a pessoa seja destra, nessa área todos os diferentes tipos de sensações são interpretadas a fim de ser encontrado um significado comum. Sem a área de Wernicke a pessoa não perde a capacidade de escutar, ver etc., mas perde a capacidade de chegar a um significado complexo ao receber varias informações sensoriais ao mesmo tempo. Por exemplo, um indivíduo se perde na floresta, esta andando e começa a ver a mato se mexer, começa a escutar barulhos estranhos e ve algo amarelo com pintas pretas entre a vegetação, certamente será capaz de integrar estas diversas informações sensoriais para chegar a conclusão que se trata de uma onça, que é um animal selvagem, e que este indivíduo deve se afastar dali. A Função da área contralateral a área de Wernicke esta relacionada com entender e interpretar música, linguagem corporal, entonação da voz e relações espaciais do corpo como ambiente. Outra região importante é o Giro angular, localizada atrás da área de Wernicke está relacionada com a compreensão da palavra escrita (leitura). Problemas no giro angular resulta em incapacidade de interpretar o significado da palavra escrita o que é denominado de dislexia. Memória – Papéis da facilitação e inibição sináptica Quando o terminal sensorial é estimulado repetitivamente ocorre habituação (memória negativa) que faz o neurônio perder sua resposta a estímulos repetitivos que são insignificantes. Se um estímulo nocivo estimular o terminal facilitador, ocorre facilitação, estímulo cada vez mais intenso permite que a memória dura dias a semanas. Ou seja, sempre que envolvemos o sistema límbico (emoções) isso facilita a passagem das memórias de curto para longo prazo, basta pensarmos que lembramos mais, nas nossas vida, de acontecimentos muito bons ou muitos ruins, ou seja, àqueles eventos que estimulam o sistema límbico. Classificação das memórias Memória de curto prazo ativação de circuitos neuronais reverberativos ou facilitação ou inibição pré-sináptica, acredita-se que este tipo de memória esteja relacionada ao acúmulo de Ca++ no botão sináptico. Memória de médio prazo relaciona-se com alteração em terminais pré ou pós-sinápticos - Mecanismo molecular da memória intermediária – Mecanismo para facilitação + Adenilil ciclase aumento de AMPC PKA bloqueio dos canais de K+ com consequente abertura de canais de Ca++ aumento da liberação de neurotransmissor para o neurônio seguinte facilitado Mecanismo de Habitucação para estímulos irrelevantes esta relacionado com bloqueio de canais de Ca++. A diminuição da entrada de íons Ca++ no botão sináptico resulta na diminuição da liberação de neurotransmissores. Memória de longo prazo esta relacionada a neuroplasticidade. Mudanças estruturais que ocorrem nas sinapses durante o desenvolvimento de memória de longo prazo. Mais importantes mudanças estruturais: Aumento de receptores; Aumento do número de vesículas transmissoras; Aumento do número de terminais pré-sinápticos; Número de neurônios e suas conectividades mudam durante aprendizagem (primeiro ano de vida “use-o ou perca-o”). Consolidação da memória Ocorre por mudanças químicas, físicas e anatômicas que necessitam de 5-10 minutos para uma consolidação mínima e 1h ou mais para consolidação forte. Forte impressão sensorial seguida de convulsão, concussão, anestesia geral ou qualquer fator que impeça a função cerebral bloqueia a consolidação de memória. Repetição aumenta a transferência de memória de curto para longo prazo. Hipocampo promove armazenamento de memórias. Ocorre amnésia anterógrada após lesões do hipocampo. Amnésia retrógrada: incapacidade de recordar memórias do passado devido a lesões de várias regiões encefálicas incluindo hipocampo e tálamo.
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