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NEE resolvido

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Extensão de Cabo Delgado
Delegação de Montepuez
Departamento de Ciências Naturais, Matemática e Estatística, no Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilidade de Gestão de Laboratório
Disciplina: Necessidades Educativas Especiais (NEE) – 3o Ano
1. Educação especial na era primitiva, era caracterizada por as alternativas sociais para as pessoas com deficiências eram: as práticas de eliminação, de abandono ou de confinamento. 
2. Na idade clássica, a educação foi marcada pela exclusão. Nesse período há notícias de que na antiguidade clássica registava-se prática do infanticídio contra os bebés deficientes, em algumas cidades como Esparta, ao passo que na idade media essas instituições de “acolhimento”, os deficientes jovens cresciam junto com idosos, marginais e indigentes, não lhes sendo prestado qualquer atendimento especializado que ia ao encontro das suas respetivas necessidades. Esta fase ficou marcada com o início de algumas experiencias consideradas positivas perpetuadas por alguns autores (LÉON; BONET et al), nomeadamente, a educação pela primeira vez, de doze crianças surdas, criação da primeira escola pública para surdos e criação do sistema Braille para crianças cegas. 
3. A educação moderna caracterizava-se pelo realismo. A pedagogia realista foi contra o formalismo humanista, o domínio do mundo exterior sobre o interior, supremacia das coisas sobre as palavras. De humanista, a educação torna-se científica.
4. A educação especial na era contemporânea é caracterizada pelo início da obrigatoriedade e expansão da escolaridade básica. È nesta fase que nascem a pedagogia diferencial e a educação especial institucionalizada, baseada nos níveis de capacidade. 
Essas medidas contribuíram para o aparecimento de metodologias de ensino especiais e levaram à organização das instituições de atendimento dos deficientes a criação de escolas ou de classes especiais, funcionando estas últimas, anexas às escolas regulares. 
5. O pai da Educação Especial é Jean Marc Gaspard Itard (1774 – 1836) dedicou seis anos da sua vida à educação do famoso garoto selvagem encontrado na selva de Aveyron10. É também um dos autores creditado Como pai da educação especial.
6. O abade Charles Michel de l’Epée (1712 – 1789) foi o criador do 1ºInstituto/Escola para Surdos-Mudos; Valentin Haüy (1745 – 1822), criou em Paris um instituto para crianças Cegas; Louis Braille (1806 – 1852), ex-pupilo de Valentin e posteriormente professor no instituto formado por este, foi o fundador do sistema de escrita para invisuais mundialmente adoptado: o braille.
7. Na educação especial, o ensino é totalmente voltado para alunos com deficiência. Já na educação inclusiva, todos os alunos com e sem deficiência têm a oportunidade de conviverem e aprenderem juntos. A ideia da inclusão é mais do que somente garantir o acesso à entrada de alunos nas instituições de ensino.
8. O pai da inclusão educacional é Jean Marc Gaspard Itard.
9. As mudanças são: apareceu uma nova abordagem pedagógica, o cunho marcadamente segregacionista deu lugar a uma inserção progressiva das crianças e dos jovens nas estruturas regulares do ensino. 
10. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi criada pela ONU em 1948 contribuiu na educação à pessoas com NEE, chegou ao ponto de declarar que:
· Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito;
· A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as actividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz;
· Os pais têm prioridade de direito na escolha do género de instrução que será ministrada a seus filhos.
11. A Declaração fornece definições e novas abordagens sobre as necessidade básicas de aprendizagem, tendo em vista estabelecer compromissos mundiais para garantir a todas as pessoas os conhecimentos básicos necessários a uma vida digna, visando uma sociedade mais humana e mais justa
12. O conceito de Necessidades Educativas Especiais passou a ser conhecido em 1950 a partir da sua formulação no "Relatório Warnock", apresentado ao parlamento do Reino Unido, pela Secretaria de Estado para a Educação e Ciência, Secretaria do Estado para a Escócia e a Secretaria do Estado para o País de Gales.
13. A Declaração de Salamanca (1994) constituiu uma nova era na educação da pessoa com NEE. Porque, as escolas integradoras constituem um meio favorável à construção da igualdade de oportunidades da completa participação; mas, para ter êxito, requerem um esforço comum, não só dos professores e do pessoal restante da escola, mas também dos colegas, pais, famílias e voluntários. A reforma das instituições sociais não só é uma tarefa técnica, mas também depende, antes de tudo, da convicção, do compromisso e da boa vontade de todos os indivíduos que integram a sociedade.
14. A novidades a Declaração de Dakar (2000) trouxe no âmbito das NEE, o Dakar reafirma a Declaração Mundial de Educação para Todos, apoiada pela Declaração Universal de Direitos Humanos, que proclama o direito indiscriminatório de “toda criança, jovem ou adulto têm o direito de se beneficiar de uma educação que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem, no melhor e mais pleno sentido do termo, e que inclua aprender a aprender, a fazer, a conviver e a ser”. O documento considera que a educação, como um direito humano fundamental, é um aspecto propulsor para o desenvolvimento sustentável, assim como para assegurar a paz e a estabilidade entre os países. Portanto, trata-se de um meio indispensável para alcançar a participação efectiva nas sociedades e economias do século XXI (UNESCO, 2000).
15. Sim tem contributo, porque disse: Garantir que todas as meninas e meninos completem, de forma equitativa e de qualidade, o ensino primário e secundário com resultados de aprendizagem relevantes e eficazes;
· Garantir que todos os meninos e meninas tenham acesso à qualidade educacional na primeira infância dentro do período pré-escolar, garantir a igualdade de acesso de todas as mulheres e os homens a preços acessíveis e qualidade no ensino técnico, profissional e ensino superior, incluindo o ensino universitário; e 
· Aumentar a proporção de jovens e adultos com habilidades relevantes, incluindo aquelas técnicas e vocacionais para empregabilidade, trabalho decente e empreendedorismo e garantir que todos os jovens e uma proporção dos adultos, tanto homens quanto mulheres, alcancem letramento e numeracia.
16. Inserção parcial e condicional (crianças “se preparam” em escolas ou classes especiais para estar em escolas ou classes regulares), exige ruturas nos sistemas e incentiva pessoas com deficiência a seguir modelos, não valorizando, por exemplo, outras formas de comunicação como a Libras. Seríamos um bloco majoritário e homogêneo de pessoas sem deficiência rodeado pelas que apresentam diferenças, enquanto que, Inserção total e incondicional (crianças com deficiência não precisam “se preparar” para ir à escola regular), pede concessões aos sistemas e a partir da certeza de que TODOS são diferentes, não existem “os especiais”, “os normais”, “os excecionais”, o que existe são pessoas com deficiência. 
17. Os avanços da educação inclusiva são: A não exclusão de crianças com deficiência do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais, medidas de apoio individualizadas.Para promover o apoio necessário a indivíduos com deficiência, foi criado o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que tem como objectivo ajudar a garantir um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e combase na igualdade de oportunidades. E o insucessos da educação inclusiva em Moçambique são: as possíveis causas do insucesso escolar apontadas pelos respondentes são a escassez de material didáctico, o baixo grau de cometimento dos alunos, as passagens automáticas no nível básico (da 1ª à 7ª classes), as turmas numerosas (mais de 30 alunos por turma), o baixo nível de interacção entre os pais e/ou encarregados de educação, condições socioeconómicas dos alunos e o desempenho do professor (fruto da má formação e da desmotivação relacionada com os baixos honorários, problemas de habitação própria e condigna para grande número e falta de incentivos).
18. Moçambique existe uma inclusão educacional, porque indica que Moçambique tinha em 2017 aproximadamente 27.620 pessoas com deficiência e deste número, temos alunos com deficiência e/ou com Necessidades Educativas Especiais (NEE). A educação inclusiva tornar-se-á efectiva se estiver enraizada na prática educativa, na vida da escola e da comunidade. Deste modo, a escola, para além de desenvolvercompetências relevantes para a vida, deverá, por si, constituir-se num espaço de prática e de exercício dos direitos universais do Homem, isto é, na forma como a escola se organiza, na maneira como os diferentes actores interagem no processo educativo e no trabalho pedagógico, dentro e fora da sala de aula (MINED/ INDE. 2020, p. 8).
19. Na minha opinião para se alcançar uma inclusão educacional de qualidade nas escolas moçambicanas, deve dar-se conta das diferentes problemáticas de deficiências no desenvolvimento humano, que geram as NEE. Por essa via, o interesse depois será o de ter uma visão sobre as possibilidades de intervenção do professor diante de alunos com diferentes tipologias de NEE, partindo dos princípios e da filosofia da inclusão no sistema educativo.
20. Na qualidade de professor para a inclusão educacional de alunos com as NEE, a seguir: dislexia, disortografia, disgrafia, transtorno de défice de atenção e hiperactividade e gagueira. Deve ser um estimulador do prazer de aprender, um alquimista em fazer o aluno enxergar o contexto, o sentido e, um especialista em despertar a auto-estima.
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	 Discente: Cornélio Guedes Binamo. Curso de Biologia, 3º ano

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