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RELATÓRIO DE ANALISES CLINICAS

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4 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5 
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 6 
3. DOS OBJETIVOS .............................................................................................................. 7 
1.1. Objetivos Gerais ........................................................................................................... 7 
1.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 7 
4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005 ........................................................................... 8 
5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL ......................................................... 9 
5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA ........................................................................................................ 9 
5.1. 2. FASE ANALÍTICA............................................................................................................. 9 
5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA ...................................................................................................10 
6. HEMATOLOGIA ................................................................................................................11 
6.1. HEMOGRAMA ....................................................................................................................11 
7. PROCESSO AUTOMÁTICO ..............................................................................................12 
8. HEMATÓCRITO ................................................................................................................13 
8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA) ............................................................13 
8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA) ...............................................................14 
8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)............................................................15 
8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD) ............................................................15 
8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO) .................16 
9. PLAQUETAS ....................................................................................................................17 
10. CONCLUSÃO ...................................................................................................................18 
11. REFERÊNCIA ...................................................................................................................19 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
A área de análises clinica que pode ser definida como um conjunto de exames e testes 
laboratoriais, que visa o diagnóstico ou confirmação de uma doença. A finalidade do farmacêutico no 
laboratório de analises clinica consiste em fornecer subsídios clínicos aos médicos que permitem: 
confirmar ou rejeitar um diagnostica fornecer diretrizes de condutas para o monitoramento do 
paciente incluindo utilização de oportunidades para exames, estabelecer um prognóstico, detectara 
doença caso a caso ou por meio de triagem e monitorar a terapia. (HENRY, 2008). 
Segundo HENRY (2008) ao se realizar determinações de analitos de laboratório clinico o 
profissional farmacêutico está auxiliando no diagnostico e monitoramento dos pacientes com doenças 
e na avaliação da saúde das pessoas. Portanto, o farmacêutico analista clinico frequentemente e 
solicitado para explicar os valores alterados, especialmente aqueles que parecem não apresentar 
correlação entre si, e para recomendar ou até mesmo solicitar exames laboratoriais que podem levar 
ao diagnóstico correto doa pacientes para determinados problemas de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
2. JUSTIFICATIVA 
O estágio supervisionado em análise clinica permite ao acadêmico correlacionar a teoria a pratica, 
de forma sistêmica e orientada. Favorecendo assim, o melhor aprendizado e preparação para o 
exercício profissional do mesmo nesse segmento da área farmacêutica que engloba a bioquímica, 
hematologia, bacteriologia, parasitologia e Urinalise. Sendo assim, através do conhecimento obtido 
pela prática, o acadêmico pode futuramente se direcionar a uma área que tenham mais afinidade e 
desenvolver um serviço de qualidade no respectivo local que esteja trabalhando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3. DOS OBJETIVOS 
1.1. Objetivos Gerais 
O objetivo destes estágios supervisionados é propiciar ao aluno experiência prática do exercício 
do profissional Farmacêutico, oportunizando uma visão do campo de trabalho, das relações humanas 
envolvidas e da ética profissional. 
1.2. Objetivos Específicos 
Permitir ao aluno correlacionar conhecimentos teórico-práticos já construídos à realidade Social e 
vivenciar o cotidiano das diversas instituições visando conhecer os problemas técnicos, científicos, 
econômicos, políticos e humanos existentes nestes ambientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005 
A RDC 302/2005 regulamenta o funcionamento do laboratório clínico no que diz respeito às 
condições gerais de organização, recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e instrumentos 
laboratoriais, produtos para diagnóstico de uso in vitro, gerenciamento de resíduos e biossegurança. 
Além disso, regulamenta os processos operacionais das fases analítica, pré e pós-analíticas, garantia 
e controle da qualidade e registros para rastreabilidade laboratorial. 
Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos: 
“(...) Definições 
 Alvará sanitário/Licença de funcionamento/Licença sanitária: Documento expedido pelo órgão 
sanitário competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que libera o funcionamento dos 
estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. 
 Amostra do paciente: Parte do material biológico de origem humana utilizada para análises 
laboratoriais. 
 Amostra laboratorial com restrição: Amostra do paciente fora das especificações, mas que ainda 
pode ser utilizada para algumas análises laboratoriais. 
 Amostra controle: Material usado com a finalidade principal de monitorar a estabilidade e a 
reprodutibilidade de um sistema analítico nas condições de uso na rotina. 
 Analito: Componente ou constituinte de material biológico ou amostra de paciente, passível de 
pesquisa ou análise por meio de sistema analítico de laboratório clínico. 
 Biossegurança: Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a 
prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a 
saúde humana, animal e o meio ambiente. 
 Calibração: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a 
correspondência entre valores indicados por um instrumento, sistema de medição ou material de 
referência, e os valores correspondentes estabelecidos por padrões. 
 Controle da qualidade: Técnicas e atividades operacionais utilizadas para monitorar o 
cumprimento dos requisitos da qualidade especificados. 
 Controle externo da qualidade - CEQ: Atividade de avaliação do desempenho de sistemas 
analíticos através de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados e comparações 
interlaboratoriais. Também chamada Avaliação Externa da Qualidade. 
 Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos conduzidos em associação com o exame de 
amostras de pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando dentro dos limites de 
tolerância pré-definidos. 
 Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói ou inativaa maioria dos microrganismos 
patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos. 
 Equipamento laboratorial: Designação genérica para um dispositivo empregado pelo laboratório 
clínico como parte integrante do processo de realização de análises laboratoriais. 
 Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana, ou seja, 
bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. (...)”. 
 
9 
 
5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL 
Um exame laboratorial conta com três fases. A Pré-analítica, Analítica e a Pós-Analítica, cada 
uma com suas particularidades. 
 
5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA 
Essa é parte que mais ocorrem erros no exame. Estima-se que ela seja responsável por 70% dos 
erros. 
 Pedido do exame 
Ela começa com um pedido de um exame laboratorial pelo médico que, na maioria das vezes, o 
pede para confirmar ou rejeitar um diagnóstico, ou então para realizar acompanhamentos. 
 Preparação do paciente 
Depois disso, entramos na preparação do paciente. Essa é uma fase muito aberta ao erro, já que 
ela consiste nas orientações dadas ao paciente, como: tempo de jejum, alimentação e uso de 
medicamentos capazes de interferir no resultado. Como o laboratório não possui controle pelas ações 
do paciente, o risco de erros vindos do não cumprimento dessas orientações é grande. 
É papel dos laboratórios instruírem de forma clara e correta seus pacientes. 
 Cadastro 
É nessa fase que o laboratório deve realizar o cadastro do paciente, fator importante para a 
identificação da pessoa e da amostrada coletada. 
 Coleta 
Momento mais traumático para o paciente e perigoso para o profissional da saúde, a coleta da 
amostra biológica exige muita atenção e uma sequência rigorosa de uma série de protocolos, para 
que a amostra não seja comprometida e a segurança do profissional não seja colocada em risco. 
 Transporte 
É importante que no transporte do material coletado os recipientes com os materiais biológicos 
sejam identificados e transportados por meio de maletas e veículos adequados, que evitem a 
agitação das amostras e respeitem a relação tempo e temperatura no qual o material é exposto. 
 
5.1. 2. FASE ANALÍTICA 
É a segunda fase do exame laboratorial. É nela que são realizadas de fato as análises do material 
coletado. 
 Análise 
Depois de coletados e transportados, o laboratório inicia o processo de análise do material 
biológico. Atualmente existe um grande emprego de automação nessa fase, porém ainda é 
necessário que o profissional supervisione os instrumentos, reagentes, estabilidade da amostra, além 
da monitoração de todos os processos. 
10 
 
5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA 
Última fase do processo de análise, o pós-analítico tem como papel a verificação das análises 
realizadas na fase Analítica, bem como o envio do resultado ao médico e, por fim, a tomada de 
decisão. 
 Laudo do paciente 
Depois de aprovados e liberados pelos responsáveis do laboratório, os dados levantados são 
usados para o laudo do paciente. O laudo também deve indicar as situações em que a análise foi 
realizada. 
 Tomada de decisão 
É o final dessa complexa cadeia de análises. Depois de enviado para o médico, o laudo é 
analisado e, na maioria das vezes, utilizado para suas decisões. Cerca de 70% das decisões feitas 
pelos médicos vem desses laudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
6. HEMATOLOGIA 
A hematologia compreende o estudo das células sanguíneas e da coagulação. Incluídas nesse 
contexto estão também as análises de concentração, estrutura e função das células sanguíneas, 
seus percussores na medula óssea e a função das plaquetas e das proteínas envolvidas na 
coagulação do sangue. 
 
6.1. HEMOGRAMA 
Segundo Naoum&Naoum (2005), o hemograma é composto por três determinações básicas que 
incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das 
plaquetas (ou série plaquetária). 
Coleta de sangue 
O sangue do indíviduo é colhido com anticoagulante (EDTA), para se evitar a coagulação do 
mesmo. Não há necessidade de colher o sangue com o indivíduo em jejum. 
Processo Manual 
Contagens manuais do número de hemácias e leucócitos podem ser feitos em câmara de 
Neubauer, após uma diluição prévia do sangue. O método dificilmente é usado, sendo usado em 
poucos casos de dúvidas da metodologia automática. 
O esfregaço de sangue é usado para fazer uma diferenciação entre os leucócitos, isto é, fazer 
uma contagem do número de neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Chegando-se a 
uma porcentagem de cada célula encontrada. Usado também para avaliar a série vermelha e as 
plaquetas. É feito com uma pequena gota de sangue sendo colocada sobre uma lâmina de vidro, 
onde o técnico fará um esfregaço, arrastando a gota de sangue com uma outra lâmina de vidro, com 
isso forma-se uma película. O sangue tem que ser homogenizado antes de se fazer o esfregaço para 
que as células estejam bem distribuída. O esfregaço é corado com Leishman ou Giemsa. 
E observado em microscópio com objetiva de aumento de 100X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIG. 1. Esfregaço sanguíneo 
12 
 
7. PROCESSO AUTOMÁTICO 
Hoje em dia o hemograma é feito em aparelhos. Os aparelhos usam uma pequena quantidade de 
sangue. Há dois sensores principais: um detector de luz e um de impendência elétrica. 
As células brancas, ou leucócitos, podem ser contadas baseando-se em seu tamanho ou através 
de suas características. Quando a contagem é baseada no tamanho das células, o aparelho as 
diferencia por 3 tipos: células pequenas (linfócitos), células médias (neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos) e células grandes (monócitos). Esse primeiro tipo de aparelho requer uma contagem 
manual de células, pois não diferencia as células de tamanho médio, podendo omitir uma eosinofilia 
por exemplo. Os que utilizam o método de características da células são mais precisos. 
Em relação a série vermelha, o aparelho mede a quantidade de hemoglobina, o número de 
hemácias e o tamanho das hemácias. Realizando cálculos para chegar ao valor do hematócrito, e os 
outros índices hematimétricos. As plaquetas também são contadas por aparelhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto: Autor 
Automotores utilizados no 
laboratório 
13 
 
8. HEMATÓCRITO 
É a percentagem do volume total de sangue correspondente aos glóbulos vermelhos. 
É uma medição calculada a partir do tamanho médio e do número de glóbulos vermelhos e quase 
sempre é parte também da contagem sanguínea completa, como a (quantidade de) hemoglobina. Os 
valores médios são diferentes segundo o sexo e variam entre 0,42-0,52 (42%-52%) nos homens e 
0,36-0,48 (36%-48%) nas mulheres. Caso o valor seja inferior à média significa que existe pouca 
quantidade de glóbulos vermelhos e se for superior existe uma maior quantidade de glóbulos 
vermelhos para o volume de sangue. Esta é uma medida cada vez mais importante para efeitos 
clínicos. 
 
8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA) 
A análise da série vermelha contempla a quantificação de eritrócitos, hematócrito, dosagem de 
hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW), bem como o exame microscópico 
da morfologia eritrocitária. Esses dois conjuntos de análises fornecem subsídios para o diagnóstico 
das principais causas de anemias. Recentemente com a automatização das avaliações das células 
do sangue, aliada a programas de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou superfície celular, 
histograma e gráficos de distribuição de células. Especificamente para a série vermelha a 
automatização fornece o índice RDW que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos. (Hoffbrand, 
2013). 
 
Volume Corpuscular Médio (VCM) 
O VCM é o volume médio dos Eritrócitos e é calculadoa partir do hematrócrito e do número de 
eritrócitos, expresso em femtolitros ou micrômetros cúbicos. 
 
VCM = 𝐻𝑐𝑡 𝑥 1000/𝐸𝑟𝑖𝑡𝑟ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠/𝑢𝐿 = expressa em um³ ou Fl 
 
Um femtolitro (fL) = 10-15 L = 1 micrômetro cúbico (um³). 
 
Hemoglobina Celular Média (HCM) 
A HCM é o conteúdo (peso) de Hb do eritrócito médio; a HCM é claculada a partir da 
concentração de Hb e do número de eritrócitos. 
 
HCM = 𝐻𝑏 (𝑒𝑚 𝑔 𝑝𝑜𝑟 𝐿)/𝐸𝑟𝑖𝑡𝑟ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑙hõ𝑒𝑠/𝑢𝐿 = expressa em pg (picograma) 
 
Concentração da Hemoglobina Corpuscular média (CHCM) 
 
A CHCM é a concentração média de Hb em um determidado volume de concentrado de eritrócitos, e 
é calculada a partir de Hb e do hematrócrito. 
 
CHCM =𝐻𝑏 (𝑒𝑚 𝑔 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝐿)/𝐻𝑐𝑡 = expressa em g/dL 
 
 
14 
 
8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA) 
Essa análise avalia as contagens totais e diferenciais (valores relativo e absoluto) dos leucócitos, 
bem como a morfologia dos neutrófilos, linfócitos e monócitos, principalmente. A avaliação 
quantitativa, que incluem as contagens totais e diferenciais é baseados em valores padrões 
estabelecidos por faixas etárias. A primeira análise do leucograma se suporta na verificação da 
contagem total dos leucócitos: quando os mesmos estão acima do valor padrão para a idade 
denominase por leucocitose, e quando abaixo por leucopenia. Especialmente a leucocitose deve ser 
adjetivada em discreta (ou leve), moderada e acentuada, de acordo com os valores do leucograma 
(Naoum&Naoum, 2006). 
As leucocitoses ocorrem basicamente em três situações: leucocitose fisiológica geralmente de 
grau leve é comum em gestantes, RN, lactantes, após exercícios físicos e em pessoas com febre; 
leucocitose reativa – estão notadamente relacionadas com o aumento de neutrófilos e se devem às 
infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e doenças metabólicas; leucocitose patológica – 
estão relacionadas a doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, policitemia vera, 
mieloesclerose) e linfoproliferativas (leucemias linfóides e alguns linfomas). Na vigência de 
leucocitoses é fundamental a cuidadosa análise da morfologia leucocitária, distinguindo para os 
neutrófilos as seguintes verificações: presença de neutrófilos jovens (bastões, metamielócitos, 
mielócitos e promielócitos), granulações tóxicas, vacúolos citoplasmáticos e inclusões anormais 
(Hoffbrand, 2013). 
 
Contagem de Reticulócitos 
Os eritrócitos são células que após passarem pelo processo de maturação, perdem o núcleo. 
Algumas células conservam vestígios de material nuclear, em especial o RNA, são os chamados 
reticulócitos. A presença de reticulócitos no sangue periférico é um sinal inequívoco de produção de 
células vermelhas. Assim a contagem de reticulócitos é usada para se avaliar a capacidade da 
medula óssea em produzir novas células vermelhas, em casos de anemias hemolíticas e hemorragias 
(LABORCLIN, 2014). 
 
Procedimento 
Preparar a diluição do sangue total homogeneizado em azul cresil brilhante, usando o seguinte 
critério baseado no hematócrito: 
 Para hematócrito até 30%: 12 gotas de sangue para 3 gotas de corante; 
 Para hematócrito entre 30-45%: 9 gotas de sangue para 3 gotas de corante; 
 Para hematócrito superior a 45%: 6 gotas de sangue para 3 gotas de corante; 
 Colocar em Banho-Maria a 37°C por 20 minutos; 
 Homogeneizar e preparar um esfregaço hematológico com a diluição; 
 Deixar secar e a lâmina estará pronta para a leitura (para uma melhor visualização, 
recomenda-se contra-corar por um método hematológico como panótico, Giensa etc.). 
 Observar ao microscópio e contar o número de reticulócitos (eritrócitos com um filamento 
escuro de RNA em se interior) relativos a 1000 eritrócitos. 
15 
 
8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) 
O VHS é um dos exames laboratoriais mais antigos ainda em uso atualmente. Ele possuiu 
significado clínico na anemia falciforme, na osteomielite, no derrame, no câncer de próstata, doença 
das artérias coronárias e fatores reumatóides. Quando o sangue venoso bem homogeneizado é 
colocado em um tubo vertical, os eritrócitos tendem a sedimentar-se no fundo do tubo. O tempo para 
a descida desde a parte superior da coluna de eritrócitos até o fundo do tubo em um determinado 
intervalo de tempo é denominado de velocidade de hemossedimentação (VHS), processo no qual 
estão envolvidos os fatores do plasma (onde uma VHS acelerada é favorecida por concentrações 
elevadas de fibrinogênio) e dos fatores eritrocíticos (LORENZI, 2003). 
 
Procedimento 
 Colocar no tubo próprio de VHS a amostra de sangue (em torne de 3 a 4 mL); 
 Aguardar por 1 hora; 
 Medir o resultado na régua e ingressá-lo a laudo. 
 O resultado é expresso em mm³/hora. 
 
8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD) 
A dosagem de G6PD mede os níveis de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), uma enzima 
(tipo de proteína) no sangue. Essa enzima promove o funcionamento normal dos glóbulos vermelhos 
e também os protege de subprodutos potencialmente prejudiciais que podem se acumular quando o 
corpo está combatendo uma infecção ou como resultado de certos medicamentos. A dosagem de 
G6PD é um exame simples que exige uma amostra de sangue. Geralmente é solicitada para avaliar 
deficiências de G6PD. A G6PD protege os glóbulos vermelhos do sangue ricos em oxigênio 
(hemácias) de compostos químicos chamados de reativos de oxigênio, que são gerados no 
organismo durante uma febre, infecção ou sob a ação de certos medicamentos. Se houver uma 
quantidade insuficiente de G6PD, os glóbulos vermelhos não serão protegidos desses compostos 
químicos, eles serão são destruídos, levando à anemia (HEALTHLINE, 2012). 
 
 Procedimento 
 Pipeta-se 50 umL de sangue total e coloca-se em um tubo de hemólise; 
 Pipeta-se 25 umL de Glicose juntado ao sangue total; 
 Em seguida pipeta-se 25 umL de azul de cresil e junta ao sangue total com a glicose; 
 Em um tubo separado prepara-se o teste: onde pipeta-se somente a glicose e o azul de cresil. 
 Coloca-se os tubos em banho maria por 4 horas à 37 ºC. 
 Ao fim analisa-se o resultado comparando o teste como a amostra contendo sangue; 
 
 
 
 
 
 
16 
 
8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO) 
 
Esse método é utilizado para uma coloração rápida em hematologia. O Panótico baseia-se no 
princípio de coloração hematológica estabelecida por Romanowsky. A amostra usada consiste em 
lâminas com extensões de sangue venoso ou periférico. A extensão hematológica é submetida a 
ação de um fixador e duas soluções corantes, por meio de imersões de 5 segundos em cada, e ao 
final da última imersão encontra-se pronta para leitura. 
 
 Panótico rápido nº 1: compõe-se por uma solução de triarilmetano a 0,1%. 
 Panótico rápido nº 2: compõe-se por uma solução de xantenos a 0,1% 
 Panótico rápido nº 3: compõe-se por uma solução de tiazinas a 0,1% 
 
Procedimento 
 Preparar as extensões sanguíneas e deixar secar em temperatura ambiente; 
 Preencher 3 recipientes (cubeta de Wertheim, cuba de Coplin ou similar) com as soluções nº 1, 2 
e 3 respectivamente; 
 Submergir as lâminas na solução nº 1 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo 
ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem; 
 Submergir as lâminas na solução nº 2 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo 
ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer; 
 Submergir as lâminas na solução n° 3 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo 
ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem; 
 Lavar com água deionizada recente (de preferência tamponada a pH 7,0), secar ao ar na posição 
vertical e com o final da extensão voltado para cima. 
Observação: Os tempos de imersão sugeridos podem ser alterados conforme critério do usuáriopara ajustes necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
9. PLAQUETAS 
são observadas em relação a quantidade e seu tamanho. Seu número normal é de 150.000 à 
400.000 por microlitro de sangue. O tamanho de uma plaqueta varia entre 1 a 4 micrometros. 
A contagem de plaquetas é feita pelo método automático. No laboratório usam aparelhos cuja 
contagem de plaquetas se faz no mesmo canal de contagens de hemácias, sendo que a 
diferenciação de ambas se dá pelo volume (plaquetas são menores que 20 fl e hemácias maiores que 
30 fl). Devido ao grande volume de exames feito por um laboratório ficou inviável a contagem manual 
de todas as plaquetas, mas a contagem manual não foi totalmente abandonada. Quando o número 
de plaquetas encontra-se diminuído, o laboratório faz um esfregaço de sangue para confirmar se elas 
estão diminuídas ou não. Se isso não for confirmado, a contagem de plaquetas é feita de modo 
manual, isto é, contagem em câmara. 
Os erros mais comuns em uma contagem automática são: aparelhos mal calibrados e problemas 
na coleta do sangue. A coleta é muito importante, uma coleta muito lenta, agitação errada do sangue 
colhido entre outros problemas podem fazer com que as plaquetas se agrupem e ao realizar a 
contagem em aparelhos, seu número estará diminuído. O agrupamento de plaquetas não é um sinal 
clínico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
10. CONCLUSÃO 
A experiência do estágio na MICROLAB- ICAN que atende pessoas de varias condições foi de 
grande valia para a formação em diversos aspectos, pode-se de fato realizar a prática das atividades, 
é de conhecimento que o aprendizado e maior quando é realizada a ação, quando comparada a 
apenas teorias ou acompanhamentos. Além do mais que a maior parte da equipe esteve disposta a 
transmitir seus conhecimentos, para que o trabalho realizado pelo estagiário fosse realizado de 
maneira adequada e eficaz. 
O contato com outros profissionais e estudantes da área ampliou a visão sobre a profissão e a 
importância da mesma, além de perceber que a realidade das populações vulneráveis está mais 
perto do que se imagina. Através do estágio pode-se constatar de fato a necessidade de 
humanização nos profissionais, sobretudo na área da saúde, tais experiências foram chocantes de 
início, porém são reconhecidas como experiências únicas e o engrandedoras para a formação 
percebe-se a necessidade de formação de pessoas que antes de ser profissionais devem ser seres 
humanos, pois se lida com vidas e sentimentos, o que sido deixado a desejar na geração atual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. REFERÊNCIA 
 HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais – 
20.Ed. – Barueri, SP: Manole, 2008. 
 
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA 
COLEGIADA - RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005. Disponível em: 
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-
b943-4334-aa70-c0ea690bc79f. Acesso em: 01/nov/2021 
 
 COSTA, Lenira da Silva. Formação do farmacêutico para o exercício das análises clínicas e o 
título de farmacêutico-bioquímico. 2010. Disponível em: 
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/125/016_artigo_lenira.pdf. Acesso em: 
02/nov/2021 
 
 
 BENDER, Ana Lígia; MUHLEN, Carlos Alberto Von; 2010. Testes laboratoriais relacionados à 
imunologia clínica. Disponível em: 
http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/avalia%C3%A7%C
3%A3o/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf. Acesso em 03/Nov/2021 
 
 
 
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f
http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f
	1. INTRODUÇÃO
	2. JUSTIFICATIVA
	3. DOS OBJETIVOS
	1.1. Objetivos Gerais
	1.2. Objetivos Específicos
	4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005
	5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL
	5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA
	5.1. 2. FASE ANALÍTICA
	5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA
	6. HEMATOLOGIA
	6.1. HEMOGRAMA
	7. PROCESSO AUTOMÁTICO
	8. HEMATÓCRITO
	8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA)
	8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA)
	8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)
	8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD)
	8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO)
	9. PLAQUETAS
	10. CONCLUSÃO
	11. REFERÊNCIA

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