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Necessidade Educativas Especiais Comportamentais

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3
13
 
Índice
1. Introdução	3
2. Os alunos com Necessidades Educativas Especiais Comportamentais	4
2.1. Conceitos básicos	4
2.1.1. Alunos com NEE comportamentais	4
2.1.2. Sinais de alerta	4
2.1.3. Causas	5
2.1.4. Causas orgânicas:	6
2.1.5. Causas educacionais	6
2.1.6. Causas ambientais	6
3. Classificação	7
4. As dificuldades de conduta e a relação do comportamento	8
4.1.1. Características de Hiperactividade	9
4.1.2. Causas da Hiperactividade	9
5. Autismo	10
5.1 Características de autismo	10
5.1.2. Causas de autismo	11
6. Síndrome de Tourette	11
6.1. Sintomas Síndrome de Tourette	11
6.1.2.Características Síndrome de Tourette	12
6.1.3. Causas Síndrome de Tourette	12
6.1.4. Algumas estratégias param se trabalhar com estas crianças a Síndrome de Tourette:	12
7. Para se trabalhar com estas crianças com NEE, algumas estratégias podem ser criadas:	14
8. Particularidades dos alunos com NEE comportamentais	14
9. Atenção as NEE comportamentais no contexto familiar e comunitário	15
10. Atenção as NEE comportamentais no contexto escolar	17
11. Pertinência de uma efectiva colaboração escola-família	18
12. Conclusão	19
13. Bibliografia	20
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Necessidades Educativas Especiais, tem em vista a destrancar sobre alunos com Necessidades Educativas Especiais Comportamentais. No decorrer do desenvolvimento do trabalho far-se-ão abordagens relevantes ao tema pressuposto como: Conceito, sinais de alerta, causas e classificação, dificuldades de conduta e a relação do comportamento, particularidades dos alunos com NEE comportamentais, atenção as NEE comportamentais no contexto familiar e comunitário e atenção as NEE comportamentais no contexto escolar. Objectivo Geral: Compreender os alunos com Necessidades Educativas Especiais Comportamentais. Objectivos específicos: Definir os alunos com NEE comportamentais; Identificar as particularidades dos alunos com NEE comportamentais; Descrever as dificuldades de conduta e a relação de comportamento. 
De referir que o trabalho encontra-se estruturado em introdução, desenvolvimento (onde consta o teórico do tema a ser tratado), conclusão e a respectiva bibliografia. Para a efectivação desta tarefa de carácter científica, foi possível com base em consulta de obras, manuais e artigos que retratam sobre os aspectos aqui referenciados. Apontar as atenções as NEE comportamentais no contexto familiar/comunitário e escolar. 
Para a produção deste trabalho o grupo recorreu a consulta de livros que tratam do tema em referência e apresenta uma estrutura que obedece a introdução, desenvolvimento, conclusão e a respectiva bibliografia.
	
2. Os alunos com Necessidades Educativas Especiais Comportamentais
2.1. Conceitos básicos
2.1.1. Alunos com NEE comportamentais
De acordo com Namuelé (2015; p.4) um aluno detém de uma necessidade educativa especial comportamental quando apresenta algum problema de aprendizagem no decorrer da sua escolarização, necessitando de uma atenção especifica e de mais ou diferentes recursos educativos do que os seus pares. 
 De acordo com [footnoteRef:1]MECB (1994;p.13), alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam Manifestações de comportamentos típicos, portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado. [1: Ministério de Educação e Cultura do Brasil] 
Para Lima (2008;p.14), alunos com NEE comportamentais são aqueles que têm comprometimentos acentuados no funcionamento intelectual e comportamento adaptativo (deficiência mental) que lhes origina problemas na aprendizagem, académica ou social.
Para Kirk e Gallacher (2002), deficiência comportamental refere-se a uma variedade de comportamentos deficientes, excessivos e crónicos que variam do impulso e agressivo até o depressivo e de retraimento que violam as expectativas de inadequação do observador e que este deseja ver interrompido, interferindo no PEA. 
Depois de apresentados os pontos de vistas dos autores acima supracitados, conclui-se que, alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam problemas comportamentais na sua aprendizagem, quer seja psicológicos, neurológicos e psiquiátricos.
2.1.2. Sinais de alerta
Para Figueiredo e Miranda citado por Namalué (2015;p.5) apontam os seguintes sinais de alerta:
· Dificuldades na linguagem oral;
· Dificuldades em seguir orientações e instruções;
· Dificuldade de memorização auditiva;
· Problemas de atenção;
· Comportamento agitado;
· Isolamento (parece passar muito tempo sozinho/tem poucos amigos) e falta de interacção com os outros;
· Chegar constantemente atrasado e faltar; 
· Incapacidade inexplicável para a aprendizagem, que não pode ser explicada por factores intelectuais, sensoriais e de saúde;
· Incapacidade para manter relações interpessoais com os colegas e professores;
· Comportamentos inapropriados de algumas crianças em circunstâncias normais agindo constantemente perturbando, desagradando e interrompendo as outras. Tais acções podem não ser desejadas pela criança mas talvez ela não seja capaz de evitá-las;
· Medos associados ao pessoal, aos objectos, a situações ou aos problemas da escola;
Para além de problemas de aprendizagem, na visão de Figueiredo e Miranda citado por Namalué (2015; p.5)tem também problemas na leitura e/ ou na escrita tais como:
· possíveis confusões (ex: f/v; p/b; ch/j; p/t; v/z; b/d...);
· possíveis inversões; (ex: ai/ia; per/pré; fla/fal; cubido/bicudo...); e 
· Possíveis omissões: (ex: livo/livro; batata/bata...).
2.1.3. Causas
De acordo com Correia (2008) apud Figueiredo e Miranda (s/d; p. 28), aponta as seguintes causas:
2.1.4. Causas orgânicas: 
· Factores pré-natais (Ex.: Factores teratogénicos (que provocam o desenvolvimento de anomalias durante a gestação, ou seja, crescimento anormal ou malformação do feto) como, por exemplo, o álcool, cocaína e chumbo); 
· Factores pós-natais (Ex.: Traumatismo craniano; meningites; encefalites; diabetes);
 
· Factores hereditários (Hereditariedade/transmissão genética – estudos com gémeos monozigóticos e dizigóticos tendo por base os problemas na leitura; familialidade – tendência de ocorrência de um problema numa família como, por exemplo, uma dislexia).
2.1.5. Causas educacionais
As características do sistema educacional ao qual o aluno esta ligado pode condicionar um certo nível de internalização da aprendizagem básica, ou seja, a metodologia de trabalho e avaliação dos alunos, a qualidade de ensino, as condições físicas e os recursos da escola, também podem condicionar problemas de aprendizagem o atrasos de maturação lenta dos processos visual, motor, de linguagem e de atenção que constituem a base do desenvolvimento cognitivo/Igualar o currículo ao nível de prontidão da criança, Estilos cognitivos (Forma como um indivíduo percebe, recorda e resolve problemas ao interagir e estar no mundo/Adequar estratégias aos estilos de aprendizagem da criança);
2.1.6. Causas ambientais
Estas causas assentam em teorias que advogam que há factores ambientais que contribuem para o aparecimento de DA em crianças tidas como “normais”, ou para o agravamento dos défices que elas possuem, considerando-os como “forças, condições ou estímulos externos” que colidem com a criança afectando-lhe a sua capacidades de realização escolar. 
Para além das causas orgânicas, educacionais e ambientais, Namalué (2015; p.6) diz ainda as seguintes causas:
· Má nutrição e estimulação deficitária;
· Diferenças sócio cultural;
· Clima emocional adversa.
3. Classificação
Segundo Correia (2008) apud Figueiredo e Miranda (s/d. p.2), classifica os alunos com necessidades educativas especiais comportamentais em 2 grupos: 
· Risco educacional: os alunos em risco educacional são aqueles que, devido a um conjunto de factores tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência, negligência, abusos, ambientes socioeconómicos e sócio emocionais maisdesfavoráveis, entre outros, podem vir a experimentar insucesso escolar. 
Para este autor, Estes factores, de uma maneira geral não resultam de imediato numa incapacidade ou problemas de aprendizagem, caso não mudem ou sejam atendidos através de uma intervenção adequada, podem constituir um sério risco para o aluno, em termos académicos e sociais.
· Sobredotação: as crianças e os adolescentes sobredotados segundo Figueiredo e Miranda citado por Namalué, ʻʻ são aqueles identificados por pessoas qualificadas profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões excepcionais, são capazes de atingir um alto rendimento.
Para este autor, Essas crianças e adolescentes requerem programas e/ou serviços educativos específicos, dentro da designada “Educação para a sobredotação”, diferentes daqueles que os programas escolares normais proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu potencial no sentido de virem a prestar uma contribuição significativa, quer em relação a si mesmos, quer em relação à sociedade em que se inserem.
De acordo com Correia (2008) citado por Namuelé (2015; p.6) a sobredotação deve congregar pelo menos 3 factores essenciais:
· Uma capacidade mental superior à média; 
· Uma grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa (motivação); 
· Uma capacidade criativa elevada que permita ao indivíduo produzir, visualizar, dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.
4. As dificuldades de conduta e a relação do comportamento
Alunos com necessidades educacionais especiais ressaltam que se utiliza o termo “condutas típicas “para evitar termos utilizados antigamente, como transtornos de conduta, distúrbios de comportamento, desajuste social, distúrbios emocionais, que acabavam desqualificando a pessoa que era acometida por esses problemas.
Segundo outro documento do MECB (1994; p.33) 
Há condutas relacionadas a quadros psicológicos temporários, assim como condutas relacionadas a quadros neurológicos, psicológicos complexos e psiquiátricos persistentes. Para nós, educadores (as),é importante a atenção a alguns comportamentos específicos que podem sinalizar que criança pode ter um quadro de condutas típicas que acaba por dificultar ou mesmo impedi-la de aprender. Citaremos alguns deles: medos; automutilação; alheamento do contexto externo; timidez; recusa em verbalizar em manter contacto visual; agredir; gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente; dar atenção a estímulos sem relevância, entre outros.
O grupo conclui que, Os problemas comportamentais podem ser de carácter psicológicos muita das vezes designadas temporárias e esses problemas podem ser também de carácter neurológico, psicológicos complexos e psiquiátricos persistentes. Os sinais dos tais problemas são; medos; automutilação; alheamento do contexto externo; timidez; recusa em verbalizar em manter contacto visual; agredir; gritar; falar compulsivamente; movimentar-se constantemente. 
Para MECB (1994; p.33) as condutas típicas que aparecem com maior frequência, portanto que são mais detectadas em nossa sociedade e que, por isso, são mais fáceis de serem descritas são:
· Alheamento – Característica de crianças que não se envolvem com o meio social, recusando-se a manter contacto com as pessoas, seja físico, verbal ou afectivo;
· Agressividade física e/ou verbal – Caracteriza-se por xingamentos, ameaças, utilização de linguagem e acções destrutivas, como bater, beliscar, dentre outros comportamentos agressivos físicos ou verbais. Ocorrem com frequência e são dirigidos a si próprio ou a uma outra pessoa ou a objectos;
· Hiperactividade - É um dos problemas psicológicos mais frequentes nas crianças.O problema é normalmente detectado quando a criança começa a frequentar a escola, já que os sintomas de que se faz acompanhar (actividade motora excessiva, comportamento impulsivo e problemas de atenção) podem constituir um sério obstáculo à aprendizagem. Geralmente, uma criança hiperactiva não consegue controlar seu comportamento motor, movimentando-se, agitando-se e dificultando seu envolvimento com certa acção ou tarefa.
4.1.1. Características de Hiperactividade
Para Lopes (1994), existem alguns comportamentos mais verificados na hiperactividade:
· Distúrbios da atenção: encontramos crianças que apresentam dificuldades em atender a estímulos corriqueiros, distraindo-se com qualquer outro estímulo – um barulho do lado de fora da sala, o cabelo da colega do lado, uma mosca passando. Geralmente, são crianças que se movimentam com muita frequência. Outras crianças podem conseguir prestar atenção ao (à) professor(a), mas por um curto espaço de tempo, apresentando dificuldades em concentrar-se para realizar suas actividades. Há ainda crianças com distúrbios de atenção que seleccionam e respondem a alguns aspectos da realidade, por exemplo crianças que não respondem a nenhuma pergunta, mas sempre que há um colega conversando, informam ao (à) professor(a);
· Actividade motora excessiva: As crianças hiperactivas não param quietas e, frequentemente, falam demasiado. Não conseguem manter-se sentadas calmamente: estão constantemente a mexer ruidosamente nas canetas ou a abanar os pés;
· Comportamento impulsivo: A criança impulsiva não tem a preocupação de parar para reflectir, analisar, tomar decisões, dando respostas instantâneas perante a situação em que se encontra. Muitas vezes, a hiperactividade e a impulsividade conjugam-se e a criança apresenta estes dois tipos de comportamento;
4.1.2. Causas da Hiperactividade 
As causas mais comuns são as de ordem genética e ambiental (uma susceptibilidade genética em interacção directa com factores ambientais)
Em crianças podem existir as seguintes causas de hiperactividade: 
· TDAH ou transtorno de deficits de atenção e hiperactividade;
· Uso de álcool, tabaco, substâncias psicoactivas pela mãe durante a gestão;
· Complicação na gestão, como injúria fetal, lesão cerebral;
· Parto prematuro e baixo peso do bebe;
· Complicação no parto, parto prolongado e traumatismo ao bebe ;
· Doenças intelectuais, transtorno de aprendizagem;
· Doenças invasivas do neurodesenvolvimento, como autismo;
· Doenças genéticas e outras doenças, como posencefalites virais. 
5. Autismo 
Autismo é uma condição crónica, caracterizado pela presença de importantes prejuízos em áreas do desenvolvimento, desde a sua interacção social, competências de comunicação pobres, comportamentos compulsivos e na maior parte dos casos, claro défice intelectual, problemas de conduta.
5.1 Características de autismo
De acordo com Serrano (2000), existem alguns sinais de problemas sensórios que podem incluir:
· Movimentos repetitivos: agitar as mãos; avistamento (movendo-se com os olhos fixos é um objecto ou olhar as coisas muito de perto); lamber objectos; balançar para frente e para trás; bater os objectos;
· Reacções: reacção aparentemente extrema a benigna entrada sensorial; a falta de resposta a estímulos sensoriais aparentemente significativas; 
· Atenção: Os alunos com autismo tendem a focar a sua atenção nos pequenos detalhes e apresentam grandes dificuldades em perceber a globalidade da tarefa; 
· Sequencialização: Os alunos apresentam grandes dificuldades em seguir padrões, sequências ou regras; 
· Motivação: Demonstram dificuldades significativas na compreensão da finalidade e do objectivo da tarefa.
5.1.2. Causas de autismo
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provalmente, ha uma combinação de factores que levam ao autismo. O que se sabe è que o autismo è uma desordem neurológica que afecta o modo como o cérebro recebe, processa, usa e /ou transmite informação.
Estudos actuais sugerem que os factores geneticos,hereditarios e ambientais são os principais relacionados com o desenvolvimento do transtorno.
· Causas Hereditarios: pessoas com iramos com sindrom, apresentam um maior risco de desenvolver autismo;
· Doencas Geneticas: ter algumas doencas geneticas, aumentam as chances de de desenvolver o autismo;
· Factores Ambientais:como gravidez de alto risco, pais co idade muito avancado, parto induzido, consmo de bebidas alcoolicos, tabaco, medicamentos ou outras drogas durante a gestacao ou baixo peso ao nascer
6. Síndrome de Tourette
 
 A síndrome de Tourette corresponde a uma perturbação caracterizada pela ocorrência de convulsões, que se trata de movimentos ou sons involuntários e repetidos exaustivamente. O stress ou a excitação agravam consideravelmente os sintomas desta síndrome.
6.1. Sintomas Síndrome de Tourette
 Os sintomas da síndrome de tourette, normalmente são observados inicialmente pelos professores, que observam que a criança a se comportar de forma estanha na sala de aula.
Alguns desses sinais podem ser
Tiques motores 
· Piscar os olhos;
· Inclinar a cabeça; toucar o nariz;
· Movimentar os dedos das mãos, fazer gestos obscenos;
· Chutes;
· Bater no peito.
Tiques Vocais 
· Xingamentos;
· Gritar;
· Cuspir;
· Cacarejar;
· Gemer;
· Usar diferentes tons.
Estes sintomas surgem repetidamente e são difíceis de controlar, e além disso, podem evoluir para tiques diferentes ao longo do tempo. Geralmente os tiques surgem na infância mais eles podem surgir até aos 21 anos de idade. Os tiques também têm tendência a desaparecer quando a pessoa esta dormindo, com consumo de bebidas alcoólicas ou numa actividade que exige grande concentração e pioram diante de situações de stress, cansaço, ansiedade de excitação. 
6.1.2.Características Síndrome de Tourette
Esta síndrome torette e um distúrbio neuropsiquiatrico caracteriza-se por; tiques múltiplos, mores ou vocais que persiste por mais de ano e geralmente se instala na infância. Na maioria das vezes os tiques são de tipo diferentes e variam no decorrer de uma semana ou um mês. Num modo geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com estrese, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos, ao distúrbio de atenção com hiperactividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem.
6.1.3. Causas Síndrome de Tourette
As causas podem ser genéticas ou ainda neuroquímicas. Pode existir um desequilíbrio nos impulsos eléctricos que controlam ou transmitem informações de um neurónio a outro. Contudo, ainda não há um consenso sobre o factor real que desencadeia a síndrome. De toda forma, é o facto que os tiques costumam aumentar quando a pessoa esta em situações de stresse emocional. 
6.1.4. Algumas estratégias param se trabalhar com estas crianças a Síndrome de Tourette:
· O professor deve aceitar o aluno tal como ele é, revelando paciência perante determinadas atitudes/comportamentos adoptados pela criança. Por norma, estas convulsões ocorrem de forma espontânea e não intencional;
· Se o aluno em questão, bem como os seus pais foram de acordo o professor deve explicar sucintamente à turma o que é a síndrome de Tourette;
· Demonstrar o mesmo nível de expectativa perante o trabalho deste aluno, bem como dos restantes elementos da turma. O aluno com síndrome de Tourette pode, em certas situações, necessitar de mais tempo para a realização de tarefas e dos testes, bem como de um espaço isolado para a prossecução dos mesmos. Em certos casos verifica-se que os estudantes manifestam alguns rituais compulsivos, nomeadamente a disposição de alguns materiais, antes do início da tarefa;
· Utilizar um tutor na pele de um aluno que prestará auxílio para superar as dificuldades que possam surgir e ajudar nomeadamente cópias, leituras, etc;
· Ajudar o aluno em situações de stress, explicando previamente o que se espera de cada actividade. Para diminuir o stress do aluno, é conveniente que o professor forneça informações faseadas, pois a enumeração de vários itens causa um agravamento;
· Usar gravações, cópias ou computadores para auxiliar nos problemas de escrita e leitura e para exames sem limitação de tempo, em salas privadas se as convulsões vocais forem um problema;
· Permitir que o aluno abandone a sala sempre que a convulsão for demasiada devastadora. Se possível, seria de todo aconselhável que se providenciasse um local seguro onde a manifestação da convulsão fosse menos perceptível;
· Dar feedback positivo e imediato para uma tarefa ou para uma situação social concretizada com sucesso. Visto que os portadores desta síndrome têm comportamentos sociais inadequados, recompensar os comportamentos correctos é uma forma de estímulo;
· Estabelecer um ambiente de tolerância e respeito na sala de aula. É importante que o professor representa um modelo para os seus alunos, no sentido de favorecer a compreensão pelas diferenças.
7. Para se trabalhar com estas crianças com NEE, algumas estratégias podem ser criadas:
Na sala de aula, os limites devem ser muito bem explicados e lembrados sempre que necessário. É preciso que as regras para se viver no colectivo sejam claras;
· Algumas vezes será necessário que o trabalho seja individualizado, respondendo-se pedagogicamente às necessidades educacionais dos alunos;
· É importante que a sala de aula seja um ambiente desafiador para a criança. Contudo, algumas crianças precisam ser esclarecidas sobre os passos que deverão seguir, quais as actividades que ocorrerão durante o dia, pois esta explicação diminui a ansiedade, permitindo que ela acompanhe a aula com mais tranquilidade. Devido a isso, sem deixar de entender a planificação como algo flexível, é importante ter uma certa estruturação do tempo, do espaço, dos materiais e da realização das actividades, propiciando a estas crianças acompanhar o quotidiano pedagógico com menor ansiedade.
8. Particularidades dos alunos com NEE comportamentais
A presença de alunos com NEE em sala de aula é um factor determinante para o redimensionamento das práticas avaliativas, especialmente quando suas limitações são muito específicas, como no caso de alunos com problemas comportamentais.
Segundo MECB (1994; p.34), aponta as seguintes particularidades no comportamento do aluno:
· Corpo rígido ao ler ou olhar para um objecto distante;
· Inclinar a cabeça para a frente ou para trás ao olhar para objectos distantes;
· Giro da cabeça para usar um só olho;
· Inclinação lateral da cabeça;
· Colocação da cabeça muito próximo do livro ao ler ou escrever, manter o material muito perto ou muito longe;
· Franzir constantemente as sobrancelhas ao ler ou escrever;
· Piscar os olhos em excesso;
· Esfregar excessivamente os olhos;
· Fechar, cobrir uma vista ou inclinar a cabeça;
· Falta de gosto pela leitura ou falta de atenção;
· Fadiga incomum ao terminar uma tarefa visual;
· Uso do dedo ou lápis como guia;
· Não gosta, evita, pestaneja muito, tem dificuldade em actividades que requerem a utilização da visão;
· Esbarra em objectos.
9. Atenção as NEE comportamentais no contexto familiar e comunitário
A forma como os pais interagem e educam seus filhos é crucial à promoção de comportamentos socialmente adequados ou de comportamentos considerados, pelos pais e/ou professores, como inadequados, os quais são entendidos como “déficits ou excedentes comportamentais que prejudicam a interacção da criança com pares e adultos de sua convivência.
Segundo Silva (2000), é possível identificar muitos determinantes para problemas de comportamento. Este autor aponta para a existência de uma ligação entre práticas educativas e comportamento anti-social dos filhos, à medida que as famílias estimulam estes comportamentos por meio de disciplina inconsistente, pouca interacção positiva, pouco monitoramento e supervisão insuficiente das actividades da criança.
Esses pais de crianças com NEE de comportamento sentem-se muitas vezes, impotentes, desanimados, sem saber o que fazer. Os métodos de disciplina normalmente empregues, tais como a argumentação, os castigos ou a repreensão não funcionam com estas crianças. Frustrados, por vezes, recorrem a métodos mais desesperados, como bater ou gritar, mesmo sabendo que tais comportamentos são pouco adequados e não resolvem nada. Resultado: acabam por manifestar um sentimento de culpa que em nada contribui para o bem-estarda criança.
As famílias que lidam com crianças que sofrem de hiperactividade, tal como acontece com as famílias que cuidam de crianças com doenças crónicas (por exemplo, paralisia cerebral ou autismo) manifestam, frequentemente, maiores níveis de frustração e problemas conjugais. Além de que as despesas com os tratamentos destas crianças podem representar um fardo pesado para muitas famílias.
Para Morais e Rainha (s/d) eis algumas técnicas a que os pais podem recorrer, para ajudar a criança a modificar o seu comportamento:
· Reforço das condutas positivas. Desfrutar, diariamente, de um momento calmo e relaxante com o filho. Durante esse tempo, os pais devem evidenciar aquilo que a criança faz bem, elogiar os seus pontos positivos e as suas habilidades; 
· Sistema de recompensas e castigos. Primeiro, tem de estabelecer-se as regras de conduta, ensinando à criança os comportamentos correctos e os que, pelo contrário, estão errados. Os pais (ou professores) devem encorajar a criança no sentido de desenvolver os comportamentos correctos: por exemplo, pedir um brinquedo emprestado em vez de "arrancá-lo" das mãos dos seus colegas ou levar a cabo uma tarefa até ao fim. Diz-se à criança o que se espera dela e, sempre que se verifica o comportamento desejado, recorre-se a uma recompensa (um objecto simbólico ou um sistema de pontos que podem ser trocados por alguma coisa de que a criança goste especialmente). Se a criança não se comportar correctamente, é-lhe aplicado um pequeno castigo (por exemplo, a técnica do intervalo);
· Reforço Social: Nesta técnica o aluno pode ser recompensado através de prémios materiais (alimento, dinheiro, troféus ou prendas) prémios sociais (elogios, qualificação, distensões, símbolos de condição social, atenção por parte do professor, notas, graus) e oportunidade de realizar as actividades preferidas (participar num jogo, dar um passeio, etc.). O reforço social pode ser tão simples como um elogio, um sorriso, uma caricia, uma frase estimuladora e pode alterar completamente o ambiente da sala de aula. 
10. Atenção as NEE comportamentais no contexto escolar
As perturbações ao nível do comportamento podem afectar as relações sociais e de realização escolar. Estas perturbações, dissociadas de factores intelectuais, sensoriais ou de saúde, podem incluir desvios de conduta – traduzidos em agressões físicas ou verbais, intimidação ou desatenção -, demonstração de ansiedade como medo, tensão, timidez, depressão, adesão a grupos de vandalismo ou absentismo escolar e, por vezes, sinais de imaturidade (como pouca concentração, sonolência ou tédio).
Segundo Morais e Rainha (s/d) como técnicas de modificação de comportamentos pedagógicas e eficientes e em nada punitivas, sugere-se as referidas por:
 
· Gestão de contingências: Através desta estratégia, procura-se com uma actividade atractiva reforçar uma actividade pouco atractiva. Ex.: “Se não fizeres barulho podes sair 10 minutos mais cedo para o recreio Podemos dizer que esta técnica se baseia em acordos e negociações entre o professor e o aluno. É uma técnica que visa reforçar sistematicamente os comportamentos designados por “divertidos” que são descendentes de outros comportamentos menos agradáveis e reforçados. A gestão de contingência proporciona ao professor formas de usar os reforços naturais durante a aula permitindo modificar os comportamentos. Quando esta estratégia é utilizada se o aluno merecer a recompensa o professor não pode faltar ao que foi previamente combinado;
· Contrato comportamental: é um acordo celebrado entre duas ou mais pessoas e deverá ser o resultado de negociações. Deve ser feito por escrito, estipular as responsabilidades dessas pessoas, tanto no que diz respeito ao comportamento como no que diz respeito ao reforço pela realização. O contrato deverá ser formulado de forma clara, simples, realista e os comportamentos alvos que se querem estimular bem como aqueles que se querem extinguir devem ser definidos pela afirmação, focando a atenção nos comportamentos desejáveis e na oferta das recompensas mediante a sua ocorrência. O estabelecimento de contrato, levará o aluno a responsabilizar-se pelo autocontrole dos seus comportamentos e proporciona-lhe autonomia para mudar e controlar o seu próprio comportamento, podendo ser uma influência motivadora para a mudança do mesmo; 
· Autogestão: Consiste em dar uma certa “liberdade” e independência ao aluno de modo a que ele se envolva na gestão do seu próprio comportamento. Ele deverá ser autónomo e valorizar-se a si próprio. É necessário que exista uma motivação intrínseca que implique a modificação, para alterar o comportamento anormal. Quando há uma motivação intrínseca as crianças, tendem a fazer as coisas mais por razões internas com o prazer de as fazer, do que por razões externas. É essencial que os alunos aprendam a ser responsáveis, para que assumam a responsabilidade pelos seus actos e que tenham controle sobre as próprias vidas; 
· Técnica do intervalo (time out). Quando a criança está fora de controlo e é incapaz de obedecer, sentá-la num local sossegado e deixá-la sozinha durante breves instantes até que ela se acalme. 
11. Pertinência de uma efectiva colaboração escola-família
 Segundo Marques (2001) o envolvimento da família na escola influencia na qualidade de ensino. Esta colaboração parental na vida escolar contribui para melhorar significativamente as performances sociais e académicas dos alunos, reflectindo-se positivamente não só nas crianças como também nos encarregados de educação, nos estabelecimentos de ensino e na própria sociedade. 
Para Piaget (1972; p.50), refere que esta ligação é mais do que uma troca de informação mútua, acaba por resultar em ajuda reciproca e, frequentemente em aperfeiçoamento real dos métodos de actuação.
Efectivamente, acredita-se que os pais, ao envolverem-se com a escola vão contribuir para que os professores conheçam melhor a realidade sócio cultural e comportamentos dos seus alunos, compreendendo-a e respeitando-a mais facilmente e consequentemente promovam uma melhor interligação dessa realidade no contesto escolar. A participação dos pais pode ser vista como abordagem preventiva, na qual os eventuais problemas podem ser detectados e resolvidos antes de se agunizarem.
12. Conclusão
Após a pesquisa que concerne a alunos com necessidades educativas especiais comportamentais, conclui-se que, os alunos com NEE comportamentais são aqueles que apresentam problemas comportamentais na sua aprendizagem, quer seja psicológicos, neurológicos e psiquiátricos e estes por exibirem determinadas condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de educação especial durante todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e sócio-emocional. 
Os principais sinais de alerta são: dificuldades na linguagem oral; não associação de símbolos gráficos com as suas componentes auditivas; dificuldades em seguir orientações e instruções; dificuldade de memorização auditiva; problemas de atenção e problemas de lateralidade. As causas dos alunos com NEE comportamentais podem ser agrupadas em três grupos: causas orgânicas, educacionais e ambientais e os alunos com NEE classificam-se em risco educacional e sobredotação. 
Os alunos com necessidades educacionais especiais comportamentais ressaltam que se utiliza o termo condutas típicas para evitar termos utilizados antigamente, como transtornos de conduta, distúrbios de comportamento, desajuste social, distúrbios emocionais, que acabavam desqualificando a pessoa que era acometida por esses problemas.
13. Bibliografia
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Marques, A. L. (2001). Dificuldades de aprendizagem específicas: Perspectivas cognitivas, motoras, socio-emocionaise comportamentais. Universidade do Minho, Braga.
Ministério de Educação e Cultura do Brasil. (1994). Apoio aos alunos com necessidades educativas especiais. Gabinete de Apoio ao Estudante (GAE). Brasil, s/d.
Morais, Lurdes e Rainha, Maria do Amparo. Intervir em Rede no Apoio a Alunos com NEE. São Paulo, s/d.
 Namalué, A. J. (2015). O segredo está no sentimento: as necessidades educativas especiais.
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