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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA - TXXXI MIWA MARUYAMA Infecções respiratórias virais VÍRUS Constituição básica: nucleocapsídeo = capsídeo + genoma. Capsídeo: protege o genoma. Tipos de genoma: ● DNA: ○ fita simples; ○ fita dupla; ○ circular; ● RNA: ○ fita simples positivo; ○ fita simples negativo; ○ fita dupla; ○ transcriptase reversa. Envelope: envoltório ao redor do capsídeo. Vírus não envelopado: não adianta nada lavar as mãos ou passar álcool em gel. Sai da célula por rompimento de membrana. Proteínas de ligação: glicoproteínas (envelopado) ou proteínas de capsídeo (não envelopado) ligadas no capsídeo ou no envelope que servem para adesão. Enzimas de replicação: polimerases (DNA: no núcleo - RNA: no citoplasma) e transcriptases (retrovírus - transformam o genoma em DNA). INTRACELULAR OBRIGATÓRIO - RESPOSTA CITOTÓXICA (resposta inata: NK - resposta adaptativa TCD8) -> morte celular. Doença: combinação dos efeitos diretos (necrose pelo rompimento da membrana na saída do vírus da célula) e indiretos (apoptose causada pela presença de vírus na célula) da replicação viral e às respostas do hospedeiro à infecção. FASES DA REPLICAÇÃO VIRAL 1. Adsorção: ligação do vírus com a célula. 2. Penetração: entrada na célula; 3. Desnudamento: liberação dos capsômeros (genoma viral); 4. Biossíntese: replicação e transcrição do genoma e das proteínas do vírus. 5. Montagem: colocar o genoma nos capsídeos, montar novos vírus. 6. Liberação: saída dos novos vírus. a. Não lítico: sem rompimento de membrana -> apoptose. b. Lítico: com rompimento de membrana -> necrose. VIROSE CONDIÇÕES NECESSÁRIAS ● Carga suficiente de vírus disponível; ● Penetração no hospedeiro pela via adequada - tropismo celular; ● Realizar replicação primária (primeiros órgãos - pele) em tecidos próximos à entrada; ● Escapar dos mecanismos naturais de defesa do organismo; ● Disseminar-se para os tecidos e órgãos-alvo; ● Replicar eficientemente nesses tecidos; ● Produzir ou não injúria tecidual - efeito citopático. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO MEDICINA - TXXXI MIWA MARUYAMA FAMÍLIA ORTHOMYXOVIRIDAE INFLUENZA VÍRUS Causa a gripe verdadeira: mais importante das doenças epidẽmicas. Brasil: Influenza A (mais citotóxico) e B. Esférico; Genoma: ○ RNA fita simples negativo. ○ Proteínas estruturais; ■ H: hemaglutinina - ligação ao receptor celular. ■ N: neuraminidase - cliva o ácido neuramínico (muco) -> entrada e liberação dos novos vírions - limpa o caminho ○ Segmentado: ■ A e B: 8 segmentos. ■ C: 7 segmentos. ○ RNA polimerase: transcreve fita negativa em positiva. ○ Replicação viral acontece no núcleo. ● Mutações: ○ Antigenic drift (pontuais): menores, a cada 1 ou 3 anos dos subtipos do vírus A, ou 5 ou 6 anos para os vírus do tipo B. ○ Antigenic shift: maiores, substituição completa de um ou mais segmentos do genoma viral. PATOGENIA Tropismo: epitélio respiratório -> lesão primária: epitélio ciliado -> destruição celular -> descamação da mucosa superficial. SINTOMAS ● Febre; ● Espirros, tosse, descarga nasal; ● Dor de cabeça, garganta, musculares. ● Duração: 1 a 5 dias. SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE ● Febre acima de 38 ºC; ● Tosse; ● Saturação abaixo de 93%; ● Dispineia; ● Aumento da FR; ● Hipotensão; ● Crianças: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação. ● Laboratorial: leucocitose, linfocitose, raio-x: infiltrado intersticial localizado ou difuso. RESPOSTA IMUNE ANTIVIRAL PAMPs: estrutura viral, DNA/RNA viral; CICLO DE REPLICAÇÃO VIRAL 1. Reconhecimento e ataque das células humanas pelas hemaglutininas. 2. HA reconhecem resíduos de ácidos siálicos nas glicoproteínas nas membranas das células do hospedeiro e induzem a fusão destas e incorporação no envelope viral. 3. RNA é liberado no interior da célula para internalizar o núcleo celular. 4. Novas moléculas de proteínas e RNA virais começam a ser produzidas. 5. A liberação das novas partículas virais formadas ocorre pela lise das células infectadas pela ação das neuraminidases. 6. Novas cópias do vírus saem da célula hospedeira para infectar outras células.