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Cálculo Integral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Conti Integral Indefinida 5 · Antiderivada · Integral Indefinida O objetivo desta unidade é discutir sobre o conceito de Integral Indefinida de uma Função Real e seus significados. Nessa discussão, iremos determinar uma grandeza dada sua taxa de variação; por exemplo: dada a velocidade de uma partícula deseja-se saber sua posição em um determinado instante. Estamos iniciando nossos estudos sobre Cálculo Integral. A proposta desta unidade é o estudo da Antiderivada e da Integral Indefinida. Com relação aos conteúdos, dividimos em: » Antiderivada » Integral Indefinida Ao término deste estudo desejamos que você seja capaz de calcular a integral indefinida de uma função real por meio da antiderivada. Para ajudá-lo, realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as Atividades Práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo para realização das mesmas. Integral Indefinida 6 Unidade: Integral Indefinida Contextualização Como já vimos no Cálculo Diferencial, o estudo dos conceitos do Cálculo auxilia em diferentes áreas, como na Química, na Física e na Economia. Os conceitos básicos de matemática que serão necessários para este estudo são sobre funções, como as polinomiais, as trigonométricas, as exponenciais e as logarítmicas. Além de conhecer os conceitos de funções, são importantes os conceitos de geometria e trigonometria. O estudo do Cálculo está embasado em três operações que normalmente denominamos como básicas: o cálculo de limites, o cálculo de derivadas de funções e o cálculo de integrais de diferenciais. E o teorema mais importante do Cálculo é o Teorema Fundamental do Cálculo, que estabelece que as operações de diferenciação e de integração são processos inversos. O Cálculo foi desenvolvido por Isaac Newton (1642-1727) e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), que realizaram seus estudos de maneira independentes, mas ambos exploraram as relações entre os problemas de reta tangente e de cálculo de área para transformar o Cálculo em um método matemático sistemático. 7 Antiderivada Consideremos o exemplo da velocidade de um automóvel para estudarmos a antiderivada. Seja um automóvel que se move em uma estrada retilínea e que a distância percorrida s (em metros), a partir de um determinado ponto inicial, no instante t (em segundos), fosse dada por s(t) = t² + 2t. 0 + v > 0 Já estudamos que, para determinarmos a velocidade instantânea v deste automóvel em um instante t, precisamos derivar a função distância s percorrida em relação à variável t. Desta forma, v(t) = s’(t) v(t) = 2t + 2 Determinar a antiderivada de uma função significa, neste exemplo, partirmos da função velocidade v(t) e determinarmos a função posição s(t). Ainda neste exemplo, consideremos a função v(t) = 2t + 2. Se considerarmos a função s1(t) = t ² + 2t + 2, qual será sua derivada? s1’(t) = 2t + 2 E se considerarmos a função s2(t) = t² + 2t – 5, qual será sua derivada? s2’(t) = 2t + 2 Percebemos que teremos a mesma derivada, tanto para s1(t) quanto para s2(t). O que temos de diferente entre as funções s1(t) e s2(t)? O que difere as duas funções é uma constante: s1(t) = t ² + 2t + 2 s2(t) = t ² + 2t – 5 E como a derivada de uma constante é sempre zero, então suas derivadas serão sempre iguais. Podemos concluir que, se temos duas funções que diferem apenas por uma constante, então suas derivadas são idênticas. Ou seja, estas duas funções possuem a mesma antiderivada. Podemos escrever essa conclusão da seguinte maneira: Teorema: Se uma função F for uma antiderivada da função f em um intervalo, então podemos dizer que a antiderivada mais geral de f neste intervalo é igual a F(x) + c, sendo c uma constante arbitrária. 8 Unidade: Integral Indefinida Vamos imaginar que a função f possui duas antiderivadas F e G, então: F’(x) = f(x) e G’(x) = f(x). Desta forma, podemos escrever que: G’(x) = F’(x) G’(x) – F’(x) = 0 Mas sabemos que somente a função constante g(x) = c, sendo c uma constante qualquer, possui derivada igual a zero. g’(x) = 0 Logo, podemos dizer que: se G’(x) – F’(x) = 0, então G(x) – F(x) = c Ou, G(x) = F(x) + c. Desta forma, se queremos determinar a antiderivada de uma função f, estamos interessados em obter uma família de funções que se diferem apenas por uma constante. Vejamos isso em um gráfico para entendermos melhor o que seja a antiderivada de uma função. Para isso, voltemos ao exemplo dado inicialmente. Seja v(t) = 2t + 2, determinemos diferentes antiderivadas s(t) desta função v(t). s1(t) = t² + 2t – 2 s2(t) = t² + 2t – 1 s3(t) = t² + 2t + 0 = t² + 2t s4(t) = t² + 2t + 1 s5(t) = t² + 2t + 2 Ao analisarmos estes gráficos, percebemos que ao determinarmos a antiderivada de uma função f, obtemos uma família de funções, cujas derivadas são iguais à função f. 0 -1 -2 -3 1 2 3 1 2 3 4-4-5 -3 -2 -1 x y s1(t) s2(t) s3(t) s4(t) s5(t) 9 Para determinarmos a antiderivada mais geral de algumas funções já estudadas, vamos recordar as derivadas de algumas funções. Função Derivada ( )f x c= ( )' 0f x = ( ) nf x x= ( ) 1' nf x nx −= ( ) f x sen x= ( )' cosf x x= ( ) cosf x x= ( )' senf x x= − ( ) f x tg x= ( ) 2'f x sec x= ( ) f x cotg x= ( ) 2'f x cossec x= − ( ) xf x a= ( )' lnxf x a a= ( ) xf x e= ( )' lnx xf x e e e= = ( ) lnf x x= ( ) 1' f x x = Para determinarmos a antiderivada de algumas funções, basta olharmos para esta tabela de maneira invertida. Função Antiderivada ( ) 0f x = ( ) F x c= ( ) f x k= ( )F x kx c= + ( ) , 1nf x x n= ≠ − ( ) 1 1 nxF x c n + = + + ( ) f x sen x= ( ) cosF x x c= − + ( ) cosf x x= ( ) senF x x c= + ( ) 2f x sec x= ( )F x tg x c= + ( ) 2f x cossec x= ( )F x cotg x c= − + ( ) xf x a= ( ) ln xaF x c a = + ( ) xf x e= ( ) xF x e c= + ( ) 1f x x = ( ) lnF x x c= + ( ) ( ) f x g x+ ( ) ( )F x G x+ 10 Unidade: Integral Indefinida Vejamos com mais detalhes as antiderivadas das funções ( ) , 1,nf x x n= ≠ − e ( ) 1f x x= . Vejamos a antiderivada da função ( ) , 1nf x x n= ≠ − e a derivemos utilizando a regra da potência. ( ) 1 1 nxF x c n + = + + ( ) ( ) 1 1 ' 1 0 1 n nxF x n x n + − = + + = + E vejamos a antiderivada da função ( ) 1f x x = e a derivemos. Vimos a derivada da função: ( ) ln , 0F x x c para x= + > ( ) 1 1' 0F x x x = + = Agora, se x < 0, então temos que considerar a função: ( ) ( )ln , 0F x x c para x= − + < E utilizamos a regra da cadeia para obter sua derivada. ( ) ( ) ( ) 1 1' 1 0F x x x = − + = − Assim, temos que: ( ) ( )1 lnf x F x x c x = = + Exemplos 1 Determinar a antiderivada mais geral da função 4 3( ) 3 2 1.f x x x= − − Resolução: Para determinarmos a antiderivada desta função pensamos na regra da potência da derivação. Se ( ) nf x x= , então temos que ( ) 1' nf x nx −= . E para determinarmos a antiderivada, utilizaremos a regra 1 4 3. Para ( ) 3 - 2 - 1 temos:( ) 1 n c f x x x xF x n + + == + ( ) 4 1 3 1 3 2 4 1 3 1 x xF x x c + + = − − + + + ( ) 5 43 2 5 4 x xF x x c= − − + Importante! No momento em que começamos a escrever a antiderivada, F(x), temos que nos lembrar de adicionar a constante c, que revela a família de funções. 11 2 Determinar a antiderivada mais geral da função ( ) 3 23g x x x= + . Resolução: Para determinarmos a antiderivada desta função, vamos primeiramente fazer algumas manipulações algébricas para poder pensar na regra da potência da derivação. ( ) 21 3 2 323 3.g x x x x x= + = + ( ) 21 11 32 3. 1 21 1 2 3 x xG x c ++ = + + + + ( ) 53 32 3. 3 5 2 3 x xG x c= + + ( ) 53 322 3. 3 3 5 x xG x c= + + ( ) 33 52 3 3 3 5 x xG x c= + + 3 Determinar a antiderivada mais geral da função ( ) 5 27 3 2 5 xxh x x − + = . Resolução: Para determinarmos a antiderivada desta função, vamos primeiramente fazer algumas manipulações algébricas para podermos pensar na regra da potência da derivação e, neste caso, também, a regra do logarítmo. ( ) 5 27 3 2 5 x xh x x − + = ( ) 47 3 2 5 5 5 h x x x x = − + ( ) 47 3 2 1. 5 5 5 h x x x x = − + ( ) 5 27 3 2. . .ln 5 5 5 2 5 x xH x x c= − + + ( ) 5 27 3 2 .ln 25 10 5 x xH x x c= − + + 4 Determinar a antiderivada mais geral da função ( ) 2 5 xf x sen x e= + . 12 Unidade: Integral Indefinida Resolução: Para determinarmos a antiderivada desta função, vamos pensar na antiderivada da função seno e da função exponencial. ( ) ( ) 2 5 2 5 x x f x sen x e F x cos x e c = + = − + + 5 Determinar a antiderivada da função ( ) 3 22 3 1g x x x= − + , sabendo que G(0)=1. Resolução: Devemos perceber, primeiramente, que não estamos interessados em determinar a antiderivada mais geral da função g, pois colocamos uma condição inicial para esta antiderivada. Dentre as funções da família de funções que podem ser antiderivadas da função g, queremos apenas aquela função G que seu gráfico passa pelo ponto (0,1). Então, determinemos a antiderivada mais geral e, depois, verifiquemos qual gráfico passa por este ponto. ( ) ( ) ( ) 3 2 4 3 4 3 2 3 1 2 3 4 3 2 g x x x x xG x x c xG x x x c = − + = − + + = − + + Como queremos que o gráfico da função antiderivada passe pelo ponto (0,1), ou seja, G(0)=1, devemos determinar qual o valor da constante c que satisfaz esta condição. ( ) 4 300 0 0 1 2 G c= − + + = c=1 Portanto, a antiderivada da função ( ) 3 22 3 1g x x x= − + , tal que G(0)=1, é: ( ) 4 3 1 2 xG x x x= − + + 6 Determine uma função f, sabendo que ( ) 2" 4 xf x x e= − + . 13 Resolução: Como foi fornecida a segunda derivada da função f, necessitaremos determinar a primeira derivada (que é uma antiderivada da função f”), para depois determinar a função f (que é uma antiderivada da função f’). ( ) 2" 4 xf x x e= − + ( ) 3 1' 4 3 xxf x x e c= − + + Uma antiderivada de f” é f’, pois a derivada de f’ é f”. ( ) 2 4 1 2 4 2 3.4 = − + + +x x xf x e c x c ( ) 4 2 1 2 2 ,12 = − + + +x xf x x e c x c sendo c1 e c2 constantes Uma antiderivada de f’ é f, pois a derivada de f é f’. 7 Determinar uma função g, sabendo que 2"( ) , '(1) 1 (1) 2.g x x x g e g= − + = = −3 2"( ) , '(1) 1 (1) 2.g x x x g e g= − + = = − Resolução: Para determinar a função g, conhecendo a sua segunda derivada, devemos aplicar as regras de antiderivada duas vezes: uma para determinar a primeira derivada, a função g’, e outra para determinar a função g. ( ) 2" 3g x x x= − + ( ) 3 2 1' 33 2 x xg x x c= − + + Uma antiderivada de g” é g’, pois a derivada de g’ é g”. Sabendo que g’(1)=1, podemos determinar o valor de c1. ( ) 3 2 1 1 1 1 1' 1 3.1 1 3 2 1 1 1 1 12 2 3 111 3 2 3 2 3 2 6 6 11 6 g c c c = − + + = − − + = − + − = − − + = = − = − Portanto, temos que: ( ) 3 2 11' 3 3 2 6 x xg x x= − + − 14 Unidade: Integral Indefinida E agora, determinamos a antiderivada desta função para encontrarmos a função g. ( ) ( ) 4 3 2 2 4 3 2 2 113 3.4 2.3 2 6 3 11 12 6 2 6 x x xg x x c x x xg x x c = − + − + = − + − + Uma antiderivada de g’ é g, pois a derivada de g é g’. E como sabemos que g(1)= -2, podemos determinar o valor de c2. ( ) ( ) 4 3 2 2 2 2 1 1 3.1 111 1 2 12 6 2 6 1 1 3 11 24 1 2 18 22 192 12 6 2 6 12 12 19 12 g c c c = − + − + = − − − + − + = − − + − + = = − = − Portanto, determinemos a função g. ( ) ( ) 4 3 2 2 4 3 2 3 11 12 6 2 6 3 11 19 12 6 2 6 12 x x xg x x c x x xg x x = − + − + = − + − − 15 Integral Indefi nida É comum utilizarmos a seguinte notação para a antiderivada de uma função f: ( ) ( )f x dx F x=∫ , que significa ( ) ( )'F x f x= E dizemos que a integral indefinida da função f(x) é ( )f x dx∫ Importante! O símbolo ∫ é chamado de sinal de integral, a função f(x) é chamada de integrando e o símbolo dx por si só não tem um significado oficial, mas indica a variável que está sendo utilizada para calcular a integral. E o processo de calcular a integral indefinida é chamado de integração. Vejamos um exemplo. Vamos determinar a integral indefinida geral: ( )22 2x x dx− +∫ . Devemos perceber que queremos determinar a antiderivada da função: ( ) 22 2f x x x= − + . E dizemos que a integral indefinida da função f é: ( ) 3 2 2 2 3 2 x xF x x c= − + + . Assim, a integral indefinida de uma função é uma família de funções que são obtidas pela variação da constante c. E escrevemos, então, que: ( ) 3 2 22 2 2 2 3 2 x xx x dx x c− + = − + +∫ . Agora, vamos reescrever a tabela de funções e antiderivadas anteriormente apresentada, utilizando a notação de integral indefinida. 16 Unidade: Integral Indefinida Integrais Indefinidas ( ) ( )cf x dx c f x dx=∫ ∫ 2 cossec x dx cotg x c= − +∫ kdx kx c= +∫ ln x x aa dx c a = +∫ 1 , 1 1 n n xx dx c n n + = + ≠ − +∫ x xe dx e c= +∫ cossen x dx x c= − +∫ 1 lndx x cx = +∫ sencos x dx x c= +∫ 2 sec x dx tg x c= +∫ ( ) ( ) ( ) ( )f x g x dx f x dx g x dx+ = + ∫ ∫ ∫ Exemplos 1 Calcule a integral indefinia: 2(x x 2)dx− +∫ Resolução: Para calcularmos a integral indefinida precisamos determinar a antiderivada mais geral da função ( ) 2 2f x x x= − + . ( ) 3 2 2 3 2 x xF x x c= − + + Portanto, 3 2 2( 2) 2 3 2 x xx x dx x c− + = − + +∫ 17 2 Calcule a integral indefinida: 3(2x 2 cos )dxxe x− +∫ Resolução: Para calcularmos esta integral indefinida necessitamos determinar a antiderivada da função ( ) 32x 2 cosxg x e x= − + . ( ) 4 2 2 4 xxG x e sen x c= − + + ( ) 4 2 2 xxG x e sen x c= − + + Portanto, a integral indefinida é: 4 3(2x 2 cos )dx 2 2 x xxe x e sen x c− + = − + +∫ 3 Calcule a integral indefinida: ( )3 5 dxx x+∫ Resolução: Calculemos diretamente esta integral indefinida. ( ) 51 1151 32 3 5 32dx dx 1 51 1 2 3 x xx x x x c ++ + = + = + + + + ∫ ∫ Perceber que, enquanto não determinarmos a antiderivada, continuamos copiando o sinal de integral e o símbolo dx. ( ) 83 32 3 5 dx 3 8 2 3 x xx x c+ = + +∫ ( ) 83 32 3 5 2 3dx 3 8 x xx x c+ = + +∫ ( ) 33 8 3 5 2 3dx 3 8 x xx x c+ = + +∫ 18 Unidade: Integral Indefinida 4 Calcule a integral indefinida: 2 1 dx x∫ Resolução: Para calcularmos esta integral indefinida, façamos uma manipulação algébrica. 2 1 1 2 2 2 1 2 1 1 1 1 x xdx x dx c c x dx c x x − + − −= = + = + − + − = − + ∫ ∫ ∫ 5 Calcule a integral indefinida: ( )2sec x sen x dx+∫ Resolução: Para calcular esta integral indefinida basta utilizar as regras de integração apresentadas anteriormente. ( )2 cossec x sen x dx tg x x c+ = − +∫ 6 Calcule a integral indefinida: 4 33 2 5 2 x x x dx x − + − ∫ Resolução: Para calcular esta integral indefinida será necessário fazer algumas manipulações algébricas. ( ) ( ) 4 3 3 2 3 1 2 1 4 3 3 2 5 3 5 11 . 2 2 2 2 3 5 .ln 2 3 1 2. 2 1 2 3 5 .ln 8 6 2 x x x x xdx dx x x x x x x c x x x x c + + − + − = − + − = = − + − + = + + = − + − + ∫ ∫ Portanto, 4 3 4 33 2 5 3 5 .ln 2 8 6 2 x x x x xdx x x c x − + − = − + − +∫ 7 Sabendo que , '"( ) cos , (0) 1, '(0) 1 "(0) 0f x x f f e f= = = = determine f. Resolução: Para determinarmos a função f, partindo de f’’’, necessitamos calcular a integral indefinida três vezes: 19 • A primeira integral indefinida calculada a partir de f’’’, será a segunda derivada f’’. • A segunda integral indefinida calculada a partir de f’’, será a primeira derivada f’. • E a terceira integral indefinida calculada a partir de f’, será a função f. Calculemos a segunda derivada da função f: ( )cos ''xdx sen x c f x= + =∫ Como sabemos que f”(0)=0, então: 1 1 1 "( ) 0 0 0 "( ) f x sen c c f x senx c = + = = = + Lembrar que sen 0=0 Portanto, temos que: ( )'' f x sen x= Calculemos a primeira derivada de f por meio da integral indefinida. 2cos '( )senxdx x c f x= − + =∫ Como sabemosque f’(0)=1, então: 2 2 2 '(0) cos0 0 2 '( ) cos f c c f x x c = + = = = + Lembrar que cos 0=1 Portanto, temos que: ( )' 2f x cos x= − + . E, para determinar a função f, calculamos a integral indefinida de f’. 3( cos 2) 2 '( )x dx senx x c f x− + = − + + =∫ Como sabemos que f(0)=1, então: 3 3 3 (0) 0 2.0 1 1 ( ) f sen c c f x senx c = − + + = = = − + Portanto, temos que: ( ) 2 1f x sen x x= − + + 20 Unidade: Integral Indefinida Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Antiderivada, consulte o site e as referências a seguir. Livros: ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009. THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. Sites: http://www.somatematica.com.br/superior.php http://www.somatematica.com.br/superior/integrais/integrais.php https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus http://www.omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/integraltodos/integraltodos.html 21 Referências ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002. STEWART, J. Cálculo, volume I. 4a ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001. LARSON, R.; HOSTETLER, R.P.; EDWARDS, B.H. Cálculo, volume 1. São Paulo: McGraw- Hill, 2006. Referências Complementares: FLEMMING, D.M.; GONÇALVES, M.B. Cálculo A: Funções, limite, derivada, integração. 5a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2004. GUIDORIZZI, H.L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001-2002. SIMMONS, G.F. Cálculo com Geometria Analítica, vol. 2. São Paulo: McGraw-Hill, 1999. SWOKOWSKI, E.W. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. 22 Unidade: Integral Indefinida Anotações Cálculo Integral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Conti Integral Definida 5 • Área • Integral Definida • Teorema Fundamental do Cálculo · Nesta unidade veremos o conceito de integral definida, sua definição, propriedades e interpretação geométrica, bem como o Teorema Fundamental do Cálculo. · Ao término deste estudo desejamos que você seja capaz de calcular a medida da área de uma região do plano cartesiano. Realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as Atividades Práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo para realização das mesmas. Integral Definida 6 Unidade: Integral Definida Contextualização Embora utilizemos a integral definida muitas vezes para determinar a área de uma região do plano cartesiano, seu uso pode ser feito em diferentes áreas. Vejamos um exemplo. Temos que o crescimento populacional ou o crescimento demográfico de uma população é o aumento do número de habitantes. Já a taxa de crescimento de uma população é a variação do número de indivíduos em um determinado período de tempo. O censo demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, entre elas a contagem da população. No Brasil, o responsável pelos censos demográficos é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Vejamos alguns dados fornecidos pelo IBGE sobre a evolução da taxa de crescimento da população dos países da América do Sul. Esta tabela fornece taxas de seis períodos de tempo: 1950-1960, 1960-1970, 1970-1980, 1980-1990, 1990-2000 e 2000-2010. Além disso, podemos ver que as taxas da América Latina foram diminuindo ao longo do tempo. Evolução taxa de crescimento da população, segundo os países da América do Sul - 1950/2010 Fonte: IBGE, 2010 Imaginemos que tenhamos a taxa de crescimento de uma determinada população estimada para um período de tempo. Por exemplo, suponhamos que foi realizado um estudo que apontou que a população de certa cidade crescerá, daqui a x anos, a uma taxa de 58 + 115x pessoas por ano. E queremos determinar qual será seu aumento populacional nos próximos 20 anos. Para resolver este problema, precisamos determinar a função que fornece a população da cidade em x anos. Como foi fornecida a taxa de crescimento, então temos P’(x) = 58 + 115x. Precisamos encontrar uma antiderivada para esta função, que pode ser obtida pelas regras de integração. ( ) 2115 58 2 = + xP x x Desta forma, temos que o aumento populacional nos próximos 20 anos será de: ( ) ( ) 2115 20 20 58.20 1160 23000 24.160 2 = + = + =P pessoas Este é um dos diferentes exemplos que utilizam do conceito de integral para ser resolvido. 7 Área Queremos resolver o problema de determinar a medida da área de uma região que está limitada por uma curva y = f(x), considerando x pertencente ao intervalo [a,b], e o eixo x. Primeiramente, vejamos um caso simples. Vamos imaginar que temos a reta dada por y = 2. E queremos determinar a medida da área da região limitada pela reta horizontal y = 2, o eixo x, as retas verticais x = 1 e x = 4. 2 -0,8 -1,6 0,8 1,6 2,4 3,2 3 4 5 6-2-3 -1 0 1 x y Área reta y = 2 Como a região que queremos determinar a medida da área é um retângulo, nós sabemos como fazer. Basta determinar a medida da base do retângulo (a base está entre as retas x = 1 e x = 4, portanto, a medida é 3 unidades de comprimento) e a medida da altura do retângulo (a altura está entre o eixo x e a reta y = 2, portanto, a medida é 2 unidades de comprimento). Desta forma, a medida da área do retângulo é: A = 2 x 3 = 6 unidades de área 8 Unidade: Integral Definida Vejamos, agora, com a reta y = x. Queremos determinar a medida da área da região limitada pela reta y = x, as retas verticais x = 0 e x = 3, e o eixo x. Como a região que queremos determinar a medida da área é um triângulo, nós sabemos como. Basta determinar a medida da base do triângulo (a base está entre as retas x = 0 e x = 3, portanto, a medida é 3 unidades de comprimento) e a medida da altura do triângulo (a altura está entre o eixo x e a reta y = 3; lembrar que y = x, portanto, a medida é 3 unidades de comprimento). Dessa forma, a medida da área do triângulo é: A = 3 3 2 x = 4,5 unidades de área. E quando a região abaixo do gráfico da função não for uma figura da qual sabemos como calcular a medida da área? Vejamos outro exemplo, seja y = x2 e vamos estimar a medida da área da região que está abaixo do gráfico da função y = f(x) = x2, o eixo x, e as retas verticais x = 1 e x = 2. Para estimarmos esta medida de área, vamos cobrir a região por retângulos de medida da base igual a 0,5 unidade de comprimento, ou seja, teremos um retângulo em cada um dos intervalos [0;0,5], [0,5;1], [1;1,5] e [1,5;2], e a altura destes retângulos será f(0,5), f(1), f(1,5) e f(2), respectivamente. ( ) ( ) ( ) ( )A 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1,5 0,5 2≅ × + × + × + ×f f f f ( ) ( ) ( ) ( )A 0,5 0,5 1 1,5 2 ≅ × + + + f f f f ( ) 4 1 A 0,5 = ≅ ×∑ i i f x 2 -0,8 0,8 1,6 2,4 3,2 4 3 4 5 6-2-3 -1 0 1 x y reta y = x 9 sendo x1 = 0,5; x2 = 1, x3 = 1,5 e x4 = 2. E se considerarmos ∆x = 0,5, podemos escrever que: ( ) 4 1 A . = ≅ ∆∑ i i f x x Vejamos esses retângulos na figura a seguir. 2 -0,8 0,8 1,6 2,4 3,2 4 3 4 5 6-2-3 -1 0 1 x y y = x2 Podemos perceber que a soma das medidas das áreas dos retângulos é maior que a medida da área da região que procuramos. Neste caso, estes retângulos cobrem uma área maior que a região que queremos determinar a área. Será que se escolhêssemos retângulos menores poderíamos cobrir a região? Vamos escolher como medida da altura dos retângulos o valor da função no extremo inferior dos intervalos. Para estimarmos esta medida de área, vamos cobrir a região por retângulos de medida da base igual a 0,5 unidade de comprimento, ou seja, teremos um retângulo em cada um dos intervalos [0;0,5], [0,5;1], [1;1,5] e [1,5;2], e a altura destes retângulos seráf(0), f(0,5), f(1) e f(1,5), respectivamente. ( ) ( ) ( ) ( )A 0,5 0 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1,5≅ × + × + × + ×f f f f ( ) ( ) ( ) ( )A 0,5 0 0,5 1 1,5 ≅ × + + + f f f f ( ) ( ) ( ) ( )A 0,5 0 0,5 1 1,5 ≅ × + + + f f f f ( ) 4 1 A 0,5 = ≅ ×∑ i i f x , 10 Unidade: Integral Definida sendo x1 = 0; x2 = 0,5, x3 = 1 e x4 = 1,5. E se considerarmos ∆x = 0,5, podemos escrever que: ( ) 4 1 A . = ≅ ∆∑ i i f x x Vejamos esses retângulos na figura a seguir. Neste caso, teremos que a soma das medidas das áreas dos retângulos é menor que a medida da área da região que procuramos. Se pensássemos em diminuir a medida da base destes retângulos, de modo a tender a zero, ou seja, dividir o intervalo [0,2] em subintervalos de medida de comprimento tendendo a zero, podemos imaginar que a soma das medidas das áreas destes retângulos tenderá à medida da área da região que procuramos. 2 -0,8 0,8 1,6 2,4 3,2 4 3 4 5 6-2-3 -1 0 1 x y 11 22 y = x2 11 Consideramos que o intervalo [0,2] seja dividido em n intervalos de mesma medida ∆x, nos pontos 0 = x0, x1, x2, ... , xn-2, xn-1, xn = 2. Desta forma, o intervalo [0,2] será dividido nos intervalos: [0, x1] , [x1, x2] , [x2, x3] , [x3, x4] , ... , [xn-2, xn-1] , [xn-1, 2]. Assim, podemos escrever a soma das medidas das áreas dos retângulos, que também é conhecida como soma de Riemann, em termos de limite: Tender a zero a medida da base dos retângulos Medida da altura dos retângulos ( ) 1 .limA = →∞ = ∆∑ n n i if x x Soma das medidas das áreas dos retângulos Medida da base dos retângulos 2 -0,8 0,8 1,6 2,4 3,2 4 3 4 5 6-2-3 -1 0 1 x y y = x2 12 Unidade: Integral Definida Integral Defi nida Definimos como Integral Definida este limite quando escolhemos pontos quaisquer xi* no intervalo, ou seja, xi não precisa ser um dos extremos do subintervalo. Definição Seja f uma função contínua definida em um intervalo fechado [a,b], que dividimos em n subintervalos de comprimentos iguais a − ∆ = b ax n . Desta forma, temos x0 = a, x1, x2, x3, ... , xn = b como os extremos destes intervalos e escolhemos pontos amostrais x1*, x2*, x3*, ... , xn* dentro de cada um destes subintervalos. Então, a integral definida de f é: ( ) ( )* 1 lim . →∞ = = ∆∑∫ b n in ia f x dx f x x Temos nesta definição que os valores a e b são os limites de integração, sendo a o limite inferior e b o limite superior. E o processo de calcular uma integral definida é chamado de integração. Vale salientar que a integral definida é um número e a integral indefinida é um conjunto de funções. Como estamos trabalhando com funções contínuas, é possível provar que o limite sempre existe e independe dos pontos amostrais. Propriedades 1 ( ) ( )= −∫ ∫ a b b a f x dx f x dx Perceber que os limites de integração estão trocados 2 ( ) ( ) 0= =∫ ∫ a a b a f x dx f x dx Perceber que os limites de integração são idênticos 3 ( ) .= −∫ b a dx c bc a , onde c é qualquer constante. Perceber que a função é constante y =c, portanto a área é de um retângulo 13 4 ( ) ( ) ( ) ( ) + = + ∫ ∫ ∫ b b b a a a f x g x dx f x dx g x dx 5 ( ) ( ) ( ) ( ) − = − ∫ ∫ ∫ b b b a a a f x g x dx f x dx g x dx 6 ( ) ( ). .=∫ ∫ b b a a c f x dx c f x dx , onde c é qualquer constante. 7 ( ) ( ) ( )+ =∫ ∫ ∫ c b b a c a f x dx f x dx f x dx 8 Se f(x) ≥ 0, para a ≤ x ≤ b, então ( ) 0≥∫ b a f x dx 9 Se f(x) ≥ g(x), para a ≤ x ≤ b, então ( ) ( )≥∫ ∫ b b a a f x dx g x dx Vejamos a demonstração da propriedade 4, da integral definida da soma de duas funções contínuas. Iremos utilizar a definição de integral definida. ( ) ( ) ( ) ( )* * 1 lim . →∞ = + = + ∆ = ∑∫ b n i in ia f x g x dx f x g x x ( ) ( )* * 1 1 lim[ . . ] →∞ = = = ∆ + ∆ =∑ ∑ n n i in i i f x x g x x ( ) ( )* * 1 1 lim . lim . →∞ →∞ = = = ∆ + ∆ =∑ ∑ n n i in n i i f x x g x x ( ) ( )= +∫ ∫ b b a a f x dx g x dx A propriedade 7 pode ter uma interpretação geométrica considerando f(x) ≥ 0 e a < c < b. Podemos ver que a medida da área sob o gráfico de y = f(x) de a até c somada à medida da área sob o gráfico de y = f(x) de c até b é a medida da área sob o gráfico de y = f(x) de a até b. a c b x y f(x) 14 Unidade: Integral Definida E vejamos uma interpretação gráfica da propriedade 8. Se f(x) ≥ 0, para a ≤ x ≤ b, então temos que o gráfico da função f no intervalo [a,b] está acima do eixo x, logo temos uma área positiva, ou seja, A = ( ) 0≥∫ b a f x dx Podemos também apresentar uma interpretação geométrica da propriedade 9. Consideremos f(x) ≥ g(x) ≥ 0 no intervalo [a,b]. A medida da área Af é dada por ( )∫ b a f x dx , ou pela região entre os pontos aQRb. E a medida da área Ag é dada por ( )∫ b a g x dx , ou pela região entre os pontos aPSb. Então, podemos perceber que a medida da área Af ≥ Ag, ou seja, ( ) ( ) 0≥ ≥∫ ∫ b b a a f x dx g x dx . y xa b f(x) ( )∫ b a f x dxA = y xa b Q R S P f(x) g(x) 15 Exemplos 1 O gráfico de f está mostrado a seguir. Calcule cada uma das integrais interpretando-as em termos das áreas. a) ( ) 0 1− ∫ f x dx b) ( ) 2 0 ∫ f x dx c) ( ) 5 2 ∫ f x dx d) ( ) 5 1− ∫ f x dx Resolução: a) Para calcular esta integral devemos determinar a medida da área de um trapézio. ( ) 0 1− ∫ f x dx = ( ) 2 1 .1 1,5 2 + = b) Para calcular esta integral devemos determinar a medida da área de um trapézio. ( ) 2 0 ∫ f x dx = ( )4 2 .2 62 + = c) Para calcular esta integral devemos determinar a medida da área de um retângulo. ( ) 5 2 ∫ f x dx = 3.4 = 12 d) Para calcular esta integral devemos somar todos os valores das integrais definidas calculadas nos itens a), b) e c). ( ) 5 1− ∫ f x dx = ( ) 0 1− ∫ f x dx + ( ) 2 0 ∫ f x dx + ( ) 5 2 ∫ f x dx = 1,5 + 6 + 12 = 19,5 4 1 2 3 4 5 6 7 80-1 1 2 3 x y 16 Unidade: Integral Definida 2 Calcular a integral definida interpretando-a em termos de áreas. ( ) 5 1 2+∫ x dx Resolução: Para calcular esta integral, esbocemos o gráfico da função g(x) = 2 + x. Podemos perceber que, para calcular esta integral, devemos calcular a área de um trapézio. ( ) ( ) ( ) ( ) 5 1 5 1 . 5 1 2 2 + − + =∫ g g x dx ( ) [ ] 5 1 7 3 .4 2 20 2 + + = =∫ x dx 2,5 2,5 7,5 -2,5 5 0-2,5-5 7,5 10 12,5 155 x y 17 3 Se ( ) 9 1 8 − =∫h x dx e ( ) 9 4 3=∫h x dx , calcule ( ) 4 1− ∫h x dx . Resolução: Para resolver esta integral, faremos uso da propriedade 7. ( ) ( ) ( )+ =∫ ∫ ∫ c b b a c a h x dx h x dx h x dx ( ) ( ) ( ) 4 9 9 1 4 1− − + =∫ ∫ ∫h x dx h x dx h x dx ( ) 4 1 3 8 − + =∫h x dx ( ) 4 1 8 3 5 − = − =∫h x dx 18 Unidade: Integral Definida Teorema Fundamental do Cálculo Vimos que para calcular a integral definida necessitamos conhecer uma fórmula para o cálculo da medida da área ou determinar um limite – que demonstra o desafio que é determinar a medida de uma área sem este teorema. Mas o Teorema Fundamental do Cálculo fornece elementos que facilitam o cálculo de integrais definidas utilizando integrais indefinidas. Este teorema estabelece que a diferenciação e a integração são processos inversos. E sua demonstração pode ser vista em qualquer livro de Cálculo Diferencial e Integral. Teorema Fundamental do Cálculo: Suponha que temos uma função f contínua no intervalo fechado [a,b]. 1) Se g(x) = ( )∫ x a f t dt , então g’(x) = f(x). 2) ( ) ( ) ( )= −∫ b a f x dx F b F a , quando F for qualquer antiderivada de f, ou seja, F’= f. Se g(x) é a medida da área da região e g’(x) = f(x), então temos que g é uma antiderivada de f. Se F também é uma antiderivada de f, temos que F e g diferem por uma constante, ou seja, F(x) = g(x) + c, para x pertencente ao intervalo aberto ]a,b[. Podemos, então, pensar que: F(b) – F(a) = [g(b) + c] – [g(a) + c] = g(b) – g(a) = ( ) ( )−∫ ∫ b a a a f t dt f t dt Como os limites de integração são idênticos, o valor desta integral de� nida é zero. Portanto, temos que: ( ) ( ) ( ) − = ∫b a F b F a f t dt Que pode ser escrito também como: ( ) ( ) ( )= −∫ b a f x dx F b F a Podemos perceber também da parte 1) que: ( ) ( )=∫ x a d f t dt f x dx a bx g(x) 19 Exemplos 1 Determinar a derivada da função: a) ( ) 3 1 g x 2 4= − +∫ x t t dt b) ( ) ( )5 1 h y 3 . − = ∫ y t sent dt c) ( ) 3 1 1F u 2 5 − = +∫ u t dt t Resolução: a) A parte 1 do Teorema Fundamental do Cálculo afirma que: Se g(x) = ( )∫ x a f t dt , então g’(x) = f(x). Como queremos determinar a derivada da função g, então temos que: g’(x) = 3 2 4− +x x b) Utilizando a parte 1 do Teorema Fundamental do Cálculo temos que: h(y) = 3y5.sen y c) Utilizando a parte 1 do Teorema Fundamental do Cálculo temos que: F(u) = 3 1 2 5 − + u u 20 Unidade: Integral Definida 2 Calcular a integral definida: a) 4 1 ∫ tdt b) ( ) ( ) /2 0 0 cos cos 0 0 1 1 2 2 π π π = − = − + − − + = + = ∫ sen xdx F F c c c) ( ) 3 3 1 2 3 5− +∫ x x dx Resolução: Para calcular estas integrais definidas iremos fazer uso da parte 2 do Teorema Fundamental do Cálculo. a) Para calcular esta integral necessitamos de uma antiderivada da função f(t) = 1 2=t t , que é F(t) = 1 3 31 2 2 2 3 2 21 3 3 31 2 2 + + = + = + = + + t t tc c c t c . Portanto, temos que: 4 1 =∫ tdt F(4) – F(1) = 3 3 3 2 2 2 24 1 .2 3 3 3 3 + − + = − c c 4 4 1 2 2 16 2 14 3 3 3 − − = = =∫ tdt b) Para calcular esta integral necessitamos de uma antiderivada da função f(x)=sen x, que é F(x)= -cos x+c. Portanto, temos que: ( ) ( ) /2 0 0 cos cos 0 0 1 1 2 2 π π π = − = − + − − + = + = ∫ sen xdx F F c c c) Para calcular esta integral necessitamos de uma antiderivada da função f(x)= 2x3 - 3x + 5, que é ( ) 4 2 2 3 5 4 2 = − + + x xF x x c . Portanto, temos que: ( ) ( ) ( ) 3 3 1 2 3 5 3 1− + = − =∫ x x dx F F 4 2 4 23 3 1 12 3 5.3 2 3 5.1 4 2 4 2 = − + + − − + + = c c 81 1 9 12 3 15 5 40 12 10 38. 4 2 − − = − + − = − + = 21 Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Antiderivada, consulte o site e as referências a seguir. Livros: ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009. THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. Sites: http://www.somatematica.com.br/superior.php http://www.somatematica.com.br/superior/integrais/integrais.php https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus http://www.omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/integraltodos/integraltodos.html 22 Unidade: Integral Definida Referências Referências Básicas: ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002. STEWART, J. Cálculo, volume I. 4a ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001. LARSON, R.; HOSTETLER, R.P.; EDWARDS, B.H. Cálculo, volume 1. São Paulo: McGraw- Hill, 2006. Referências Complementares: FLEMMING, D.M.; GONÇALVES, M.B. Cálculo A: Funções, limite, derivada, integração. 5a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2004. GUIDORIZZI, H.L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001-2002. SIMMONS, G.F. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. SWOKOWSKI, E.W. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. 23 Anotações Cálculo Integral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Conti Métodos de Integração I 5 • Cálculos de Integrais e Área • Método da Integração – Regra da Substituição · Estamos estudando sobre Cálculo Integral, nesta unidade veremos a relação entre cálculo de integrais e de área e o método de integração por substituição. · Ao término deste estudo, desejamos que você seja capaz de calcular a medida da área de uma região do plano cartesiano. Estamos estudando sobre Cálculo Integral. A proposta desta unidade é o estudo de métodos para calcular integrais. Com relação aos conteúdos, dividimos em: • Cálculo de integrais e Área • Método da Integração – Regra da Substituição Ao término deste estudo desejamos que você seja capaz de calcular a integral definida e a indefinida de uma função real por meio da regra da substituição. Para ajudá-lo, realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as Atividades Práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo para realização das mesmas. Bom estudo. Métodos de Integração I 6 Unidade: Métodos de Integração I Contextualização Consideremos o gráfico da função f(x) = x2. Dizemos que esta função é par. Uma função é dita par quando, para todo elemento x pertencente ao domínio da função, temos: f(x) = f(-x), então x e o seu oposto -x possuem a mesma imagem. Ao observarmos o gráfico desta função é possível notar que o eixo y é um eixo de simetria deste gráfico, ou seja, o gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas, isto é, o lado direito do gráfico se espelha no lado esquerdo e vice-versa. Imaginemos que queremos determinar a integral definida de uma função contínua em um intervalo simétrico, por exemplo [-a,a], e que ela seja uma função par: ( ) a a f x dx − ∫ Como podemos calcular esta integral definida? Ao observar o gráfico de uma função par podemos perceber que a medida da área da região à esquerda do eixo y é igual à medida da área da região à direita. Desta forma, podemos simplificar o cálculo da integral. Se a função é par, então ( ) ( ) 0 2 a a a f x dx f x dx − =∫ ∫ 2,5 2,5 -2,5 5 0-2,5-5 7,55 x y 7 E observemos também o gráfico da função f(x) = x3. Dizemos que esta função é ímpar. Uma função é dita ímpar quando, para todo elemento x pertencente ao domínio da função, temos: f(x) = -f(-x), então x e o seu oposto -x possuem imagens opostas. Ao observarmos o gráfico desta função é possível notar que a origem do plano cartesiano, o ponto (0,0), é um ponto de simetria deste gráfico, ou seja, o gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem. Imaginemos que queremos determinar a integral definida de uma função contínua em um intervalo simétrico, por exemplo [-a,a], e que ela seja uma função ímpar: ( ) a a f x dx − ∫ Como podemos calcular esta integral definida? Ao observar o gráfico de uma função ímpar podemos perceber que a medida da área da região à esquerda do eixo y é igual à medida da área da região à direita. Entretanto, as integrais nestes dois intervalos são opostas e sua soma resulta em zero. Desta forma, podemos simplificar o cálculo da integral. Se a função é ímpar, então ( ) 0 a a f x dx − =∫ 2,5 2,5 -2,5 0-2,5-5 7,55 x y 8 Unidade: Métodos de Integração I Cálculos de Integrais e Área Vejamos alguns exemplos que relacionam o conceito de integral definida e o de área de uma região. 1 Consideremos o gráfico da seguinte função f(x) = -3 + x . Vamos determinar o valor da integral ( ) 5 0 3 .− +∫ x dx Sabemos que se temos a função ( ) 3= − +f x x , então a antiderivada é ( ) 2 3 2 = − + + xF x x c . Logo, o valor da integral é: ( ) ( ) ( ) 5 2 2 0 5 03 5 0 3.5 3.0 2 2 − + = − = − + + − − + + ∫ x dx F F c c ( ) 5 0 3 15 12,5 2,5− + = − + = −∫ x dx 2,5 2,5 -2,5 -5 -7,5 5 0-2,5-5 7,5 10 12,5 155 x y 9 Tínhamos visto uma relação entre integral definida e área, mas este exemplo apresenta um valor negativo para a integral definida. Qual a diferença, então, entre estes dois conceitos? Quando estudamos integral definida, vimos exemplos de funções que eram positivas nos intervalos de integração, ou seja, o gráfico das funções estavam acima do eixo x, eixo das abscissas, nos intervalos de integração. E esta situação não temos neste exemplo, o gráfico da função f está uma parte abaixo do eixo x e outra parte acima do eixo x. Podemos reescrever a integralcomo a soma de duas integrais. ( ) ( ) ( ) 5 3 5 0 0 3 3 3 3− + = − + + − +∫ ∫ ∫x dx x dx x dx Vamos primeiramente calcular a integral da função no intervalo que possui o gráfico abaixo do eixo x e, depois, calcular a integral da função no intervalo que possui o gráfico acima do eixo x. ( ) ( ) ( ) 3 2 2 0 3 03 3 0 3.3 3.0 2 2 − + = − = − + + − − + + ∫ x dx F F c c ( ) 3 0 3 9 4,5 4,5− + = − + = −∫ x dx Podemos perceber que o valor é negativo da integral definida da função no intervalo que possui o gráfico abaixo do eixo x. 2,5 2,5 -2,5 -5 -7,5 5 0-2,5-5 7,5 10 12,5 155 x y 2,52,52,5 A1 10 Unidade: Métodos de Integração I Por outro lado, é possível calcular a área desta região por meio da fórmula da área de um triângulo. A1 = 3 3 4,5 2 × = Verificamos que o valor absoluto da integral definida é o mesmo da medida da área da região que está abaixo do eixo x, no intervalo [0,3]. Assim, podemos perceber que o valor em módulo da integral definida de uma função é a medida da área da região delimitada pelo gráfico da função em determinado intervalo [a,b] e o eixo x, se o gráfico da função estiver abaixo do eixo x, ou seja, que a função seja negativa no intervalo de integração. Vejamos, agora, a integral da função no intervalo que possui o gráfico acima do eixo x. ( ) ( ) ( ) 5 2 2 3 5 33 5 3 3.5 3.3 2 2 − + = − = − + + − − + + ∫ x dx F F c c ( ) 5 3 3 15 12,5 9 4,5 2− + = − + + − =∫ x dx Podemos perceber que o valor é positivo da integral definida da função no intervalo que possui o gráfico acima do eixo x. 2,5 2,5 -2,5 -5 -7,5 5 0-2,5-5 7,5 10 12,5 155 x y A2 11 Por outro lado, é possível calcular a área desta região por meio da fórmula da área de um triângulo. A2 = 2 2 2 2 × = Verificamos que o valor da integral definida é o mesmo da medida da área da região que está acima do eixo x, no intervalo [3,5]. Assim, podemos perceber que o valor da integral definida de uma função é a medida da área da região delimitada pelo gráfico da função em determinado intervalo [a,b] e o eixo x, se o gráfico da função estiver acima do eixo x, ou seja, que a função seja positiva no intervalo de integração. Voltemos ao cálculo da integral definida da função no intervalo [0,5]. ( ) ( ) ( ) 5 3 5 0 0 3 3 3 3− + = − + + − +∫ ∫ ∫x dx x dx x dx ( ) 5 1 2 0 3 4,5 2 2,5− + = − + = − + = −∫ x dx A A Portanto, o valor da integral definida é: ( ) 5 0 3 2,5− + = −∫ x dx . E este é o valor encontrado para a integral definida no intervalo dado, utilizando o Teorema Fundamental do Cálculo. 12 Unidade: Métodos de Integração I 2 Vejamos outro exemplo. Seja o gráfico da seguinte função g(x) = x3 - x2 -9x + 9 . Vamos determinar o valor da integral ( ) 4 3 2 2 9x 9 . − − − +∫ x x dx Sabemos que se temos a função g(x) = x3 - x2 -9x + 9, então a antiderivada é ( ) 4 3 29 9 4 3 2 = − − + + x x xG x x c . Logo, o valor da integral é: ( ) ( ) ( ) 4 3 2 2 9x 9 4 2 − − − + = − − =∫ x x dx G G ( ) ( ) ( ) ( ) 4 3 24 3 2 2 2 9. 24 4 9.4 9.4 9. 2 4 3 2 4 3 2 − − − = − − + + − − − + − + = c c 64 864 72 36 4 18 18 60 24 36 3 3 = − − + + − + − − + = − = c c Portanto, vamos guardar que: ( ) 4 3 2 2 9x 9 36 − − − + =∫ x x dx . Também não temos neste exemplo todo o gráfico da função acima do eixo x no intervalo de integração [-2,4]. O gráfico da função g está uma parte abaixo do eixo x e outra parte acima do eixo x. Podemos reescrever a integral como a soma de três integrais, considerando os intervalos que possuem o gráfico da função acima do eixo x e o intervalo que possui o gráfico abaixo do eixo x. 2,50 8 -8 16 -16 24 32 -2,5-5 5 x y 88 2,52,52,5 x = -2 x = 1 x = 3 x = 4 13 ( ) ( ) 4 1 3 2 3 2 2 2 9x 9 9x 9 − − − − + = − − + +∫ ∫x x dx x x dx ( ) ( ) 3 4 3 2 3 2 1 3 9x 9 9x 9+ − − + + − − +∫ ∫x x dx x x dx Vamos calcular cada uma dessas integrais da função. Vejamos a integral definida da função no intervalo [-2,1]. ( ) ( ) ( ) 1 3 2 2 9x 9 1 2 − − − + = − − =∫ x x dx G G ( ) ( ) ( ) ( ) 4 3 24 3 2 2 2 9. 21 1 9.1 9.1 9. 2 4 3 2 4 3 2 − − − = − − + + − − − + − + = c c 1 1 9 8 1359 4 18 18 4 3 2 3 4 = − − + + − + − − + = c c Vejamos agora a integral definida da função no intervalo [1,3]. ( ) ( ) ( ) 3 3 2 1 9x 9 3 1− − + = − =∫ x x dx G G 4 3 2 4 3 23 3 9.3 1 1 9.19.3 9.1 4 3 2 4 3 2 = − − + + − − − + + = c c 81 81 1 1 9 209 27 9 4 2 4 3 2 3 = − − + + − − − + + = − c c E a integral definida da função no intervalo [3,4]. ( ) ( ) ( ) 4 3 2 3 9x 9 4 3− − + = − =∫ x x dx G G 4 3 2 4 3 24 4 9.4 3 3 9.39.4 9.3 4 3 2 4 3 2 = − − + + − − − + + = c c 64 81 81 10764 72 36 9 27 3 4 2 12 = − − + + − − − + + = c c . Portanto, para calcular a integral definida da função no intervalo [-2,4], basta somar os resultados das três integrais. ( ) 4 3 2 2 135 20 1079x 9 36 4 3 12− − − + = − + =∫ x x dx . Pudemos verificar que obtivemos o mesmo resultado quando utilizamos o Teorema Fundamental do Cálculo e quando separamos o cálculo da integral em outras integrais, definidas em três subintervalos. Logo, ( ) 4 3 2 2 9x 9 36 − − − + =∫ x x dx . 14 Unidade: Métodos de Integração I Método da Integração – Regra da Substituição A utilização de antiderivadas para calcular integrais não resolve muitos dos problemas que surgem, por isso existem alguns outros métodos que resolvem alguns destes problemas. Nesta unidade estudaremos a regra da substituição. Esta regra consiste em realizar uma mudança de variável de maneira a obter uma integral que sabemos calcular e, depois de calculada, fazer a mudança de variável inversa. Enunciemos a regra da substituição. Regra da Substituição Se u = g(x) for uma função diferenciável, cuja variação é um intervalo ]a,b[ e f é uma função contínua neste mesmo intervalo, então temos: ( )( ) ( ) ( ). ' =∫ ∫f g x g x dx f u du . Se temos F’ = f, ou seja, F é uma antiderivada de f, então podemos escrever que: ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ). ' ' . ' = = +∫ ∫f g x g x dx F g x g x dx F g x c . Pois sabemos que a derivada da função composta F(g(x)) é F’(g(x)).g’(x), pela regra da cadeia. Se fizermos a seguinte mudança de variável, ou melhor, a substituição u = g(x), então temos que: ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )' . ' '= + = + =∫ ∫F g x g x dx F g x c F u c F u du . E considerando F’ = f, temos: ( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )( ) ( ). ' ' . ' = = + = +∫ ∫f g x g x dx F g x g x dx F g x c F u c . E como temos: ( ) ( ) ( ) '+ = =∫ ∫F u c F u du f u du . Portanto, temos que: du = g’(x)dx ( )( ) ( ) ( ). ' =∫ ∫f g x g x dx f u du . u = g(x) ∫ ∫(∫ ∫( )∫ ∫)∫ ∫f g x g x dx f u du∫ ∫(∫ ∫(f g x g x dx f u du(∫ ∫( )∫ ∫)f g x g x dx f u du)∫ ∫). ' ∫ ∫. ' f g x g x dx f u du. ' ∫ ∫. ' (. ' (∫ ∫(. ' (f g x g x dx f u du(. ' (∫ ∫(. ' ( ). ' )∫ ∫). ' )f g x g x dx f u du). ' )∫ ∫). ' )∫ ∫(∫ ∫( )∫ ∫))∫ ∫)∫ ∫f g x g x dx f u du∫ ∫(∫ ∫(f g x g x dx f u du(∫ ∫( )∫ ∫)f g x g x dx f u du)∫ ∫))∫ ∫)f g x g x dx f u du)∫ ∫) 15 Vejamos alguns exemplos 1 Seja a função ( ) cos= = sen xf x tg x x e determinemos: cos =∫ ∫ sen xtg x dx dx x . Já vimos como determinar a derivada da função tangente, mas sua integral indefinida ainda não tínhamos estudado. Para isso, vamos fazer a seguinte mudança de variável. Consideremos, u = cos x. E determinemos os diferenciais, 1du = -sen x dx. Vamos substituir a variável u na expressão da integral indefinida que queremos determinar. Substituir por du 1 1 . cos cos = = = −∫ ∫ ∫ ∫ sen xtg x dx dx sen x dx du x x u . Substituir por 1 u Agora temos uma integral que sabemos determinar: 1 ln− = − +∫ du u cu . Obtida a integral indefinida, fazemos novamente a mudança de variável, considerando que u = cos x: 1 ln ln cos cos = = − = − + = − +∫ ∫ ∫sen xtg x dx dx du u c x c x u . Portanto, temos que: ln cos= − +∫tg x dx x c. Vejamos outro exemplo que utiliza a regra da substituição. ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 ∫ ∫ ∫ ∫tg x dx dx sen x dx du∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1tg x dx dx sen x dx du 1 1∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 . ∫ ∫ ∫ ∫ . tg x dx dx sen x dx du . ∫ ∫ ∫ ∫ . = = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = −tg x dx dx sen x dx du= = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = − 1 1 cos cos∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 cos cos∫ ∫ ∫ ∫cos cos∫ ∫ ∫ ∫tg x dx dx sen x dx du∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1tg x dx dx sen x dx du 1 1∫ ∫ ∫ ∫ 1 1 . ∫ ∫ ∫ ∫ . tg x dx dx sen x dx du . ∫ ∫ ∫ ∫ . = = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = −tg x dx dx sen x dx du= = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = −= = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = −tg x dx dx sen x dx du= = = −∫ ∫ ∫ ∫= = = −x x ucos cosx x ucos cos∫ ∫ ∫ ∫x x u∫ ∫ ∫ ∫cos cos∫ ∫ ∫ ∫cos cosx x ucos cos∫ ∫ ∫ ∫cos cos 16 Unidade: Métodos de Integração I 2 Determinemos a seguinte integral indefinida: 2 1 +∫ x dx. Sabemos determinar a integral da função ( ) =f x x e da função ( ) 2 1= +g x x , mas a da composta destas funções, da função ( )( ) 2 1= +f g x x ainda não tínhamos estudado. Estudamos na unidade de Cálculo Diferencial a determinar a derivada da função composta, conhecida como regra da cadeia e para determinar a integral de uma função composta, normalmente, utilizamos a regra da substituição. Consideremos a seguinte mudança de variável: 2 1= +u x . E determinemos os diferenciais, 1 2=du dx, 1 2 =du dx . Vamos substituir a variável na expressão da integral indefinida que queremos determinar. 1 1 12 1 . . 2 2 2 + = = =∫ ∫ ∫ ∫x dx u du u du u du . E sabemos como determinar esta integral: 3 1 32 2 2 3 3 2 = = + = +∫ ∫ u uu du u du c c. Voltando a mudar a variável de u para x, teremos: ( )33 3 2 11 1 22 1 . . 2 2 3 3 3 + + = = + = + = +∫ ∫ xu ux dx u du c c c Portanto, temos que: ( )32 1 2 1 3 + + = +∫ x x dx c . 17 3 Determinemos a seguinte integral indefinida: 3xe dx∫ Sabemos determinar a integral da função f(x)=ex e da função g(x) = 3x, mas a integral da composta destas funções, da função f(g(x)) = e3x, ainda não tínhamos estudado. Consideremos a seguinte mudança de variável: u = 3x. E determinemos os diferenciais: 1du = 3dx. 1 3 =du dx . Vamos substituir a variável na expressão da integral indefinida que queremos determinar. 3 1 1 3 3 = = +∫ ∫x u ue dx e du e c . Realizando novamente a mudança de variável, agora de u para x, temos que: 3 31 1 3 3 = + = +∫ x u xe dx e c e c . Portanto, temos que: 3 31 3 = +∫ x xe dx e c . 4 Determinemos a seguinte integral: cos ∫ x dx x . Neste caso, iremos também utilizar a regra da substituição para determinarmos esta integral indefinida. Precisamos determinar quais as funções que estão compostas, identificando a função mais externa e a função mais interna. Pois, para efetuarmos a mudança de variável, normalmente, é a função mais interna que deve ser substituída por outra variável. Consideremos: =u x. E determinemos os diferenciais, 1 2 =du dx x . 12 =du dx x . 18 Unidade: Métodos de Integração I Então, substituindo na expressão da integral indefinida, temos que: =u x . cos 2 cos 2 = = +∫ ∫ x dx udu senu c x . 12 =du dx x Portanto, realizando a mudança de variável, agora de u para x, temos que: cos 2= +∫ x dx sen x c x . Observação: Como temos as operações de integração e de derivação como operações inversas, então podemos verificar se determinamos corretamente a integral indefinida de uma função, derivando a integral obtida e verificando se é igual à função integrada inicialmente. Vejamos um caso com este último exemplo. Temos a função ( ) cos= xf x x e determinamos que ( ) 2= +F x sen x c . Como sabemos que F’ = f, então vamos derivar a função F fazendo uso da regra da cadeia: ( ) 2= +F x sen x c, ( ) ( )1 cos' 2cos . 2 = = = xF x x f x x x . Portanto, verificamos que determinamos corretamente a integral indefinida da função f. 5 Vejamos agora um exemplo de como determinar uma integral definida: 1 ln ∫ e x dx x . Podemos determinar esta integral definida por duas maneiras. Uma delas consiste em utilizar a regra da substituição como estamos utilizando para integral indefinida e, depois, como resultado obtido, utilizar o Teorema Fundamental do Cálculo. Consideremos: ln=u x. E determinemos os diferenciais, 1 =du dx x . ∫ ∫∫ ∫ x ∫ ∫ x ∫ ∫∫ ∫∫ ∫∫ ∫x∫ ∫x∫ ∫∫ ∫∫ ∫∫ ∫dx udu senu c∫ ∫ 19 Assim, substituindo na expressão da integral indefinida, temos que: ln=u x 2 2ln (ln ) 2 2 = = + = +∫ ∫ x u xdx udu c c x . 1 =du dx x Portanto, temos que: 2ln (ln ) 2 = +∫ x xdx c x . Com este resultado determinamos a integral definida utilizando o Teorema Fundamental do Cálculo. Consideremos ( ) 2(ln ) 2 = + xF x c e lembremos que 1n e = 1 e 1n 1 = 0: ( ) ( ) 1 ln 1= −∫ e x dx F e F x , 2 2 1 ln (ln ) (ln1) 2 2 = + − + ∫ e x edx c c x , ( ) 1 ln 1 10 2 2 = + − + = ∫ e x dx c c x . Outra maneira de determinar esta integral definida é mudando os limites de integração ao se realizar a mudança de variável. Como consideramos ln=u x. Então, quando x = 1, teremos u = ln1 = 0 e quando x = e, teremos u = ln e = 1. Desta maneira, temos: , 1= =x e u 1 1 0 ln =∫ ∫ e x dx udu x 1, 0= =x u E considerando ( ) 2 2 = + uF u c temos que: ( ) ( ) 1 2 2 0 1 0 11 0 2 2 2 = − = + − + = ∫udu F F c c . ln (ln ) ∫ ∫∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )ln (ln )x u xln (ln )ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )x u xln (ln ) ∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )x u xln (ln ) ∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫dx udu c c∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )dx udu c cln (ln )∫ ∫ ln (ln )ln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )x u xln (ln ) ∫ ∫ ln (ln )dx udu c cln (ln )∫ ∫ ln (ln )x u xln (ln ) ∫ ∫ ln (ln ) ∫ ∫x∫ ∫x∫ ∫ e 1 0 20 Unidade: Métodos de Integração I Portanto, 1 ln 1 2 =∫ e x dx x . Desse modo, percebemos que, quando utilizamos a regra da substituição para integrais definidas, podemos colocar tudo em termos da nova variável u, não somente x e dx, mas também os limites de integração. Regra da Substituição para Integral Definida Se temos uma função g que possui derivada contínua em um intervalo fechado e outra função f contínua na variação da função u = g(x), então podemos dizer que: ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ). ' =∫ ∫ g bb a g a f g x g x dx f u du . Vejamos um último exemplo, determinemos a integral definida: /2 0 .cos π ∫ sen x xdx. Consideremos, sen=u x. Determinemos os diferenciais, cos=du xdx. E identifiquemos os limites de integração, 0 0 0= → = =x u sen . 1 2 2 π π = → = =x u sen . Então, substituindo na expressão da integral definida, temos que: /2 1 0 0 .cos π =∫ ∫sen x xdx u du . Utilizando o Teorema Fundamental do Cálculo com a antiderivada ( ) 2 2 = + uF u c , temos: ( ) ( ) /2 1 0 0 1 .cos 1 0 2 π = = − =∫ ∫sen x xdx u du F F . 21 22 Unidade: Métodos de Integração I Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Integral, consulte o site e as referências a seguir. Sites: http://www.somatematica.com.br/superior.php http://www.somatematica.com.br/superior/integrais/integrais.php http://www.omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/integraltodos/integraltodos.html https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus/integration-techniques/u_substitution/v/u-substitution Livros: ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009. THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. 23 Referências Referências Básicas: ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002. STEWART, J. Cálculo, volume I. 4a ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001. LARSON, R.; HOSTETLER, R.P.; EDWARDS, B.H. Cálculo, volume 1. São Paulo: McGraw- Hill, 2006. Referências Complementares: FLEMMING, D.M.; GONÇALVES, M.B. Cálculo A: Funções, limite, derivada, integração. 5a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil,2004. GUIDORIZZI, H.L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001-2002. SIMMONS, G.F. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. SWOKOWSKI, E.W. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. 24 Unidade: Métodos de Integração I Anotações Cálculo Integral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Conti Métodos de Integração II 5 • Método da Integração por Partes • Substituição Trigonométrica · Nesta unidade serão apresentados dois métodos de integração, um denominado integração por partes e outro, substituições trigonométricas. Estes dois métodos, conjugados com as integrais mais importantes estudadas anteriormente, ajudam a determinar integrais indefinidas de outras funções que não utilizam os métodos estudados. Ao término deste estudo desejamos que você seja capaz de determinar a integral indefinida de uma função real por meio do método da integração por partes e da regra da substituição trigonométrica, de forma separada ou conjunta. Para ajudá-lo, realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as Atividades Práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo para realização das mesmas. Métodos de Integração II 6 Unidade: Métodos de Integração II Contextualização As identidades trigonométricas são bastante utilizadas quando queremos determinar integrais envolvendo funções trigonométricas. Estas identidades são igualdades que são verdadeiras para todos os valores das variáveis envolvidas. A identidade trigonométrica mais utilizada é: sen2 x + cos2 x = 1. Esta igualdade estabelece uma relação básica entre a função seno e a função cosseno, e é denominada de identidade trigonométrica fundamental. Não podemos esquecer das demais identidades fundamentais: = 1 cos sec x x = 1 cossec x sen x 1 + tg2 x = sec2 x 1 + cotg2 x = cossec2 x = cos sen xtg x x = cos xcotg x sen x Outras identidades trigonométricas bastante utilizadas são as fórmulas do ângulo-metade para o seno e o cosseno: − =2 1 cos2 2 xsen x || + =2 1 cos2 2 xcos x . Temos ainda as fórmulas do ângulo duplo, que são úteis para simplificar algumas expressões. Para a função seno temos uma identidade: sen 2x=2sen x.cos x. Para a função cosseno temos três identidades: cos 2x = cos2x - sen2x, cos 2x = 2cos2x - 1, cos 2x = 1 - 2sen2x. Para a função tangente temos uma identidade. = − 2 2 2 1 tg xtg x tg x . 7 Método da Integração por Partes Uma das regras de derivação estudada é a regra do produto, que é utilizada para determinar a derivada de funções escritas como produto de funções. Para a integração também temos um método correspondente, o método da integração por partes. Se consideramos f e g como funções diferenciáveis, a regra do produto é dada por: f’.g + f.g’ = (f.g)’ E podemos escrever, com outra notação, como: ( )+ ='. . ' .df g f g f gdx Com a notação de integrais temos que esta expressão pode ser escrita como: ∫ [f’(x).g(x) + f(x).g’(x)] dx = f(x).g (x), ∫ [f’(x).g(x)] dx + ∫ [f(x).g’(x)] dx = f(x).g(x). Assim, podemos escrever que o método da integração por partes utiliza a seguinte fórmula: ∫ [f(x).g’(x)] dx = f(x).g(x) - ∫ [f’(x).g(x)] dx. E, se utilizarmos f(x)=u e g(x)=v, além dos diferenciais f’(x)dx = du e g’(x)dx = dv, podemos reescrever esta expressão de maneira simplificada como: ∫ [f(x).g’(x)] dx = f(x).g(x) - ∫ [f’(x).g(x)] dx, ∫ u.dv = u.v - ∫v.du. 8 Unidade: Métodos de Integração II Exemplos 1 Determinar a integral indefinida: ∫ xex dx. Sabemos determinar a integral indefinida da função f(x)=x e sabemos determinar a da função g(x)=ex, entretanto quando pensamos no produto destas duas funções, temos que utilizar o método da integração por partes. Considerando: u= f(x)= x du= dx, v= g(x)= ex dv= ex dx. Utilizando a fórmula da integração por partes, temos que: ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu ∫ x.ex dx= x.ex - ∫ ex dx= x.ex - ex+c Para verificar se realizamos a integração de maneira correta, basta derivar a função obtida e verificar se obtemos a função que estávamos integrando. Vamos derivar para verificar, para isso utilizaremos a regra do produto: F(x)= x.ex - ex + c F’(x)= 1.ex + x.ex - ex= x.ex que é a função que estávamos integrando. Vejamos outro exemplo, agora com uma função trigonométrica. 2 Determinar a integral indefinida: ∫ x.sen x dx Sabemos determinar a integral indefinida da função f(x)=x e sabemos determinar a da função g(x)=sen x, entretanto, quando pensamos no produto destas duas funções temos que utilizar o método da integração por partes. Considerando: u= f(x)= x du= dx v= g(x)= sen x dv= cos x dx Sendo assim, ao utilizar a fórmula da integração por partes, temos que: ∫ u.dv= ∫ x.cos x dx. Não é a função que queremos determinar a integral indefinida. Então, percebemos que existe uma ordem para a utilização da regra do método da integração por partes. 9 Devemos perceber que temos na expressão da função que queremos determinar a integral indefinida uma função u e outra função derivada dv. Assim, devemos identificar o que chamaremos por u, que iremos derivar para obter du, e o que será identificado por dv, que iremos integrar para obter v. Vejamos, então, como utilizar corretamente a fórmula do método da integração por partes. ∫ x.sen x dx Vamos denominar por: u= x derivando du= 1.dx dv= sen x dx integrando v= ∫ sen x dx= - cos x Ao utilizar a fórmula do método da integração por partes, temos que: ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ∫ x.sen x dx= -x.cos x - ∫ 1.(-cos x) dx, ∫ x.sen x dx= -x.cos x + ∫ cos x dx, ∫ x.sen x dx= -x.cos x + sen x + c. Para verificar se realizamos a integração de maneira correta, basta derivar a função obtida e verificar se obtemos a função que estávamos integrando. Vamos derivar para verificar, para isso utilizaremos a regra do produto: F(x) = -x . cos x + senx + c, F’(x) = -cosx - x . (-sen x) + cos x = x . senx. que é a função que estávamos integrando. Vejamos outro exemplo, agora com a função logarítmica. 3 Determinar a integral indefinida: ∫ ln x dx. Esta integral indefinida é obtida por meio do método da integração por partes. Vamos escolher u e dv. u= ln x derivando = 1 .du dx x dv= dx integrando v= x ∫ u.dv = u.v - ∫ vdu, = − = − = − +∫ ∫ ∫ 1ln .ln . . .ln 1. .lnx dx x x x dx x x dx x x x c x 10 Unidade: Métodos de Integração II Para verificar se realizamos a integração de maneira correta, basta derivar a função obtida e verificar se obtemos a função que estávamos integrando. Vamos derivar para verificar, para isso utilizaremos a regra do produto: F(x)= x.ln x - x + c, ( ) = + − = + − =1' ln . 1 ln 1 1 lnF x x x x xx que é a função que estávamos integrando. Vejamos outro exemplo, agora que envolve utilizar a fórmula do método da integração por partes duas vezes. 4 Determinar a integral indefinida: ∫ ex.sen x dx. Esta integral indefinida é obtida por meio do método da integração por partes aplicado duas vezes. Vamos escolher u e dv. u= ex derivando du= ex dx dv= sen x dx integrando v= ∫ sen x dx = -cos x ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ∫ ex.sen x dx= ex.(-cos x) - ∫(-cos x).ex dx, ∫ ex.sen x dx= -ex.cos x + ∫ cos x.ex dx. Ç Vamos determinar esta integral e depois voltamos a esta expressão. E chegamos a uma integral indefinida que também teremos que utilizar o método da integração por partes para poder concluir esta resolução. Precisamos utilizar o método para determinar a seguinte integral indefinida: ∫cos x.ex dx. Vamos escolher u e dv. u=ex derivando du= ex dx dv= cos x dx integrando v= ∫ cos x dx= sen x ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ∫ cos x.ex dx=ex.sen x - ∫ sen x.ex dx, ∫ cos x.ex dx= ex.sen x - ∫ ex.sen x dx. 11 Substituindo estaexpressão na fórmula que estávamos calculando, teremos: ∫ ex.sen x dx= -ex.cos x + ∫ cos x.ex dx, ∫ ex.sen x dx= -ex.cos x + ex.sen x - ∫ ex.sen x dx, 2 ∫ ex.sen x dx= -ex.cos x + ex.sen x + c, ( )− = +∫ . cos . 2 x x e sen x x e sen x dx c . Vejamos mais um exemplo de como determinar uma integral indefinida utilizando duas vezes o método da integração por partes. 5 Determinar a integral indefinida: ∫x2 cos x dx. Esta integral indefinida é obtida por meio do método da integração por partes aplicado duas vezes. Vamos escolher u e dv. u= x2 derivando du= 2x dx dv= cos x dx integrando v= ∫ cos x dx= sen x ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ∫ x2 cos x dx= x2.sen x - ∫ 2x.sen x dx, ∫ x2 cos x dx= x2.sen x - 2 ∫ x.sen x dx. Ç Esta integral já foi calculada no exemplo 2. Como já determinamos esta última integral anteriormente pelo método da integração por partes, vamos inserir nesta última expressão o resultado obtido: ∫ x2 cos x dx = x2.sen x -2(-x . cos x + sen x) + c, ∫ x2 cos x dx = x2.sen x + 2x.cos x -2sen x + c. Podemos ainda utilizar diferentes métodos conjuntamente para determinar uma integral indefinida. Vejamos mais um exemplo que utiliza o método da integração por partes e a regra da substituição. 12 Unidade: Métodos de Integração II 5 Determinar a integral indefinida: ∫ x.cos 2x dx. Esta integral indefinida é obtida por meio do método da integração por partes: Vamos escolher u e dv. u= x derivando du= dx dv= cos 2x dx integrando v= ∫ cos 2x dx Ç Esta integral indefinida é determinada pela regra da substituição. Vamos determinar esta integral indefinida primeiro, antes de continuar com a fórmula do método da integração por partes. ∫ cos(2x) dx. Consideremos: t= 2x então dt= 2 dx ⇒ = 2 dt dx ( ) ( )= = = + = +∫ ∫ ∫ cos 1 1 1cos 2 cos 2 2 2 2 2 tx dx dt tdt sent c sen x c . Portanto, temos que: ( )= +∫ 1cos(2 ) 2 2 x dx sen x c . Voltemos à integração por partes, que estávamos realizando. Tínhamos escolhido u e dv. u= x derivando du= dx dv= cos 2x dx integrando ( )= =∫ 1cos2 2 2 v xdx sen x ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ( ) ( ) ( ) ( ) = − = − ∫ ∫ ∫ ∫ 1 1.cos2 . 2 2 2 2 1 1.cos2 . 2 2 2 2 x x dx x sen x sen x dx x x dx senx sen x x dx Ç Esta integral também deve ser determinada pela regra da substituição. 13 Para terminarmos de determinar esta integral indefinida, necessitamos novamente utilizar a regra da substituição: ∫sen(2x) dx, Consideremos: t= 2x então dt= 2 dx ⇒ = 2 dt dx ( ) ( )= = = − + = − +∫ ∫ ∫ 1 1 12 cos cos 2 2 2 2 2 sentsen x dx dt sentdt t c x c , Portanto, temos que: ( ) ( )= − +∫ 12 cos 2 2 sen x dx x c . Voltando à integração que estávamos realizando, temos: ( ) ( )= − ∫∫ 1 1.cos2 . 2 2 2 2 x x sedx x sen x n x dx , ( ) ( ) = − + − ∫ 1 1.cos2 . 2 1 cos 2 22 2 x x dx x s xen x c , ( ) ( )= + +∫ 1 1.cos2 . 2 cos 2 2 4 x x dx x sen x x c . Para verificar se realizamos a integração de maneira correta, basta derivar a função obtida e verificar se obtemos a função que estávamos integrando. Vamos derivar para verificar, e para isso utilizaremos a regra do produto. ( ) ( ) ( )= + +1 1. 2 cos 22 4F x x sen x x c , ( ) ( ) ( ) ( )( )= + + −1 1 1' 2 .cos 2 .2 2 .22 2 4F x sen x x x sen x , ( ) ( ) ( ) ( )= + −1 1' 2 .cos 2 22 2F x sen x x x sen x , F’(x)= x.cos(2x). que é a função que estávamos integrando. Podemos verificar que determinar uma integral indefinida não é sempre uma tarefa simples e podemos utilizar diferentes métodos para sua determinação. Vejamos mais um método para utilizar com funções trigonométricas. 14 Unidade: Métodos de Integração II Substituição Trigonométrica Quando temos que integrar uma função que envolve funções trigonométricas, temos um problema normalmente. Vejamos um exemplo: ∫cos2 x dx=∫(cos x)2 dx. Não podemos utilizar a regra da substituição, pois se considerarmos u=cos x, teremos du= -sen x dx, que não existe em nossa expressão. Se tentarmos utilizar o método da integração por partes, teremos: u= cos x derivando du= -sen x dx dv= cos x dx integrando v= sen x ∫ u.dv= u.v - ∫ vdu, ∫ cos2 x dx= cos x.sen x - ∫ sen x.(-sen x)dx, ∫ cos2 x dx= cos x.sen x + ∫ (sen x)2 dx. Ou seja, trocamos de cos x para sen x e não resolvemos a integral indefinida. Nestes casos, a substituição trigonométrica pode resolver o problema. Para utilizar esta regra, precisamos conhecer algumas identidades trigonométricas para fazer as substituições. Na situação que temos, iremos utilizar a seguinte identidade, a do ângulo-metade: + =2 1 cos2 2 xcos x Desta forma, substituindo esta expressão na integral indefinida que queremos determinar, temos: + = = +∫ ∫ ∫ ∫2 1 cos2 1 cos2 2 2 2 x xcos x dx dx dx dx , ( ) = + + ∫ 2 1 1 2 2 2 2 xcos x dx sen x c . Lembrar que já determinamos, no exemplo 6 do Método da Integração por Partes, a integral indefinida ( )= +∫ 1cos(2 ) 2 2 x dx sen x c . 15 E temos, portanto, que: ( )= + +∫ 2 1 2 2 4 xcos x dx sen x c . Exemplos 1 Determinar a integral indefinida: ∫ sen3 x dx. Primeiramente, vejamos que: sen3 x= sen x.sen2 x. Vamos utilizar a seguinte identidade trigonométrica: sen2 x + cos2 x= 1, sen2 x= 1 - cos2 x, ∫ sen3 x dx= ∫ sen x.sen2 x dx= ∫ sen x.(1 - cos2 x) dx, ∫ sen3 x dx= ∫ sen x dx - ∫ sen x.cos2 x dx, ∫ sen3 x dx= -cos x - ∫ sen x.cos2 x dx. Queremos determinar esta integral indefinida para podermos continuar a resolução. Vamos utilizar a regra da substituição: ∫ sen x.cos2 x dx. Consideremos: t= cos x então dt= -sen x dx ⇒ - dt= sen x dx, = − = − + = − +∫ ∫ 3 3 2 2 . 3 3 t cos xsen x cos xdx t dt c c . Retornando à resolução, temos: ∫ sen3 x dx= -cos x - ∫ sen x.cos2 x dx, = − − − + ∫ 3 3 cos 3 cos xsen x dx x c , = − + +∫ 3 3 cos 3 cos xsen x dx x c . Vejamos outro exemplo que envolve mais de uma função trigonométrica na expressão a ser integrada. 16 Unidade: Métodos de Integração II 2 Determinar a integral indefinida: ∫ sen2 x.cos2 x dx. Vamos utilizar a identidade trigonométrica do ângulo-metade: ( )− =2 1 cos2 2 x sen x Substituindo na integral indefinida temos: ( )− =∫ ∫2 2 2 1 cos2 . . 2 x sen x cos x dx cos x dx ( ) = −∫∫ ∫2 2 2 2 cos2 . 2 . 2 cos xsen x x coscos x dx d xx dx (I) Vamos determinar estas integrais indefinidas separadamente. A primeira integral indefinida já foi determinada anteriormente, foi o primeiro exemplo dado para a regra da substituição trigonométrica: ( ) = = + + ∫∫ 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 4 xcos x dxcos x d nx se x c , ( )= + +∫ 2 1 2 2 4 8 cos x xdx sen x c , (II) Vejamos, agora, a segunda integral indefinida: ( ) ∫ 2 cos2 . 2 x cos x dx , Para isso, utilizaremos a identidade trigonométrica do ângulo-metade: ( )+ =2 1 cos2 2 x cos x , Substituindo na expressão temos: ( ) ( ) ( )+ =∫ ∫2 cos2 cos2 1 cos2 . . 2 2 2 x x x cos x dx dx , ( ) ( ) ( ) ( ) = +∫ ∫ ∫2 cos2 cos2 cos2 cos2 . . 2 4 2 2 x x x x cos x dx dx dx , ( ) ( ) ( ) = +∫ ∫∫ 2 2 cos2 cos2 cos2 . 4 42 x d xx cos x xdx dx . Ç Vamos utilizar a regra da substituição. 17 Vamos separar também a resolução desta integral indefinida em duas partes. Para resolver a primeira parte vamos utilizar a regra da substituição: ( ) ∫ cos2 4 x dx Consideremos: t=2x então dt= 2 dx ⇒ = 2 dt dx , ( ) = = + = +∫ ∫ cos2 cos sen sen2 4 8 8 8 x t t xdx dt c c . Vejamos agora a segunda parte desta última integral indefinida. ( ) ∫ 2 cos2 4 x dx . Vamos utilizar novamente a identidade trigonométrica do ângulo-metade: ( )+ =2 1 cos2 2 x cos x . Como temos cos 2x e não cos x, vamos substituir nesta fórmula do ângulo-metade: ( )+ =2 1 cos4 2 2 x cos x . Substituindo na integral indefinida temos: ( ) ( )+ = = + =∫ ∫ ∫ ∫ 2 cos2 1 cos4 1 cos4 4 8 8 8 x x xdx dx dx dx ( ) = +∫ ∫ 2 cos2 cos4 4 8 8 x x xdx dx . E para resolver esta integral indefinida utilizaremos a regra da substituição.Consideremos: t=4x então dt=4 dx ⇒ = 4 dt dx , = = + = +∫ ∫ cos4 cos 4 8 32 32 32 x t sent sen xdx dt c c . Portanto, temos que: ( ) = + +∫ 2 cos2 4 4 8 32 x x sen xdx c . 18 Unidade: Métodos de Integração II Agora voltemos ao cálculo das integrais indefinidas. ( ) ( ) ( ) = +∫ ∫∫ 2 2 cos2 cos2 cos2 . 4 42 x d xx cos x xdx dx , ( ) = + ++∫ 2 sen2 8 cos 4 8 2 . 2 32 x sx cos x dx xx en c . Portanto, temos que: ( ) = + + +∫ 2 cos2 sen2 4. 2 8 8 32 x x x sen xcos x dx c (III) E podemos agora determinar a integral indefinida solicitada em (I), utilizando os resultados de (II) e (III): ( ) = −∫∫ ∫2 2 2 2 cos2 . 2 . 2 cos xsen x x coscos x dx d xx dx , ( ) = − + ++ +∫ 2 2 se1 2 n2 4 8 88 . 4 32 x xx sesen x cos x d se xn xx n c , ( ) ( )= + − − − +∫ 2 2 1 1 4. 2 2 4 8 8 8 32 x x sen xsen x cos x dx sen x sen x c . = − +∫ 2 2 4. 8 32 x sen xsen x cos x dx c . Para verificar se realizamos a integração de maneira correta, basta derivar a função obtida e verificar se obtemos a função que estávamos integrando. Vamos derivar para verificar, para isso utilizaremos a regra da cadeia: ( ) = − +48 32 x sen xF x c , ( ) = − = −1 4cos4 1 cos4' 8 32 8 8 x xF x . Utilizando a identidade trigonométrica: cos 2x=1-2sen2 x 19 e substituindo 2x por 4x, temos: cos 4x= 1 - 2sen2 (2x). Considerando ainda a identidade trigonométrica: sen 2x=2sen x.cos x. temos, substituindo estas duas identidades em F’(x), que: ( ) = − co1' 48 8 sF x x , ( ) ( ) − = − 21 2 21' 8 8 sen x F x , ( ) ( )( )−= − 2 1 2 21' 8 8 sen x F x , ( ) ( ) − = − 2 1 2 2 .cos1' 8 8 sen x x F x , ( ) ( )= − + 2 8 .cos1 1' 8 8 8 sen x x F x , F’(x)=(sen x.cosx )2, F’(x)=sen2.cos2 x. que é a função que estávamos integrando. 20 Unidade: Métodos de Integração II Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Integral, consulte o site e as referências a seguir. Livros: • ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000. • STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009. • THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. Sites: • http://www.somatematica.com.br/superior.php • http://omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/integraltodos/integraltodos.html • https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus/integration-techniques/ integration-using-trig-identities/v/using-trig-identity-to-use-u-substitution http://www.somatematica.com.br/superior.php http://omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/integraltodos/integraltodos.html https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus/integration-techniques/integration-using-trig-identities/v/using-trig-identity-to-use-u-substitution https://pt.khanacademy.org/math/integral-calculus/integration-techniques/integration-using-trig-identities/v/using-trig-identity-to-use-u-substitution 21 Referências Referências Básicas: ANTON, H. Cálculo, um novo horizonte. Porto Alegre, RS: Bookman, 2002. STEWART, J. Cálculo, volume I. 4a ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001. LARSON, R.; HOSTETLER, R.P.; EDWARDS, B.H. Cálculo, volume 1. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. Referências Complementares: FLEMMING, D.M.; GONÇALVES, M.B. Cálculo A: Funções, limite, derivada, integração. 5a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 2004. GUIDORIZZI, H.L. Um curso de cálculo. Rio de Janeiro: LTC, 2001-2002. SIMMONS, G.F. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. Ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. SWOKOWSKI, E.W. Cálculo com Geometria Analítica. 2a. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1995. 22 Unidade: Métodos de Integração II Anotações Cálculo Integral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrinque Revisão Textual: Profa. Esp. Natalia Conti Aplicação da Integral Definida 5 • Introdução • Cálculo de Área · Estamos estudando sobre Cálculo Integral e nesta unidade veremos maneiras de determinar a medida da área de regiões que estão entre dois ou mais gráficos de funções de uma variável real. · Ao término deste estudo desejamos que você seja capaz de utilizar integrais definidas e integrais indefinidas para determinar a área de uma região. Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. Aplicação da Integral Definida 6 Unidade: Aplicação da Integral Definida Contextualização Nesta unidade iremos estudar maneiras de determinar a medida da área de regiões que estão delimitadas por gráficos de funções de uma variável real e retas verticais. Veja a figura ao lado que apresenta uma situação comum a ser estudada, considerando duas funções f e g e o intervalo [a,b]. Para determinar a medida da área da região hachurada devemos ter em mente qual é a função que limita a região superiormente e qual é a função que limita a região inferiormente. Na figura anterior temos que a função f limita a região superiormente e a função g limita inferiormente. Como estamos interessados na medida da área podemos simplificar a resolução, considerando sempre que o resultado obtido deverá ser em módulo, ou seja, em valor absoluto. Isto é devido à seguinte propriedade da integral: ∫ ∫( ) − ( )( ) = − ( ) − ( )( )f x g x dx g x f x dx. Podemos ainda ter que utilizar diversas integrais definidas para determinar a medida da área de regiões entre curvas, como pode ser visto na figura ao lado. Neste caso, para determinar a área desta região teríamos que determinar quatro integrais definidas. A A A A A= + + + 1 2 3 4 E podemos escrever cada uma das integrais definidas como: É importante notar que a ordem das funções f e g muda em cada uma das integrais definidas. Isto se deve ao fato de em cada um dos subintervalos termos uma função diferente limitando superiormente e inferiormente. A f x g x dx x 1 0 1 = ( ) − ( )( )∫ , A g x f x dx x x 2 1 2 = ( ) − ( )( )∫ , A f x g x dx x x 3 2 3 = ( ) − ( )( )∫ , A g x f x dx x b 2 3 = ( ) − ( )( )∫ . 7 Cálculo de Área Queremos determinar a medida da área de regiões que são formadas entre gráficos de funções no plano cartesiano. Caso 1 Vamos pensar nos gráficos das funções f x x( ) = + 2 e g x x x( ) = + +2 1. Podemos perceber que estes dois gráficos possuem dois pontos comuns, pontos em que os gráficos se encontram. Para determinar estes dois pontos comuns aos gráficos das duas funções, igualamos as expressões algébricas das mesmas: f x g x( ) = ( ), x x x+ = + +2 12 , x2 1 0− = , x2 1= , x= -1 ou x= 1. Para determinarmos estes pontos no plano cartesiano devemos substituir estes valores de x em qualquer uma das duas expressões algébricas. Para x =-1, temos: f (x)= x + 2 ⟹ f (-1)= -1 + 2= 1 g (x)= x2 + x +1 ⟹ g (-1)= (-1)2+ (-1) +1= 1 Portanto, para x = -1, temos y =1, ou seja, o ponto P(-1,1). Para x =1, temos: f (x) = x+ 2 ⟹ f (1) =1 + 2= 3 g (x) = x2+ x + 1 ⟹ g (1) = (1)2 + (1) + 1= 3 Portanto, para x = 1, temos y = 3, ou seja, o ponto Q(1,3). 8 Unidade: Aplicação da Integral Definida Desta forma, queremos determinar a medida da área da região delimitada entre os gráficos das duas funções f e g, entre x= -1 e x= 1. Estudamos anteriormente como determinar a medida da área da região que está sob o gráfico de uma função f que está acima do eixo das abscissas, eixo x, no intervalo [a,b]. Basta determinar a integral definida: a b f x dx∫ ( ) . Na situação proposta, vamos determinar a medida da área da região que está sob o gráfico de cada uma das duas funções, f e g, considerando o intervalo [-1,1]: − − ∫ ∫( ) ( ) 1 1 1 1 f x dx g x dx e . Determinemos uma das integrais definidas: − − ∫ ∫( ) = +( ) = ( ) − −( ) 1 1 1 1 2 1 1f x dx x dx F F . Para determinar esta integral definida, precisamos primeiramente obter a integral indefinida: ∫ +( ) = + + = ( )x dx x x c F x2 2 2 2 . Portanto, o valor da integral definida é:
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