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4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5 2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 6 3. DOS OBJETIVOS .............................................................................................................. 7 1.1. Objetivos Gerais ........................................................................................................... 7 1.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 7 4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005 ........................................................................... 8 5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL ......................................................... 9 5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA ........................................................................................................ 9 5.1. 2. FASE ANALÍTICA............................................................................................................. 9 5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA ...................................................................................................10 6. HEMATOLOGIA ................................................................................................................11 6.1. HEMOGRAMA ....................................................................................................................11 7. PROCESSO AUTOMÁTICO ..............................................................................................12 8. HEMATÓCRITO ................................................................................................................13 8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA) ............................................................13 8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA) ...............................................................14 8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)............................................................15 8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD) ............................................................15 8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO) .................16 9. PLAQUETAS ....................................................................................................................17 10. CONCLUSÃO ...................................................................................................................18 11. REFERÊNCIA ...................................................................................................................19 5 1. INTRODUÇÃO A área de análises clinica que pode ser definida como um conjunto de exames e testes laboratoriais, que visa o diagnóstico ou confirmação de uma doença. A finalidade do farmacêutico no laboratório de analises clinica consiste em fornecer subsídios clínicos aos médicos que permitem: confirmar ou rejeitar um diagnostica fornecer diretrizes de condutas para o monitoramento do paciente incluindo utilização de oportunidades para exames, estabelecer um prognóstico, detectara doença caso a caso ou por meio de triagem e monitorar a terapia. (HENRY, 2008). Segundo HENRY (2008) ao se realizar determinações de analitos de laboratório clinico o profissional farmacêutico está auxiliando no diagnostico e monitoramento dos pacientes com doenças e na avaliação da saúde das pessoas. Portanto, o farmacêutico analista clinico frequentemente e solicitado para explicar os valores alterados, especialmente aqueles que parecem não apresentar correlação entre si, e para recomendar ou até mesmo solicitar exames laboratoriais que podem levar ao diagnóstico correto doa pacientes para determinados problemas de saúde. 6 2. JUSTIFICATIVA O estágio supervisionado em análise clinica permite ao acadêmico correlacionar a teoria a pratica, de forma sistêmica e orientada. Favorecendo assim, o melhor aprendizado e preparação para o exercício profissional do mesmo nesse segmento da área farmacêutica que engloba a bioquímica, hematologia, bacteriologia, parasitologia e Urinalise. Sendo assim, através do conhecimento obtido pela prática, o acadêmico pode futuramente se direcionar a uma área que tenham mais afinidade e desenvolver um serviço de qualidade no respectivo local que esteja trabalhando. 7 3. DOS OBJETIVOS 1.1. Objetivos Gerais O objetivo destes estágios supervisionados é propiciar ao aluno experiência prática do exercício do profissional Farmacêutico, oportunizando uma visão do campo de trabalho, das relações humanas envolvidas e da ética profissional. 1.2. Objetivos Específicos Permitir ao aluno correlacionar conhecimentos teórico-práticos já construídos à realidade Social e vivenciar o cotidiano das diversas instituições visando conhecer os problemas técnicos, científicos, econômicos, políticos e humanos existentes nestes ambientes. 8 4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005 A RDC 302/2005 regulamenta o funcionamento do laboratório clínico no que diz respeito às condições gerais de organização, recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e instrumentos laboratoriais, produtos para diagnóstico de uso in vitro, gerenciamento de resíduos e biossegurança. Além disso, regulamenta os processos operacionais das fases analítica, pré e pós-analíticas, garantia e controle da qualidade e registros para rastreabilidade laboratorial. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos: “(...) Definições Alvará sanitário/Licença de funcionamento/Licença sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que libera o funcionamento dos estabelecimentos que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. Amostra do paciente: Parte do material biológico de origem humana utilizada para análises laboratoriais. Amostra laboratorial com restrição: Amostra do paciente fora das especificações, mas que ainda pode ser utilizada para algumas análises laboratoriais. Amostra controle: Material usado com a finalidade principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade de um sistema analítico nas condições de uso na rotina. Analito: Componente ou constituinte de material biológico ou amostra de paciente, passível de pesquisa ou análise por meio de sistema analítico de laboratório clínico. Biossegurança: Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. Calibração: Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a correspondência entre valores indicados por um instrumento, sistema de medição ou material de referência, e os valores correspondentes estabelecidos por padrões. Controle da qualidade: Técnicas e atividades operacionais utilizadas para monitorar o cumprimento dos requisitos da qualidade especificados. Controle externo da qualidade - CEQ: Atividade de avaliação do desempenho de sistemas analíticos através de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados e comparações interlaboratoriais. Também chamada Avaliação Externa da Qualidade. Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos conduzidos em associação com o exame de amostras de pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando dentro dos limites de tolerância pré-definidos. Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói ou inativaa maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos. Equipamento laboratorial: Designação genérica para um dispositivo empregado pelo laboratório clínico como parte integrante do processo de realização de análises laboratoriais. Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. (...)”. 9 5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL Um exame laboratorial conta com três fases. A Pré-analítica, Analítica e a Pós-Analítica, cada uma com suas particularidades. 5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA Essa é parte que mais ocorrem erros no exame. Estima-se que ela seja responsável por 70% dos erros. Pedido do exame Ela começa com um pedido de um exame laboratorial pelo médico que, na maioria das vezes, o pede para confirmar ou rejeitar um diagnóstico, ou então para realizar acompanhamentos. Preparação do paciente Depois disso, entramos na preparação do paciente. Essa é uma fase muito aberta ao erro, já que ela consiste nas orientações dadas ao paciente, como: tempo de jejum, alimentação e uso de medicamentos capazes de interferir no resultado. Como o laboratório não possui controle pelas ações do paciente, o risco de erros vindos do não cumprimento dessas orientações é grande. É papel dos laboratórios instruírem de forma clara e correta seus pacientes. Cadastro É nessa fase que o laboratório deve realizar o cadastro do paciente, fator importante para a identificação da pessoa e da amostrada coletada. Coleta Momento mais traumático para o paciente e perigoso para o profissional da saúde, a coleta da amostra biológica exige muita atenção e uma sequência rigorosa de uma série de protocolos, para que a amostra não seja comprometida e a segurança do profissional não seja colocada em risco. Transporte É importante que no transporte do material coletado os recipientes com os materiais biológicos sejam identificados e transportados por meio de maletas e veículos adequados, que evitem a agitação das amostras e respeitem a relação tempo e temperatura no qual o material é exposto. 5.1. 2. FASE ANALÍTICA É a segunda fase do exame laboratorial. É nela que são realizadas de fato as análises do material coletado. Análise Depois de coletados e transportados, o laboratório inicia o processo de análise do material biológico. Atualmente existe um grande emprego de automação nessa fase, porém ainda é necessário que o profissional supervisione os instrumentos, reagentes, estabilidade da amostra, além da monitoração de todos os processos. 10 5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA Última fase do processo de análise, o pós-analítico tem como papel a verificação das análises realizadas na fase Analítica, bem como o envio do resultado ao médico e, por fim, a tomada de decisão. Laudo do paciente Depois de aprovados e liberados pelos responsáveis do laboratório, os dados levantados são usados para o laudo do paciente. O laudo também deve indicar as situações em que a análise foi realizada. Tomada de decisão É o final dessa complexa cadeia de análises. Depois de enviado para o médico, o laudo é analisado e, na maioria das vezes, utilizado para suas decisões. Cerca de 70% das decisões feitas pelos médicos vem desses laudos. 11 6. HEMATOLOGIA A hematologia compreende o estudo das células sanguíneas e da coagulação. Incluídas nesse contexto estão também as análises de concentração, estrutura e função das células sanguíneas, seus percussores na medula óssea e a função das plaquetas e das proteínas envolvidas na coagulação do sangue. 6.1. HEMOGRAMA Segundo Naoum&Naoum (2005), o hemograma é composto por três determinações básicas que incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos (ou série branca) e das plaquetas (ou série plaquetária). Coleta de sangue O sangue do indíviduo é colhido com anticoagulante (EDTA), para se evitar a coagulação do mesmo. Não há necessidade de colher o sangue com o indivíduo em jejum. Processo Manual Contagens manuais do número de hemácias e leucócitos podem ser feitos em câmara de Neubauer, após uma diluição prévia do sangue. O método dificilmente é usado, sendo usado em poucos casos de dúvidas da metodologia automática. O esfregaço de sangue é usado para fazer uma diferenciação entre os leucócitos, isto é, fazer uma contagem do número de neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Chegando-se a uma porcentagem de cada célula encontrada. Usado também para avaliar a série vermelha e as plaquetas. É feito com uma pequena gota de sangue sendo colocada sobre uma lâmina de vidro, onde o técnico fará um esfregaço, arrastando a gota de sangue com uma outra lâmina de vidro, com isso forma-se uma película. O sangue tem que ser homogenizado antes de se fazer o esfregaço para que as células estejam bem distribuída. O esfregaço é corado com Leishman ou Giemsa. E observado em microscópio com objetiva de aumento de 100X. FIG. 1. Esfregaço sanguíneo 12 7. PROCESSO AUTOMÁTICO Hoje em dia o hemograma é feito em aparelhos. Os aparelhos usam uma pequena quantidade de sangue. Há dois sensores principais: um detector de luz e um de impendência elétrica. As células brancas, ou leucócitos, podem ser contadas baseando-se em seu tamanho ou através de suas características. Quando a contagem é baseada no tamanho das células, o aparelho as diferencia por 3 tipos: células pequenas (linfócitos), células médias (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e células grandes (monócitos). Esse primeiro tipo de aparelho requer uma contagem manual de células, pois não diferencia as células de tamanho médio, podendo omitir uma eosinofilia por exemplo. Os que utilizam o método de características da células são mais precisos. Em relação a série vermelha, o aparelho mede a quantidade de hemoglobina, o número de hemácias e o tamanho das hemácias. Realizando cálculos para chegar ao valor do hematócrito, e os outros índices hematimétricos. As plaquetas também são contadas por aparelhos. Foto: Autor Automotores utilizados no laboratório 13 8. HEMATÓCRITO É a percentagem do volume total de sangue correspondente aos glóbulos vermelhos. É uma medição calculada a partir do tamanho médio e do número de glóbulos vermelhos e quase sempre é parte também da contagem sanguínea completa, como a (quantidade de) hemoglobina. Os valores médios são diferentes segundo o sexo e variam entre 0,42-0,52 (42%-52%) nos homens e 0,36-0,48 (36%-48%) nas mulheres. Caso o valor seja inferior à média significa que existe pouca quantidade de glóbulos vermelhos e se for superior existe uma maior quantidade de glóbulos vermelhos para o volume de sangue. Esta é uma medida cada vez mais importante para efeitos clínicos. 8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA) A análise da série vermelha contempla a quantificação de eritrócitos, hematócrito, dosagem de hemoglobina e índices hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW), bem como o exame microscópico da morfologia eritrocitária. Esses dois conjuntos de análises fornecem subsídios para o diagnóstico das principais causas de anemias. Recentemente com a automatização das avaliações das células do sangue, aliada a programas de informática, obtém-se dados sobre diâmetro ou superfície celular, histograma e gráficos de distribuição de células. Especificamente para a série vermelha a automatização fornece o índice RDW que avalia a amplitude da superfície dos eritrócitos. (Hoffbrand, 2013). Volume Corpuscular Médio (VCM) O VCM é o volume médio dos Eritrócitos e é calculadoa partir do hematrócrito e do número de eritrócitos, expresso em femtolitros ou micrômetros cúbicos. VCM = 𝐻𝑐𝑡 𝑥 1000/𝐸𝑟𝑖𝑡𝑟ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠/𝑢𝐿 = expressa em um³ ou Fl Um femtolitro (fL) = 10-15 L = 1 micrômetro cúbico (um³). Hemoglobina Celular Média (HCM) A HCM é o conteúdo (peso) de Hb do eritrócito médio; a HCM é claculada a partir da concentração de Hb e do número de eritrócitos. HCM = 𝐻𝑏 (𝑒𝑚 𝑔 𝑝𝑜𝑟 𝐿)/𝐸𝑟𝑖𝑡𝑟ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑙hõ𝑒𝑠/𝑢𝐿 = expressa em pg (picograma) Concentração da Hemoglobina Corpuscular média (CHCM) A CHCM é a concentração média de Hb em um determidado volume de concentrado de eritrócitos, e é calculada a partir de Hb e do hematrócrito. CHCM =𝐻𝑏 (𝑒𝑚 𝑔 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝐿)/𝐻𝑐𝑡 = expressa em g/dL 14 8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA) Essa análise avalia as contagens totais e diferenciais (valores relativo e absoluto) dos leucócitos, bem como a morfologia dos neutrófilos, linfócitos e monócitos, principalmente. A avaliação quantitativa, que incluem as contagens totais e diferenciais é baseados em valores padrões estabelecidos por faixas etárias. A primeira análise do leucograma se suporta na verificação da contagem total dos leucócitos: quando os mesmos estão acima do valor padrão para a idade denominase por leucocitose, e quando abaixo por leucopenia. Especialmente a leucocitose deve ser adjetivada em discreta (ou leve), moderada e acentuada, de acordo com os valores do leucograma (Naoum&Naoum, 2006). As leucocitoses ocorrem basicamente em três situações: leucocitose fisiológica geralmente de grau leve é comum em gestantes, RN, lactantes, após exercícios físicos e em pessoas com febre; leucocitose reativa – estão notadamente relacionadas com o aumento de neutrófilos e se devem às infecções bacterianas, inflamações, necrose tecidual e doenças metabólicas; leucocitose patológica – estão relacionadas a doenças mieloproliferativas (leucemias mielóides, policitemia vera, mieloesclerose) e linfoproliferativas (leucemias linfóides e alguns linfomas). Na vigência de leucocitoses é fundamental a cuidadosa análise da morfologia leucocitária, distinguindo para os neutrófilos as seguintes verificações: presença de neutrófilos jovens (bastões, metamielócitos, mielócitos e promielócitos), granulações tóxicas, vacúolos citoplasmáticos e inclusões anormais (Hoffbrand, 2013). Contagem de Reticulócitos Os eritrócitos são células que após passarem pelo processo de maturação, perdem o núcleo. Algumas células conservam vestígios de material nuclear, em especial o RNA, são os chamados reticulócitos. A presença de reticulócitos no sangue periférico é um sinal inequívoco de produção de células vermelhas. Assim a contagem de reticulócitos é usada para se avaliar a capacidade da medula óssea em produzir novas células vermelhas, em casos de anemias hemolíticas e hemorragias (LABORCLIN, 2014). Procedimento Preparar a diluição do sangue total homogeneizado em azul cresil brilhante, usando o seguinte critério baseado no hematócrito: Para hematócrito até 30%: 12 gotas de sangue para 3 gotas de corante; Para hematócrito entre 30-45%: 9 gotas de sangue para 3 gotas de corante; Para hematócrito superior a 45%: 6 gotas de sangue para 3 gotas de corante; Colocar em Banho-Maria a 37°C por 20 minutos; Homogeneizar e preparar um esfregaço hematológico com a diluição; Deixar secar e a lâmina estará pronta para a leitura (para uma melhor visualização, recomenda-se contra-corar por um método hematológico como panótico, Giensa etc.). Observar ao microscópio e contar o número de reticulócitos (eritrócitos com um filamento escuro de RNA em se interior) relativos a 1000 eritrócitos. 15 8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) O VHS é um dos exames laboratoriais mais antigos ainda em uso atualmente. Ele possuiu significado clínico na anemia falciforme, na osteomielite, no derrame, no câncer de próstata, doença das artérias coronárias e fatores reumatóides. Quando o sangue venoso bem homogeneizado é colocado em um tubo vertical, os eritrócitos tendem a sedimentar-se no fundo do tubo. O tempo para a descida desde a parte superior da coluna de eritrócitos até o fundo do tubo em um determinado intervalo de tempo é denominado de velocidade de hemossedimentação (VHS), processo no qual estão envolvidos os fatores do plasma (onde uma VHS acelerada é favorecida por concentrações elevadas de fibrinogênio) e dos fatores eritrocíticos (LORENZI, 2003). Procedimento Colocar no tubo próprio de VHS a amostra de sangue (em torne de 3 a 4 mL); Aguardar por 1 hora; Medir o resultado na régua e ingressá-lo a laudo. O resultado é expresso em mm³/hora. 8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD) A dosagem de G6PD mede os níveis de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), uma enzima (tipo de proteína) no sangue. Essa enzima promove o funcionamento normal dos glóbulos vermelhos e também os protege de subprodutos potencialmente prejudiciais que podem se acumular quando o corpo está combatendo uma infecção ou como resultado de certos medicamentos. A dosagem de G6PD é um exame simples que exige uma amostra de sangue. Geralmente é solicitada para avaliar deficiências de G6PD. A G6PD protege os glóbulos vermelhos do sangue ricos em oxigênio (hemácias) de compostos químicos chamados de reativos de oxigênio, que são gerados no organismo durante uma febre, infecção ou sob a ação de certos medicamentos. Se houver uma quantidade insuficiente de G6PD, os glóbulos vermelhos não serão protegidos desses compostos químicos, eles serão são destruídos, levando à anemia (HEALTHLINE, 2012). Procedimento Pipeta-se 50 umL de sangue total e coloca-se em um tubo de hemólise; Pipeta-se 25 umL de Glicose juntado ao sangue total; Em seguida pipeta-se 25 umL de azul de cresil e junta ao sangue total com a glicose; Em um tubo separado prepara-se o teste: onde pipeta-se somente a glicose e o azul de cresil. Coloca-se os tubos em banho maria por 4 horas à 37 ºC. Ao fim analisa-se o resultado comparando o teste como a amostra contendo sangue; 16 8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO) Esse método é utilizado para uma coloração rápida em hematologia. O Panótico baseia-se no princípio de coloração hematológica estabelecida por Romanowsky. A amostra usada consiste em lâminas com extensões de sangue venoso ou periférico. A extensão hematológica é submetida a ação de um fixador e duas soluções corantes, por meio de imersões de 5 segundos em cada, e ao final da última imersão encontra-se pronta para leitura. Panótico rápido nº 1: compõe-se por uma solução de triarilmetano a 0,1%. Panótico rápido nº 2: compõe-se por uma solução de xantenos a 0,1% Panótico rápido nº 3: compõe-se por uma solução de tiazinas a 0,1% Procedimento Preparar as extensões sanguíneas e deixar secar em temperatura ambiente; Preencher 3 recipientes (cubeta de Wertheim, cuba de Coplin ou similar) com as soluções nº 1, 2 e 3 respectivamente; Submergir as lâminas na solução nº 1 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem; Submergir as lâminas na solução nº 2 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer; Submergir as lâminas na solução n° 3 mantendo-se um movimento contínuo de cima para baixo ou para os lados durante 10 segundos (10 imersões de 1 segundo cada) e deixar escorrer bem; Lavar com água deionizada recente (de preferência tamponada a pH 7,0), secar ao ar na posição vertical e com o final da extensão voltado para cima. Observação: Os tempos de imersão sugeridos podem ser alterados conforme critério do usuáriopara ajustes necessários. 17 9. PLAQUETAS são observadas em relação a quantidade e seu tamanho. Seu número normal é de 150.000 à 400.000 por microlitro de sangue. O tamanho de uma plaqueta varia entre 1 a 4 micrometros. A contagem de plaquetas é feita pelo método automático. No laboratório usam aparelhos cuja contagem de plaquetas se faz no mesmo canal de contagens de hemácias, sendo que a diferenciação de ambas se dá pelo volume (plaquetas são menores que 20 fl e hemácias maiores que 30 fl). Devido ao grande volume de exames feito por um laboratório ficou inviável a contagem manual de todas as plaquetas, mas a contagem manual não foi totalmente abandonada. Quando o número de plaquetas encontra-se diminuído, o laboratório faz um esfregaço de sangue para confirmar se elas estão diminuídas ou não. Se isso não for confirmado, a contagem de plaquetas é feita de modo manual, isto é, contagem em câmara. Os erros mais comuns em uma contagem automática são: aparelhos mal calibrados e problemas na coleta do sangue. A coleta é muito importante, uma coleta muito lenta, agitação errada do sangue colhido entre outros problemas podem fazer com que as plaquetas se agrupem e ao realizar a contagem em aparelhos, seu número estará diminuído. O agrupamento de plaquetas não é um sinal clínico. 18 10. CONCLUSÃO A experiência do estágio na MICROLAB- ICAN que atende pessoas de varias condições foi de grande valia para a formação em diversos aspectos, pode-se de fato realizar a prática das atividades, é de conhecimento que o aprendizado e maior quando é realizada a ação, quando comparada a apenas teorias ou acompanhamentos. Além do mais que a maior parte da equipe esteve disposta a transmitir seus conhecimentos, para que o trabalho realizado pelo estagiário fosse realizado de maneira adequada e eficaz. O contato com outros profissionais e estudantes da área ampliou a visão sobre a profissão e a importância da mesma, além de perceber que a realidade das populações vulneráveis está mais perto do que se imagina. Através do estágio pode-se constatar de fato a necessidade de humanização nos profissionais, sobretudo na área da saúde, tais experiências foram chocantes de início, porém são reconhecidas como experiências únicas e o engrandedoras para a formação percebe-se a necessidade de formação de pessoas que antes de ser profissionais devem ser seres humanos, pois se lida com vidas e sentimentos, o que sido deixado a desejar na geração atual. 19 11. REFERÊNCIA HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais – 20.Ed. – Barueri, SP: Manole, 2008. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005. Disponível em: http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a- b943-4334-aa70-c0ea690bc79f. Acesso em: 01/nov/2021 COSTA, Lenira da Silva. Formação do farmacêutico para o exercício das análises clínicas e o título de farmacêutico-bioquímico. 2010. Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/125/016_artigo_lenira.pdf. Acesso em: 02/nov/2021 BENDER, Ana Lígia; MUHLEN, Carlos Alberto Von; 2010. Testes laboratoriais relacionados à imunologia clínica. Disponível em: http://docente.ifsc.edu.br/rosane.aquino/MaterialDidatico/AnalisesClinicas/avalia%C3%A7%C 3%A3o/Testes-Laboratoriais-Aplicados-Imunologia-Clinica.pdf. Acesso em 03/Nov/2021 http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/5919009/RDC_302_2005_COMP.pdf/bf588e7a-b943-4334-aa70-c0ea690bc79f 1. INTRODUÇÃO 2. JUSTIFICATIVA 3. DOS OBJETIVOS 1.1. Objetivos Gerais 1.2. Objetivos Específicos 4. RDC Nº 302, de 13 DE Outubro de 2005 5. AS TRÊS FASES DE UM EXAME LABORATORIAL 5.1. FASE PRÉ-ANALÍTICA 5.1. 2. FASE ANALÍTICA 5.1. 3. FASE PÓS-ANALÍTICA 6. HEMATOLOGIA 6.1. HEMOGRAMA 7. PROCESSO AUTOMÁTICO 8. HEMATÓCRITO 8.1. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITOGRAMA) 8.2. ANÁLISE DA SÉRIE BRANCA (LEUCOGRAMA) 8.3. VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) 8.4. GLICOSE-6 FOSFATO DESIDROGENASE (G6PD) 8.5. MÉTODO DE COLORAÇÃO PANÓTICO (SLIDE SANGUÍNEO/COLORAÇÃO) 9. PLAQUETAS 10. CONCLUSÃO 11. REFERÊNCIA
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