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PEDAGOGIA 
 
Disciplina: Pedagogia, Instrução e 
Método 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
UNIDADE I ........................................................................... 3 
UNIDADE II ........................................................................ 14 
UNIDADE III ....................................................................... 29 
UNIDADE IV ...................................................................... 35 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA ......................... 45 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS ............ 46 
 
 
 
UNIDADE I 
 
PRESSUPOSTOS DA DIDÁTICA E RETROSPECTIVA 
HISTÓRICA 
A Didática propõe como objeto de estudo, o processo de ensino com vistas 
a alcançar a aprendizagem, valendo-se de diversos elementos, dentre eles a 
prática pedagógica cotidiana e a organização do ensino; sendo este último, o 
compromisso primordial da Didática, que se efetiva por meio de objetivos, 
metodologia, recursos pedagógicos, conteúdos e avaliação. 
Outro enfoque, diz respeito à sala de aula no tocante à relação professor-
aluno, fator fundamental para o desenvolvimento de uma proposta educativa, já 
que é tarefa do professor conduzir o processo de aprendizagem dos estudantes, 
incentivando-os frente aos desafios que surgem no âmbito educacional. 
Para muitos estudantes de cursos de formação de professores, a Didática 
é tida como uma disciplina capaz de fornecer meios que os instrumentalizem 
para a atuação docente futura. Esperam, assim, conseguirem manuais práticos 
que os orientem em cada etapa dessa atuação, nas mais variadas situações. 
Porém, o papel da Didática, como uma disciplina que se apoia na ciência da 
educação, analisa a sala de aula no cotidiano, por meio de princípios gerais, 
problemas escolares e elabora teorias, tendo ainda, na prática, seu objeto de 
estudo. 
A Didática então se preocupa com a atuação docente, nas questões 
relacionadas às práticas educativas que envolvem crianças, jovens e adultos; por 
meio de estratégias adequadas a cada faixa etária para o ato de aprender e as 
metodologias mais eficazes. Aborda também os conflitos decorrentes da prática 
educacional, os meios menos eficazes de aprendizagem, bem como a superação 
desses desafios no âmbito da escola. 
A ação individual em condições específicas caberá a cada docente em 
seu cotidiano escolar. A escolha acerca da melhor forma de agir em situações 
próprias da prática docente deverá se apoiar nos conhecimentos fornecidos pela 
Didática, nos princípios considerados adequados pelo docente em situações não 
previstas, pois essa é uma das tarefas do professor em seu dia a dia. 
 
Ao abordarmos a Didática e sua retrospectiva histórica, nos reportamos 
aos seus estudos, uma vez que sempre estiveram presentes na história da 
humanidade, visto que o homem sempre aprendeu e ensinou algo. Porém, a 
escola tida como uma instituição voltada para todos só foi constituída na 
sociedade, tendo como foco a transmissão da cultura construída pela 
humanidade, há pouco tempo. 
Grandes nomes da Antiguidade, como Sócrates, Platão e Aristóteles e da 
Idade Média, como Santo Agostinho e Tomás de Aquino, ainda são tidos como 
personalidades que influenciaram os pensadores vigentes rumo aos ideais de 
uma educação com qualidade e para todos. 
 
 SÓCRATES (470 a.C.-399 a.C.) 
 
Fonte: https://www.ebiografia.com/socrates/ 
 
Sócrates foi um filósofo grego que nasceu em Atenas, na Grécia. 
Chamava atenção de todos pela inteligência que demonstrava, assim como pelo 
hábito de andar pelas ruas de Atenas, por horas, imerso em seus pensamentos. 
A maior ambição de Sócrates era ser além de mestre, um benfeitor da 
humanidade. Seu desejo era ver a justiça social estabelecida por todo o mundo. 
Era solícito aos negócios alheios, muitas vezes esquecendo-se dos seus. 
Para expressar suas ideias, com o intuito de transmitir o saber, nunca 
respondia às perguntas que lhe eram dirigidas, pelo contrário, as fazia. 
Sócrates defendia que a “Polis Grega” deveria ser governada pelas 
pessoas que detinham o conhecimento, pois era contrário à democracia grega e 
à forma como era praticada em Atenas, tecendo implacáveis críticas às crenças 
religiosas e aos costumes da cultura grega. 
 
 
 
PLATÃO (427 a.C. - 347 a.C.) 
 
 https://www.ebiografia.com/platao/ 
 
Platão foi um filósofo grego que nasceu em Atenas, na Grécia. Foi 
discípulo de Sócrates e considerado um dos principais pensadores da história da 
filosofia na Antiguidade. Seu pensamento tinha por base a teoria de que o mundo 
que percebemos por meio de nossos sentidos, era um mundo utópico. Para ele, 
o mundo espiritual seria mais elevado, onde as ideias eram o que de fato existiam 
e que, somente por meio da razão seria possível conhecê-lo. 
Pertencia a uma família considerada como uma das mais nobres de 
Atenas. Estudou escrita, leitura, pintura, música, poesia e ginástica Era 
considerado um excelente atleta, participando inclusive, dos jogos olímpicos 
como lutador. 
Seus estudos deram-lhe condição intelectual e formação necessária para 
formular suas próprias teorias e aprofundar os ensinamentos de Sócrates. 
Para disseminar seu pensamento, escreveu a história “O mito da caverna”, para 
explicar que antes da alma ficar presa no corpo, ela habitava o mundo das 
“ideias” e que posteriormente fixava apenas lembranças dessa vivência anterior. 
 
 
 
 
 
 
ARISTÓTELES (384 a.C.–322 a.C.) 
 
 https://www.ebiografia.com/aristoteles/ 
Aristóteles foi um filósofo grego, que nasceu na Macedônia, na Grécia. 
Recebeu formação em Ciências Naturais. Aos 17 anos seguiu para Atenas para 
ampliar seus estudos. Com sua prodigiosa inteligência, logo se tornou o discípulo 
predileto de Platão. 
Foi um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental, pois 
elaborou um sistema filosófico que abrangia discussões sobre geometria, física, 
metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, 
poesia, retórica, matemática e principalmente a lógica. 
Também foi considerado um crítico que conseguia ir além de seu mestre 
Platão. Sua teoria refutava a de Platão, que defendia a existência do mundo das 
ideias e do mundo da sensibilidade. Para Aristóteles seria possível absorver o 
conhecimento no próprio mundo em que se vive. 
Fundou sua própria escola, nominando-a “Liceu”. Ofertava cursos técnicos 
para seus discípulos e ministrava aulas públicas para os demais interessados. 
Foi considerado: (1) “Pai da Lógica”, ensinando a pensar com clareza. (2) 
“Fundador da Biologia”, instruindo a observar e classificar corretamente os seres 
vivos. (3) “Organizador da Psicologia”, mostrando a maneira de estudar a alma 
cientificamente. (4) “Mestre da Moral”, 
demonstrando como amar e odiar racionalmente. (5) “Professor de Política”, 
ensinando a governar com justiça. (6) “Originou a Retórica”, ensinando a 
escrever com eficiência. 
Sua filosofia abrangia: a Metafísica (natureza de Deus), a Ética (do 
homem) e a Política (Estado). Para Aristóteles, Deus é o motor do mundo e não 
o criador, pois toda fonte de movimento, exceto Deus, seja pessoa, objeto, ou 
pensamento, é um motor conduzido. E, para ser feliz, seria necessário realizar o 
bem ao próximo, pois, o homem é um ser social e, portanto, um ser político. 
 
 
Leia o artigo “Educação e a formação do cidadão” disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 
 
40601995000100018 
 
 
 
 
 
 
SANTO AGOSTINHO (354-430) 
 
https://direitoacademico.webnode.com.br/ 
 
Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona nasceu na cidade da Numídia 
(hoje Argélia), na África, região dominada pelos romanos. Foi um filósofo, 
escritor,bispo e um eminente teólogo cristão. 
Dedicou-se aos estudos da música, física, matemática e filosofia. Foi 
professor de retórica na corte imperial em Mediolano (Milão) e aos 30 de idade, 
atuou na mais importante posição acadêmica do mundo latino. 
Devido às suas concepções sobre fé e razão; igreja e Estado, influenciou 
toda a Idade Média. Foi sacerdote e bispo auxiliar de Hipona, tornando-se um 
dos expoentes da teologia católica. Sua atuação foi de extrema importância para 
o estabelecimento da hierarquia na Igreja Católica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOMÁS DE AQUINO (1225-1274) 
 
 https://sites.google.com/site/teociencia/web 
 
Tomás de Aquino nasceu no reino da Sicília, na Itália. Foi um frei católico, 
filósofo e teólogo da Idade Média. Aos 15 anos, entrou para o convento da Ordem 
Dominicana (críticos da vida religiosa tradicional em defesa de práticas e difusão 
do ensino). 
Tinha por objetivo propagar a fé cristã, levando-o a estudar na 
Universidade de Paris, por ser um prestigiado Centro de Estudos da Idade Média. 
Com isso, por sofrer influência de grandes teólogos, tornou-se professor. Após 7 
anos lecionando em Paris, iniciou os estudos para elaborar sua doutrina cristã. 
 
 
 
No Brasil, dois períodos marcam o desenvolvimento da Didática: o 
primeiro, de 1549 a 1930, aborda seu papel anteriormente à inclusão nos cursos 
superiores de formação de professores. Já o segundo, no início na década de 
30, busca descrever sua trajetória até os dias atuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIDÁTICA E SEUS PRIMÓRDIOS NO BRASIL 
 
1- PERÍODO DE 1549 A 1930 
 
Os primórdios da educação brasileira remetem ao período de 1549 a 1930, 
quando os jesuítas aparecem como os principais educadores do período colonial, 
atuando de 1549 a 1759. 
Naquela época, o perfil da sociedade estava voltado para a agricultura e 
exportação, não tendo a educação grande importância. O objetivo principal era 
manter a dominação dos povos nativos, propondo instruções sobre o modo de 
vida. Aos negros permanecia a tarefa do trabalho pesado. Quanto à tarefa 
educativa, tinha como premissa promover a catequese aos índios e negros e a 
instrução aos descendentes da elite. O plano educacional contemplava a 
humanização e a enciclopédia tradicional na perspectiva religiosa, apoiada na 
teologia de São Tomás de Aquino e por uma pedagogia tradicional, que tinha 
uma visão centrada no homem como criação divina. 
A ação pedagógica orientada pelos jesuítas tinha como característica a 
doutrina do pensamento, contrária ao pensamento crítico. O ensino também não 
abarcava a realidade vivenciada na colônia. Privilegiavam a memorização e os 
livros eram selecionados de forma rigorosa. 
A educação jesuítica, pouco contribuiu para modificar a vida social e 
econômica na colônia, pois o perfil dos padres-professores era a formação 
psicológica com ênfase no conhecimento sobre si e o aluno. Sendo assim, não 
era possível pensar em uma didática que contemplasse uma perspectiva de 
mudança na educação do país, pois era permeada por uma proposta 
dominadora, com aulas expositivas e avaliações orais, que privilegiava a 
ideologia dos colonizadores. 
Posteriormente aos jesuítas, foram poucas as mudanças observadas na 
sociedade colonial, no período do Império e da República. No âmbito 
educacional, revogou-se o ensino religioso nas escolas públicas. 
Quanto à Didática, era entendida como regras que auxiliavam os 
professores no trabalho docente. 
 
 
 
2- PERÍODO DE 1930 A 1945 
 
A sociedade brasileira, na década de 30, passou por transformações 
influenciadas pela reorganização socioeconômica. Devido às dificuldades da 
economia mundial capitalista, o Brasil vivenciou uma crise cafeeira, o que fez 
com que substituísse o modelo de importações. Ao mesmo tempo, vivenciou a 
Revolução de 30, um movimento de reestruturação econômica e política que 
originou uma nova etapa da República brasileira. 
Segundo Libâneo: 
 
A mudança é um processo que constrói aos poucos, de acordo 
com o nível de desenvolvimento de cada sociedade, como 
consequência das mudanças de maneiras para suprir suas 
necessidades, o homem muda também os padrões de cultura no 
decorrer dos anos, porém: “muda a sociedade e somente mais 
tarde muda a educação”. (1998, p. 153). 
 
 
Na esfera educacional, instituiu-se o Ministério de Educação e em 1932, 
foi difundido o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, tendo como premissa 
reconstruir socialmente a escola no âmbito urbano e industrial. Com isso, 
constituiu-se o ensino comercial e organizou-se o regime universitário para o 
ensino superior. 
Nesse período também, houve o equilíbrio entre as influências católicas, 
representadas pela concepção humanista tradicional e pelos pioneiros, com uma 
concepção humanista moderna (escolanovismo). 
O movimento escolanovismo tinha como foco a criança, sua valorização, 
iniciativa e respeito a sua autonomia. Também recomendava que os problemas 
educacionais deveriam ser ajustados como uma questão técnica e escolar, tendo 
como foco a tarefa do “ensinar bem”, mesmo que fosse somente para alguns. “O 
Escolanovismo, com suas nuanças significativas, propõe um novo tipo de 
homem, pois defende os princípios democráticos, isto é, todos têm direitos e 
assim se desenvolvem” (SILVA, 2012) 
Sendo assim, a Pedagogia Nova tendo grande influência na legislação 
educacional bem como nos cursos de magistério, fez com que o professor 
absorvesse seus ideais. Dessa forma, a Didática sofreu influências tendo como 
 
foco uma proposta prático-técnica com relação ao processo 
ensinoaprendizagem. 
 
3- PERÍODO DE 1945 A 1960 
 
O modelo político deste período foi marcado pelos princípios da 
democracia liberal com intensa participação das massas populares. Sob essa 
circunstância encontrava-se o cenário educacional. 
No período de 1948 a 1961, ocorreram diversos movimentos ideológicos 
no que tange a escola particular e a escola pública, com intensa participação das 
escolas católicas no movimento para difundir o método Montessori. 
Concomitante a esses movimentos, o sistema escolar brasileiro passou 
por reformas no período de 1968 a 1971 com ênfase nas questões 
metodológicas. No Curso Normal, o aperfeiçoamento dos professores 
contemplava uma tecnologia educacional importada dos Estados Unidos, com 
caráter técnico. Nesse ínterim, a Didática voltou-se principalmente para os 
processos metodológicos que não levavam em consideração a aquisição do 
conhecimento. 
 
4- O PERÍODO PÓS-1964 
 
O movimento de 1964 instalado no país modificou a ideologia política e a 
forma de governo bem como a educação. Com o movimento políticoeconômico 
tendo como premissa intensificar o crescimento econômico do país, viam na 
educação um papel relevante para a formação adequada de recursos humanos 
voltados para esse fim. Foi também nesse período que ocorreu a crise da 
Pedagogia Nova, pois o grupo militar tinha forte tendência tecnicista. 
 
[...] a educação, numa sociedade de classes, transmite os 
modelos sociais da classe dominante, forma cidadãos para 
reproduzirem essa sociedade, difunde as ideias políticas dessa 
classe e reproduz, por isso tudo, a dominação de classe 
(GADOTTI, 2006, p.86). 
 
Na escola objetivou-se uma proposta pedagógica focada na divisão de 
trabalho sob a alegação da necessidade de produtividade. Com isso houve a 
 
fragmentação de todo o processo pedagógico, acentuando um distanciamento 
entre os profissionais que planejavam e os que executavam. 
A Didática na Pedagogia Tecnicista tinha como foco a eficácia e a 
eficiência do processo de ensino. A prioridade era o direcionamento dos 
conteúdos para a organização do processo formal do ensino e para a elaboração 
de materiais instrucionais, demarcando que era o “processo”que direcionaria as 
ações dos professores e dos estudantes quanto ao modo e quando fazer, 
tornando a teoria e a prática cada vez mais distantes. 
Outro enfoque foi que a Didática deveria ser compreendida como uma 
estratégia para o alcance dos objetivos previstos no processo de ensino e 
aprendizagem. Com isso, passou a ser questionada por diversos movimentos 
que acentuavam a busca por novas diretrizes. 
 
 
 
Leia o artigo “Contribuição ao estudo da História da 
Didática no Brasil” disponível em: 
 
http://31reuniao.anped.org.br/1trabalho/gt04-4031--int.pdf 
 
 
 
5- DA DÉCADA DE 80 AO PERÍODO ATUAL 
 
O início da década de 80 foi marcado pelo estabelecimento da Nova 
República, e em consequência, uma nova etapa na história do país, assinalando 
o fim da ditadura militar e o início do governo civil sob uma Aliança Democrática. 
Foi nesse período que: 
 
✓ Acentuou a luta dos professores quanto ao direito à participação das 
diretrizes da política educacional, incluindo a escola pública. 
 
✓ Aconteceu a I Conferência Brasileira de Educação em que se discutiu a 
idealização da concepção crítica da educação. 
 
 
✓ A educação passou a ter o foco na formação da sociedade, incluindo 
também as camadas desfavorecidas economicamente e não mais no 
professor ou no aluno somente. 
 
✓ A proposta educacional no espaço escolar englobou a negação da 
dominação e fez críticas à reprodução da estrutura social, promovendo 
discussões para transformar a sociedade. 
 
Com isso, a Pedagogia Crítica trouxe na Didática uma perspectiva de 
mudança, pois o enfoque estava voltado para um trabalho que ia além das 
técnicas e métodos, contribuindo na ampliação do papel do professor frente às 
perspectivas educacionais mais coerentes com o contexto social. 
 
A escola necessita de uma „organização tal que cada criança, 
cada educando, em especial aquele das camadas trabalhadoras, 
não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os 
conhecimentos metódicos, incorporando-os como instrumento 
irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova 
qualidade às suas lutas no seio da sociedade (SAVIANI,1985, 
p.28). 
 
A Didática, portanto, auxiliou o professor frente ao processo de ideologia 
(politização) e ao desenvolvimento de sua prática na escola. Buscou também 
vencer, o enfoque tradicional recuperando o sentido do trabalho pedagógico, 
levando em consideração a realidade onde está inserida. 
Isso posto, é primordial que a Didática promova mudanças na forma de o 
professor pensar e agir, no sentido de democratizar o ensino, tendo ciência de 
que é um processo sistemático que tem como propósito, dentre outros, elaborar 
e transmitir conteúdos de cunho cultural e científico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
RELAÇÃO DIALÉTICA ENTRE TEORIA E PRÁTICA: 
TENDÊNCIAS E CORRENTES PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO 
BRASILEIRA 
 
Os movimentos culturais, filosóficos, sociais e políticos vivenciados pela 
sociedade brasileira, influenciaram as tendências pedagógicas e suas práticas 
em todo país. Tais tendências classificam-se em: PEDAGOGIA LIBERAL, que 
abrange as tendências: Tradicional, Renovadora, Não Diretiva e Tecnicista e 
PEDAGOGIA PROGRESSISTA, que engloba as tendências: Libertadora, 
Libertária e Crítico-Social dos Conteúdos ou Histórico-Crítica. 
 
 
 
Para que o professor tenha uma prática pedagógica que leve em 
consideração aspectos políticos e sociais, é necessária uma constante reflexão 
no que tange ao papel da escola frente à aprendizagem dos estudantes. Para 
tanto, faz-se necessário o conhecimento das tendências pedagógicas e seus 
propósitos para a aprendizagem, para que tenha discernimento sobre os 
fundamentos metodológicos utilizados junto aos estudantes. 
 
No processo de ensinar há o ato de saber por parte do professor. 
O professor tem que conhecer o conteúdo daquilo que ensina. 
Então para que ele ou ela possa ensinar, ele ou ela tem primeiro 
que saber e, simultaneamente com o processo de ensinar, 
continuar a saber por que o aluno, ao ser convidado a aprender 
aquilo que o professor ensina, realmente aprende quando é 
capaz de saber o conteúdo daquilo que lhe foi ensinado 
(FREIRE, 2003, p. 79). 
 
 
 
 
 
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS BRASILEIRAS 
 
1- PEDAGOGIA LIBERAL 
 
A proposta da Pedagogia Liberal surgiu no século XX, tendo por objetivo 
defender uma escola que preparasse os estudantes para atuar no contexto 
social. Assim, a ênfase estava na educação e nos conteúdos e não nas 
experiências de aprendizagem vivenciadas pelos estudantes, o que contribuía 
para manter o conhecimento como fonte de poder entre os que o detinha e os 
que aprendiam. 
 Essa concepção de educação iniciou-se com a tendência Tradicional, 
avançando à Renovadora (também denominada Escola Nova ou Ativa) e Não 
Diretiva e posteriormente, à Tecnicista. 
 
1.1- TENDÊNCIA TRADICIONAL 
 
Fonte: https://fazendopedagogia.wordpress.com 
 
A tendência Tradicional se instalou no Brasil com a chegada dos Jesuítas. 
Tinha como premissa um ensino pautado na transmissão dos conteúdos. Nessa 
tendência, crianças e adultos tinham a mesma possibilidade de aprendizagem, 
desconsiderando as individualidades próprias de cada faixa etária. 
O professor, figura central do processo ensino-aprendizagem, detinha 
autoridade para decidir os conteúdos a serem ministrados, a metodologia e a 
avaliação. As aulas tinham um caráter receptivo, automático e expositivo. As 
avaliações eram apresentadas aos estudantes de forma oral e escrita, cabendo-
https://fazendopedagogia.wordpress.com/
https://fazendopedagogia.wordpress.com/
 
lhes a tarefa de adquirir o conhecimento sem questionar, passível de uma 
postura receptiva e memorizando os conteúdos. 
Assim, a educação assumiu um caráter “bancário”, em que “[...] servindo 
à dominação, inibe a criatividade e, ainda, que não podendo matar a 
intencionalidade da consciência como um desprender-se ao mundo, a 
doméstica” (FREIRE, 1967). Ou seja, os estudantes adquiriam os conhecimentos 
e as informações repassadas pelos professores e as depositavam em sua 
memória. 
Seu representante mais significativo foi Comenius. 
 
JAN AMOS KOMENSKY OU COMENIUS/COMÊNIO (1592 – 1670) 
 
Fonte: http://construindoconhecimentodidatica.blogspot.com 
 
Jan Amos Komensky ou Comenius/Comênio foi um bispo protestante, 
educador, cientista e escritor checo. No ocidente, foi o primeiro educador e 
entusiasta pela relação ensino-aprendizagem. É considerado “o pai da didática 
moderna”, pois seus métodos de ensino partiam dos conceitos mais simples para 
chegar aos mais complexos. 
Defendia o respeito pela criança, o que sentia e sua inteligência. Para ele, 
a relação professor-aluno, deveria levar em consideração os interesses e 
potencialidades das crianças. O ensino deveria ser ofertado a todos, propondo o 
acesso à leitura, escrita e ao cálculo. Seus ideais englobavam um aprendizado 
contínuo, por meio do pensamento lógico e não na memorização. 
Posteriormente à Comênio, pensadores como Jean-Jacques Rousseau 
(1712-1778), Heinrich Pestalozzi (1746-1827) e Johann Friederich Herbart 
 
(1776-1841) tornaram-se grandes expoentes por defender metodologias de 
ensino que refutaram a filosofia cristã da Idade Média. 
 
 
1.2- TENDÊNCIA RENOVADORA PROGRESSISTA 
 
Fonte: http://blogs.odiario.com/fernandarossi/2014/01/31/ 
 
A tendência Renovadora Progressista foi um movimento defensor de uma 
escola pública para todos, independentemente da camada social (Escola Nova). 
Ocorreu no período dos anos 20 e 30 constituído por diversas correntes da 
educação, tendo à frente autores como Maria Montessori, John Dewey, Jean 
Piaget, Decroly, dentre outros. Sua premissa era a valorização educacional, que 
buscava promover nos estudantes a resolução de problemas cotidianoslevando 
em consideração suas opiniões. Assim, considerava-os como seres ativos e 
valorizava o experimento, a descoberta e a pesquisa. 
O professor era tido como facilitador, a quem cabia a tarefa de ofertar e 
coordenar a aprendizagem em diversas circunstâncias, considerando a 
individualidade dos estudantes. 
Seus representantes mais significativos foram: Dewey, Kilpatrick 
Montessori, Decroly e Piaget. 
 
 
 
JOHN DEWEY (1859-1952) 
 
Fonte: https://www.pensador.com/autor/john_dewey/ 
 
John Dewey nasceu em Burlington, no estado de Vermont. Foi professor 
e filósofo. Escrevia sobre arte, religião, moral, teoria do conhecimento, 
psicologia, política, filosofia e educação. Seu interesse pela educação ocorreu 
por perceber poucas mudanças no cenário educacional, que não contemplavam 
as descobertas da psicologia e não acompanhavam os avanços sociais e 
políticos. Com isso, fundou uma universidade-exílio com o intuito de alojar os 
estudantes perseguidos nos países sob o regime totalitarismo. 
 
WILLIAN KILPATRICK (1871-1965) 
 
 
Fonte: https://www.performancemagazine.org 
 
William Heard Kilpatrick nasceu na Geórgia, nos Estados Unidos. Foi um 
matemático, físico e discípulo de John Dewey. Destacou-se por idealizar o 
"Método de Projetos" ou “Pedagogia de Projetos” que consiste na realização de 
atividades educacionais por meio de projetos, tendo por contribuição os 
problemas vivenciados no cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA MONTESSORI (1870-1952) 
 
 
 Fonte: https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/ 
Maria Montessori nasceu na Itália. Foi pedagoga, pesquisadora e médica. 
Criou o “Método Montessori” voltado às crianças da educação infantil. 
Suas pesquisas eram, inicialmente, voltadas às crianças com deficiências e criou 
materiais que posteriormente fizeram parte do acervo de seu método. 
JEAN OVIDE DECROLY (1871- 1932) 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly 
 
Ovide Decroly nasceu na Bélgica. Foi médico e professor. Seus estudos 
contemplavam o conhecimento do desenvolvimento físico e mental das crianças. 
Acreditava que a aprendizagem ocorreria de maneira espontânea pelo contato 
com o meio, de onde receberiam os estímulos e para onde direcionariam suas 
questões. A proposta mais conhecida de Decroly foi a ideia de “globalização de 
conhecimentos” que inclui o chamado Método Global de Alfabetização e os 
Centros de Interesse. 
 
 
 
 
 
 
https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/
https://www.pensador.com/autor/maria_montessori/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Ovide_Decroly
 
JEAN PIAGET (1896-1980) 
 
 Fonte: https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/ 
Jean Piaget nasceu na Suíça. Foi psicólogo e importante estudioso da 
pedagogia infantil. Revolucionou os conceitos de inteligência e desenvolvimento 
cognitivo. 
Descobriu através de avaliações, que as crianças da mesma faixa etária 
cometiam os mesmos erros, o que o levou a acreditar que o pensamento lógico 
se desenvolvia gradativamente. Começou então, a estudar o desenvolvimento 
das habilidades cognitivas das crianças. 
A metodologia educacional criada por Jean Piaget passou a servir de 
modelo para diversas escolas em grande parte do mundo. 
 
1.3- TENDÊNCIA RENOVADA NÃO-DIRETIVA 
 
 Fonte: https://infantiltremanes.files.wordpress.com 
 
A tendência Renovada Não-Diretiva defendia que na estruturação 
pedagógica, a escola tenha por função formar atitudes nos estudantes. Essa 
tendência preocupa-se mais com problemas de ordem psicológica do que de 
ordem pedagógica. O foco principal é o aluno, desconsiderando as disciplinas 
escolares. Ao professor cabe a tarefa de promover situações que favoreçam a 
aprendizagem, levando os estudantes a empenharem-se na aquisição dos 
conhecimentos. 
 Seu representante mais significativo foi: Carl Rogers 
https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/
https://www.pensador.com/autor/jean_piaget/
 
 
CARL ROGERS (1902-1987) 
 
Fonte: http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com 
Carl Ransom Rogers nasceu em Illinois, nos Estados Unidos. Foi 
psicólogo. Desenvolveu a Psicologia Humanista e foi um dos responsáveis de 
maior expressão pelo acesso dos psicólogos ao ambiente clínico, antes 
dominado pelas áreas da psiquiatria e psicanálise. Suas pesquisas e 
observações clínicas foram a base de sua atuação como terapeuta. 
 
 
 
1.4- TENDÊNCIA TECNICISTA 
 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=9aLx_UCJ3VY 
 
A tendência tecnicista surgiu nas décadas de 70 e 80, devido ao avanço 
científico e tecnológico, tendo forte influência na atualidade. Sua grande 
influência foi a psicologia behaviorista, que defendia uma articulação entre 
estímulos e recompensas. Assim, sua premissa foi condicionar os estudantes a 
dizer as respostas de acordo com o que o professor esperava. 
Quanto à prática da pedagogia tinha um caráter controlador e dirigido, por 
meio da proposição de atividades mecânicas. O foco principal foi atender a 
http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/
http://psicologiaaplicadaets.blogspot.com/
 
sociedade capitalista, motivada pela teoria behaviorista, que valorizava um 
ensino fragmentado. 
Seus maiores expoentes foram: Pavlov, Watson e Skinner. 
 
IVAN PAVLOV (1849-1936) 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Pavlov 
Ivan Petrovich Pavlov nasceu na Rússia. Foi médico e fisiologista. 
Elaborou a "Teoria dos Reflexos Condicionados", comprovando a relação 
existente entre o sistema nervoso e o sistema digestivo e que as funções do 
corpo humano eram controladas pelo sistema nervoso. Suas pesquisas foram 
realizadas com cães, chegando à conclusão de que algumas respostas 
comportamentais poderiam ser “reflexos” não condicionados, ou seja, não 
poderiam ser aprendidos, ao passo que outras eram condicionadas e poderiam 
ser aprendidas. Concluiu que por meio de repetições consistentes teria 
possibilidade de gerar ou remover reações fisiológicas e psicológicas em 
pessoas e animais. 
 
JOHN WATSON (1878-1958) 
 
Fonte: https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia 
 
John Broadus Watson nasceu na Carolina do Sul nos Estados Unidos. Foi 
um psicólogo considerado o pai do "Behaviorismo Metodológico" ou 
"Comportamentalismo", que se configura como um método de investigação, 
 
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
https://psicoativo.com/2016/04/john-watson-biografia
 
tendo por base a psicologia, com o intuito de averiguar objetivamente o 
comportamento das pessoas e dos animais, por meio de estímulos e reações. 
 
SKINNER (1904-1990) 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner 
Burrhus Frederic Skinner nasceu na Pensilvânia nos Estados Unidos. 
Foi um psicólogo inspirado pela teoria dos “reflexos condicionados” de Pavlov e 
pelo “comportamentalismo” de Watson. Foi adepto do “Behaviorismo Radical” 
que negava as causas mentais para justificar a conduta humana. Para Skinner, 
a pessoa era considerada um ser único e não um ser constituído de corpo e 
mente. 
 
 
SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/379085/ 
 
 
 
Leia o artigo “As Tendências Pedagógicas Liberais” disponível em: 
ttp://wwwtendenciaspedagogicas.blogspot.com/2011/06/as 
 tendencias-pedagogicas-liberais.html2- PEDAGOGIA PROGRESSISTA 
 
Fonte: http://grupo6psicogestao.blogspot.com 
 
A proposta da Pedagogia Progressista por meio de argumentos críticos 
com relação à realidade social asseguram os ideais políticos e sociais da 
educação, opondo-se às ideias impostas pelo capitalismo. 
Essa concepção de educação iniciou-se com a tendência Progressiva 
Libertadora, avançando à Libertária e posteriormente, à Crítico-social dos 
“conteúdos” ou "Histórico-Crítica”. 
 
https://slideplayer.com.br/slide/379085/
https://slideplayer.com.br/slide/379085/
http://grupo6psicogestao.blogspot.com/
http://grupo6psicogestao.blogspot.com/
 
2.1- TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA 
 
 http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/ 
 
A tendência Progressista Libertadora ou Pedagogia de Paulo Freire 
relacionava a educação à luta e organização de classe do oprimido, sendo que 
o mais relevante seria o conhecimento de sua própria realidade. Para tanto, a 
educação teria como foco realizar um trabalho com intuito de libertar a 
consciência crítica para realizar uma transformação social. O foco dessa 
tendência estava nas discussões políticas e sociais, em que o professor 
coordena e atua junto aos estudantes. 
Seu representante mais significativo foi Paulo Freire. 
 
 
PAULO FREIRE (1921-1997) 
 
Fonte: https://www.pensador.com/autor/paulo_freire/ 
 
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife, Pernambuco. Foi educador, 
pedagogo e filósofo. Por ser considerado notável na história da pedagogia, é o 
Patrono da Educação Brasileira, influenciando também o movimento intitulado 
“pedagogia crítica”. Foi o criador de um método de alfabetização para adultos, 
que consistia em apresentar palavras geradoras da realidade dos estudantes. 
 
 
 
 
http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/
http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/
http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/
http://pedagogiando.blogspot.com/2012/04/
 
 
 
2.2- TENDÊNCIA LIBERTÁRIA 
 
 
Fonte: http://curvetube.com/freinet_en_las_noticias 
A tendência Libertária considera o homem inserido em um mundo 
material, social e cheio de convicções, tendo na escola um local de valorização 
e de luta a favor das classes populares e onde se adquire os conhecimentos 
históricos da humanidade. Tinha por premissa aumentar o conhecimento acerca 
da realidade vivenciada pelo homem e auxiliá-lo para que tivesse autonomia e 
liberdade social, cultural, econômica e política. Com isso, acreditava-se que o 
mais importante era obter o conhecimento adquirido pelo processo educacional 
para modificar a realidade vivenciada. 
Seu representante mais significativo foi Celestin Freinet. 
 
 
CELESTIN FREINET (1896 - 1966) 
 
 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet 
 
 
 
Celestin Freinet nasceu na França. Foi um importante pedagogo de sua 
época, defensor dos ideais da “Escola Nova”, atuando a favor das escolas 
democráticas. 
Para esse pesquisador, a atuação pedagógica na escola deveria levar em 
consideração o contexto social e político da comunidade escolar. Aos 
profissionais da escola, caberia a tarefa de organizar atividades que contassem 
também com a participação da comunidade por meio de associações, conselhos, 
jornais escolares, dentre outras. Para tanto, a relação professoraluno seria 
essencial para o desenvolvimento do processo ensinoaprendizagem junto aos 
estudantes. 
 
 
 
2.3- TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS OU 
HISTÓRICO-CRÍTICA 
A tendência Progressista “Crítico-Social dos Conteúdos” ou 
“HistóricoCrítica” surgiu no Brasil no final dos anos 70, ressaltando a 
necessidade de priorizar os conteúdos com foco na realidade social. O papel do 
professor nessa tendência é preparar o estudante para a vida adulta, 
incentivando-o a participar de forma ativa e organizada no processo de 
democratização da sociedade através da aquisição de conhecimentos e nas 
relações interpessoais. É também um mediador no processo de aprendizagem, 
tendo por foco central os estudantes. 
Para Saviani 
A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais 
da Educação, a compreensão do grau em que as contradições 
da sociedade marcam a Educação e consequentemente como é 
preciso se posicionar diante dessas contradições e desenreda a 
educação das visões ambíguas, para perceber claramente qual 
é a direção que cabe imprimir à questão educacional (1991, p. 
103). 
 
Na busca por um espaço de participação democrática, essa tendência 
considera a escola o local para aquisição e ampliação do saber, onde os 
conteúdos pedagógicos estão diretamente ligados ao contexto da realidade 
social. Os professores têm a tarefa de administrar os conteúdos mais relevantes 
 
e que possam contribuir efetivamente para a formação profissional dos 
estudantes. 
Entretanto, faz-se necessário que as metodologias sejam atraentes para 
estimular o interesse dos estudantes pelos conteúdos propostos, além de 
favorecer a compreensão das estratégias educacionais como contribuição para 
entendimento da realidade social. No Brasil, seus representantes mais 
relevantes são Dermeval Saviani, José Carlos Libâneo, Carlos Roberto Jamil 
Cury e Guiomar Namo de Mello. 
 
 
Leia o artigo “Pedagogia Progressista” disponível em: 
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia 
progressista.html 
 
 
 
SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 
PROGRESSISTAS 
 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/379085/ 
 
 
 
 
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html
http://pedagogiadidatica.blogspot.com/2008/11/pedagogia-progressista.html
 
 
 
 
UNIDADE III 
 
DIDÁTICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PROFESSOR 
 
A Didática constitui-se como uma área relevante para os estudos no 
âmbito dos cursos de formação de professor, apresentando como foco de estudo 
o ensino e suas diversas nuances nas questões que envolvem a teoria e a 
prática, considerando, sobretudo, que é tarefa do professor mediar o processo 
ensino-aprendizagem. 
Para tanto, é necessário considerar diferentes aspectos como: 
estratégias, metodologias, recursos, planejamento, processos avaliativos, 
conhecimentos com relação às teorias de aprendizagem e programas 
educacionais, formação continuada e a inserção dos estudantes no contexto 
escolar. Todas essas questões são construídas ao longo da formação 
profissional, tendo na Didática um apoio relevante nesse processo de aquisição 
de instruções e competências. 
 Neste sentido, a Didática é importante por apresentar estratégias que 
possibilitem ao professor compreender como ensinar e não somente entender 
como fazer. 
Conforme afirma Tardif, os saberes são “um conjunto de representações 
a partir dos quais os professores interpretam, compreendem e orientam sua 
profissão e sua prática cotidiana (...) constituem, por assim dizer, a cultura 
docente em ação” (2002, p. 49). 
 A dialética ensinar e fazer precisa estar fundamentada em uma proposta que 
considere a interação e o vínculo com os estudantes, assim, o aprendizado 
escolar ocorrerá de forma mais significativa. Nesse enfoque, a Didática tornase 
transformadora da realidade educacional, uma vez que muda a atuação do 
professor e do estudante. 
 No âmbito da sala de aula, os desafios são constantes, porém há diversas 
possibilidades de atuação docente. Quando o professor mantém uma relação de 
proximidade com os estudantes, terá melhores resultados ao desafiá-los a 
pensar conjuntamente por soluções e aquisição do conhecimento. Outro fator a 
 
considerar no contexto da Didática, relaciona-se ao planejamento pedagógico, 
pois demonstra autonomia e finalidade por parte do professor e da instituição 
escolar. Como consequência,haverá uma interligação entre ambos para a 
construção de estratégias que proporcionará ao professor mediar obstáculos e 
situações conflituosas presentes na rotina da escola. 
 Para que o processo ensino-aprendizagem ocorra de forma a atingir os objetivos 
que a educação propõe, a Didática, enquanto perspectiva ao longo das reformas 
educacionais servirá de base para que o professor conduza esse processo 
aliando a teoria com a prática. 
Para tanto, é necessário que o futuro professor esteja ciente da 
necessidade de atualização dos conteúdos assimilados, estando em constante 
processo de formação e aprendizagem, para aperfeiçoar suas práticas 
pedagógicas bem como adequar o ensino à melhor metodologia. De acordo com 
Libâneo (2001, p. 36) 
 
[...] a tarefa de ensinar a pensar requer dos professores o 
conhecimento de estratégias de ensino e o desenvolvimento de 
suas próprias competências do pensar. Se o professor não 
dispõe de habilidades de pensamento, se não sabe “aprender a 
aprender”, se é incapaz de organizar e regular suas próprias 
atividades de aprendizagem, será impossível ajudar os 
estudantes a potencializarem suas capacidades cognitivas. 
 
 Quanto à identidade profissional e para que tenha uma atuação positiva, precisa 
estar atento e aproximar-se dos estudantes, assim conseguirá a devida atenção, 
tão necessária para o desenvolvimento deles. Sendo condutor de sua própria 
história, construirá por meio de atitudes e valores seu percurso educacional. 
Segundo Nóvoa: 
 
A identidade não é um dado adquirido, não é uma propriedade, 
não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e conflitos, é 
um espaço de construção de maneiras de ser e de estar na 
profissão. Por isso, é mais adequado falar em um processo 
identitário, realçando a mescla dinâmica que caracteriza a 
maneira como cada um se sente e se diz professor. A construção 
da identidade passa sempre por um processo complexo graças 
ao qual cada um se apropria de um sentido da sua história 
pessoal e profissional. É um processo que necessita de tempo. 
Um tempo para refazer identidades, para acomodar inovações, 
para assimilar mudanças (1995, p. 16). 
 
 
No âmbito da formação profissional, é preciso ressaltar os contextos: 
social, cultural, político, econômico e tecnológico pelos quais a sociedade está 
vivenciando, pois refletem no ambiente escolar. Por isso é tão importante que o 
profissional compreenda a necessidade de constante formação, para que tenha 
discernimento e cautela para administrar situações conflituosas e avançar nas 
questões pedagógicas com comprometimento. 
Esse contexto histórico, em que os sistemas de ensino estão inseridos, 
exigirá professores que tenham discernimento para pensar e agir, já que a 
premissa de sua atuação não será somente a transmissão dos conhecimentos, 
mas sobretudo, a competência docente e o comprometimento com a qualidade 
do ensino. 
O professor vivenciará situações singulares, percebendo a importância de 
redirecionar o seu planejamento de forma a comprometer-se com a 
aprendizagem dos estudantes, especialmente ao perceber que poderá estar 
incapacitado para resolvê-las. Sob esse olhar, a competência profissional deve 
ser considerada, porém não há um manual com instruções a seguir. 
 
 
 
De acordo com Abdalla, “Quanto mais o professor foi tomando 
conhecimento de sua realidade, explicitando os seus valores, tanto mais ele foi 
tomando decisões, que o levaram a enfrentar e a superar os obstáculos que 
foram surgindo em sua prática” (2006, p. 85). 
Os cursos de formação devem ter como intuito, capacitar o profissional 
para realizar pesquisas que contemplem a busca por novas direções, além da 
docência para atuar, associando a teoria com a prática, bem como para enfrentar 
os desafios da atualidade. Também necessitam propor reflexões que incluam 
Leia o artigo “Didática e Formação de Professores” disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n166/1980 -5314-cp-47-
1661100.pdf 
 
além da prática, a relação com os estudantes, pois atuar de forma reflexiva 
auxilia no combate às práticas tendenciosas e de injustiça reproduzidas em sala 
de aula pelos estudantes e pelos próprios professores. 
 
 
 
Fonte: http://mary-xanxere.blogspot.com/2018/06/artigo.html 
 
 
É importante assinalar que na atualidade, o professor necessita estar 
atento às demandas que poderão surgir, visto que uma de suas atribuições é 
dialogar no que se refere à percepção, uso e apreciação de inovações, que 
podem ser de conhecimento dos estudantes e não fazer parte da realidade 
escolar. 
 
Tais conhecimentos, disponíveis, são encontrados em redes sociais ou 
ambientes virtuais. Cabe ao professor fomentar nos estudantes a reflexão crítica 
do conteúdo a que tiveram acesso e não simplesmente esclarecer. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DOCENTE 
 
✓ Inserir práticas que contemplem os saberes pedagógicos, curriculares, 
disciplinares e experienciais na formação inicial e continuada. 
 
✓ Difundir conhecimentos acerca da história da educação, teorias 
pedagógicas, desenvolvimento humano e questões pertinentes ao 
ambiente escolar. 
 
✓ Promover formação inicial e continuada com foco na pesquisa, abordando 
temáticas com foco na cidadania, criticidade e atuação docente. 
 
✓ Promover discussões acerca de temáticas como: avaliação, projetos, 
metodologias, avaliação, estratégias educacionais, gestão democrática, 
dentre outras. 
 
 
 
UM PROFESSOR CONSCIENTE DE SUA ATUAÇÃO... 
 
Fonte:https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/mudancas-na-educacao-redefiniram-papel-do-professor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leia o artigo “A Importância da Didática na Formação 
 
Docente” disponível em: https 
://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/did atica 
-formacao-docente 
 
 
UNIDADE IV 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA DA DIDÁTICA 
 
A Didática destaca a relação professor-estudante-conteúdo como 
elemento que se constitui por meio de diversas ações cotidianas (LIBÂNEO, 
1992). Tais ações nos levam às seguintes reflexões: 
 
 
 
 
Na prática docente, toda proposta pedagógica deve ter como foco os 
objetivos sociais e políticos pertinentes à educação, definindo o que ensinar, ou 
seja, os conteúdos que contemplam a base curricular, levando em consideração 
a faixa etária dos estudantes. Sendo assim, o professor precisa estar qualificado 
para oferecer um ensino que esteja estruturado por uma proposta que considere 
as peculiaridades dos estudantes e que o oriente a atuar com segurança, com 
objetividade e com qualidade. 
 
PLANEJAMENTO DO ENSINO 
 
O planejamento do ensino constitui-se numa sistematização do processo 
educacional tendo por intuito, auxiliar os estudantes a atingir as metas e objetivos 
designados. Seu propósito é estabelecer a organização das ações pedagógicas. 
Para tanto, divide-se em: “Plano de Curso ou Plano de Ensino” e “Plano de Aula”. 
 
 
Leia o artigo “O Planejamento Escolar - José Carlos 
Libâneo” disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4452090/mod 
_resource/content/2/Planejamento%20- 
%20Lib%C3%A2neo.pdf 
 
 
 
➢ PLANO DE CURSO OU PLANO DE ENSINO 
 
O Plano de Curso ou de Ensino prevê a organização do trabalho docente 
para um semestre ou ano todo. Necessita estar fundamentado e subdividido em 
unidades que contemplem conteúdos, objetivos e metodologias diversas. Para 
Vasconcellos (1995, p. 94), é “a sistematização da proposta geral de trabalho do 
professor numa determinada disciplina ou área de estudo”. 
O essencial é que o professor proponha atividades com vistas a 
desenvolver nos estudantes o conhecimento, as competências, as habilidades e 
atitudes. 
 
 
➢ PLANO DE AULA 
 
O Plano de Aula serve de basepara o desenvolvimento dos conteúdos em 
sala de aula. Ele prevê o detalhamento de ações concretas para o 
desenvolvimento do Plano de Curso ou Plano de Ensino. 
A ação docente, nesse sentido, necessita explicitar de forma clara a 
temática a ser abordada, os objetivos específicos e os conteúdos, além de 
prever meios de acompanhar o desempenho dos estudantes, por meio de 
avaliações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, o “Planejamento de Ensino” tem como foco estruturar o processo 
educacional considerando aspectos como: objetivos, conteúdos escolares, 
metodologias de ensino, relação professor–estudante e processos avaliativos, 
conforme discriminado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: https://slideplayer. com.br/slide/3347748/ 
 
1- OBJETIVOS DO ENSINO 
 
Fonte:https://br.freepik.com/fotos-vetores 
 
O ensino deve ter por objetivo, direcionar o processo educacional de forma 
a indicar se as estratégias utilizadas e os resultados obtidos foram os esperados. 
Assim, os objetivos do ensino devem ser definidos com clareza para que o 
professor conduza o processo ensino–aprendizagem de forma intencional e 
sistemática, uma vez que para realizar a docência, é importante atuar 
ativamente, ora planejando, ora direcionando as atividades em sala de aula. 
Para estabelecer os objetivos, é necessário que o professor selecione os 
referenciais bibliográficos que embasarão seus conteúdos, e, portanto, todo o 
processo educacional junto aos estudantes. Posteriormente ele definirá o 
objetivo geral (que se refere a questões mais amplas) e os objetivos específicos 
(que se referem ao direcionamento da ação docente rumo aos resultados 
esperados), expressando sobretudo, as expectativas do professor com relação 
aos resultados esperados, no decorrer do processo de ensino. 
Os objetivos também possuem um caráter pedagógico, visto que 
explicitam a direção a ser estabelecida no trabalho escolar, com relação ao 
programa de formação. 
Para definir os objetivos é necessário considerar: 
 
✓ Que estejam compreensíveis para os estudantes. 
✓ Que o nível de dificuldade esteja compatível com a turma. 
✓ Que seja um constante desafio na resolução de situações problemas. 
✓ Que levem em consideração os resultados, direcionando o processo de 
avaliação diagnóstica. 
 
 
 
2- CONTEÚDOS ESCOLARES 
 
 Fonte:https://www.reiaudio.com.br/ 
É tarefa do professor definir e estruturar os conteúdos escolares a serem 
propostos aos estudantes. Devem estar de acordo com as diretrizes 
educacionais e os critérios estabelecidos na legislação vigente, levando em 
consideração diversos aspectos, dentre eles, validade, flexibilidade, significação, 
elaboração pessoal e utilidade do conteúdo. 
Entretanto, é importante observar se o programa educacional está de 
acordo com a realidade local, evitando assim, um distanciamento entre ambos. 
Ensinar os conteúdos requer organizá-los de forma a englobar o ensino, 
considerando os conhecimentos prévios dos estudantes. 
 
3- METODOLOGIAS DE ENSINO 
 Fonte: 
https://aprendendocomtiadebora.com 
A Didática como ciência, estabelece uma relação entre os métodos 
próprios da ciência, para fundamentar o ensino. 
As metodologias de ensino constituem um conjunto de ações relacionadas 
à organização, ao método de ensino em conformidade com as teorias 
educacionais (tradicionais, métodos ativos, métodos de resolução de problemas, 
dentre outros), bem como ao processo ensino-aprendizagem dos estudantes. 
Existem também as metodologias específicas, pertinentes às disciplinas 
escolares, como a Metodologia do Ensino da Matemática, a Metodologia do 
Ensino de Ciências, a Metodologia do Ensino de Geografia, dentre outras. 
 
 
CONHECENDO OS MÉTODOS DE ENSINO 
 
No momento do planejamento, selecionar o melhor método ou a melhor 
técnica a ser utilizada no processo educacional, requer do professor a realização 
de constantes pesquisas com o intuito de compreender os pressupostos teóricos 
que embasarão sua área de atuação. 
A seguir, apresenta-se uma sintetização dos Métodos de Ensino: 
 
❖ AULA EXPOSITIVA: é a apresentação oral de um conteúdo ou temática 
relacionada à disciplina curricular, podendo manifestar nos estudantes o 
desejo de participar por meio de discussões ou pesquisas. 
 
❖ ESTUDO DIRIGIDO: a partir de um roteiro definido pelo professor, os 
estudantes aprofundam seus estudos utilizando recursos como 
pesquisas, leituras de textos, confecção de materiais, dentre outros, tendo 
por intuito a compreensão dos conteúdos. 
 
❖ DRAMATIZAÇÃO: consiste na atuação dos estudantes frente às 
situações diversas. O intuito é contribuir para elevar a autoestima, a 
autonomia, a motivação e a aprendizagem. 
 
❖ TRABALHO EM GRUPO: visa proporcionar o diálogo, a pesquisa, o 
planejamento, a divisão de tarefas, além de estratégias para aquisição do 
conhecimento. 
 
❖ ESTUDOS DE CASO: é a apresentação de um fato relacionado a um 
tema em estudo. Tem como foco a análise e a busca por alternativas de 
solução. 
 
❖ MÉTODO DE PROJETOS: consiste na solução de problemas, por meio 
da realização de projetos educacionais pertinentes aos conteúdos 
estudados. 
 
 
4- RELAÇÃO PROFESSOR – ESTUDANTE 
 
 
 Fonte: https://br.pinterest.com 
 
 O ensino e a aprendizagem são inerentes à prática docente. Para que os 
estudantes tenham êxito, torna-se necessário considerar os fatores afetivos e 
sociais e a relação estabelecida entre o professor e o estudante. Essa relação é 
primordial para motivá-los a interagir com os estudos. Por consequência, ambos 
são responsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem. 
 
A interação professor-alunos é um aspecto fundamental da 
organização da situação didática, tendo em vista alcançar os 
objetivos do processo de ensino: a transmissão e assimilação 
dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não 
é o único fator determinante da organização do ensino, razão 
pela qual ele precisa ser estudado em conjunto com outros 
fatores, principalmente e a forma de aula (atividade individual, 
atividade coletiva. Atividade em pequenos grupos, atividade fora 
da classe etc.). (LIBÂNEO, 1994, p. 249). 
 
Quando o professor e o estudante têm uma relação de proximidade no 
processo de ensino, o aprendizado ocorre com maior motivação, pois a interação 
favorece a criação de estratégias e possibilidades que favorecem a compreensão 
das atividades que estão sendo propostas. 
 
 
 
 
 
5- AVALIAÇÃO 
 https://br.pinterest.com 
 
Avaliar envolve, sobretudo, analisar se os objetivos, os conteúdos e as 
metodologias de ensino alcançaram o planejamento estabelecido para a 
aprendizagem dos estudantes. 
Fatores como dedicação, empenho e participação efetiva do estudante, 
bem como o comprometimento e a qualificação do professor, são cruciais para a 
efetivação de um processo educacional de qualidade. 
 
[...] avalia de verdade quem pondera, quem examina o aluno e 
suas circunstâncias, quem, pelos caminhos dos conteúdos, 
aprende significações e transfere soluções, quem descobre a 
distância verdadeira entre o que se sabia e o que se aprendeu; 
quem, enfim, sabe descobrir a zona de desenvolvimento 
proximal do aluno e por ela medita sobre suas conquistas 
(Antunes, 2013). 
 
Não resta dúvida de que o grande desafio da prática docente está 
relacionado ao processo de avaliação, que ainda hoje é tido como instrumentode controle e dominação. Angustiado em estimular o estudante para o interesse 
nas atividades, o professor utiliza a avaliação como instrumento de poder, 
objetivando conseguir o controle disciplinar e o comprometimento dos 
estudantes. 
 
 Fonte:https://professordigital.files.wordpress.com 
 
 
 
 
 
 Leia o artigo “Avaliação Escolar” disponível em: 
 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho- 
 
docente/avaliacao-escolar.htm 
 
 
 
 
 
 
MODALIDADES DE AVALIAÇÃO 
 
❖ AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: 
 
A avaliação diagnóstica é proposta no início do ano letivo ou 
após o período avaliativo, tendo por objetivo, verificar o conhecimento 
prévio dos estudantes. Busca também identificar se estão aptos a 
iniciarem a aprendizagem de novos conteúdos, bem como as 
dificuldades decorrentes do processo de aprendizagem. 
 
❖ AVALIAÇÃO FORMATIVA: 
 
A avaliação formativa é efetuada durante todo o ano letivo, 
pois é processual, ou seja, está em constante processo de 
observação. Busca verificar se os objetivos previstos estão sendo 
alcançados e quais os resultados foram obtidos pelas atividades 
propostas. Também permite ao professor, identificar as dificuldades 
decorrentes de sua atuação, permitindolhe refletir e aperfeiçoar sua 
prática. 
 
❖ AVALIAÇÃO SOMATIVA: 
 
A avaliação somativa é realizada no final do período avaliativo 
ou no final do ano letivo. Seu propósito é classificar os estudantes de 
 
acordo com o desempenho obtido pelas notas ou conceitos, para 
determinar sua aprovação para o ano escolar/série subsequente. 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA 
 
MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. 1 ed. Curitiba. InterSaberes, 2012. 
 
MELO, Alessandro de; URBANETZ, Sandra Terezinha. Fundamentos de 
Didática. 1 ed. Curitiba. IBPEX, 2007. 
 
VEIGA, Ilma P. Alencastro. Repensando a didática. 29 ed. Campinas. Papirus, 
2012. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UTILIZADAS 
 
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profissão. São Paulo: Cortez, 2006. 
 
 
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RJ: Vozes, 2013. 
 
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e Terra, 1967. 
 
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
 
______. Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. 2ª ed. São 
Paulo: UNESP, 2003. 
 
______. Pedagogia do Oprimido. 42.ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 
 
GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E (org.). Autonomia da Escola princípios e 
propostas. 6ª ed. Cortez Editora: São Paulo 2006. 
 
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LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 1994. 
 
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TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: 
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VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Repensando a didática. Campinas, 
Papirus, 1987. 
 
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WALKER, Daniel. Comenius: o Criador da Didática Moderna. 2002. 
EBooksBrasil.

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