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Planejamento de Cirurgia I Operador: Bruno Ferreira Desmots da Silva Auxiliar: Letícia Macena Abreu Professor: Evandro Data: 15/06/2023 1. Anamnese e exame Físico I.C.S, do sexo femininimo e 49 anos de idade, compareceu à clínica de cirurgia buco-maxilo facial para a extração dos elementos 47,44, 42, 32 para posterior encaminhamento para prótese. Os sinais vitais foram: pressão arterial de 150 mmHg por 90 mmHg e 70 batimentos cardíacos por minuto. O paciente relatou apresentar alterações no aparelho cardiovascular, alegando hipertensão, no aparelho respiratório, alegando rinite e sinusite, e no aparelho gastrointestinal, alegando refluxo. No que se refere às observações adicionais, a paciente alegou presença de mioma no útero. Paciente faz uso de medicamentos para o controle da hipertensão. Após exame físico dos lábios,mucosa,rebordo alveolar,língua,assoalho bucal.palato,amígdalas, faringe,glândulas salivares e linfonodos,constatou-se normalidade.A articulação temporomandibular também está em funcionalidade adequada,sem quaisquer alterações. Radiografias: 2. Medicação Pré e Pós-operatória USO ENTERAL,VIA ORAL Dipirona Sódica—------------------------500mg—-------------------05 comprimidos Tomar 01(um) comprimido uma hora antes da cirurgia. Tomar 01(um) comprimido de 06 em 06 horas nas primeiras 24 horas do pós-operatório em caso de dor. 3. Pré-operatório: 1. Checagem de todo o equipo. 2. Limpar todo o equipo com álcool 70% 3. Paramentação da equipe de acordo com as instruções da COBIO. 4. Aferir os sinais vitais do paciente(pressão,pulso). 5. Degermação das mãos e antebraço do operador. 6. Paramentação cirúrgica do operador. 7. Montagem da mesa cirúrgica e bancada 8. Montagem da Carpule. 9. Antissepsia do paciente(intrabucal e extrabucal).Instruir o paciente para realização de bochecho com clorexidina 0.12% durante 60 segundos e limpeza da face do mesmo com clorexidina 2%. 10. Colocar o campo estéril no paciente,bem como no equipamento(sugadores,canetas e alças do refletor). 11. Lavagem das mãos e antebraço do auxiliar. 12. Paramentação do Auxiliar 4. Anestesia ● Anestesia Tópica: gel de benzocaína concentração 200mg/g em mucosa seca por 1 a 2 minutos ● Solução de lidocaína a 2% com adrenalina a 1:100.000,com início de ação de 3 a 5 minutos e duração de aproximadamente 60 min(polpa) e 3-5 h(tecidos moles). Técnica Anestésica Nervo Bucal ● Costuma ser bloqueado com o objetivo de anestesiar a mucosa da bochecha e da gengiva vestibular na região de molares inferiores. ● O melhor ponto de bloqueio é onde o nervo cruza a margem anterior da mandíbula, acima e ligeiramente lateral à fossa retromolar. ● Deposição de 0,3 ml de anestésico ● O nervo bucal inerva o músculo bucinador (sensibilidade geral), a mucosa da bochecha e o tecido mole vestibular no nível de molares inferiores. Nervo Alveolar Inferior ● O nervo alveolar inferior inerva a polpa e o periodonto de todos os dentes inferiores, o tecido ósseo da mandíbula e os tecidos moles anteriores ao forame mentual, incluindo o lábio inferior e a pele do mento. ● O bloqueio é feito no espaço pterigomandibular antes de o nervo penetrar o canal mandibular. Introdução da agulha: Lateralmente, à fossa retromolar e a margem do ramo da mandíbula; medialmente, a rafe pterigomandibular, que demarca o local da margem anterior do músculo pterigóideo medial. Entre esses dois reparos, existe uma depressão na mucosa, sendo este o local para introdução da agulha aproximadamente 1 cm acima do plano oclusal mandibular. ● A agulha é dirigida medial e posteriormente, em direção ao forame mandibular, apoiando-se a seringa nos pré-molares do lado oposto. ● Recomenda-se a deposição de 1,5 ml de anestésico na área alvo, aprofundando-se a agulha de 20 a 20 mm. ● Em caso de resistência óssea no trajeto, pode-se iniciar a introdução mais posteriormente e, depois, inclinar a seringa para que encoste na comissura bucal do lado oposto. Nervo Lingual ● Semelhante ao nervo alveolar inferior, com mesma origem e trajeto até o espaço pterigomandibular, porém sempre mais anterior e medialmente com relação a este último. ● Inerva os dois terços anteriores da língua e o tecido mole lingual de todo o hemiarco inferior, além de conduzir fibras autônomas e gustativas (do nervo facial - NC VII). ● O nervo lingual pode ser bloqueado no mesmo local em que o nervo alveolar inferior, porém, aproximadamente a 1 cm anterior e medialmente a ele. ● Em seu trajeto sob a mucosa do assoalho da boca próximo à face interna da mandíbula. Recomenda-se a deposição de 0,3 ml do anestésico distalmente à área-alvo. 5. Incisão Realizar a incisão intrasulcular.Usa-se o cabo de bisturi número 3 e uma lâmina número 15.A lâmina será cuidadosamente pressionada contra o cabo com um porta-agulha para evitar ferimentos.Quando a incisão mucoperiostal é realizada,a lâmina deve ser pressionada firmemente para baixo,de modo que a incisão penetra a mucosa e o periósteo com o mesmo movimento. 6. Descolamento Deslocar o retalho desenhado pela incisão nas face vestibular e palatina.A mucosa e o periósteo devem-se separar do osso subjacente em uma única camada com o destaca periosteo.Utilizando o descolador de Molt número 9,a extremidade cortante deverá ser usada para destacar as papilas dentárias e a mais larga para destacar o tecido mole do osso. 7. Luxação Fórceps 17. Para realizar a luxação dos dentes e expansão do alvéolo aplica-se os seguintes movimentos com o fórceps: (1) pressão apical, que provocará a expansão do alvéolo dental e rotação do dente apicalmente; (2) força vestibular, que promoverá e expansão da cortical óssea vestibular; (3) pressão lingual ou palatina, tem como objetivo expandir o osso da crista lingual; (4) pressão rotacional, provoca expansão interna do alvéolo dental e rompimento das fibras do ligamento periodontal e (5) força de tração, último movimento utilizado para remover o dente do alvéolo. 8. Extração Com o fórceps 17. A. Fórceps de extração devem ser ajustados com forte pressão apical para expandir a crista óssea e deslocar o centro de rotação o mais apicalmente possível. B. Pressão bucal aplicada ao dente irá expandir a cortical vestibular na direção da crista óssea, com alguma expansão lingual na parte apical da raiz. *, centro de rotação. C. Pressão lingual irá expandir a área cortical e expandir levemente o osso vestibular na área apical. *, centro de rotação. D. Forças rotacionais, úteis para os dentes com raízes cônicas, como incisivos maxilares e pré-molares mandibulares. E. Forças de tração são úteis para a remoção final do dente do alvéolo. Essas forças devem sempre ser pequenas porque os dentes não são puxados 9. Curetagem Utilizar cureta de Lucas. 10. Acerto ósseo Caso se faça necessário,utilizar a lima de osso e em seguida utilizar soro fisiológico para a limpeza do alvéolo. 11. Sutura Utiliza-se o porta agulha,fio de sutura de nylon n° 5 e uma tesoura.Foi escolhida a técnica de sutura em X. 12.Compressão e limpeza: Realizar compressão com gaze estéril embebida em soro fisiológico estéril 0,9% e manter por 10 minutos para cessar o sangramento.Limpar a face do paciente com uma gaze bem como toda a cavidade oral.Colocar uma nova gaze dobrada ao meio e pedi-lo para que remova após 30 minutos. 13. Recomendações pós-operatórias: ● Morder firmemente uma gaze por 30 minutos logo após a cirurgia. ● Alimentação líquida-pastosa, fria ou morna por 72 horas. Evitar ingerir alimentos em grãos ou farelos até a remoção da sutura. ● De hora em hora e durante 15 minutos (não mais que isso) aplicar gelo na face sobre o local operado (primeiras 48 horas). Recomenda-se proteger a pele com vaselina ou creme, para evitar queimaduras devido ao contato do gelo com a pele. ● Nas primeiras 48 horas de repouso, ao se deitar, manter a cabeça em plano mais elevado que o resto do corpo. ● Afastar-se de atividades físicas por 7 dias. ● Evitar exposição solar por 7 dias. ● Não fazer bochechos por 48 horas. ● Higienização: escovar os dentes normalmente nas regiõesdistantes do local da cirurgia; remover as possíveis crostas que se formem sobre pontos com cotonete embebido em soro fisiológico ● Não cuspir. Não usar canudinho ● Não fumar até a alta cirúrgica. ● É comum haver um leve sangramento durante os primeiros dias. Em caso de sangramento, manter um pedaço de gaze estéril embebido em água filtrada pressionado sobre o local da extração durante 30 minutos. Caso a hemorragia não cesse, entrar em contato com o cirurgião-dentista, procurar a Faculdade de Odontologia ou um hospital (Odilon Behrens ou Hospital das Clínicas). ● Em caso de febre, entrar em contato. ● A face poderá ter um aumento de volume (edema) e ocasionalmente vermelhidão na face ou pescoço. Entrar em contato. 14. Possíveis procedimentos: Osteotomia: Remoção de fragmento ósseo que permite acesso ou diagnóstico. Instrumentais: peça reta de baixa rotação estéril, brocas esféricas nº 2, 4, 6, 8 e 10, brocas tronco-cônicas 701, 702 e 703. Técnica: remover o osso cortical da face vestibular do dente abaixo da linha cervical. Com a broca esférica 8, remove o osso entre o dente e a cortical óssea por meio da confecção de canaletas na distal e vestibular do elemento. Obs 1: Nenhum osso é removido na face lingual de modo a proteger o nervo lingual de lesões. Obs 2: A osteotomia deve ser realizada sob irrigação constante de soro fisiológico 0.9% e aspiração. Referências Bibliográficas: HUPP, J. R.; ELLIS, E.; TUCKER, M. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 5 Ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2009. MALAMED, F. Stanley. Manual de anestesia local. 5ed. Rio de Janeiro: Elsevier,2005
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