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Transtornos da personalidade

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Transtornos da personalidade
Introdu oçã
Personalidade refere-se a todas as características de 
adaptação de formas únicas a ambientes internos e 
externos em constante modificação. 
Segundo a DSM-5, um transtorno da personalidade 
geral é um padrão persistente de experiência interna 
e comportamento que se desvia acentuadamente das 
expectativas da cultura do indivíduo; o padrão é 
inflexível; começa na adolescência ou no início da idade
adulta; é estável ao longo do tempo; leva a sofrimento 
ou prejuízo; e se manifesta em pelos menos duas das 
quatro áreas seguintes: cognição, afetividade, 
funcionamento interpessoal ou controle de impulsos. 
Transtornos da personalidade são comuns e crônicos. 
Eles ocorrem em 10 a 20% da população em
geral, e sua duração é expressa em décadas. 
Aproximadamente 50% de todos os pacientes
psiquiátricos apresentam um transtorno da 
personalidade, com frequência comórbido com outras 
síndromes clínicas. 
O transtorno da personalidade também é um fator 
predisponente para outros transtornos psiquiátricos, 
interfere nos resultados de tratamento de várias 
síndromes clínicas e aumenta a incapacitação pessoal, 
a morbidade e a mortalidade desses pacientes. 
Pessoas com transtorno da personalidade têm uma 
propensão muito maior a recusar auxílio psiquiátrico e 
a negar seus problemas do que indivíduos com 
transtornos de ansiedade, depressivos ou obsessivo-
compulsivo. 
Quadro cl nico comum aos í
transtornos da personalidade
De modo geral, os sintomas de transtorno da 
personalidade são egossintônicos (i.e., aceitáveis ao ego,
em contraste com egodistônicos) e aloplásticos (i.e., 
adaptam-se ao tentar alterar o ambiente externo em 
vez de a si mesmos). 
O comportamento mal-adaptativo de pessoas com 
transtornos da personalidade não lhes causa 
ansiedade. 
Subtipos dos transtornos da 
personalidade
Os subtipos de transtorno da personalidade 
classificados no DSM-5 são:
- Grupo A = esquizotípico, esquizoide, e paranoide;
São transtornos com características 
estranhas ou de afastamento.
- Grupo B = narcisista, borderline, antissocial e 
histriônico;
São transtornos com características 
drmáticas, impulsivas ou erráticas.
- Grupo C = obsessivo-compulsivo, dependente e 
evitativo.
São transtornos com características de 
ansiedade e medo.
Transtorno da personalidade 
paranoide
a. Introdução
O indivíduo com transtorno da personalidade paranoide
caracteriza-se por suspeita e desconfiança arraigadas
em relação a pessoas em geral. 
Ele recusa a responsabilidade por seus 
próprios sentimentos e a atribui a outros. 
Costuma ser hostil, irritável e irascível. 
Intolerantes, colecionadores de injustiças, cônjuges 
patologicamente ciumentos e mal-humorados, litigiosos 
com frequência têm transtorno da personalidade 
paranoide. 
Problemas profissionais e conjugais são 
comuns.
Em alguns, o transtorno é vitalício; em outros, um 
prenúncio de esquizofrenia. 
b. Epidemiologia 
Dados sugerem que a prevalência do transtorno da 
personalidade paranoide seja de 2 a 4% da 
população em geral. 
Parentes de pacientes com esquizofrenia demonstram
uma incidência mais elevada de transtorno da 
personalidade paranoide do que participantes de 
grupos-controle. 
Há evidências que sugerem uma relação familiar mais 
específica com transtorno delirante do tipo 
persecutório 
O transtorno é diagnosticado com maior frequência 
em homens do que em mulheres, em amostras clínicas.
Acredita-se que a prevalência entre grupos 
de minorias, imigrantes e surdos seja mais elevada.
c. Quadro clínico
As características mais fortes do transtorno da 
personalidade paranoide são suspeita e desconfiança 
excessivas em relação a outras pessoas expressas 
como uma tendência global de interpretar os atos dos 
outros como deliberadamente aviltantes, malévolos, 
ameaçadores, exploradores ou enganadores. 
Essa tendência começa no início da vida 
adulta e surge em diversos contextos. 
Essas pessoas costumam ser patologicamente 
ciumentas.
Indivíduos com esse transtorno exteriorizam suas 
próprias emoções e usam o mecanismo de defesa de 
projeção; atribuem a outros os impulsos e pensamentos
que não podem aceitar em si mesmos.
Pessoas com transtorno da personalidade paranoide 
têm afeto restrito e parecem frias, sem emoção. 
Tensão muscular, incapacidade de relaxar e 
necessidade de vasculhar o ambiente por pistas podem
ser sinais evidentes, e seus modos são com frequência
sérios e sem humor. 
Embora algumas bases de seus argumentos possam 
ser falsas, sua fala é dirigida a objetivos e lógica. 
Orgulham-se de sua racionalidade e 
objetividade, mas isso não corresponde à realidade. 
Demonstram ausência de afeição e impressionam-se e
prestam bastante atenção a poder e nível hierárquico.
Em situações sociais, essas pessoas podem 
transmitir uma ideia de profissionalismo e eficiência, 
mas costumam gerar medo e conflito em outras 
pessoas. 
Seu conteúdo de pensamento demonstra evidências de
projeção, preconceito e, eventualmente, ideias de 
referência.
Expressam desdém em relação a indivíduos 
que percebam como fracos, doentios, debilitados ou 
deficientes de alguma forma. 
d. Tratamento
Psicoterapia.
Na maioria dos casos, um agente ansiolítico como 
diazepam é o suficiente. 
Pode ser necessário, no entanto, usar um 
antipsicótico como haloperidol em pequenas doses e 
durante períodos curtos de tempo para o manejo de 
agitação grave ou pensamento quase delirante. 
OBS.: O fármaco antipsicótico pimozida reduziu a 
ideação paranoide com sucesso em alguns pacientes 
Transtorno da personalidade 
esquizoide
a. Introdução
É caracterizado por um padrão vitalício de retraimento
social. 
Indivíduos com esse transtorno costumam ser vistos 
pelos outros como excêntricos, isolados ou solitários. 
Seu desconforto com a interação humana, sua 
introversão e seu afeto frio e constrito são destaques.
O início do transtorno da personalidade esquizoide em 
geral ocorre no começo da infância ou na 
adolescência. 
Tem longa duração, mas não é necessariamente 
vitalício. 
b. Epidemiologia
A prevalência do transtorno da personalidade 
esquizoide não está estabelecida de forma definitiva, 
mas ele pode afetar 5% da população em geral. 
A proporção de gênero do transtorno é desconhecida;
alguns estudos apontam uma proporção de homens 
para mulheres de 2:1. 
c. Quadro clínico
Pessoas com transtorno da personalidade esquizoide 
parecem frias e indiferentes; exibem um retraimento 
distante e demonstram falta de envolvimento com 
eventos diários e com as preocupações de terceiros. 
Parecem caladas, distantes, isoladas e insociáveis. 
Podem viver suas vidas com extraordinariamente 
pouca necessidade ou vontade de formar laços 
afetivos e são as últimas a perceber mudanças na 
moda popular. 
As histórias de vida dessas pessoas refletem 
interesses solitários e sucesso em empregos solitários 
e não competitivos que outras pessoas acham difíceis 
de tolerar. 
Sua vida sexual pode existir apenas na fantasia, e 
podem adiar indefinidamente o amadurecimento da 
sexualidade. 
Homens podem não se casar porque são 
incapazes de atingir intimidade; mulheres podem 
concordar de forma passiva a se casar com um 
homem agressivo que deseje o casamento. 
Costumam revelar uma incapacidade vitalícia de 
expressar diretamente a raiva. 
Eles podem investir quantidades enormes de energia 
afetiva a interesses não humanos, como matemática e
astronomia, e podem ser muito ligados a animais. 
Embora pareçam pensar apenas em si mesmas e 
estar perdidas em devaneios, pessoas com transtorno 
da personalidade esquizoide apresentam capacidade 
normal de reconhecer a realidade. 
Costumam ser vistas como indiferentes, mas às vezes 
conseguem conceber, desenvolver e proporcionar ao 
mundo ideias genuinamente originais e criativas. 
Em um exame psiquiátrico inicial, pode parecer pouco 
à vontade. 
Ele raramente tolera contato visual. 
Seu afeto pode ser constrito, distante ou 
inadequadamente sério, mas, por trásda indiferença, 
pode-se identificar medo. 
Esses indivíduos acham difícil não levar as coisas a 
sério. 
Sua fala é dirigida a objetivos, mas são propensos a 
fornecer respostas curtas às perguntas e evitar 
conversas espontâneas. 
Algumas vezes, podem usar figuras de linguagem 
incomuns, como uma metáfora estranha, e podem ficar
fascinados por objetos inanimados ou construtos 
metafísicos. 
Seu conteúdo mental pode revelar um senso 
injustificado de intimidade com pessoas que não 
conhecem bem ou que passaram um longo tempo sem
encontrar. 
Seu sensório é intacto, a memória funciona bem, e 
suas interpretações de provérbios são abstratas. 
d. Tratamento
Psicoterapia
A farmacoterapia com pequenas doses de 
antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes 
beneficia alguns pacientes. 
Agentes serotonérgicos podem deixar o 
paciente menos sensível a rejeição. 
Benzodiazepínicos podem ajudar a diminuir a 
ansiedade interpessoal. 
Transtorno da personalidade 
esquizot picaí
a. Introdução 
Pessoas com transtorno da personalidade 
esquizotípica exibem características estranhas ou 
excêntricas impressionantes 
Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de 
referência, ilusões e desrealização são parte do mundo
cotidiano de uma pessoa com o transtorno. 
É o transtorno da personalidade pré-mórbido do 
paciente com esquizofrenia, apesar de alguns 
manterem a personalidade esquizotípica durante toda 
a vida. 
b. Epidemiologia
O transtorno da personalidade esquizotípica ocorre 
em cerca de 3% da população. 
A proporção entre gêneros é desconhecida e não há 
um consenso.
Existe uma maior associação de casos entre parentes 
biológicos de pacientes com esquizofrenia do que 
entre controles e uma incidência maior entre gêmeos 
monozigóticos do que entre dizigóticos 
c. Quadro clínico
Indivíduos com transtorno da personalidade 
esquizotípica exibem perturbação de pensamento e 
comunicação. 
Embora não haja transtorno do pensamento 
totalmente manifesto, sua fala pode ser distinta ou 
peculiar, pode fazer sentido apenas para eles mesmos
e com frequência necessita de interpretação. 
Assim como ocorre com os afetados por 
esquizofrenia, o indivíduo com transtorno da 
personalidade esquizotípica pode desconhecer seus 
próprios sentimentos e ainda assim ter extrema 
sensibilidade e consciência a respeito dos sentimentos 
dos outros, sobretudo os negativos, como de raiva. 
Esses indivíduos podem ser supersticiosos ou alegar 
poderes de clarividência e acreditar ser dotados de 
poderes especiais de pensamento e insight. 
Seu mundo interior pode estar cheio de 
relacionamentos imaginários vívidos e temores e 
fantasias infantis. 
Eles podem admitir ilusões da percepção ou 
macropsia e confessar que outras pessoas parecem 
ser feitas de madeira e todas iguais. 
Visto terem poucos relacionamentos interpessoais e 
poderem agir de forma inadequada, os indivíduos são 
isolados e têm poucos ou nenhum amigo. 
O paciente pode exibir características de transtorno 
da personalidade borderline, e, de fato, ambos os 
diagnósticos podem ser estabelecidos. 
Sob estresse, pacientes com transtorno da 
personalidade esquizotípica podem sofrer 
descompensação e apresentar sintomas psicóticos, 
mas que costumam ser breves. 
Aqueles com casos graves do transtorno podem 
apresentar anedonia e depressão grave 
Obter a história pode ser uma tarefa difícil devido a 
sua forma incomum de comunicação. 
d. Tratamento
Psicoterapia.
Medicamentos antipsicóticos podem ser úteis para lidar
com ideias de referência, ilusões e outros sintomas do 
transtorno e ser usados em conjunto com psicoterapia.
Antidepressivos são válidos quando houver um 
componente depressivo da personalidade. 
Transtorno da personalidade 
antissocial 
a. Introdução
O transtorno da personalidade antissocial é uma 
incapacidade de se adequar às regras sociais que 
normalmente governam diversos aspectos do 
comportamento adolescente e adulto de um indivíduo. 
Apesar de se caracterizar por atos contínuos de 
natureza antissocial ou criminosa, o transtorno não é 
sinônimo de criminalidade.
Transtornos depressivos, transtornos por uso de álcool
e abuso de outra substância são comuns. 
b. Epidemiologia
Os índices de prevalência de 12 meses do transtorno 
da personalidade antissocial encontram-se entre 0,2 e
3% de acordo com o DSM-5. 
Ele é mais comum em áreas urbanas pobres.
A prevalência mais elevada é encontrada entre as 
amostras mais graves de homens com transtorno por 
uso de álcool (acima de 70%) e na população 
carcerária, na qual pode chegar a 75%. 
É muito mais comum em homens do que em mulheres. 
O início do transtorno ocorre antes dos 15 anos de 
idade. 
Um padrão familiar está presente; o transtorno é 
cinco vezes mais comum entre parentes em primeiro 
grau.
c. Quadro clínico
Indivíduos com transtorno da personalidade antissocial 
frequentemente podem parecer normais e até mesmo
simpáticos e lisonjeiros. 
Suas histórias, no entanto, revelam perturbação do 
funcionamento ou várias áreas da vida. 
Mentiras, vadiagem, fuga de casa, roubos, 
brigas, abuso de substância e atividades ilegais são 
experiências típicas que os pacientes relatam ter início
já na infância. 
Eles com frequência têm um senso de realidade 
aguçado e costumam impressionar observadores com 
sua boa inteligência verbal. 
Pessoas com esse transtorno são autênticas 
representantes dos vigaristas. 
Elas são extremamente manipuladoras e com 
frequência podem convencer os outros a participar de
esquemas para obter dinheiro fácil ou para alcançar 
fama ou notoriedade. 
Indivíduos com esse transtorno não falam a verdade, e
não se pode confiar neles para executar qualquer tipo
de tarefa ou aderir a qualquer padrão convencional 
de moralidade. 
Promiscuidade, abuso conjugal, abuso infantil e 
condução de veículos em estado de embriaguez são 
eventos comuns em suas vidas. 
Um achado de destaque é a ausência de remorso por 
tais atos; ou seja, eles parecem não ter uma 
consciência 
Durante a entrevista clínica, podem parecer calmos e 
confiáveis, mas, sob o verniz / máscara de sanidade, 
escondem-se tensão, hostilidade, irritabilidade e fúria. 
Apenas uma entrevista de estresse, na qual o
paciente seja confrontado vigorosamente com 
incoerências em sua história, pode ser necessária para
revelar a patologia. 
Uma bateria de exames diagnósticos deve incluir testes
neurológicos. 
Os pacientes costumam demonstrar resultados de EEG
anormais e leves sinais neurológicos que sugerem dano
cerebral mínimo na infância.
d. Tratamento
Psicoterapia.
A farmacoterapia é usada para lidar com sintomas 
incapacitantes como ansiedade, raiva e depressão.
OBS.: Como os pacientes com frequência abusam de 
substâncias, os fármacos devem ser usados de 
forma criteriosa. 
Caso um paciente mostre evidências de transtorno de 
déficit de atenção/hiperatividade, psicoestimulantes 
como metilfenidato podem ser úteis. 
Foram realizadas tentativas de alterar o metabolismo 
de catecolamina com fármacos e de controlar o 
comportamento impulsivo com antiepilépticos, como 
carbamazepina ou valproato, por exemplo, 
especialmente quando foram identificadas formas de 
onda anormais no EEG. 
Antagonistas dos receptores -adrenérgicos foram β
usados para reduzir agressividade. 
Transtorno da personalidade 
borderline / “esquizofrenia ambulatorial” / 
“personalidade ‘como se’” / “esquizofrenia 
pseudoneurótica” / “transtorno de caráter psicótico” /
“transtorno de personalidade emocionalmente instável”
a. Introdução
Indivíduos com transtorno da personalidade borderline 
encontram-se no limiar entre neurose e psicose e têm
por característica afeto, humor, comportamento, 
relações objetais e autoimagem extraordinariamente 
instáveis. 
Os pacientes têm uma incidência elevada de episódios 
de transtorno depressivo maior. 
b. Epidemiologia
Acredita-se que o transtorno da personalidade 
borderline esteja presente em 1 a 2% da população e
seja duas vezes mais comum em mulheres do queem 
homens. 
Um aumento de prevalência do transtorno depressivo 
maior, de transtornos por uso de álcool e de abuso de 
substância é encontrado em parentes em primeiro 
grau de indivíduos com transtorno da personalidade 
borderline 
c. Quadro clínico
Indivíduos com transtorno da personalidade borderline 
quase sempre parecem estar em crise. 
Mudanças de humor são comuns. 
A pessoa pode estar inclinada a discussões em um 
momento, deprimida no momento seguinte e, mais 
tarde, se queixar de não ter sentimentos. 
Pode apresentar episódios psicóticos de curta duração
(denominados episódios micropsicóticos) em vez de 
crises psicóticas totalmente manifestas, e seus 
sintomas psicóticos quase sempre são limitados, 
fugazes ou questionáveis. 
O comportamento do paciente com transtorno da 
personalidade borderline é de extrema imprevisibilidade.
A natureza dolorosa de sua vida reflete-se em atos 
autodestrutivos repetidos. 
Esse tipo de paciente pode cortar os pulsos e 
executar outras formas de automutilação para obter 
ajuda dos outros, para exprimir raiva ou para se 
anestesiar do afeto que o consome. 
Uma vez que se sentem tanto dependentes quanto 
hostis, as pessoas com esse transtorno têm 
relacionamentos interpessoais tumultuosos. 
Elas podem ser dependentes das pessoas com
quem têm intimidade e, quando se frustram, expressar
uma grande raiva dirigida aos amigos mais íntimos. 
Essas pessoas não conseguem tolerar a ideia de ficar 
sozinhas e preferem uma busca frenética por 
companhia, sem importar o quanto ela lhe seja 
insatisfatória. 
Para mitigar a solidão, mesmo que por breves 
períodos, aceitam um estranho como amigo ou se 
comportam de forma promíscua. 
Costumam se queixar de sentimentos crônicos de 
vazio e tédio e da falta de um senso de identidade 
coerente (difusão de identidade); quando pressionadas,
frequentemente reclamam de como se sentem sempre
deprimidas, apesar do turbilhão de outros afetos. 
Ocorre um mecanismo de defesa de identificação 
projetiva em pacientes com transtorno da 
personalidade borderline, em que aspectos intoleráveis 
do self são projetados no outro; a outra pessoa é 
induzida a desempenhar o papel projetado, e as duas 
pessoas agem em uníssono. 
A maioria dos terapeutas concorda que esses 
pacientes demonstram capacidades de raciocínio 
normais em testes estruturados, como a Escala 
Wechsler de Inteligência para Adultos, e mostram 
processos aberrantes apenas em testes projetivos não
estruturados, como o teste de Rorschach. 
Do ponto de vista funcional, pacientes com transtorno 
da personalidade borderline distorcem seus 
relacionamentos caracterizando cada pessoa como 
totalmente boa ou totalmente má. 
Eles enxergam as pessoas ou como figuras de
ligação afetuosas, ou como figuras sádicas odiosas que
os privam de suas necessidades de segurança e 
ameaçam abandoná-los sempre que se sentem 
dependentes. 
Deslocamentos de fidelidade de uma pessoa ou um 
grupo para outros são frequentes. 
Alguns clínicos usam os conceitos de panfobia,
pan-ansiedade, pan-ambivalência e sexualidade caótica
para delinear as características desses pacientes. 
Alguns pacientes com transtorno da personalidade 
borderline mostram redução da latência REM e 
perturbações na continuidade do sono, resultados 
anormais no TSD e no teste de hormônio liberador de 
tireotrofina. 
OBS.: Essas alterações, no entanto, também são 
observadas em algumas pessoas com transtornos 
depressivos. 
d. Tratamento
Psicoterapia
Usam-se antipsicóticos para controlar raiva, hostilidade
e episódios psicóticos breves. 
Antidepressivos melhoram o humor deprimido comum 
em indivíduos com transtorno da personalidade 
borderline. 
Inibidores da MAO (IMAOs) modularam com sucesso o 
comportamento impulsivo em alguns pacientes. 
Benzodiazepínicos, especialmente alprazolam, ajudam 
com ansiedade e depressão, mas alguns pacientes 
exibem desinibição com essa classe de fármacos. 
Anticonvulsivantes, como carbamazepina, podem 
melhorar o funcionamento global de algumas pessoas. 
Agentes serotonérgicos, como inibidores seletivos da 
recaptação de serotonina (ISRSs), foram úteis em 
alguns casos. 
Transtorno da personalidade 
histri nicaô
a. Introdução
Pessoas com transtorno da personalidade histriônica 
são excitáveis e emotivas e comportam-se de forma 
dramática, florida e extrovertida. 
Contudo, costuma existir uma incapacidade de manter 
ligações profundas e duradouras. 
O transtorno de sintomas somáticos (síndrome de 
Briquet) pode ocorrer em conjunto com o da 
personalidade histriônica. 
b. Epidemiologia
A prevalência do transtorno da personalidade 
histriônica é de cerca de 1 a 3%. 
O transtorno é diagnosticado com maior frequência 
em mulheres do que em homens. 
Alguns estudos revelaram uma associação com 
transtorno de sintomas somáticos e transtornos por 
uso de álcool 
c. Quadro clínico
Pessoas com transtorno da personalidade histriônica 
exibem um grau elevado de comportamento de busca 
por atenção. 
Elas tendem a exagerar seus pensamentos e 
sentimentos e fazem tudo soar mais importante do 
que realmente é. 
Exibem ataques de raiva, choro e acusações 
quando não são o centro das atenções ou não estão 
recebendo elogios ou aprovação. 
OBS.: O comportamento sedutor é comum nos dois 
sexos. 
Pacientes histriônicos podem apresentar uma 
disfunção psicossexual; mulheres podem ser 
anorgásmicas, e homens podem ser impotentes. 
Sua necessidade de tranquilização é infinita. 
O paciente pode ceder a seus impulsos sexuais para se
sentir seguro de ser atraente ao sexo oposto. 
Seus relacionamentos têm propensão a ser 
superficiais, e ele pode ser vaidoso, egocêntrico e 
volúvel.
Sua forte necessidade de dependência torna-
o crédulo e ingênuo. 
As principais defesas de pacientes com transtorno da 
personalidade histriônica são repressão e dissociação. 
Sob estresse, o teste de realidade fica facilmente 
prejudicado. 
Em entrevistas, pacientes com transtorno da 
personalidade histriônica costumam ser cooperativos e 
ávidos por fornecer uma história detalhada. 
Gesticulações e exclamações dramáticas em seu 
discurso teatralidade são comuns; eles cometem – –
deslizes frequentes, e sua linguagem é pitoresca. 
Exibição afetiva é comum, mas, quando pressionados a
reconhecer determinados sentimentos, podem reagir 
com surpresa, indignação ou negação. 
Os resultados do exame cognitivo costumam ser 
normais, embora uma falta de perseverança possa ser
evidenciada em tarefas aritméticas ou de 
concentração, e o esquecimento de material com 
carga afetiva pode ser impressionante. 
d. Tratamento
Psicoterapia e orientação psicanalítica em grupo ou 
individual.
A farmacoterapia pode funcionar como tratamento 
adjunto quando direcionada aos sintomas (p. ex., uso de
antidepressivos para depressão e queixas somáticas, 
agentes ansiolíticos para ansiedade, e antipsicóticos 
para desrealização e ilusões). 
Transtorno da personalidade 
narcisista
a. Introdução
Pessoas com transtorno da personalidade narcisista 
são caracterizadas por um senso aguçado de 
autoimportância, ausência de empatia e sentimentos 
grandiosos de serem únicas. 
OBS.: Por trás dessas características, existe uma 
autoestima frágil e vulnerável às menores críticas. 
Os transtornos das personalidades borderline, 
histriônica e antissocial frequentemente acompanham 
o transtorno da personalidade narcisista, de modo que
um diagnóstico diferencial é difícil. 
OBS.: Aqueles com transtorno da personalidade 
histriônica demonstram características de 
exibicionismo e manipulação interpessoal que se 
assemelham àquelas dos pacientes com transtorno da
personalidade narcisista 
O transtorno da personalidade narcisista é crônico e 
difícil de tratar. 
b. Epidemiologia
Conforme o DSM-5, estimativas de prevalência desse 
transtorno variam de menos de 1 a 6%.
Os filhos, de pais com essas características podem 
apresentar um risco acima do normal de desenvolver o
transtorno. 
OBS.: Até porque as pessoas afetadas podemtransmitir uma ideia irrealista de onipotência 
grandiosidade, beleza e talento a seus filhos.
Podem ser mais vulneráveis, portanto, a crises de 
meia-idade do que outros grupos. 
Porque eles lidam mal com o processo de 
envelhecimento, já que valorizam beleza, força e 
atributos da juventude, à qual se apegam de forma 
inadequada.
c. Quadro clínico
Pessoas com transtorno da personalidade narcisista 
têm um sentimento de autoimportância grandioso; 
consideram-se especiais e esperam tratamento 
especial. 
Elas lidam mal com críticas e podem ficar com raiva 
quando alguém ousa criticá-las, ou podem parecer 
completamente indiferentes a críticas. 
Querem que as coisas sejam do seu jeito e com 
frequência têm ambição de obter fama e fortuna. 
Seus relacionamentos são pouco importantes, e podem
deixar os outros furiosos por sua recusa em obedecer 
às regras convencionais de comportamento. 
A exploração interpessoal é frequente. 
Não conseguem demonstrar empatia e fingem 
simpatia apenas para atingir seus próprios objetivos 
egoístas. 
Devido a sua frágil autoestima, são suscetíveis a 
depressão. 
Dificuldades interpessoais, problemas profissionais, 
rejeição e perda estão entre os estresses que os 
narcisistas normalmente produzem com seu 
comportamento.
d. 
Tratamento
Psicoterapia, abordagens psicanalíticas e/ou terapia 
de grupo.
Usa-se lítio em pacientes cujo quadro clínico inclui 
mudanças de humor.
Uma vez que os pacientes com transtorno da 
personalidade narcisista têm baixa tolerância a 
rejeição e são suscetíveis a depressão, antidepressivos,
especialmente fármacos serotonérgicos, também 
podem ser úteis. 
Transtorno da personalidade 
evitativa
a. Introdução
Indivíduos com transtorno da personalidade evitativa 
exibem sensibilidade extrema a rejeição e podem levar 
vidas socialmente retraídas. 
Embora sejam tímidos, não são associais e 
demonstram um grande desejo por companhia, mas 
precisam de garantias muito fortes de aceitação não 
crítica. 
Essas pessoas em geral são descritas com um 
complexo de inferioridade. 
O transtorno da personalidade evitativa e o da 
personalidade dependente são semelhantes, tanto que
o quadro clínico pode ser indistinguível.
Supõe-se que aqueles com o da personalidade
dependente apresentem um temor maior de serem 
abandonados ou não amados do que aqueles com cuja
personalidade é evitativa.
Pacientes com o transtorno podem fornecer histórias 
de fobia social.
b. Epidemiologia
Sugere-se que a prevalência do transtorno seja de 
aproximadamente 2 a 3% da população em geral, de 
acordo com o DSM-5. 
Crianças pequenas que foram classificadas com um 
temperamento tímido podem ser mais suscetíveis ao 
transtorno.
c. Quadro clínico
A hipersensibilidade à rejeição por outros é a 
característica clínica fundamental do transtorno da 
personalidade evitativa, e o traço principal da 
personalidade é a timidez. 
Essas pessoas desejam o afeto e a segurança
da companhia humana, mas justificam sua esquiva a 
relacionamentos por meio de seu suposto medo de 
rejeição. 
Ao conversar com alguém, elas expressam incerteza, 
demonstram falta de autoconfiança e podem falar de 
modo discreto. 
Visto serem hipervigilantes quanto a rejeição, temem 
falar em público ou fazer pedidos a outras pessoas. 
A recusa de qualquer pedido as leva ao 
retraimento e se sentirem magoados. 
Têm inclinação a interpretar mal os comentários dos 
outros como depreciativos ou ridicularizadores. 
Na esfera profissional, pacientes com transtorno da 
personalidade evitativa costumam assumir empregos 
que recebem pouca atenção. 
Eles raramente alcançam muito avanço pessoal ou 
exercem muita autoridade, mas parecem tímidos e 
ansiosos por agradar. 
Essas pessoas, em geral, não estão dispostas a 
começar relacionamentos a menos que recebam uma 
forte garantia de aceitação sem críticas. 
Costumam não ter amigos íntimos nem confidentes 
Em entrevistas clínicas, a característica mais evidente 
do paciente é a ansiedade acerca de falar com um 
entrevistador. 
Seu comportamento tenso e nervoso parece se 
expandir e se retrair conforme a percepção de ser 
apreciado ou não pelo entrevistador 
d. Tratamento
Psicoterapia, terapia de grupo e/ou treinamento de 
assertividade.
Usa-se farmacoterapia para o manejo de ansiedade e
depressão quando são associadas ao transtorno. 
Alguns pacientes se beneficiam de antagonistas de 
receptores -adrenérgicos, como atenolol, para o β
manejo de hiperatividade do sistema nervoso 
autônomo, propensa a ser elevada em indivíduos com 
transtorno da personalidade evitativa, em especial 
quando lidam com situações que lhes inspiram temor. 
Agentes serotonérgicos podem ajudar com a 
sensibilidade a rejeição. 
Em teoria, fármacos dopaminérgicos podem gerar 
comportamento de busca por novidades; entretanto, o 
indivíduo deve estar psicologicamente preparado para 
os possíveis resultados de novas experiências. 
Transtorno da personalidade 
dependente / “personalidade passivo-
dependente”
a. Introdução 
Pessoas com transtorno da personalidade dependente
subordinam suas próprias necessidades às 
necessidades de outros, fazem outra pessoas assumir 
responsabilidade por áreas importantes de suas vidas, 
não têm autoconfiança e podem experimentar 
desconforto intenso ao ficar sozinhas por mais do que
breves períodos 
Segundo Freud, caracteriza-se por dependência, 
pessimismo, medo de sexualidade, insegurança, 
passividade, sugestionabilidade e falta de perseverança.
OBS.: Ele descreveu como uma dimensão oral de 
personalidade dependente.
Pacientes com transtornos das personalidades 
esquizoide e esquizotípica podem ser indistinguíveis 
daqueles com transtorno da personalidade evitativa. 
Eles correm risco de desenvolver transtorno 
depressivo se perderem a pessoa de quem dependem,
mas, com tratamento, o prognóstico é favorável. 
b. Epidemiologia
É mais comum em mulheres do que em homens.
O DSM-5 relata uma prevalência estimada de 0,6%.
É mais comum em crianças pequenas do que nas mais
velhas. 
Pessoas com doenças físicas crônicas na infância 
podem ser mais suscetíveis ao transtorno. 
c. Quadro clínico
O transtorno da personalidade dependente 
caracteriza-se por um padrão global de 
comportamento dependente e submisso. 
Pessoas com o transtorno não conseguem tomar 
decisões sem uma quantidade excessiva de 
aconselhamento e tranquilização dos outros. 
Elas evitam posições de responsabilidade e ficam 
ansiosas se precisam assumir um papel de liderança. 
Preferem ser submissas. 
Visto que não gostam de ficar sozinhos, indivíduos com
esse transtorno buscam outras pessoas de quem 
possam depender; seus relacionamentos, portanto, são
distorcidos por sua necessidade de estar apegados à 
outra pessoa. 
Pessimismo, insegurança, passividade, temor de 
expressar sentimentos sexuais e agressivos tipificam o 
comportamento de indivíduos com transtorno da 
personalidade dependente. 
Um cônjuge abusivo, infiel ou alcoolista pode ser 
tolerado durante longos períodos de tempo para evitar
a perturbação da sensação de apego. 
Em entrevistas, o paciente parece ser complacente. 
Ele tenta cooperar, é receptivo a perguntas 
específicas e busca orientação.
d. Tratamento
Psicoterapia (terapia comportamental, treinamento de 
assertividade, terapia de família e/ou terapia de 
grupo). 
Tem-se usado farmacoterapia para lidar com sintomas
específicos, como ansiedade e depressão, que são 
características comumente associadas a esse 
transtorno. 
Pacientes que experimentam ataques de pânico ou 
que têm níveis elevados de ansiedade de separação 
podem ser beneficiados do uso de imipramina. 
Benzodiazepínicos e agentes serotonérgicos também 
são úteis. 
Transtorno da personalidade 
obsessivo-compulsiva
a. Introdução
É caracterizado por constrição emocional, 
organização, perseverança, teimosia e indecisão. 
Sua característica essencial é um padrão global de 
perfeccionismo e inflexibilidade 
O curso da personalidade obsessivo-compulsiva é 
variável eimprevisível, pode-se desenvolver obsessões 
ou compulsões 
Transtornos depressivos, especialmente com início 
tardio, são comuns. 
O transtorno pode ser o prenúncio tanto de 
esquizofrenia.
b. Epidemiologia
O DSM-5 relata uma prevalência estimada de 2 a 8%.
O transtorno é mais comum em homens do que em 
mulheres e é diagnosticado com maior frequência em 
irmãos mais velhos. 
Também é mais observado em parentes biológicos em 
primeiro grau de pessoas com o transtorno.
Pacientes costumam ter antecedentes caracterizados 
por disciplina rígida. 
c. Quadro clínico
Pessoas com transtorno da personalidade obsessivo-
compulsiva são obcecadas por regras, regulamentos, 
método, limpeza, organização, detalhes e desejo de 
alcançar a perfeição. 
Esses traços explicam a constrição geral de 
toda a personalidade. 
Não apresentam flexibilidade e são intolerantes. 
São incapazes de ceder e insistem para que 
os outros se submetam a suas necessidades. 
Contudo, anseiam por agradar pessoas que 
consideram mais poderosas que eles mesmos e 
executam os desejos dessas pessoas de forma 
autoritária.
São capazes de trabalhar durante muito tempo, 
contanto que seja um trabalho com rotina e que não 
exija mudanças às quais não possam se adaptar. 
Indivíduos com esse transtorno têm habilidades 
interpessoais limitadas. 
Como temem cometer erros, são indecisos e ruminam 
as tomadas de decisão. 
Embora um casamento estável e adequação 
profissional sejam comuns, indivíduos com o transtorno 
têm poucos amigos. 
Qualquer coisa que ameace a estabilidade percebida 
de sua rotina pode precipitar muita ansiedade que, de 
outra forma, está ligada aos rituais que impõem às 
suas vidas e tentam impor aos outros. 
Em entrevistas, pacientes com transtorno da 
personalidade obsessivo-compulsiva podem ter uma 
atitude formal, rígida, distante. 
Seu afeto é constrito; não demonstram 
espontaneidade, e seu humor costuma ser sério.
Suas respostas a perguntas apresentam detalhamento
incomum. 
Os mecanismos de defesa que usam são 
racionalização, isolamento, intelectualização, formação 
reativa e anulação. 
OBS.: Costumam estar cientes de seu sofrimento e 
buscam tratamento sozinhos. 
d. Tratamento
Psicoterapia (terapia de grupo e/ou terapia 
comportamental).
Apesar de clonazepam, um benzodiazepínico com uso 
anticonvulsivante, reduzir os sintomas em pacientes 
com transtorno obsessivo-compulsivo, desconhece-se 
sua utilidade para transtorno da personalidade 
obsessivo-compulsivo.
Clomipramina e agentes serotonérgicos como 
fluoxetina, normalmente em dosagens de 60 a 80 mg 
ao dia, podem ser úteis se sinais e sintomas obsessivo-
compulsivos se manifestarem. 
A nefazodona pode beneficiar alguns pacientes 
Referências bibliográficas:
Sadock, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria: ciência 
do comportamento e psiquiatria clínica/ Benjamin J. 
Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz; – 11. ed. – Porto 
Alegre: Artmed, 2017.

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