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Insuficiência Hepática • Tríade portal: - Artéria hepática (15 a 35% do fluxo sanguíneo): leva sangue arterial ao fígado; - Veia porta (65 a 85% do fluxo sanguíneo): é derivada das veias esplênica, mesentérica superior e mesentérica inferior, sendo responsável por receber o sangue que vem do trato digestório; - Ducto biliar: expelir a bile para fora do fígado. • Os sinusóides hepáticos recebem sangue da veia porta e da artéria hepática, desaguando nas veias centrolobulares e daí até as veias hepáticas, depois para a veia cava inferior e o coração. • O fígado é o principal sítio de resistência ao fluxo venoso portal. A vasculatura hepática apresenta complacência alta com pouca variação de fluxo. • Funções hepáticas: conexão entre sistema digestório e sangue; armazenamento de glicogênio; morte de bactérias absorvidas pelo intestino; síntese biliar; incorpora subprodutos da destruição das hemácias velhas; síntese de proteínas plasmáticas/ complemento/ fatores de coagulação; armazena vitaminas (A e B12) e ferro; excreta medicamentos/ hormônios/ substâncias; síntese de hormônios esteróides. • Insuficiência funcional do parênquima hepático: Disfunção hepatocelular. • Falha do fluxo sanguíneo: Hipertensão portal venosa. • Falha do fluxo biliar: Colestase. • Patogenia: Fenômenos tóxicos/inflamatórios lesão e necrose tissular regeneração anárquica do tecido fibrose Distorção, compressão e oclusão tanto da vascularização hepática quanto do sistema de drenagem biliar aumento da resistência ao fluxo hipertensão portal formação de shunts e circulação hiperdinâmica aumento de DC e de FC queda da RVP e da PA hipofluxo renal ativação do SRAA retenção de liquido. • Lesão hepática: ativação das células estreladas e de Kupffer, perda das microvilosidades hepáticas, perda das fenestras, deposição de matriz celular. • Insuficiência Hepática: Síndrome clínica decorrente do comprometimento das funções hepáticas. Pode ocorrer de forma aguda (hepatite aguda fulminante) ou crônica (cirrose hepática). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C Insuficiência hepática aguda, Falência hepática fulminante ou Hepatite fulminante • Lesão aguda grave (perda súbita da função hepática), em pacientes sem doença hepática prévia acompanhados de encefalopatia e distúrbios de coagulação. - Hiperaguda: 0 a 1 semana. - Aguda: 2 a 4 semanas. - Subaguda: 5 a 12 semanas. • Causas infecções virais (hepatites e herpes); acetaminofeno; isoniazida; valproato; malária; dengue. • Clínica Encefalopatia hepática, edema cerebral, HIC, injúria miocárdica, pancreatite, insuficiência renal pré-renal, hipertensão portal, doenças inflamatórias sistêmicas, problemas respiratórios. • Encefalopatia hepática Síndrome neuropsiquiátrica reversível causada pelo acúmulo de substâncias nitrogenadas. Cursa com: rebaixamento do nível de consciência, sonolência, convulsões, alteração de personalidade, alteração cognitiva. Pode ser desencadeada por: excesso de proteína na dieta, infecção, hemorragia digestiva alta/sangramentos e insuficiência renal. • Critérios de West Haven para a determinação do estágio da encefalopatia hepática de acordo com achados neurológicos, intelecto, comportamento e consciência. • Tratamento: Evitar Na > 155, Hipotermia / Hiperventilação, Profilaxia da HDA, Uso de lactulose, Evitar uso de clisteres, Fator VII ativado, Uso de Vitamina K / PFC. Uso de aciclovir, Uso de fungicidas / Uso de bactericidas, Uso de retrovirais, Evitar hipoglicemia, Minimizar insuficiência renal, Reposição isotônica / dieta enteral, N- acetil cisteína. Cirrose Hepática (Insuficiência Hepática Crônica) • Definição: Estágio final da doença hepática crônica, na qual a maior parte do tecido hepático foi substituído por tecido fibroso e nódulos anormais. • Principal indicação para transplante hepático no adulto. • Causas: Hepatite C e B crônica, Hepatite autoimune, Doença hepática alcoólica, Esteato-hepatite não alcoólica. • Pelas alterações estruturais (fibrose e nódulos regenerativos), a Cirrose leva a: - Insuficiência Hepática (pelo aumento na resistência intra- hepática ao fluxo portal) Encefalopatia e Icterícia. - Hipertensão Portal intra-hepática Hemorragia/varizes, Encefalopatia e Ascite (relacionada com peritonite bacteriana espontânea e síndrome hepatorrenal). VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C • Cirrose Aumento da pressão intra-hepática Hipertensão portal Vasodilatação sistêmica e esplâncnica (hiperesplenismo) Queda do volume sanguíneo arterial Ativação do SRAA Retenção de Na+ e água Expansão do volume plasmático Circulação hiperdinâmica Agravamento da hipertensão portal. • Envolvimento de múltiplos órgãos: Vasodilatação esplâncnica, Vasodilatação cerebral, Vasodilatação pulmonar (síndrome hepato-pulmonar), Vasodilatação periférica, Vasoconstricção renal (síndrome hepatorrenal) e Insuficiência cardíaca de alto débito. • Aumento de hemólise pela atividade macrofágica aumentada (graças ao hiperesplenismo decorrente da hipervolemia esplênica). Há, também, trombocitopenia pela queda de hepatócitos funcionantes. • Aumento da probabilidade de infecções, uma vez que há: disfunção de células de Kupffer, disfunção de leucócitos, disfunção da opsonização e complemento, liberação de citocinas imunossupressoras. • Clínica da Cirrose: Icterícia, queda do estado geral, fraqueza, emagrecimento, aranhas vasculares, eritema palmar, leuconíquia, ginecomastia, atrofia ovariana, flapping, petéquias, púrpuras, hálito hepático, ascite, sinal de Curvellier-Baumgarten. Peritonite Bacteriana Espontânea: • Aumento da permeabilidade intestinal Translocação bacteriana espontânea Instalação das bactérias no líquido ascítico. • Necessário mais de 250 PMN/ml de liquido ascítico. • Tratamento com cefalosporina de 3º geração + albumina. • Complicação: Síndrome Hepatorrenal.
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