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Etapa 1 - Projeto de Ensino em Educação - Ana e Silvana (em revisão)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
ETAPA 1:
INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Autoras: Ana Caroline Leandro de Souza, Silvana dos Santos[footnoteRef:1] [1: Acadêmicas do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: anafelipecarol@gmail.com e silvanasantosadm@gmail.com ] 
Prof. Orientador: Joel Luís Corrêa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (2946/8) – Projeto de Ensino em Educação
14/04/22
1 INTRODUÇÃO 
 Escolhemos este tema Educação, Escola e Políticas Públicas na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental com o intuito de salientar e descrever a importância deste elo e da junção destas raízes para que tenhamos uma Educação de qualidade.
 Tínhamos como intuito compreender como são aplicadas as políticas públicas educacionais e a garantia do ensino de qualidade na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e como se estabelece a relação entre gestão escolar e políticas públicas. Nossa área de concentração abrangeu: Educação, escola e políticas públicas, que são o conjunto de ações, leis e programas que o governo estabelece, para que todos tenham acesso a educação, como tema: As políticas públicas educacionais e a garantia do ensino de qualidade na educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com respaldo na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o Plano Nacional da educação (PNE), e a Constituição Federal. O projeto de extensão: A infância como placo dos direitos, com o informativo como produto virtual.
 Nosso objetivo geral foi analisar o máximo de informações e formas de trabalhar os planos que as políticas públicas educacionais asseguram na educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
 Elencamos como propósito mensurar as relações existentes entre a formulação das políticas públicas para a educação e o planejamento do ensino. E como objetivos específicos compreender a importância e o amparo legal que as políticas públicas educacionais garantem na educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, definir o que são políticas públicas educacionais, e como elas são aplicadas e por fim enfatizar a formas mais clara de entender, medir e alcançar os planos que as políticas públicas educacionais certificam na educação infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 
 Como as escolas públicas e as instituições de campo de estágio, estavam fechadas durante esse momento de pandemia, esta etapa do estágio curricular obrigatório que seria realizado presencialmente através da observação e regência de classe na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; foi realizada com informações retiradas das ferramentas de comunicação, como whatsApp, e-mail, telefone, além de entrevistas com profissionais da área educacional. Também efetuamos busca por matérias em sites, periódicos, artigos, livros, através de conversas online com profissionais da educação. 
 Com os conhecimentos adquiridos; foi definido o Programa de Extensão (Educação em direitos Humanos) e o Projeto de Extensão (Infância como palco de direitos humanos) que estão relacionados à área de concentração (Educação, Escola e Políticas Públicas). Na primeira etapa do estágio criamos nosso 1º produto virtual (Informativo), onde abordamos a infância como placo dos direitos, na segunda etapa do estágio para a elaboração do nosso 2º produto virtual elaboramos um (Informativo), A infância como palco de direitos humanos. (Como exercício da prática docente também foram elaborados planos de aula que poderiam ser aplicados à turma do primeiro ano do ensino fundamental), para estudantes com idades entre (Com idade mínima para ingressar no Ensino Fundamental de 6 anos completos até 31 de março a 7 anos). Para a elaboração do nosso 3º produto virtual (Cartilha), esta cartilha foi criada com o intuito de simplificar a relação existente entre gestão educacional e políticas públicas.
Assim constatamos que quando a gestão educacional desenvolve um bom trabalho, aplicando, cobrando e fiscalizando as políticas públicas, o retorno é um ensino de qualidade, frisamos a importância das políticas públicas na garantia de uma educação de excelência, aos alunos da educação Infantil e do ensino fundamental.
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 É muito importante compreender como funcionam as políticas públicas educacionais, como são instituídas, se na prática elas conseguem garantir o acesso á educação de todos os cidadãos e a melhoria na qualidade de ensino.
 Podemos definir políticas pública educacionais, como programas e ações criadas pelo governo para implementar, avaliar e garantir o direito a educação de qualidade no país.
2.1 AS POLITICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS E A GARANTIA DO ENSINO DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
As políticas públicas educacionais fazem parte do grupo de políticas públicas sociais, que são programas e ações criadas pelo governo com intuito de garantir o acesso à educação a todos os cidadãos, e também servem para avaliar e ajudar a melhorar a qualidade de ensino no país. As decisões sobre as medidas a serem tomadas vem do governo.
 
O termo políticas públicas, como área específica do conhecimento, nasceu nos Estados Unidos, no período da Guerra Fria com o intuito de enfrentar suas consequências. Sua proposta era apresentar métodos científicos racionais que pudessem orientar o governo na solução de problemas que remontam à esfera pública (SOUZA, 2006, p. 22-23).
As políticas públicas educacionais ajudam a administrar conflitos e a superar desafios, assim garantindo e possibilitando que todas as crianças tenham acesso a educação. Para a educação infantil os programas e ações criados pelo governo que se destacam são: 
· Programa BPC na Escola: Programa Mais Cultura nas Escolas. 
· Programa Nacional de Alimentação Escolar.
· Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Púbica de Educação Infantil – Proinfância. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ou LDB é a legislação que define e regulamenta o sistema educacional brasileiro, seja ele público ou privado. Esta legislação foi criada com base nos princípios presentes na Constituição Federal.
Os Arts. 4º 29 e 30 da LDB estabelecem que a educação infantil (creche e pré-escola) vai de 0 a 5 anos de idade. A Constituição Federal também prevê que a oferta de creches e pré-escolas é destinada às crianças até 5 anos de idade. Em nosso país, sendo a lei brasileira mais importante na educação a Lei de Diretrizes e Bases Arts. 4º, 29 e 30 da LDB, promulgada em 20 de dezembro de 1996, coloca a Educação Infantil como primeira etapa da Educação Básica, conferindo, assim, um cunho legal ao trabalho com a infância.
O primeiro Plano Nacional de Educação (PNE) foi criado em 1996, e vigorou entre os anos de 2001 a 2010 e por ser um plano referencial; exerce a função de articular os esforços nacionais em regime de colaboração, tendo como objetivo universalizar a oferta da etapa obrigatória esta sendo usado decenal, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, determinando para o primeiro ano de vigência a elaboração ou adequação dos planos estaduais, distrital e municipais de educação, em consonância com o texto nacional e que estará em vigor até 2024 e que também determina que metade das crianças com até 3 anos de idade devem estar matriculadas em creches públicas e 100% das que têm entre 4 ou 5 anos de idade devem frequentar a escola.
Foram desenvolvidos Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil, elaborados pelo Ministério da Educação em 2006 com o objetivo estabelecer padrões de referência orientadores para o sistema educacional no que se refere à organização e ao funcionamento das Instituiçõesde Educação Infantil. Foi ratificada como a meta 1 do PNE a manutenção e ampliação da rede, em regime de colaboração, assegurando a acessibilidade e o programa nacional.
Para atingirmos a meta 1 do PNE para educação infantil almeja-se as seguintes estratégias:
 
I. Ocorra a estruturação física de escolas e creches.
II. Expansão na oferta de vagas.
III. Levantamento da demanda.
IV. Políticas inclusivas.
V. Formação de profissionais para a Educação Infantil.
 
A Relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Regina de Assis, afirma que "Toda criança que receber uma boa formação antes dos 6 anos dificilmente fracassará no Ensino Fundamental". (Nova Escola 2000)
A LDB é muito clara. Não coloca a Educação Infantil como obrigatória, mas como direito das famílias e dever do Estado. Compreendemos que a pré-escola é uma fase primordial na vida da criança. As referidas normas devem tratar de itens relativos a um modelo geral básico do equipamento a serem avaliados segundo uma concepção democraticamente discutida do atendimento, admitindo diversidade de opções de modelos, mas apoiando-se sempre em contribuições de pesquisas na área quanto a um padrão de qualidade na educação infantil (OLIVEIRA, 1996; RAYNA et al. 1996).
 Entendeu-se que o governo tem programas importantes na educação infantil, que potencializam e desenvolvem o aprender já nos anos inicias leis que garantem e possibilita o acesso a escola. A fiscalização cabe ao ministério e o Conselho Nacional da Educação, as secretarias estaduais, municipais, os conselhos de educação, conselho tutelar e a população.
2.2 AS POLITICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS E A GARANTIA DO ENSINO DE QUALIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL
 Para a elaboração desse artigo, busquemos compreender como funcionam as politicas publicas educacionais e a garantia do ensino de qualidade nos anos iniciais do ensino fundamental, como são elaboradas, quais seus objetivos e como são aplicadas. 
Para compreender, a importância das políticas publicas no ensino fundamental, é necessário entender que o ensino fundamental é a fase do 1° ao 9°ano, que atende crianças de 6 a 14 anos, é o período mais longo da educação e é divido em 1° fase (Do 1° ao 5°ano) e 2° fase (do 6° ao 9°ano).
O Ministério da Educação é a parte do governo responsável pela elaboração e execução da Política Nacional de Educação. Todo o sistema educacional brasileiro, é de responsabilidade deste ministério, que tem como o intuito de melhorar e garantir a educação em todo território nacional.
A Educação é um direito Social segundo a nossa constituição federal e principal Lei do País, que estabelece que o município cuide do Ensino Fundamental, os municípios são responsáveis por fornecer a educação de base, ou seja, o ensino fundamental; O Ensino Fundamental é prioridade do governo estadual e do Distrito Federal. A União, por sua vez, fica com função de coordenação financeira e técnica. Conforme os artigos 23 e 211 do texto constitucional, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios têm de se organizar em regime de colaboração para a oferta da Educação. Por meio da Lei nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional sancionada pelo Presidente da Republica em 20 de dezembro de 1996. Estabelecendo os Princípios e Fins da Educação Nacional. Conforme as palavras de Cunha “A constituição de um Estado Democrático é a cartilha na qual os cidadãos aprendem os fundamentos e a proteção de seus direitos, a disciplina da atuação e dos limites do Poder Estatal e a função social da comunidade” (MACHADO CUNHA, 2016, P. 23).
 Dentre as ações, leis e programas criados pelo governo a fim de garantir, incentivar e potencializar a educação no país citamos as mais relevantes ao ensino fundamental, e quais são seus propósitos.
 Com a reforma educacional da década de 90, o Ministério da Educação (MEC) publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) da 1° série a 4° série no ano de 1997, e no ano seguinte de 5°série a 8° série. Estas diretrizes vêm para ser um referencial de qualidade para a educação no ensino fundamental, no Brasil. Com o objetivo de orientar, nortear, professores, coordenadores e diretores, dando a eles autonomia de adaptar, respeitando a diversidade sociocultural de cada região. É interessante compreender que os PCNS são diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não necessariamente por lei.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n. 9.394), aprovada em 20 de dezembro de 1996, fortalece e amplia o dever do poder público com a educação em geral e em particular para com o ensino fundamental. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) regulamenta o sistema educacional publico e privado no Brasil que vai da educação básica ao ensino superior. A LDB é a mais importante lei brasileira quando se fala de educação.
 O Plano Nacional de Educação, Lei Nº 13.005 (PNE), é um documento que determina as diretrizes, metas e estratégias para a política educacional entre o período de 2014 e 2024, ele é disposto por 20 metas e por 254 estratégias. A meta número 2tem como objetivo: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
 Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que constitui um compromisso assumido pelos Governos Federal, do Distrito Federal, dos Estados e Municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, sendo até o final do 3º ano do ensino fundamental. Este pacto trás um conjunto de iniciativas, de materiais e de referências curriculares e pedagógicas que serão disponibilizados pelo governo. O projeto tem como eixos estruturantes: formação continuada de professores alfabetizadores, os quais receberão bolsas de estudo por dois anos; orientação aos resultados das avaliações externas universais a serem aplicadas pelo Inep; material didático; gestão, controle social e mobilização.
 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), executado em ciclos trienais alternados, desenvolvendo e provendo as escolas públicas de educação básica com livros didáticos, dicionários e obras de literatura complementares de apoio em sala de aula. Livros aprovados e escolhidos pelo PNLD, garantindo acessibilidade, com livros direcionados as necessidade dos alunos especiais (áudio, Braille e MecDaisy).
E para fiscalizar, a qualidade do ensino ofertado no país, foi criado o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que começou a ser formulado nos finais dos anos 80, e foi colocado em pratica 1990, ele é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ele é composto por 3 avaliações :Avaliação Nacional de Alfabetização, Prova Brasil e Avaliação Nacional da Educação Básica, que são utilizadas para criar um diagnóstico do desempenho dos alunos.
 A Avaliação Nacional de Alfabetização é uma avaliação envolvendo os alunos do 3º ano do ensino fundamental das escolas públicas, com o objetivo de avaliar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática, e condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas.
A Prova Brasil é uma avaliação que procura abranger toda ou a maior parte dos alunos do período escolar a que se destina, envolvendo os alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federal, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino. Participam alunos do 5° ao 9°, de escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados.
Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) envolve alunos das redes públicas e privadas do País, em áreas urbanas e rurais, matriculados no 5º ano e 9º anos do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio. Trazendo resultados do País como um todo, das regiõese das unidades da federação, em provas de leitura e matemática.
 Com o objetivo de ampliar o ensino fundamental em 2009, a matricula no ensino se tornou obrigatória a partir dos quatro anos de idade, através de uma emenda constitucional. Antes só era obrigatória a de crianças de seis a quatorze anos de idade.
Com isso o estado estabeleceu o ensino fundamental como ensino público e individual, garantido vagas e infraestruturas e assim possibilitando o desenvolvimento do ensino com qualidade.
 Conclui-se que é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Entre eles o atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde, é dever do estado à garantia ao acesso e a qualidade do ensino, e é dever nosso enquanto a cidadão fiscalizar e cobrar medidas eficientes.
2.3 GESTÃO EDUCACIONAL E AS POLITICAS PUBLICAS E A GARANTIA DO ENSINO DE QUALIDADE
O presente artigo contribui para entendermos como a gestão educacional promove e aplica as políticas publicas educacional, e quais meios são utilizados para avaliar se o ensino é de qualidade.
 As políticas publicas educacionais devem proporcionar e estimular o engajamento escolar, compreendendo assim que educação é um direito publico intransferível. 
 Para entendermos a relação existente, compreendemos que gestão educacional envolve todas as etapas de uma unidade escolar, desde o setor administrativo quanto ao pedagógico, com isso cabe os gestores aperfeiçoar as atividades, e contribuir para que o ensino seja de qualidade.
 Gestão educacional, dentro do seu panorama de trabalho, deve criar possibilidades, e incentivar, fiscalizar, para que todos os alunos sejam inseridos no processo de ensino.
 Diante disso, a gestão deve contribuir para que o aluno tenha direito a educação, cumprindo sua função social quanto educandos, devem planejar, projetar, articular em conjunto com outros profissionais, pais, comunidade e alunos, para que as metas do calendário escolar anual sejam cumpridas, e com isso supervisionando se o ensino ofertando está sendo de qualidade.
 Segundo Oliveira “Novas formas de organização e controle do sistema de ensino vem resultando em mudanças nas relações de trabalho na escola [...]” (2008, p. 64)
 O governo desenvolveu vários programas, ações, e leis, com o objetivo de tornar as unidades escolares mais populares e acessíveis, assim respaldando e dando métodos para que a gestão educacional consiga desenvolver um trabalho resolutivo.
 Dentre os programas se destacam:
· Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE): É um programa que visa apoiar a gestão educacional, relacionado ao planejamento participativo, que auxilia as escolas públicas a melhorarem sua gestão. O MEC, repassa recurso financeiro, com o intuito de apoiar e executar o planejamento.
· Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola): É uma ferramenta gerencial, que possibilita e investe na qualificação dos profissionais, aprimorando a equipe de trabalho, possibilitando um aumento da aprendizagem escolar, oferecendo um ensino de qualidade aos estudantes.
· Programa Dinheiro Direto na Escola-PDDE: Este é um programa de assistência financeira, que busca dar autonomia as escolas públicas, para que a gestão educacional administre diretamente os recursos destinados, desde infraestrutura física, como a pedagógica, esse recurso varia de acordo com o número de alunos, baseado no censo do ano anterior.
· O Projeto Político Pedagógico (PPP): É um projeto pedagógico que deve ser produzido por todas as escolas de maneira colaborativa, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
[...] O Projeto Político Pedagógico (PPP) visa nortear a prática pedagógica das unidades escolares, o aprimoramento de ensino-aprendizagem dos estudantes garantindo o acesso e a permanência desses na escola, evitando a evasão e o abandono escolar. No Projeto Político Pedagógico (PPP) os conteúdos devem ser adequados à prática pedagógica, à condição de desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes, às configurações culturais de cada escola, a ampliação de conhecimento dos estudantes ao final de cada ano letivo. [...] (SANTOS; SANTOS; SILVA, 2009, p. 16)
 As políticas públicas educacionais são criadas para ultrapassam os muros da escola e melhorar e garantir qualidade no ensino escolar. São desenvolvidas objetivando garantir o acesso a educação, bem como trabalhar as diferenças sociais dentro de sala de aula. 
 É indiscutível que para que haja sucesso na educação, deve se ter um bom desempenho da gestão escolar, que tem a função desenvolver capacidades sociais, morais e cognitivas. A gestão educacional nacional se baseia na organização do sistema de ensino e dos seus encargos, nas articulações pertinentes as normas, que se executam e se resolvem no setor educacional.
 É necessário que a gestão educacional seja organizada, refletindo a intenção da ação educativa individual e coletiva dos alunos, com isso objetivasse atingir limites e superar desafios, para esse processo é relevante a participação da comunidade. Com essa soma de esforços é importante considerar que a escola estará fortalecida no processo.
Mas a participação da comunidade na gestão da escola pública encontra um sem-número de obstáculos para concretizar-se, razão pela qual um dos requisitos básicos e preliminares para aquele que se disponha a promovê-la é estar convencido da relevância e da necessidade dessa participação, de modo a não desistir diante das primeiras dificuldades [...] (PARO, 2005, p. 16).
 A LDB Lei nº 9394/96 (BRASIL, 1996) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia/Licenciatura (Brasil,2006) definem que o pedagogo, durante sua formação, adquire habilidades e competências para atuar como gestor da Educação. No entanto, na gestão das escolas de Educação Infantil é comum encontrarmos profissionais que tem formação em outras licenciaturas, transformando esses espaços, em alguns casos, em uma extensão política, já que os gestores das instituições de Educação Infantil são pessoas concursadas que atuam na Educação, mas, no entanto, são indicadas aos cargos, não havendo uma eleição por parte da comunidade escolar (professores, pais e funcionários).
Pensando na formação do gestor, Sena (2014) ressalta que
para o desenvolvimento do processo educacional com a qualidade esperada por todos, necessariamente o gestor e sua equipe, que está frente do processo, deve ter uma formação de qualidade que lhe favoreça uma análise de suas funções e práticas cotidianas de acordo com o esperado. “Só será possível exigir qualidade se a equipe gestora for composta de pessoas capacitadas, uma vez que a gestão de uma escola não depende exclusivamente do diretor, mas da equipe envolvida.” (SENA, 2014 p. 13)
Ainda de acordo com Sena (2014), o gestor tem inúmeras funções dentro da instituição de ensino, dentre elas a autora destaca em seu estudo as seguintes: cuidar das finanças da escola; prestar contas à comunidade do uso dos recursos; conhecer a legislação e as normas da Secretaria de Educação; identificar as necessidades da instituição e buscar soluções junto às comunidades interna e externa e à Secretaria de Educação; prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar, garantindo um ambiente agradável; assegurar-se de que a escola esteja limpa e organizada; garantir a integridade física da escola, tanto na manutenção dos ambientes quanto dos objetos e equipamentos; conduzir a elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP); mobilizando toda a comunidade escolar para esse trabalho e garantindo que o processo seja democrático até o fim; acompanhar o cotidiano da sala de aula e o avanço na aprendizagem dos alunos; ser parceiro do coordenador pedagógico na gestão da aprendizagem dos alunos; incentivare apoiar a implantação de projetos e iniciativas inovadoras, provendo o material e o espaço necessário para seu desenvolvimento; gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores, orientadores e funcionários e manter a comunicação com os pais e atendê-los quando necessário. 
Tendo o diretor da escola tantas atribuições já citadas no parágrafo anterior, percebemos como é importante a gestão compartilhada. considerando que na gestão educacional, a democratização e a descentralização de poder são palavras-chave, tanto no que diz respeito ao sistema de organização educacional, quanto ao espaço escolar. Para a autora, a gestão educacional se entende como principal característica do reconhecimento à importância da participação efetiva e consciente de todos aqueles que compõem a estrutura da organização escolar, pensando em uma gestão escolar democrática. Assim sendo, a gestão não descarta a relevância da administração escolar, apenas a redimensiona, no sentido de impor os aspectos políticos, filosóficos e pedagógicos de cada escola e da comunidade. A partir dessa ideia, coloca-se a gestão educacional como um trabalho que deve propor soluções para o envolvimento da administração com a comunidade (professores, pais, alunos e funcionário), para que a mesma possa transformar a realidade do contexto em que está inserida.
Considerando nossos subsídios teóricos, os quais afirmam, entre outros elementos, a complexidade da escola que é constituída por multiplicidade de vivências, possibilidades e limites, interessa-nos, particularmente, compreender como os sujeitos profissionais da gestão estão construindo sentidos para sua função. Tal perspectiva, não deixando de ser crítica, dirigiu-se aos (às) gestores (as) escolares com a intenção de analisar como constroem sentidos à sua função e o que consideram importante conhecer para exercê-la (ABDIAN; ANDRADE, 2015. p. 136).
 O pedagogo ao incumbir-se da missão de administrar uma instituição de Educação Infantil, deve assegurar-se de que sua equipe administrativa e docentes, tem como propósito enriquecer o conhecimento dos seus alunos, por meio de propostas de ensino que visam o desenvolvimento integral da criança. Além disso o gestor tem como tarefa inserir o docente dentro da proposta e da realidade da escola, quebrando alguns conceitos que possam interferir no processo de ensino e de aprendizagem. Compreendemos que é fundamental o gestor estar em permanente movimento de inovação, continuamente investigando novos conhecimentos para responder aos desafios de um mundo em constante transformação. 
REFERÊNCIAS
ABDIAN, Graziela Zambão; ANDRADE, Ederson Pereira. Função do (a) gestor (a) escolar: sentidos construídos nas escolas públicas. Dialogia, São Paulo, n. 22, p. 131-144, jul./dez. 2015.
A HISTÓRIA DA LDB. Educação, 2016. 
 Disponível em: <https://revistaeducacao.com.br/2016/12/14/historia-da-ldb/>.
 Acesso em: 24 set. 2020.
BRASIL. Resolução CEB. Resolução nº 2, de 7 de abril de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, DF: abril de 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ rceb02_98.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018.
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO. - O que falta para a qualidade e a equidade da educação básica. Disponível em: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/qualidade-equidade-educacao-basica/. Acesso em: 20 mar. 2021.
DCA FEE UNICAMP. - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: https://www.dca.fee.unicamp.br/~leopini/consu/reformauniversitaria/ldb.htm. Acesso em: 18 abr. 2021.
EDUCA MAIS BRASIL. O ensino fundamental é até que série?. Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/escolas/o-ensino-fundamental-e-ate-que-serie . Acesso em: 18 abr. 2021.
OLIVEIRA, Z.M.R.; MELLO, A M.; VITÓRIA, T.; ROSSETTI-FERREIRA, M.C. (1992) Creches: Crianças, Faz-de-conta & Cia. Petrópolis, Vozes, 2a. Ed.
PARO, Vitor Henrique et al. Escola de tempo integral: desafio para o ensino público. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1988. Disponível em: <http://www.vitorparo.com.br/wp-content/uploads/2014/05/escoladetempointegral-completo.pdf>. Acesso em: 30 Agost 2021.
PELLEGRINI, Denise. Educação infantil dá retorno. Nova escola, 2020.
 Disponível em: < https://novaescola.org.br/conteudo/967/a-educacao-infantil-da-retorno>. Acesso em: 24 set. 2020.
SANTOS; SANTOS; SILVA, 2009, p. 16), Educação Especial: da prática pedagógica à perspectiva da inclusão, Disponível em: <https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito> Acesso em: 30 Agost 2021.
SENA, Crystiane Meneses de. O Gestor Escolar como Articulador dos Processos de Ensino e de Aprendizagem. 2014. Disponível em: <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/9154/1/2014_CrystianeMenesesdeSena.pdf> Acesso em: 30 Agost 2021.
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