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Heterosideos Cardiotonicos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP 
UC: Farmacognosia II 
 
2021 
Nome: Nadya Lie Fattori - Matrícula: 87066 
 
Aula 2 – Heterosídeo Cardioativo. 
 
A ouabaína é um heterosídeo cardioativo extraído da Strophantus gratus, por isso também 
chamada estrofantidina G. Sobre esta classe de composto ativos, responda: 
a) Qual a formação da estrutura química destes compostos. 
Contem de 3 a 7% de heterosídeos cardioativos, sendo o principal a estrofantina G. É formado 
pela união da genina ouabagenina (1,3,5,11,14,19-poli-hidroxilada) com L-ramnose. 
Os heterosídeos cardioativos são formados por 3 partes: 
Ose: são açucares com ligações beta 1-4, ligadas a genina no carbono 3. 
Genina: possui um esqueleto tetracíclico esteroidal com conformações específicas entre seus 
anéis (A/B e C/D – cis e entre anéis B/C – trans). Constuma ser hidroxiladas nos carbonos 3 e 
14. 
Anel lactônico: podem ser cardenólido (anel de 5 átomos) ou bufadienólido (anel de 6 
atómos), ligados a genina no carbono 17 por ligação beta. Geralmente são encontrados em 
maior escala os cardenólidos (plantas). 
 
b) Qual a função de cada uma destas partes. 
A porção genina do heterosídio confere atividade cardíaca, enquanto a porção osídica é 
responsável pelas propriedades solubilidade, importantes na absorção e distribuição dessas 
moléculas, além de gerar a conformação e a estereoquímica dos açúcares, influenciando na 
afinidade da ligação pelo sítio ligante da proteína receptora. A porção do anel lactônico 
depende da presença de uma gama-lactona, beta-insaturada, beta-posicionada no carbono 
17, para que haja uma atividade biológica. A polarização da cadeia lactônico próximo do sítio 
receptor tem sido relacionado ao efeito cardiotônico. 
 
c) Como proceder para extrair este composto. 
Planta + etanol 50% 
 
Solução extrativa (heterosídeos) 
 
Precipitação de macromoléculas 
 
Fase Líquida 
∆ 
 
Acetato de chumbo 
 
 
Filtração 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP 
UC: Farmacognosia II 
 
2021 
 
 
 
 
Heterosídeos purificados 
d) Quais os cuidados médicos a serem tomados por pacientes que fazem uso destas 
drogas. 
Deve se tomar cuidado com possíveis intoxicações, pois a concentração tóxica é apenas 2 
vezes maior que a concentração terapêutica, sendo que essas reações podem ser cardíacas 
ou não cardíacas dependendo da dose. 
A maioria das intoxicações ocorrem em pacientes que fazem uso crônico. Na intoxicação 
moderada pode levar a vômitos, náuseas, anorexia, bradicardia e contrações ventriculares 
prematuras. Intoxicações agudas levam a sintomas como: diarréia, visão borrada, suor frio, 
taquicardia e fibrilação ventricular, convulsão, sincope e morte. 
Também deve-se tomar cuidado com as interações medicamentosas que podem ser causadas 
por uso concomitante a beta-bloqueadores e diuréticos tiazídicos. Podem também ter sua 
toxicidade aumentada ou redução de eficácia por outros medicamentos como neomicina, 
colestiramina, fibras dietéticas e sulfassalazina, que reduzem a disponibilidade, e o diltiazem, 
verapamil e hidroxicloroquina quinidina que aumentam o nível sérico dos heterosideos 
cardiotonicos. 
 
e) Quais drogas são portadoras destes compostos (3 ao menos). 
Convalária (Convallaria majaris L.), Cila (Urginea marítima (L.) Baker), Heléboro-Negro 
(Helleborus niger L.) 
 
Estudo de caso. Durante uma viagem a Amazônia, visitando uma tribo indígena, um turista 
sofreu um ataque cardíaco. O pajé fez um chá com uma planta rapidamente que curou este 
homem. Conversando com o índio, ele lhe contou que esta era uma planta nativa daquela 
área, e lhe ofereceu umas mudas para seu estudo. Em seu laboratório, realizando alguns 
estudos notou que era glicosídeos cardioativos presente naquela espécie, altamente seguro 
clinicamente. 
Explique como você isolou este princípio ativo e o caracterizou quimicamente. Qual sua 
estrutura química e qual função realizam cada parte desta estrutura. Quais outras plantas 
contêm este tipo de PA e qual é a diferença entre estas e uma planta com compostos 
clinicamente seguros. 
 
Extração: Realizou-se a extração a quente com uma mistura hidroalcóolica, precipitando as 
macromoléculas interferentes com acetato de chumbo. Filtrou-se o obteve-se a fase líquida, 
Extração com clorofórmio 
 
 Fase aquosa fase clorofórmio 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP 
UC: Farmacognosia II 
 
2021 
sendo que esta foi submetida a extração com clorofórmio, obtendo duas fases (aquosa e 
clorofórmio). Na fase cloformica, obtem-se o heterosídeo purificado. 
 
Caracterização química: é constituída por 3 partes, onde as moléculas de açúcares se ligam à 
porção “ose” por uma hidroxila beta-posicionada no carbono 3, ligada a um “anel lactônico”. 
Além da porção de genina, que possui um esqueleto tetracíclico esteroidal com 
conformações específicas entre seus anéis (A/B e C/D – cis e entre anéis B/C – trans). 
 
Função de cada estrutura: A porção genina do heterosídio confere atividade cardíaca, 
enquanto a porção osídica é responsável pelas propriedades solubilidade, importantes na 
absorção e distribuição dessas moléculas. A porção do anel lactônico polarizada próximo do 
sítio receptor tem sido relacionado ao efeito cardiotônico. 
Outras plantas: Chapéu-de-napoleão (Thevetia peruviana K. Schum) e Convalária (Convallaria 
majalis L.) 
 
Diferença com compostos clinicamente seguros: seu uso é desaconselhado por serem mais 
potentes que as espécies de Digitalis (clinicamente seguros). Sua maior toxicidade e 
dificuldade de obtenção de forma padronizada (o que garante o controle da dosagem), faz 
com que seu uso não seja empregado na terapêutica convencional.

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