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Hanseníase: Causas, Sintomas e Tratamento

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HANSENÍASE 
• Alta infectividade e baixa patogenicidade; curável. 
• Predileção: céls. de Schwann, macrófagos de pele e mucosas, T < 36,5ºC. 
• O homem é o único reservatório natural. 
• O MT é o estado brasileiro com maior prevalência. 
• Percentual de cura baixo devido abandono do tratamento. 
ETIOLOGIA 
• Lepra ou mal de Lázaro, causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria de multiplicação lenta (11 a 16 dias). 
• Risco do adoecimento depende: fatores ambientais, grau de exposição ao bacilo, condições socioeconômicas e de saúde, condições 
genéticas e imunológicas. 
TRANSMISSÃO 
• Principal via: vias aéreas superiores 
• Via eventual: pele (soluções de continuidade) 
• Secreções contêm bacilo, mas não transmitem 
PATOGÊNESE 
• Resposta Th1: paucibacilar ou tuberculoide, acometimento de pele e nervos periféricos 
• Resposta Th2: multibacilar ou vischowiana, acometimento de tecidos profundos 
CLASSIFICAÇÃO 
• Paucibacilar: poucos bacilos, máculas ou manchas hipocrômicas com bordos irregulares ou áreas circulares de pele aparentemente 
normal, com distúrbios de sensibilidade e espessamento doloroso de nervos. Não há comprometimento de troncos nervosos e, 
portanto, não há ocorrência de incapacidades ou deformidades. Ocorre diminuição da pilificação. 
• Multibacilar: mais de 5 lesões, comprometimento dos nervos periféricos e as lesões de pele apresentam-se de forma disseminada com 
uma variedade clínica de sinais. Várias manchas ou placas avermelhadas ou hipocrômicas, com bordas infiltradas ou elevadas. O 
comprometimento de nervos geralmente é múltiplo e assimétrico, com presença de espessamento, dor, choque à palpação, diminuição 
de força motora e alterações visíveis em face, mãos e pés (atrofia, garra, úlceras, alterações oculares); incapacitante. 
DIAGNÓSTICO 
• Presença de, pelo menos, um dos sinais em alguma mancha (exceto contactantes: fazer outra dose BCG) 
® Lesão ou área de pele com alteração de sensibilidade térmica, dolorosa ou tátil. 
® Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas, motoras ou autonômicas. 
® Presença de m. leprae confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico (BAAR) ou biópsia de pele. 
• O diagnóstico é clínico epidemiológico. Pode-se, se dúvida: BAAR, histamina (eritema), pilocarpina (sudorese) e mitsuda (imune). 
• Diagnóstico diferencial: NÃO APRESENTAM ALTERAÇÕS DE SENSIBILIDADE! ptiríase versicolor, eczema seborreico, vitiligo, hipocromias 
cicatriciais (principal) doenças neurológicas (síndrome do túnel do carpo, neuralgias, neuropatia diabética, LER) 
TRATAMENTO 
• Dose mensal supervisionada: rifampicina, clofazimina e dapsona. 
• Tratamento de 6 meses pode ser concluído em 9 meses, e o de 12 pode ser concluído em 18 meses. 
• Reações adversas: podem haver estados reacionais (principal causa de incapacidades e deformidades físicas) 
® Rifampicina: secreções avermelhadas, gástricas (pior reação), prurido e pele avermelhada. 
® Clofazimina: coloração escura da urina e da pele, secura da pele. 
® Dapsona: dermatológicas, hematológicas, neurológicas e hepatite. 
Lara Mattar | Interação Comunitária IV | Medicina UFR

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