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Hipótese Prática sobre Reenvio e Qualificação Abraão e Sara, cidadãos Namibianos, decidiram fixar residência em Nairob, contraíram matrimónio civil em Durban. Após alguns anos de muita felicidade, O Senhor chamou para Si Abraão, o qual deixou bens móveis e imóveis no Lesotho e em Cape Town. Sara pretende junto dos tribunais Angolanos que lhe sejam reconhecidos direitos sobre os bens de Abraão, quer enquanto cônjuge como enquanto herdeira. Isaac, primogénito e unigénito do casal, também namibiano, a morar em Moçambique, manifesta-se contrariamente às pretensões de Sara. Na sua óptica, a quem assiste razão, tendo em conta que: 1. As leis do Kénia e da Namíbia reconhecem à Sara apenas direitos enquanto cônjuge, fixando o instituto denominado de “quota comum conjugal”. 2. As demais leis assistem direitos à Sara enquanto cônjuge e herdeira. 3. O DIP namibiano e keniano têm uma posição hostil ao reenvio e, para as relações patrimoniais entre cônjuges, remetem competência para a lei do local da celebração do matrimônio. O DIP sul-africano, igualmente hostil ao reenvio, e o DIP do Lesotho, que pratica devolução simples, prescrevem que para relações patrimoniais entre cônjuges dever-se-á aplicar a última lei nacional do falecido. 4. Para o DIP Keniano e Sul Africano, a sucessão mobiliária e imobiliária deve ser conhecida pela lei da última nacionalidade do autor da sucessão. 5. Para o DIP do Lesotho, a sucessão mobiliária e imobiliária deve ser conhecida pela lei do último local de residência do autor, ao passo que o DIP namibiano prescreve que a sucessão mobiliária deverá ser conhecia pela lei da última residência, e a sucessão imobiliária pela lei da situação da coisa.
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