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Hemorragia na Segunda Metade da Gravidez

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Obstetrícia – Amanda Longo Louzada 
1 HEMORRAGIAS NA SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ 
DEFINIÇÃO: 
 Sangramentos após 20 semanas 
PLACENTA PRÉVIA: 
DEFINIÇÃO: 
 Implantação heterotópica da placenta sobre o 
orifício cervical interno, após 28 semanas de 
gestação 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Completa: recobre totalmente o OI 
 Parcial: recobre parcialmente o OI 
 Marginal: tangência o OI sem ultrapassá-lo 
 
FATORES DE RISCO: 
 Idade maior que 35 anos 
 Endometrite 
 Curetagem uterina prévia 
 Cicatrizes uterinas prévias 
 Multiparidade 
 Tabagismo 
 Sobredistensão uterina 
QUADRO CLÍNICO: 
 Hemorragia com sangue vermelho vivo, indolor, 
de início e cessar súbito, sem outros sintomas 
DIAGNÓSTICO: 
 Ultrassonografia Transvaginal: confirma 
diagnóstico e define localização 
CONDUTA: 
 Hemorragia Importante: interrupção 
 Sangramento controlado: interrupção no termo 
(37 semanas) 
VIAS DE PARTO: 
 Total: cesariana 
 Parcial: cesariana (exceto parto iminente) 
 Marginal: vaginal 
COMPLICAÇÕES: 
 Acretismo placentário: implantação placentária 
no qual há aderência uterina anormal a parede 
uterina 
 Acreta: penetram no endométrio até a camada 
esponjosa 
 Increta: penetram até o miométrio 
 Percreta: alcançam a serosa, podendo perfura-
la 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA: 
DEFINIÇÃO: 
 Separação intempestiva da placenta 
normalmente inserida em gestações com amis 
de 20 semanas e antes da expulsão fetal 
FATORES DE RISCO: 
 Versão fetal externa 
 Miomatose uterina 
 Retração uterina intensa 
 Síndromes hipertensivas: principal causa 
 Tabagismo e uso de cocaína 
 Traumatismo abdominal 
QUADRO CLÍNICO: 
 Dor abdominal 
 Sangramento vaginal presente ou não: 
 Hemorragia exteriorizada 
 Hemoâmnio 
 Aumento do tônus uterino 
TRATAMENTO: 
 Feto vivo: 
 Parto: cesariana 
 Se iminente: via vaginal 
 Feto morto: 
 Parto cesariana 
 Se parto iminente ou apresentação baixa: via 
vaginal 
COMPLICAÇÕES: 
 Útero de couvelaire 
 CIVD: quando a placenta descola forma um 
hematoma retroplacentário, que libera 
tromboplastina, e ao mesmo tempo esse coágulo 
está consumindo os fatores de coagulação 
 Tromboplastina vai predispor a formação de 
coágulos 
 Aumento da hemorragia por consumo dos 
fatores de coagulação 
Obstetrícia – Amanda Longo Louzada 
2 HEMORRAGIAS NA SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ 
ROTURA UTERINA: 
DEFINIÇÃO: 
 Rompimento parcial ou total do miométrio 
durante a gravidez ou o trabalho de parto 
FATORES DE RISCO: 
 Cicatrizes uterinas previas 
 Malformação congênita 
 Manobra de Kristeller 
 Uso de ocitona e misoprostol na condução do 
parto 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Parcial: preserva a serosa 
 Total: inclui a serosa 
QUADRO CLÍNICO: 
 Dor aguda 
 Parada súbita da contratilidade 
 Sangramento vaginal 
 Subida da apresentação fetal 
 Sinais de hipotensão 
 Sinal de Klark (enfisema subcutâneo) 
 Sinais de iminência de rotura (Bandl-frommet): 
 Bandl: aspecto de ampulheta 
 Frommel: estiramento dos ligamentos redondos 
ROTURA DE VASA PRÉVIA: 
DEFINIÇÃO: 
 Rotura dos vasos umbilicais que se colocam a 
frente da apresentação fetal 
 
FATORES DE RISCO: 
 Inserção velamentosa de cordão (50%) (cordão 
desprotegido da geleia de Wharton) 
 Placenta bilobada ou sucenturiada (acessório) 
QUADRO CLÍNICO: 
 Hemorragia de grande intensidade após a 
ruptura das membranas 
DIAGNÓSTICO PRECOCE: 
 USG com doppler para mulheres que 
apresentam fatores de risco 
CONDUTA: 
 Interrupção por via alta no termo precoce 
ROTURA DO SEIO MARGINAL: 
DEFINIÇÃO: 
 Área em que a face fetal e a face materna se 
unem (borda placentária) 
QUADRO CLÍNICO: 
 Sangramento vaginal indolor vermelho vivo 
 Não há sofrimento fetal 
 Tonus uterino normal 
DIAGNÓSTICO: 
 Confirmação no pós-parto com estudo 
histopatológico 
CONDUTA: 
 Monitorização e repouso

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