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PEDAGOGIA Disciplina: Pedagogia, Instrução e Método Sumário UNIDADE I ........................................................................... 3 UNIDADE II ........................................................................ 14 UNIDADE III ....................................................................... 29 UNIDADE IV ...................................................................... 35 BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA ......................... 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS ............ 46 UNIDADE I PRESSUPOSTOS DA DIDÁTICA E RETROSPECTIVA HISTÓRICA A Didática propõe como objeto de estudo, o processo de ensino com vistas a alcançar a aprendizagem, valendo-se de diversos elementos, dentre eles a prática pedagógica cotidiana e a organização do ensino; sendo este último, o compromisso primordial da Didática, que se efetiva por meio de objetivos, metodologia, recursos pedagógicos, conteúdos e avaliação. Outro enfoque, diz respeito à sala de aula no tocante à relação professor- aluno, fator fundamental para o desenvolvimento de uma proposta educativa, já que é tarefa do professor conduzir o processo de aprendizagem dos estudantes, incentivando-os frente aos desafios que surgem no âmbito educacional. Para muitos estudantes de cursos de formação de professores, a Didática é tida como uma disciplina capaz de fornecer meios que os instrumentalizem para a atuação docente futura. Esperam, assim, conseguirem manuais práticos que os orientem em cada etapa dessa atuação, nas mais variadas situações. Porém, o papel da Didática, como uma disciplina que se apoia na ciência da educação, analisa a sala de aula no cotidiano, por meio de princípios gerais, problemas escolares e elabora teorias, tendo ainda, na prática, seu objeto de estudo. A Didática então se preocupa com a atuação docente, nas questões relacionadas às práticas educativas que envolvem crianças, jovens e adultos; por meio de estratégias adequadas a cada faixa etária para o ato de aprender e as metodologias mais eficazes. Aborda também os conflitos decorrentes da prática educacional, os meios menos eficazes de aprendizagem, bem como a superação desses desafios no âmbito da escola. A ação individual em condições específicas caberá a cada docente em seu cotidiano escolar. A escolha acerca da melhor forma de agir em situações próprias da prática docente deverá se apoiar nos conhecimentos fornecidos pela Didática, nos princípios considerados adequados pelo docente em situações não previstas, pois essa é uma das tarefas do professor em seu dia a dia. Ao abordarmos a Didática e sua retrospectiva histórica, nos reportamos aos seus estudos, uma vez que sempre estiveram presentes na história da humanidade, visto que o homem sempre aprendeu e ensinou algo. Porém, a escola tida como uma instituição voltada para todos só foi constituída na sociedade, tendo como foco a transmissão da cultura construída pela humanidade, há pouco tempo. Grandes nomes da Antiguidade, como Sócrates, Platão e Aristóteles e da Idade Média, como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, ainda são tidos como personalidades que influenciaram os pensadores vigentes rumo aos ideais de uma educação com qualidade e para todos. SÓCRATES (470 a.C.-399 a.C.) Fonte: https://www.ebiografia.com/socrates/ Sócrates foi um filósofo grego que nasceu em Atenas, na Grécia. Chamava atenção de todos pela inteligência que demonstrava, assim como pelo hábito de andar pelas ruas de Atenas, por horas, imerso em seus pensamentos. A maior ambição de Sócrates era ser além de mestre, um benfeitor da humanidade. Seu desejo era ver a justiça social estabelecida por todo o mundo. Era solícito aos negócios alheios, muitas vezes esquecendo-se dos seus. Para expressar suas ideias, com o intuito de transmitir o saber, nunca respondia às perguntas que lhe eram dirigidas, pelo contrário, as fazia. Sócrates defendia que a “Polis Grega” deveria ser governada pelas pessoas que detinham o conhecimento, pois era contrário à democracia grega e à forma como era praticada em Atenas, tecendo implacáveis críticas às crenças religiosas e aos costumes da cultura grega. PLATÃO (427 a.C. - 347 a.C.) https://www.ebiografia.com/platao/ Platão foi um filósofo grego que nasceu em Atenas, na Grécia. Foi discípulo de Sócrates e considerado um dos principais pensadores da história da filosofia na Antiguidade. Seu pensamento tinha por base a teoria de que o mundo que percebemos por meio de nossos sentidos, era um mundo utópico. Para ele, o mundo espiritual seria mais elevado, onde as ideias eram o que de fato existiam e que, somente por meio da razão seria possível conhecê-lo. Pertencia a uma família considerada como uma das mais nobres de Atenas. Estudou escrita, leitura, pintura, música, poesia e ginástica Era considerado um excelente atleta, participando inclusive, dos jogos olímpicos como lutador. Seus estudos deram-lhe condição intelectual e formação necessária para formular suas próprias teorias e aprofundar os ensinamentos de Sócrates. Para disseminar seu pensamento, escreveu a história “O mito da caverna”, para explicar que antes da alma ficar presa no corpo, ela habitava o mundo das “ideias” e que posteriormente fixava apenas lembranças dessa vivência anterior. ARISTÓTELES (384 a.C.–322 a.C.) https://www.ebiografia.com/aristoteles/ Aristóteles foi um filósofo grego, que nasceu na Macedônia, na Grécia. Recebeu formação em Ciências Naturais. Aos 17 anos seguiu para Atenas para ampliar seus estudos. Com sua prodigiosa inteligência, logo se tornou o discípulo predileto de Platão. Foi um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental, pois elaborou um sistema filosófico que abrangia discussões sobre geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente a lógica. Também foi considerado um crítico que conseguia ir além de seu mestre Platão. Sua teoria refutava a de Platão, que defendia a existência do mundo das ideias e do mundo da sensibilidade. Para Aristóteles seria possível absorver o conhecimento no próprio mundo em que se vive. Fundou sua própria escola, nominando-a “Liceu”. Ofertava cursos técnicos para seus discípulos e ministrava aulas públicas para os demais interessados. Foi considerado: (1) “Pai da Lógica”, ensinando a pensar com clareza. (2) “Fundador da Biologia”, instruindo a observar e classificar corretamente os seres vivos. (3) “Organizador da Psicologia”, mostrando a maneira de estudar a alma cientificamente. (4) “Mestre da Moral”, demonstrando como amar e odiar racionalmente. (5) “Professor de Política”, ensinando a governar com justiça. (6) “Originou a Retórica”, ensinando a escrever com eficiência. Sua filosofia abrangia: a Metafísica (natureza de Deus), a Ética (do homem) e a Política (Estado). Para Aristóteles, Deus é o motor do mundo e não o criador, pois toda fonte de movimento, exceto Deus, seja pessoa, objeto, ou pensamento, é um motor conduzido. E, para ser feliz, seria necessário realizar o bem ao próximo, pois, o homem é um ser social e, portanto, um ser político. Leia o artigo “Educação e a formação do cidadão” disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 40601995000100018 SANTO AGOSTINHO (354-430) https://direitoacademico.webnode.com.br/ Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona nasceu na cidade da Numídia (hoje Argélia), na África, região dominada pelos romanos. Foi um filósofo, escritor,bispo e um eminente teólogo cristão. Dedicou-se aos estudos da música, física, matemática e filosofia. Foi professor de retórica na corte imperial em Mediolano (Milão) e aos 30 de idade, atuou na mais importante posição acadêmica do mundo latino. Devido às suas concepções sobre fé e razão; igreja e Estado, influenciou toda a Idade Média. Foi sacerdote e bispo auxiliar de Hipona, tornando-se um dos expoentes da teologia católica. Sua atuação foi de extrema importância para o estabelecimento da hierarquia na Igreja Católica. TOMÁS DE AQUINO (1225-1274) https://sites.google.com/site/teociencia/web Tomás de Aquino nasceu no reino da Sicília, na Itália. Foi um frei católico, filósofo e teólogo da Idade Média. Aos 15 anos, entrou para o convento da Ordem Dominicana (críticos da vida religiosa tradicional em defesa de práticas e difusão do ensino). Tinha por objetivo propagar a fé cristã, levando-o a estudar na Universidade de Paris, por ser um prestigiado Centro de Estudos da Idade Média. Com isso, por sofrer influência de grandes teólogos, tornou-se professor. Após 7 anos lecionando em Paris, iniciou os estudos para elaborar sua doutrina cristã. No Brasil, dois períodos marcam o desenvolvimento da Didática: o primeiro, de 1549 a 1930, aborda seu papel anteriormente à inclusão nos cursos superiores de formação de professores. Já o segundo, no início na década de 30, busca descrever sua trajetória até os dias atuais. DIDÁTICA E SEUS PRIMÓRDIOS NO BRASIL 1- PERÍODO DE 1549 A 1930 Os primórdios da educação brasileira remetem ao período de 1549 a 1930, quando os jesuítas aparecem como os principais educadores do período colonial, atuando de 1549 a 1759. Naquela época, o perfil da sociedade estava voltado para a agricultura e exportação, não tendo a educação grande importância. O objetivo principal era manter a dominação dos povos nativos, propondo instruções sobre o modo de vida. Aos negros permanecia a tarefa do trabalho pesado. Quanto à tarefa educativa, tinha como premissa promover a catequese aos índios e negros e a instrução aos descendentes da elite. O plano educacional contemplava a humanização e a enciclopédia tradicional na perspectiva religiosa, apoiada na teologia de São Tomás de Aquino e por uma pedagogia tradicional, que tinha uma visão centrada no homem como criação divina. A ação pedagógica orientada pelos jesuítas tinha como característica a doutrina do pensamento, contrária ao pensamento crítico. O ensino também não abarcava a realidade vivenciada na colônia. Privilegiavam a memorização e os livros eram selecionados de forma rigorosa. A educação jesuítica, pouco contribuiu para modificar a vida social e econômica na colônia, pois o perfil dos padres-professores era a formação psicológica com ênfase no conhecimento sobre si e o aluno. Sendo assim, não era possível pensar em uma didática que contemplasse uma perspectiva de mudança na educação do país, pois era permeada por uma proposta dominadora, com aulas expositivas e avaliações orais, que privilegiava a ideologia dos colonizadores. Posteriormente aos jesuítas, foram poucas as mudanças observadas na sociedade colonial, no período do Império e da República. No âmbito educacional, revogou-se o ensino religioso nas escolas públicas. Quanto à Didática, era entendida como regras que auxiliavam os professores no trabalho docente. 2- PERÍODO DE 1930 A 1945 A sociedade brasileira, na década de 30, passou por transformações influenciadas pela reorganização socioeconômica. Devido às dificuldades da economia mundial capitalista, o Brasil vivenciou uma crise cafeeira, o que fez com que substituísse o modelo de importações. Ao mesmo tempo, vivenciou a Revolução de 30, um movimento de reestruturação econômica e política que originou uma nova etapa da República brasileira. Segundo Libâneo: A mudança é um processo que constrói aos poucos, de acordo com o nível de desenvolvimento de cada sociedade, como consequência das mudanças de maneiras para suprir suas necessidades, o homem muda também os padrões de cultura no decorrer dos anos, porém: “muda a sociedade e somente mais tarde muda a educação”. (1998, p. 153). Na esfera educacional, instituiu-se o Ministério de Educação e em 1932, foi difundido o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, tendo como premissa reconstruir socialmente a escola no âmbito urbano e industrial. Com isso, constituiu-se o ensino comercial e organizou-se o regime universitário para o ensino superior. Nesse período também, houve o equilíbrio entre as influências católicas, representadas pela concepção humanista tradicional e pelos pioneiros, com uma concepção humanista moderna (escolanovismo). O movimento escolanovismo tinha como foco a criança, sua valorização, iniciativa e respeito a sua autonomia. Também recomendava que os problemas educacionais deveriam ser ajustados como uma questão técnica e escolar, tendo como foco a tarefa do “ensinar bem”, mesmo que fosse somente para alguns. “O Escolanovismo, com suas nuanças significativas, propõe um novo tipo de homem, pois defende os princípios democráticos, isto é, todos têm direitos e assim se desenvolvem” (SILVA, 2012) Sendo assim, a Pedagogia Nova tendo grande influência na legislação educacional bem como nos cursos de magistério, fez com que o professor absorvesse seus ideais. Dessa forma, a Didática sofreu influências tendo como foco uma proposta prático-técnica com relação ao processo ensinoaprendizagem. 3- PERÍODO DE 1945 A 1960 O modelo político deste período foi marcado pelos princípios da democracia liberal com intensa participação das massas populares. Sob essa circunstância encontrava-se o cenário educacional. No período de 1948 a 1961, ocorreram diversos movimentos ideológicos no que tange a escola particular e a escola pública, com intensa participação das escolas católicas no movimento para difundir o método Montessori. Concomitante a esses movimentos, o sistema escolar brasileiro passou por reformas no período de 1968 a 1971 com ênfase nas questões metodológicas. No Curso Normal, o aperfeiçoamento dos professores contemplava uma tecnologia educacional importada dos Estados Unidos, com caráter técnico. Nesse ínterim, a Didática voltou-se principalmente para os processos metodológicos que não levavam em consideração a aquisição do conhecimento. 4- O PERÍODO PÓS-1964 O movimento de 1964 instalado no país modificou a ideologia política e a forma de governo bem como a educação. Com o movimento políticoeconômico tendo como premissa intensificar o crescimento econômico do país, viam na educação um papel relevante para a formação adequada de recursos humanos voltados para esse fim. Foi também nesse período que ocorreu a crise da Pedagogia Nova, pois o grupo militar tinha forte tendência tecnicista. [...] a educação, numa sociedade de classes, transmite os modelos sociais da classe dominante, forma cidadãos para reproduzirem essa sociedade, difunde as ideias políticas dessa classe e reproduz, por isso tudo, a dominação de classe (GADOTTI, 2006, p.86). Na escola objetivou-se uma proposta pedagógica focada na divisão de trabalho sob a alegação da necessidade de produtividade. Com isso houve a fragmentação de todo o processo pedagógico, acentuando um distanciamento entre os profissionais que planejavam e os que executavam. A Didática na Pedagogia Tecnicista tinha como foco a eficácia e a eficiência do processo de ensino. A prioridade era o direcionamento dos conteúdos para a organização do processo formal do ensino e para a elaboração de materiais instrucionais, demarcando que era o “processo”que direcionaria as ações dos professores e dos estudantes quanto ao modo e quando fazer, tornando a teoria e a prática cada vez mais distantes. Outro enfoque foi que a Didática deveria ser compreendida como uma estratégia para o alcance dos objetivos previstos no processo de ensino e aprendizagem. Com isso, passou a ser questionada por diversos movimentos que acentuavam a busca por novas diretrizes. Leia o artigo “Contribuição ao estudo da História da Didática no Brasil” disponível em: http://31reuniao.anped.org.br/1trabalho/gt04-4031--int.pdf 5- DA DÉCADA DE 80 AO PERÍODO ATUAL O início da década de 80 foi marcado pelo estabelecimento da Nova República, e em consequência, uma nova etapa na história do país, assinalando o fim da ditadura militar e o início do governo civil sob uma Aliança Democrática. Foi nesse período que: ✓ Acentuou a luta dos professores quanto ao direito à participação das diretrizes da política educacional, incluindo a escola pública. ✓ Aconteceu a I Conferência Brasileira de Educação em que se discutiu a idealização da concepção crítica da educação. ✓ A educação passou a ter o foco na formação da sociedade, incluindo também as camadas desfavorecidas economicamente e não mais no professor ou no aluno somente. ✓ A proposta educacional no espaço escolar englobou a negação da dominação e fez críticas à reprodução da estrutura social, promovendo discussões para transformar a sociedade. Com isso, a Pedagogia Crítica trouxe na Didática uma perspectiva de mudança, pois o enfoque estava voltado para um trabalho que ia além das técnicas e métodos, contribuindo na ampliação do papel do professor frente às perspectivas educacionais mais coerentes com o contexto social. A escola necessita de uma „organização tal que cada criança, cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos, incorporando-os como instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade (SAVIANI,1985, p.28). A Didática, portanto, auxiliou o professor frente ao processo de ideologia (politização) e ao desenvolvimento de sua prática na escola. Buscou também vencer, o enfoque tradicional recuperando o sentido do trabalho pedagógico, levando em consideração a realidade onde está inserida. Isso posto, é primordial que a Didática promova mudanças na forma de o professor pensar e agir, no sentido de democratizar o ensino, tendo ciência de que é um processo sistemático que tem como propósito, dentre outros, elaborar e transmitir conteúdos de cunho cultural e científico. UNIDADE II RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE TEORIA E PRÁTICA: TENDÊNCIAS E CORRENTES PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Os movimentos culturais, filosóficos, sociais e políticos vivenciados pela sociedade brasileira, influenciaram as tendências pedagógicas e suas práticas em todo país. Tais tendências classificam-se em: PEDAGOGIA LIBERAL, que abrange as tendências: Tradicional, Renovadora, Não Diretiva e Tecnicista e PEDAGOGIA PROGRESSISTA, que engloba as tendências: Libertadora, Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos ou Histórico-Crítica. Para que o professor tenha uma prática pedagógica que leve em consideração aspectos políticos e sociais, é necessária uma constante reflexão no que tange ao papel da escola frente à aprendizagem dos estudantes. Para tanto, faz-se necessário o conhecimento das tendências pedagógicas e seus propósitos para a aprendizagem, para que tenha discernimento sobre os fundamentos metodológicos utilizados junto aos estudantes. No processo de ensinar há o ato de saber por parte do professor. O professor tem que conhecer o conteúdo daquilo que ensina. Então para que ele ou ela possa ensinar, ele ou ela tem primeiro que saber e, simultaneamente com o processo de ensinar, continuar a saber por que o aluno, ao ser convidado a aprender aquilo que o professor ensina, realmente aprende quando é capaz de saber o conteúdo daquilo que lhe foi ensinado (FREIRE, 2003, p. 79). TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS BRASILEIRAS 1- PEDAGOGIA LIBERAL A proposta da Pedagogia Liberal surgiu no século XX, tendo por objetivo defender uma escola que preparasse os estudantes para atuar no contexto social. Assim, a ênfase estava na educação e nos conteúdos e não nas experiências de aprendizagem vivenciadas pelos estudantes, o que contribuía para manter o conhecimento como fonte de poder entre os que o detinha e os que aprendiam. Essa concepção de educação iniciou-se com a tendência Tradicional, avançando à Renovadora (também denominada Escola Nova ou Ativa) e Não Diretiva e posteriormente, à Tecnicista. 1.1- TENDÊNCIA TRADICIONAL Fonte: https://fazendopedagogia.wordpress.com A tendência Tradicional se instalou no Brasil com a chegada dos Jesuítas. Tinha como premissa um ensino pautado na transmissão dos conteúdos. Nessa tendência, crianças e adultos tinham a mesma possibilidade de aprendizagem, desconsiderando as individualidades próprias de cada faixa etária. O professor, figura central do processo ensino-aprendizagem, detinha autoridade para decidir os conteúdos a serem ministrados, a metodologia e a avaliação. As aulas tinham um caráter receptivo, automático e expositivo. As avaliações eram apresentadas aos estudantes de forma oral e escrita, cabendo- https://fazendopedagogia.wordpress.com/ https://fazendopedagogia.wordpress.com/ lhes a tarefa de adquirir o conhecimento sem questionar, passível de uma postura receptiva e memorizando os conteúdos. Assim, a educação assumiu um caráter “bancário”, em que “[...] servindo à dominação, inibe a criatividade e, ainda, que não podendo matar a intencionalidade da consciência como um desprender-se ao mundo, a doméstica” (FREIRE, 1967). Ou seja, os estudantes adquiriam os conhecimentos e as informações repassadas pelos professores e as depositavam em sua memória. Seu representante mais significativo foi Comenius. JAN AMOS KOMENSKY OU COMENIUS/COMÊNIO (1592 – 1670) Fonte: http://construindoconhecimentodidatica.blogspot.com Jan Amos Komensky ou Comenius/Comênio foi um bispo protestante, educador, cientista e escritor checo. No ocidente, foi o primeiro educador e entusiasta pela relação ensino-aprendizagem. É considerado “o pai da didática moderna”, pois seus métodos de ensino partiam dos conceitos mais simples para chegar aos mais complexos. Defendia o respeito pela criança, o que sentia e sua inteligência. Para ele, a relação professor-aluno, deveria levar em consideração os interesses e potencialidades das crianças. O ensino deveria ser ofertado a todos, propondo o acesso à leitura, escrita e ao cálculo. Seus ideais englobavam um aprendizado contínuo, por meio do pensamento lógico e não na memorização. Posteriormente à Comênio, pensadores como Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Heinrich Pestalozzi (1746-1827) e Johann Friederich Herbart (1776-1841) tornaram-se grandes expoentes por defender metodologias de ensino que refutaram a filosofia cristã da Idade Média. 1.2- TENDÊNCIA RENOVADORA PROGRESSISTA Fonte: http://blogs.odiario.com/fernandarossi/2014/01/31/ A tendência Renovadora Progressista foi um movimento defensor de uma escola pública para todos, independentemente da camada social (Escola Nova). Ocorreu no período dos anos 20 e 30 constituído por diversas correntes da educação, tendo à frente autores como Maria Montessori, John Dewey, Jean Piaget, Decroly, dentre outros. Sua premissa era a valorização educacional, que buscava promover nos estudantes a resolução de problemas cotidianoslevando em consideração suas opiniões. Assim, considerava-os como seres ativos e valorizava o experimento, a descoberta e a pesquisa. O professor era tido como facilitador, a quem cabia a tarefa de ofertar e coordenar a aprendizagem em diversas circunstâncias, considerando a individualidade dos estudantes. Seus representantes mais significativos foram: Dewey, Kilpatrick Montessori, Decroly e Piaget. JOHN DEWEY (1859-1952) Fonte: https://www.pensador.com/autor/john_dewey/ John Dewey nasceu em Burlington, no estado de Vermont. Foi professor e filósofo. Escrevia sobre arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia, política, filosofia e educação. Seu interesse pela educação ocorreu por perceber poucas mudanças no cenário educacional, que não contemplavam as descobertas da psicologia e não acompanhavam os avanços sociais e políticos. Com isso, fundou uma universidade-exílio com o intuito de alojar os estudantes perseguidos nos países sob o regime totalitarismo. WILLIAN KILPATRICK (1871-1965) Fonte: https://www.performancemagazine.org William Heard Kilpatrick nasceu na Geórgia, nos Estados Unidos. Foi um matemático, físico e discípulo de John Dewey. Destacou-se por idealizar o "Método de Projetos" ou “Pedagogia de Projetos” que consiste na realização de atividades educacionais por meio de projetos, tendo por contribuição os problemas vivenciados no cotidiano. MARIA MONTESSORI (1870-1952) Fonte: https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/ Maria Montessori nasceu na Itália. Foi pedagoga, pesquisadora e médica. Criou o “Método Montessori” voltado às crianças da educação infantil. Suas pesquisas eram, inicialmente, voltadas às crianças com deficiências e criou materiais que posteriormente fizeram parte do acervo de seu método. JEAN OVIDE DECROLY (1871- 1932) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly Ovide Decroly nasceu na Bélgica. Foi médico e professor. Seus estudos contemplavam o conhecimento do desenvolvimento físico e mental das crianças. Acreditava que a aprendizagem ocorreria de maneira espontânea pelo contato com o meio, de onde receberiam os estímulos e para onde direcionariam suas questões. A proposta mais conhecida de Decroly foi a ideia de “globalização de conhecimentos” que inclui o chamado Método Global de Alfabetização e os Centros de Interesse. https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/ https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly JEAN PIAGET (1896-1980) Fonte: https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/ Jean Piaget nasceu na Suíça. Foi psicólogo e importante estudioso da pedagogia infantil. Revolucionou os conceitos de inteligência e desenvolvimento cognitivo. Descobriu através de avaliações, que as crianças da mesma faixa etária cometiam os mesmos erros, o que o levou a acreditar que o pensamento lógico se desenvolvia gradativamente. Começou então, a estudar o desenvolvimento das habilidades cognitivas das crianças. A metodologia educacional criada por Jean Piaget passou a servir de modelo para diversas escolas em grande parte do mundo. 1.3- TENDÊNCIA RENOVADA NÃO-DIRETIVA Fonte: https://infantiltremanes.files.wordpress.com A tendência Renovada Não-Diretiva defendia que na estruturação pedagógica, a escola tenha por função formar atitudes nos estudantes. Essa tendência preocupa-se mais com problemas de ordem psicológica do que de ordem pedagógica. O foco principal é o aluno, desconsiderando as disciplinas escolares. Ao professor cabe a tarefa de promover situações que favoreçam a aprendizagem, levando os estudantes a empenharem-se na aquisição dos conhecimentos. Seu representante mais significativo foi: Carl Rogers https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/ https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/ CARL ROGERS (1902-1987) Fonte: http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com Carl Ransom Rogers nasceu em Illinois, nos Estados Unidos. Foi psicólogo. Desenvolveu a Psicologia Humanista e foi um dos responsáveis de maior expressão pelo acesso dos psicólogos ao ambiente clínico, antes dominado pelas áreas da psiquiatria e psicanálise. Suas pesquisas e observações clínicas foram a base de sua atuação como terapeuta. 1.4- TENDÊNCIA TECNICISTA Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9aLx_UCJ3VY A tendência tecnicista surgiu nas décadas de 70 e 80, devido ao avanço científico e tecnológico, tendo forte influência na atualidade. Sua grande influência foi a psicologia behaviorista, que defendia uma articulação entre estímulos e recompensas. Assim, sua premissa foi condicionar os estudantes a dizer as respostas de acordo com o que o professor esperava. Quanto à prática da pedagogia tinha um caráter controlador e dirigido, por meio da proposição de atividades mecânicas. O foco principal foi atender a http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/ http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/ sociedade capitalista, motivada pela teoria behaviorista, que valorizava um ensino fragmentado. Seus maiores expoentes foram: Pavlov, Watson e Skinner. IVAN PAVLOV (1849-1936) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Pavlov Ivan Petrovich Pavlov nasceu na Rússia. Foi médico e fisiologista. Elaborou a "Teoria dos Reflexos Condicionados", comprovando a relação existente entre o sistema nervoso e o sistema digestivo e que as funções do corpo humano eram controladas pelo sistema nervoso. Suas pesquisas foram realizadas com cães, chegando à conclusão de que algumas respostas comportamentais poderiam ser “reflexos” não condicionados, ou seja, não poderiam ser aprendidos, ao passo que outras eram condicionadas e poderiam ser aprendidas. Concluiu que por meio de repetições consistentes teria possibilidade de gerar ou remover reações fisiológicas e psicológicas em pessoas e animais. JOHN WATSON (1878-1958) Fonte: https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia John Broadus Watson nasceu na Carolina do Sul nos Estados Unidos. Foi um psicólogo considerado o pai do "Behaviorismo Metodológico" ou "Comportamentalismo", que se configura como um método de investigação, https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia tendo por base a psicologia, com o intuito de averiguar objetivamente o comportamento das pessoas e dos animais, por meio de estímulos e reações. SKINNER (1904-1990) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner Burrhus Frederic Skinner nasceu na Pensilvânia nos Estados Unidos. Foi um psicólogo inspirado pela teoria dos “reflexos condicionados” de Pavlov e pelo “comportamentalismo” de Watson. Foi adepto do “Behaviorismo Radical” que negava as causas mentais para justificar a conduta humana. Para Skinner, a pessoa era considerada um ser único e não um ser constituído de corpo e mente. SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/379085/ Leia o artigo “As Tendências Pedagógicas Liberais” disponível em: ttp://wwwtendenciaspedagogicas.blogspot.com/2011/06/as tendencias-pedagogicas-liberais.html2- PEDAGOGIA PROGRESSISTA Fonte: http://grupo6psicogestao.blogspot.com A proposta da Pedagogia Progressista por meio de argumentos críticos com relação à realidade social asseguram os ideais políticos e sociais da educação, opondo-se às ideias impostas pelo capitalismo. Essa concepção de educação iniciou-se com a tendência Progressiva Libertadora, avançando à Libertária e posteriormente, à Crítico-social dos “conteúdos” ou "Histórico-Crítica”. https://slideplayer.com.br/slide/379085/ https://slideplayer.com.br/slide/379085/ http://grupo6psicogestao.blogspot.com/ http://grupo6psicogestao.blogspot.com/ 2.1- TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ A tendência Progressista Libertadora ou Pedagogia de Paulo Freire relacionava a educação à luta e organização de classe do oprimido, sendo que o mais relevante seria o conhecimento de sua própria realidade. Para tanto, a educação teria como foco realizar um trabalho com intuito de libertar a consciência crítica para realizar uma transformação social. O foco dessa tendência estava nas discussões políticas e sociais, em que o professor coordena e atua junto aos estudantes. Seu representante mais significativo foi Paulo Freire. PAULO FREIRE (1921-1997) Fonte: https://www.pensador.com/autor/paulo_freire/ Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, Pernambuco. Foi educador, pedagogo e filósofo. Por ser considerado notável na história da pedagogia, é o Patrono da Educação Brasileira, influenciando também o movimento intitulado “pedagogia crítica”. Foi o criador de um método de alfabetização para adultos, que consistia em apresentar palavras geradoras da realidade dos estudantes. http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ 2.2- TENDÊNCIA LIBERTÁRIA Fonte: http://curvetube.com/freinet_en_las_noticias A tendência Libertária considera o homem inserido em um mundo material, social e cheio de convicções, tendo na escola um local de valorização e de luta a favor das classes populares e onde se adquire os conhecimentos históricos da humanidade. Tinha por premissa aumentar o conhecimento acerca da realidade vivenciada pelo homem e auxiliá-lo para que tivesse autonomia e liberdade social, cultural, econômica e política. Com isso, acreditava-se que o mais importante era obter o conhecimento adquirido pelo processo educacional para modificar a realidade vivenciada. Seu representante mais significativo foi Celestin Freinet. CELESTIN FREINET (1896 - 1966) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet Celestin Freinet nasceu na França. Foi um importante pedagogo de sua época, defensor dos ideais da “Escola Nova”, atuando a favor das escolas democráticas. Para esse pesquisador, a atuação pedagógica na escola deveria levar em consideração o contexto social e político da comunidade escolar. Aos profissionais da escola, caberia a tarefa de organizar atividades que contassem também com a participação da comunidade por meio de associações, conselhos, jornais escolares, dentre outras. Para tanto, a relação professoraluno seria essencial para o desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem junto aos estudantes. 2.3- TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS OU HISTÓRICO-CRÍTICA A tendência Progressista “Crítico-Social dos Conteúdos” ou “HistóricoCrítica” surgiu no Brasil no final dos anos 70, ressaltando a necessidade de priorizar os conteúdos com foco na realidade social. O papel do professor nessa tendência é preparar o estudante para a vida adulta, incentivando-o a participar de forma ativa e organizada no processo de democratização da sociedade através da aquisição de conhecimentos e nas relações interpessoais. É também um mediador no processo de aprendizagem, tendo por foco central os estudantes. Para Saviani A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais da Educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a Educação e consequentemente como é preciso se posicionar diante dessas contradições e desenreda a educação das visões ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que cabe imprimir à questão educacional (1991, p. 103). Na busca por um espaço de participação democrática, essa tendência considera a escola o local para aquisição e ampliação do saber, onde os conteúdos pedagógicos estão diretamente ligados ao contexto da realidade social. Os professores têm a tarefa de administrar os conteúdos mais relevantes e que possam contribuir efetivamente para a formação profissional dos estudantes. Entretanto, faz-se necessário que as metodologias sejam atraentes para estimular o interesse dos estudantes pelos conteúdos propostos, além de favorecer a compreensão das estratégias educacionais como contribuição para entendimento da realidade social. No Brasil, seus representantes mais relevantes são Dermeval Saviani, José Carlos Libâneo, Carlos Roberto Jamil Cury e Guiomar Namo de Mello. Leia o artigo “Pedagogia Progressista” disponível em: http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia progressista.html SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/379085/ http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html UNIDADE III DIDÁTICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR A Didática constitui-se como uma área relevante para os estudos no âmbito dos cursos de formação de professor, apresentando como foco de estudo o ensino e suas diversas nuances nas questões que envolvem a teoria e a prática, considerando, sobretudo, que é tarefa do professor mediar o processo ensino-aprendizagem. Para tanto, é necessário considerar diferentes aspectos como: estratégias, metodologias, recursos, planejamento, processos avaliativos, conhecimentos com relação às teorias de aprendizagem e programas educacionais, formação continuada e a inserção dos estudantes no contexto escolar. Todas essas questões são construídas ao longo da formação profissional, tendo na Didática um apoio relevante nesse processo de aquisição de instruções e competências. Neste sentido, a Didática é importante por apresentar estratégias que possibilitem ao professor compreender como ensinar e não somente entender como fazer. Conforme afirma Tardif, os saberes são “um conjunto de representações a partir dos quais os professores interpretam, compreendem e orientam sua profissão e sua prática cotidiana (...) constituem, por assim dizer, a cultura docente em ação” (2002, p. 49). A dialética ensinar e fazer precisa estar fundamentada em uma proposta que considere a interação e o vínculo com os estudantes, assim, o aprendizado escolar ocorrerá de forma mais significativa. Nesse enfoque, a Didática tornase transformadora da realidade educacional, uma vez que muda a atuação do professor e do estudante. No âmbito da sala de aula, os desafios são constantes, porém há diversas possibilidades de atuação docente. Quando o professor mantém uma relação de proximidade com os estudantes, terá melhores resultados ao desafiá-los a pensar conjuntamente por soluções e aquisição do conhecimento. Outro fator a considerar no contexto da Didática, relaciona-se ao planejamento pedagógico, pois demonstra autonomia e finalidade por parte do professor e da instituição escolar. Como consequência,haverá uma interligação entre ambos para a construção de estratégias que proporcionará ao professor mediar obstáculos e situações conflituosas presentes na rotina da escola. Para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma a atingir os objetivos que a educação propõe, a Didática, enquanto perspectiva ao longo das reformas educacionais servirá de base para que o professor conduza esse processo aliando a teoria com a prática. Para tanto, é necessário que o futuro professor esteja ciente da necessidade de atualização dos conteúdos assimilados, estando em constante processo de formação e aprendizagem, para aperfeiçoar suas práticas pedagógicas bem como adequar o ensino à melhor metodologia. De acordo com Libâneo (2001, p. 36) [...] a tarefa de ensinar a pensar requer dos professores o conhecimento de estratégias de ensino e o desenvolvimento de suas próprias competências do pensar. Se o professor não dispõe de habilidades de pensamento, se não sabe “aprender a aprender”, se é incapaz de organizar e regular suas próprias atividades de aprendizagem, será impossível ajudar os estudantes a potencializarem suas capacidades cognitivas. Quanto à identidade profissional e para que tenha uma atuação positiva, precisa estar atento e aproximar-se dos estudantes, assim conseguirá a devida atenção, tão necessária para o desenvolvimento deles. Sendo condutor de sua própria história, construirá por meio de atitudes e valores seu percurso educacional. Segundo Nóvoa: A identidade não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é um espaço de construção de maneiras de ser e de estar na profissão. Por isso, é mais adequado falar em um processo identitário, realçando a mescla dinâmica que caracteriza a maneira como cada um se sente e se diz professor. A construção da identidade passa sempre por um processo complexo graças ao qual cada um se apropria de um sentido da sua história pessoal e profissional. É um processo que necessita de tempo. Um tempo para refazer identidades, para acomodar inovações, para assimilar mudanças (1995, p. 16). No âmbito da formação profissional, é preciso ressaltar os contextos: social, cultural, político, econômico e tecnológico pelos quais a sociedade está vivenciando, pois refletem no ambiente escolar. Por isso é tão importante que o profissional compreenda a necessidade de constante formação, para que tenha discernimento e cautela para administrar situações conflituosas e avançar nas questões pedagógicas com comprometimento. Esse contexto histórico, em que os sistemas de ensino estão inseridos, exigirá professores que tenham discernimento para pensar e agir, já que a premissa de sua atuação não será somente a transmissão dos conhecimentos, mas sobretudo, a competência docente e o comprometimento com a qualidade do ensino. O professor vivenciará situações singulares, percebendo a importância de redirecionar o seu planejamento de forma a comprometer-se com a aprendizagem dos estudantes, especialmente ao perceber que poderá estar incapacitado para resolvê-las. Sob esse olhar, a competência profissional deve ser considerada, porém não há um manual com instruções a seguir. De acordo com Abdalla, “Quanto mais o professor foi tomando conhecimento de sua realidade, explicitando os seus valores, tanto mais ele foi tomando decisões, que o levaram a enfrentar e a superar os obstáculos que foram surgindo em sua prática” (2006, p. 85). Os cursos de formação devem ter como intuito, capacitar o profissional para realizar pesquisas que contemplem a busca por novas direções, além da docência para atuar, associando a teoria com a prática, bem como para enfrentar os desafios da atualidade. Também necessitam propor reflexões que incluam Leia o artigo “Didática e Formação de Professores” disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980 -5314-cp-47- 1661100.pdf além da prática, a relação com os estudantes, pois atuar de forma reflexiva auxilia no combate às práticas tendenciosas e de injustiça reproduzidas em sala de aula pelos estudantes e pelos próprios professores. Fonte: http://mary-xanxere.blogspot.com/2018/06/artigo.html É importante assinalar que na atualidade, o professor necessita estar atento às demandas que poderão surgir, visto que uma de suas atribuições é dialogar no que se refere à percepção, uso e apreciação de inovações, que podem ser de conhecimento dos estudantes e não fazer parte da realidade escolar. Tais conhecimentos, disponíveis, são encontrados em redes sociais ou ambientes virtuais. Cabe ao professor fomentar nos estudantes a reflexão crítica do conteúdo a que tiveram acesso e não simplesmente esclarecer. Fonte: https://br.pinterest.com PRINCIPAIS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DOCENTE ✓ Inserir práticas que contemplem os saberes pedagógicos, curriculares, disciplinares e experienciais na formação inicial e continuada. ✓ Difundir conhecimentos acerca da história da educação, teorias pedagógicas, desenvolvimento humano e questões pertinentes ao ambiente escolar. ✓ Promover formação inicial e continuada com foco na pesquisa, abordando temáticas com foco na cidadania, criticidade e atuação docente. ✓ Promover discussões acerca de temáticas como: avaliação, projetos, metodologias, avaliação, estratégias educacionais, gestão democrática, dentre outras. UM PROFESSOR CONSCIENTE DE SUA ATUAÇÃO... Fonte:https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/mudancas-na-educacao-redefiniram-papel-do-professor Leia o artigo “A Importância da Didática na Formação Docente” disponível em: https ://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/did atica -formacao-docente UNIDADE IV APLICAÇÃO PRÁTICA DA DIDÁTICA A Didática destaca a relação professor-estudante-conteúdo como elemento que se constitui por meio de diversas ações cotidianas (LIBÂNEO, 1992). Tais ações nos levam às seguintes reflexões: Na prática docente, toda proposta pedagógica deve ter como foco os objetivos sociais e políticos pertinentes à educação, definindo o que ensinar, ou seja, os conteúdos que contemplam a base curricular, levando em consideração a faixa etária dos estudantes. Sendo assim, o professor precisa estar qualificado para oferecer um ensino que esteja estruturado por uma proposta que considere as peculiaridades dos estudantes e que o oriente a atuar com segurança, com objetividade e com qualidade. PLANEJAMENTO DO ENSINO O planejamento do ensino constitui-se numa sistematização do processo educacional tendo por intuito, auxiliar os estudantes a atingir as metas e objetivos designados. Seu propósito é estabelecer a organização das ações pedagógicas. Para tanto, divide-se em: “Plano de Curso ou Plano de Ensino” e “Plano de Aula”. Leia o artigo “O Planejamento Escolar - José Carlos Libâneo” disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4452090/mod _resource/content/2/Planejamento%20- %20Lib%C3%A2neo.pdf ➢ PLANO DE CURSO OU PLANO DE ENSINO O Plano de Curso ou de Ensino prevê a organização do trabalho docente para um semestre ou ano todo. Necessita estar fundamentado e subdividido em unidades que contemplem conteúdos, objetivos e metodologias diversas. Para Vasconcellos (1995, p. 94), é “a sistematização da proposta geral de trabalho do professor numa determinada disciplina ou área de estudo”. O essencial é que o professor proponha atividades com vistas a desenvolver nos estudantes o conhecimento, as competências, as habilidades e atitudes. ➢ PLANO DE AULA O Plano de Aula serve de basepara o desenvolvimento dos conteúdos em sala de aula. Ele prevê o detalhamento de ações concretas para o desenvolvimento do Plano de Curso ou Plano de Ensino. A ação docente, nesse sentido, necessita explicitar de forma clara a temática a ser abordada, os objetivos específicos e os conteúdos, além de prever meios de acompanhar o desempenho dos estudantes, por meio de avaliações. Portanto, o “Planejamento de Ensino” tem como foco estruturar o processo educacional considerando aspectos como: objetivos, conteúdos escolares, metodologias de ensino, relação professor–estudante e processos avaliativos, conforme discriminado a seguir. Fonte: https://slideplayer. com.br/slide/3347748/ 1- OBJETIVOS DO ENSINO Fonte:https://br.freepik.com/fotos-vetores O ensino deve ter por objetivo, direcionar o processo educacional de forma a indicar se as estratégias utilizadas e os resultados obtidos foram os esperados. Assim, os objetivos do ensino devem ser definidos com clareza para que o professor conduza o processo ensino–aprendizagem de forma intencional e sistemática, uma vez que para realizar a docência, é importante atuar ativamente, ora planejando, ora direcionando as atividades em sala de aula. Para estabelecer os objetivos, é necessário que o professor selecione os referenciais bibliográficos que embasarão seus conteúdos, e, portanto, todo o processo educacional junto aos estudantes. Posteriormente ele definirá o objetivo geral (que se refere a questões mais amplas) e os objetivos específicos (que se referem ao direcionamento da ação docente rumo aos resultados esperados), expressando sobretudo, as expectativas do professor com relação aos resultados esperados, no decorrer do processo de ensino. Os objetivos também possuem um caráter pedagógico, visto que explicitam a direção a ser estabelecida no trabalho escolar, com relação ao programa de formação. Para definir os objetivos é necessário considerar: ✓ Que estejam compreensíveis para os estudantes. ✓ Que o nível de dificuldade esteja compatível com a turma. ✓ Que seja um constante desafio na resolução de situações problemas. ✓ Que levem em consideração os resultados, direcionando o processo de avaliação diagnóstica. 2- CONTEÚDOS ESCOLARES Fonte:https://www.reiaudio.com.br/ É tarefa do professor definir e estruturar os conteúdos escolares a serem propostos aos estudantes. Devem estar de acordo com as diretrizes educacionais e os critérios estabelecidos na legislação vigente, levando em consideração diversos aspectos, dentre eles, validade, flexibilidade, significação, elaboração pessoal e utilidade do conteúdo. Entretanto, é importante observar se o programa educacional está de acordo com a realidade local, evitando assim, um distanciamento entre ambos. Ensinar os conteúdos requer organizá-los de forma a englobar o ensino, considerando os conhecimentos prévios dos estudantes. 3- METODOLOGIAS DE ENSINO Fonte: https://aprendendocomtiadebora.com A Didática como ciência, estabelece uma relação entre os métodos próprios da ciência, para fundamentar o ensino. As metodologias de ensino constituem um conjunto de ações relacionadas à organização, ao método de ensino em conformidade com as teorias educacionais (tradicionais, métodos ativos, métodos de resolução de problemas, dentre outros), bem como ao processo ensino-aprendizagem dos estudantes. Existem também as metodologias específicas, pertinentes às disciplinas escolares, como a Metodologia do Ensino da Matemática, a Metodologia do Ensino de Ciências, a Metodologia do Ensino de Geografia, dentre outras. CONHECENDO OS MÉTODOS DE ENSINO No momento do planejamento, selecionar o melhor método ou a melhor técnica a ser utilizada no processo educacional, requer do professor a realização de constantes pesquisas com o intuito de compreender os pressupostos teóricos que embasarão sua área de atuação. A seguir, apresenta-se uma sintetização dos Métodos de Ensino: ❖ AULA EXPOSITIVA: é a apresentação oral de um conteúdo ou temática relacionada à disciplina curricular, podendo manifestar nos estudantes o desejo de participar por meio de discussões ou pesquisas. ❖ ESTUDO DIRIGIDO: a partir de um roteiro definido pelo professor, os estudantes aprofundam seus estudos utilizando recursos como pesquisas, leituras de textos, confecção de materiais, dentre outros, tendo por intuito a compreensão dos conteúdos. ❖ DRAMATIZAÇÃO: consiste na atuação dos estudantes frente às situações diversas. O intuito é contribuir para elevar a autoestima, a autonomia, a motivação e a aprendizagem. ❖ TRABALHO EM GRUPO: visa proporcionar o diálogo, a pesquisa, o planejamento, a divisão de tarefas, além de estratégias para aquisição do conhecimento. ❖ ESTUDOS DE CASO: é a apresentação de um fato relacionado a um tema em estudo. Tem como foco a análise e a busca por alternativas de solução. ❖ MÉTODO DE PROJETOS: consiste na solução de problemas, por meio da realização de projetos educacionais pertinentes aos conteúdos estudados. 4- RELAÇÃO PROFESSOR – ESTUDANTE Fonte: https://br.pinterest.com O ensino e a aprendizagem são inerentes à prática docente. Para que os estudantes tenham êxito, torna-se necessário considerar os fatores afetivos e sociais e a relação estabelecida entre o professor e o estudante. Essa relação é primordial para motivá-los a interagir com os estudos. Por consequência, ambos são responsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem. A interação professor-alunos é um aspecto fundamental da organização da situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não é o único fator determinante da organização do ensino, razão pela qual ele precisa ser estudado em conjunto com outros fatores, principalmente e a forma de aula (atividade individual, atividade coletiva. Atividade em pequenos grupos, atividade fora da classe etc.). (LIBÂNEO, 1994, p. 249). Quando o professor e o estudante têm uma relação de proximidade no processo de ensino, o aprendizado ocorre com maior motivação, pois a interação favorece a criação de estratégias e possibilidades que favorecem a compreensão das atividades que estão sendo propostas. 5- AVALIAÇÃO https://br.pinterest.com Avaliar envolve, sobretudo, analisar se os objetivos, os conteúdos e as metodologias de ensino alcançaram o planejamento estabelecido para a aprendizagem dos estudantes. Fatores como dedicação, empenho e participação efetiva do estudante, bem como o comprometimento e a qualificação do professor, são cruciais para a efetivação de um processo educacional de qualidade. [...] avalia de verdade quem pondera, quem examina o aluno e suas circunstâncias, quem, pelos caminhos dos conteúdos, aprende significações e transfere soluções, quem descobre a distância verdadeira entre o que se sabia e o que se aprendeu; quem, enfim, sabe descobrir a zona de desenvolvimento proximal do aluno e por ela medita sobre suas conquistas (Antunes, 2013). Não resta dúvida de que o grande desafio da prática docente está relacionado ao processo de avaliação, que ainda hoje é tido como instrumentode controle e dominação. Angustiado em estimular o estudante para o interesse nas atividades, o professor utiliza a avaliação como instrumento de poder, objetivando conseguir o controle disciplinar e o comprometimento dos estudantes. Fonte:https://professordigital.files.wordpress.com Leia o artigo “Avaliação Escolar” disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho- docente/avaliacao-escolar.htm MODALIDADES DE AVALIAÇÃO ❖ AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: A avaliação diagnóstica é proposta no início do ano letivo ou após o período avaliativo, tendo por objetivo, verificar o conhecimento prévio dos estudantes. Busca também identificar se estão aptos a iniciarem a aprendizagem de novos conteúdos, bem como as dificuldades decorrentes do processo de aprendizagem. ❖ AVALIAÇÃO FORMATIVA: A avaliação formativa é efetuada durante todo o ano letivo, pois é processual, ou seja, está em constante processo de observação. Busca verificar se os objetivos previstos estão sendo alcançados e quais os resultados foram obtidos pelas atividades propostas. Também permite ao professor, identificar as dificuldades decorrentes de sua atuação, permitindolhe refletir e aperfeiçoar sua prática. ❖ AVALIAÇÃO SOMATIVA: A avaliação somativa é realizada no final do período avaliativo ou no final do ano letivo. Seu propósito é classificar os estudantes de acordo com o desempenho obtido pelas notas ou conceitos, para determinar sua aprovação para o ano escolar/série subsequente. BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. 1 ed. Curitiba. InterSaberes, 2012. MELO, Alessandro de; URBANETZ, Sandra Terezinha. Fundamentos de Didática. 1 ed. Curitiba. IBPEX, 2007. VEIGA, Ilma P. Alencastro. Repensando a didática. 29 ed. Campinas. Papirus, 2012. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS ABDALLA, Maria de Fátima Barbosa. O senso prático de ser e estar na profissão. São Paulo: Cortez, 2006. ANTUNES, Celso. A avaliação da aprendizagem escolar. 10ª ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. FREIRE, Paulo. 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LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições - 17.ed. São Paulo, Cortez, 2005. NÓVOA, Antônio (Org.). Os professores e as histórias de vida. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 1995. p. 214. SAVIANI, Dermeval. Educação Brasileira: Estrutura e Sistema. São Paulo: Saraiva, 1985. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 33. ed. revisada. Campinas: Autores associados, 2000. SILVA, Ednaldo Gomes da. O bê-á-bá da Educação no Brasil. In: Revista Construir Notícias. Edição nº 64. Mai - jun. 2012. TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: vozes, 2002. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: plano de ensinoaprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertat. 1995. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Didática: uma retrospectiva histórica. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Repensando a didática. 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