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Direito Constitucional Aplicado – Aula 3 Princípios Fundamentais do Título I da Constituição Federal. Direitos Fundamentais: individuais e coletivos, Lei de acesso à informação, sociais e nacionalidade. – PARTE 1 Princípios e Regras https://www.esquematizarconcursos.com.br/artigo/principios-de-interpretacao-constitucional Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Princípios estruturantes Diretrizes fundamentais informadoras de toda a ordem estatal – decisões políticas fundamentais do legislador constituinte em relação à forma de à organização do Estado Brasileiro Rol exemplificativo Elevado grau de abstração Densificação pro princípios constitucionais específicos Elevado Grau axiológico Fundamentos do Estado Brasileiro – CF/88, art. 1º http s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Princípios estruturantes Princípio Republicano Caráter representativo dos governantes (representatividade) Necessidade de alternância do poder (temporariedade) Responsabilização política, civil e penal dos detentores do poder (responsabilidade) Participação do cidadão (direta ou indireta) no governo e na administração pública Princípio Federativo Pacto celebrado entre Estados que cedem sua soberania para o ente central e passam a ter autonomia nos termos da constituição Respeito a autonomia de cada ente integrante da Federação ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Princípio da Indissolubilidade do Pacto Federativo Conciliação da descentralização do poder político com a preservação da unidade nacional – união indissolúvel Autoriza a intervenção federal para manter a integridade nacional – CF/88, art. 34, I Princípio do Estado Democrático de Direito (Estado Constitucional democrático) Força normativa da Constituição – aplicação direta Soberania popular e democracia direta e indireta (povo no governo do Estado – CF/88, art. 14, I a III) Efetividade dos direitos fundamentais – dimensão material Limitação do P. Legislativo – aspecto formal e material ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Princípio da Separação dos Poderes Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Sistema de freios e contrapesos (checks and balances) Cláusula pétrea – CF/88, art. 60§4º, III Fundamentos Valores essenciais (estruturantes) que compõe a estrutura do Estado Brasileiro – CF/88, art. 1º • Soberania • Soberania externa – representação dos Estados, uns para com os outros na órbita internacional • Soberania interna – supremacia estatal perante seus cidadãos na ordem interna ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I • Cidadania – participação política do indivíduo nos negócios do Estado e outras áreas de interesse público • Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa • trabalho com justa remuneração e condições razoáveis de exercício • Liberdade de empresa (indústria e comércio) e liberdade de contrato • Pluralismo político – está relacionado à diversidade - não há pluralismo sem respeito às diferenças. ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I • Dignidade da Pessoa Humana – valor supremo da CF (núcleo axiológico do constitucionalismo contemporâneo) • Diretriz para elaboração, interpretação e aplicação das normas da ordem jurídica geral e do sistema de direitos fundamentais • Dever de respeito – impedimento de realização de atividades/atividades atentatórias à dignidade humana (obrigação de abstenção) • Dever de proteção (vedação à proteção insuficiente) – ação positiva dos poderes públicos na defesa da dignidade contra qualquer espécie de violação (inclusive por parte de terceiros) • Dever de promoção – adoção de medidas que possibilitem o acesso aos bens e utilidades indispensáveis a uma vida digna – igualdade material e jurídica • Mínimo existencial ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Objetivos fundamentais - CF/88, art. 3º - exemplificativo Visam à promoção e concretização dos fundamentos da República Federativa do Brasil (algo a ser perseguido na maior medida possível) CF/88, art. 3º, I – princípio da solidariedade, igualdade no sentido material (substituição), com adoção de políticas afirmativas/discriminações positivas ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Princípios Fundamentais (estruturantes) – CF/88, Título I Princípios regentes das relações internacionais – CF/88, art. 4º - orientações e limites para as condutas a serem adotadas pelo Brasil ante outros Estados e organismos internacionais. Princípio da independência nacional Princípio da prevalência dos direitos humanos Princípio da autodeterminação dos povos- dever de respeito ao direito de todas as nações de definir seu sistema político e escolha de seu modo de desenvolvimento econômico, social e cultural Princípio da não intervenção Princípio da igualdade entre os Estados Princípio da defesa da paz Princípio da solução pacífica dos conflitos Princípio do repúdio ao terrorismo e ao racismo ht tp s: // sl id ep la ye r. co m .b r/ sl id e/ 39 73 87 / Direito Constitucional Aplicado – Aula 3 Princípios Fundamentais do Título I da Constituição Federal. Direitos Fundamentais: individuais e coletivos, Lei de acesso à informação, sociais e nacionalidade. – PARTE 2 file:///C:/Users/Diana%20L%20T%20Pinto/Downloads/11256975-teoria-geral-dos-direitos-e-garantias-fundamentais.pdf Fo nt eh tt ps :/ /l ic in ia ro ss i.c om .b r/ m ap as -m en ta is /d im en so es - ge ra co es -d e- di re it os -f un da m en ta is / Direito à vida É um direito explícito É um direito amplo direito de permanecer existente direito de estar/continuar vivo direito a um adequado nível de vida direito de ter uma vida digna condição para a proteção e para o exercício de todos os outros direitos Estado - dever de garantia do mínimo de dignidade ao ser humano – mínimo existencial Adoção de medidas e políticas públicas para garantir educação, saúde, saneamento básico, segurança etc Proibição de tratamentos indignos - tortura, trabalhos forçados e cruéis, penas de caráter perpétuo Não é um direito absoluto CF/88, art. 5º XLVII – não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; Não é um direito hierarquicamente superior aos demais Não há hierarquia entre direitos fundamentais https://canalcienciascriminais.com.br/vida-utero-materno/ Direito à vida Proteção da vida intrauterina - Proibição da prática do aborto exceções aborto necessário ou terapêutico aborto sentimental ou humanitário CP, Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Eutanásia -“morte boa” – conduta de aplicar morte rápida e sem dor a paciente em estado terminal ou portador de enfermidade incurável que gere sofrimento constante - proibição no Brasil Tortura - agressão física e psicológica – CF/88, art. 5º, III e XLIII Pena de morte - existe no Brasil, em caráter excepcional recepcionada pela CF/88 https://canalcienciascriminais.com.br/vida-utero-materno/ A respeito de direitos e garantias fundamentais, julgue o item. Como efeito da consagração do direito à vida pela Constituição Federal, o Estado tem o dever de assegurar o direito das pessoas de continuarem vivas e o direito a uma vida digna. Certo Errado. Direito de Igualdade: Isonomia Igualdade formal (civil, absoluta ounumérica - tudo igual para todos) - Meramente hipotética Lei trata a todos de forma igual sem distinções de grupos ou características pessoais Igualdade material (equidade) Autoriza o tratamento diferente entre as pessoas que se em condições (jurídica) distintas Vedação a distinção arbitrária entre as pessoas Igualdade quanto a origem, cor e raça Igualdade da Pessoa com Deficiência –PcD Igualdade entre homem e mulher - igualdade de gênero https://www.google.com/search?q=Igualdade+e+isonomia&oq=Igualdade+e+isonomia&aqs=chrome..69i57j0l5.4479j 0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 Direito de Liberdade. Direito fundamental – 1ª Dimensão/Geração Conjunto de prerrogativas que possibilitam a “coordenação consciente dos meios necessários à realização pessoal” – José Afonso da Silva Liberdade de ação – autodeterminação Direito à resistência (Contra o exercício ilegal do poder e Liberdade de caráter físico/locomoção) Acessibilidade - CF/88, Art. 5º XV - Limitação -CF/88 , Art.. 136,§3º Liberdade de Consciência – Liberdade Religiosa - CF/88Art. 5º VI , VII e VIII Liberdade de pensamento - CF/88, Art. 5º , X Liberdade de manifestação do pensamento - CF/88, Art. 5º , IV Liberdade de manifestação do pensamento – atividade intelectual, artística, científica e de comunicação - CF/88, Art. 5º , IX Free speach X hate speach Liberdade de associação e de reunião - CF88, Art. 5º XVI a XX https://www.google.com/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwir1_yamb3lAhUKH7kGHSfLB_4Qj B16BAgBEAM&url=https%3A%2F%2Fwww.freepik.com%2Ffree-vector%2Ffreedom- background_780956.htm&psig=AOvVaw0e5dnUcsnOWzHW2TnTAtgG&ust=1572291639691626 Apesar da manifestação do pensamento ser livre, existe previsão constitucional de vedação ao anonimato. Isso permite que não ocorram abusos no exercício da liberdade de pensamento e manifestação. Certo Errado. Direito a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem da pessoa - Aspectos da privacidade. Inviolabilidade domiciliar. “A Constituição protege a privacidade (gênero) ao reconhecer como invioláveis a vida privada, a intimidade, a honra e a imagem das pessoas (espécies), assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.“ - Marcelo Novelino CF/88, Art. 5º, X https://www.conversion.com.br/blog/meus-2-maiores-segredo-de-seo/ Inviolabilidade do Direito à Intimidade A intimidade é o âmbito do exclusivo que alguém reserva para si, sem nenhuma repercussão social, nem mesmo ao alcance de sua vida privada que, por mais isolada que seja, é sempre um viver entre os outros (na família, no trabalho, no lazer em comum). - Tércio Sampaio Ferraz Júnior Liberdade ou autodeterminação “informacional” (input e output) é o direito que cada um tem de estar só, sem ser molestado de nenhuma forma. Telemarketing, spam Modos de violação da intimidade, quais sejam: o conhecimento e a difusão de fatos privados. https://www.uol.com.br/universa/quiz/2014/12/09/voces-tem-intimidade-sexual.htm Inviolabilidade do Direito à Privacidade Já a vida privada envolve a proteção de formas exclusivas de convivência. Trata-se de situações em que a comunicação é inevitável (em termos de alguém com alguém que, entre si, trocam mensagens), das quais, em princípio, são excluídos terceiros. - Tércio Sampaio Ferraz Júnior O direito a privacidade engloba as relações laborais de estudo e convívio diário, o da intimidade é mais restrito a esfera afetiva. O direito de ser deixado só (“right to be let alone”) Direito a autodeterminação informativa - Marco Civil da Internet – Lei 12. 965/2004 Direito à governaça algorítimica – Lei de proteção de dados pessoais (Lei 13.709/2018) https://www.deco.proteste.pt/familia-consumo/orcamento-familiar/noticias/direito-a-imagem-6-respostas-para-proteger-a- privacidade Direito ao esquecimento STF conclui que direito ao esquecimento é incompatível com a Constituição Federal https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp? idConteudo=460414&ori=1 A tese de repercussão geral firmada no julgamento foi a seguinte: “É incompatível com a Constituição Federal a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social – analógicos ou digitais. Eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais, especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral, e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e civel”. https://leticiasilva507.jusbrasil.com.br/artigos/385043153/direito-ao-esquecimento-e-o-direito-a-memoria-como- uma-garantia-fundamental A honra e a imagem das pessoas devem são invioláveis, devendo ser assegurado o direito de reparação por dano material ou moral em caso de violação. Certo Errado. STF - O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente pela via administrativa. Essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo “transgênero”. Nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou por determinação judicial. Efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar de ofício ou a requerimento do interessado a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a origem dos atos. Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 761 da repercussão geral, deu provimento a recurso extraordinário em que se discutia a possibilidade de alteração de gênero no assento de registro civil de transexual — como masculino ou feminino — independentemente da realização de procedimento cirúrgico de redesignação de sexo. (...) Para o relator, como inarredável pressuposto para o desenvolvimento da personalidade humana, deve-se afastar qualquer óbice jurídico que represente limitação, ainda que potencial, ao exercício pleno pelo ser humano da liberdade de escolha de identidade, orientação e vida sexual. Qualquer tratamento jurídico discriminatório sem justificativa constitucional razoável e proporcional importa em limitação à liberdade do indivíduo e ao reconhecimento de seus direitos como ser humano e como cidadão. O sistema deve progredir e superar a tradicional identificação de sexos para também abarcar os casos daqueles cuja autopercepção difere do que se registrou no momento de seu nascimento e das respectivas conformações biológicas. Citou os posicionamentos doutrinários e os avanços jurisprudenciais e legislativos sobre o assunto, especialmente no âmbito da América Latina, e apontou a irrazoabilidade de condicionar a mudança de gênero no assento de registro civil à realização da cirurgia de redesignação de sexo. [RE 670.422, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-8- 2018, P, Informativo 911, RG, tema 761.] Inviolabilidade do Direito à Imagem Imagem social – atributos inerentes a pessoa física ou jurídica com base naquilo que ela transmite para a sociedade, passível de indenização. CF/88, Art. 5º - V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; Imagem-retrato – imagem física, fisionomia, fotografias, vídeos, por óbvio apenas pessoas físicas a compõe. Não compõe trabalhos artísticos. CF/88, Art. 5º - X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagemdas pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; http://gabyetica.blogspot.com/2009/09/definicao-de-auto-imagem.html Inviolabilidade do Direito à Imagem Imagem autoral (art 5º, XXVIII) – imagem que a pessoa participa em obras coletivas, como sessões fotográficas, novelas, peças de teatro, etc. CF/88, Art. 5º - XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; O figurante não está tutelado pela imagem autoral (TJRJ 4ªCam AC32994. Rel Francisco Faria) http://gabyetica.blogspot.com/2009/09/definicao-de-auto-imagem.html Inviolabilidade do Direito à Imagem - Danos Danos Materiais (extrapatrimonial) Danos emergentes geram deficit no patrimônio e diminuição dos bens Lucros cessantes Frustração de um ganho esperado, de um acréscimo patrimonial Súmula 37 STJ – “são cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato” Súmula 387 STJ – “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.” https://coachfelippe.wixsite.com/blog/single-post/2015/12/22/Como-romper-com-a-Autoimagem-Negativa Inviolabilidade do Direito à Imagem - Danos Danos Morais e Danos Morais Coletivos Para ser considerado dano moral deve existir “magoa profunda ou constrangimento de toda a espécie, que deprecia o ser humano gerando lesões extrapatrimoniais” (STF RE 215.984/02) • “o que deve ser indenizado é a prática do ilícito que causa perturbações psíquicas, afetando o sentimento de tranquilidade das pessoas” (STF RE 208.685/03) • Súmula 227 do STJ – “a pessoa jurídica pode sofrer dano moral” • CC/2002 – art. 186 • Dano moral coletivo – art. 6, VI, CDC https://coachfelippe.wixsite.com/blog/single-post/2015/12/22/Como-romper-com-a-Autoimagem-Negativa Inviolabilidade do Direito à Imagem - Danos Dano Estético Lesão permanente que atinge a beleza do ser humano comprometendo a harmonia das formas externas, enfeiando-lhe e causando humilhação, vergonha ou mal estar de forma duradoura “a indenização relativa ao dano moral abrangerá o dano estético, ressalvadas eventuais repercussões econômicas” (RESP42.492-0/RJ) Dano à imagem É toda investida proveniente dos Poderes Públicos, pessoas Físicas ou pessoas jurídicas que atenta contra a expressão sensível da personalidade. https://coachfelippe.wixsite.com/blog/single-post/2015/12/22/Como-romper-com-a-Autoimagem-Negativa Inviolabilidade do Domicílio • CF/88 - XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial http://www.esparmieru.lv/kredits-pret-nekustama-ipasuma-kilu-kas-par-jazina/ A respeito dos direitos e das garantias individuais deve ser considerado lícito que a busca e apreensão em domicílio, iniciada no período do dia, deve necessariamente ser encerrada quando chegada a noite. Certo. Errado Inviolabilidade do Direito ao Sigilo CF/88, Art. 5º.XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; bancária, fiscal, telefônica, telemática e de correspondência, de fonte, de informação pessoal Fim licito das informações sigilosas Não podem ser utilizadas para a pratica de ilicitos https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/segredo-de-justica-e-sigilo Inviolabilidade do Direito ao Sigilo CF/88, art. 5, XII – requisitos para quebra de sigilo das comunicações Ordem judicial devidamente fundamentada que determine a quebra do sigilo (determinação específica) Finalidade específica - investigação criminal ou instrução de procedimento penal Princípio da Legalidade – observancia das hipóteses da lei Estado de defesa e de sítio que poderá ser restringido (art. 136, § 1º, I, “b” e “c” e 139, III), eventual ponderação no caso em concreto. https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/segredo-de-justica-e-sigilo Inviolabilidade do Direito ao Sigilo – Sigilo Financeiro, Fiscal e Bancário Sigilo financeiro CF/88,Art. 145, §1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e atividades econômicas do contribuinte https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/segredo-de-justica-e-sigilo Inviolabilidade do Direito ao Sigilo – Sigilo Financeiro, Fiscal e Bancário Relatores consideram inconstitucional quebra do sigilo de comunicação em aplicativos de mensagens http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticia Detalhe.asp?idConteudo=444384 SúmulaVinculante 14 É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/segredo-de-justica-e-sigilo A quebra de sigilo das comunicações telefônicas pode ser admitida nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, mas exclusivamente para fins de investigação criminal. Certo. Errado Direito de Propriedade:Noções gerais. Direito de propriedade – faculdades de uso, gozo e disposição da coisa – direito fundamental de caráter universal - não possui natureza absoluta - poderá sofre limitações. CF/88 – Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Art. 5º, XXII – é garantido o direito de propriedade” https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Direito de Propriedade:Noções gerais. XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Função social da propriedade: Limites constitucionais ao direito de propriedade. Função social da propriedade urbana CF/88 art. 182 – § 2º , § 4º , I, II e III Estatuto da Cidade Função social da propriedade rural CF/88 art.184, 185, 186 - Desapropriação (mediante a indenização) para fins de reforma agrária Estatuto da Terra Requisitos simultâneos : Econômico – produtividade do imóvel rural – aproveitamento adequado e racional Social – relações de trabalho e bem estar dos que trabalham na terra (proprietários, trabalhadores e os que detém a posse direta) Ecológica - preservação do meio ambiente https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s CF art. 182,§4º CF,art. 184 https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwih4Yvzo87lAhU1LLkGHZ9aDV4QjB16BA Ordinária Art. 5º, XXIV CF Art. 243 Função social da propriedade: limitações de direito público Tombamento https://www.google.com/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjj76vwqc7lAhWQGbkGHQ cTAb8QjB16BAgBEAM&url=https%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2Fbrunovideira% Direito de Propriedade - Direito de propriedade de estrangeiro CF/88 - Art. 190. - A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional. Lei nº 5.709/71 - aquisição de propriedade rural por estrangeiro residente no Brasil ou a pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País. Estrangeiro residente no Brasil Pessoa jurídica autorizada a funcionar no país Pessoa jurídica brasileira da qual participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras físicas ou jurídicas que tenham maioria do seu capital social e residam ou tenham sede no exterior. https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Direito de Propriedade – Terras Quilombolas “[...]grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias“ - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) As terras reconhecidas como quilombolas, pela concessão do título definitivo pelo INCRA, são gravadas pelas cláusulas de inalienabilidade, de imprescritibilidade e de impenhorabilidade, sendo o título outorgado em nome da associação que representa a comunidade ou as comunidades que ocupam aquela área, ou seja, titulo pró- indiviso. CF/88 - ART 216, §5º ADCT - Art. 68 https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Direito de Propriedade – Terras Indígenas Terras tradicionalmente ocupadas por povos indígenas CF/88, art. 20, XI, art. 231,§4º Bens da União de uso especial - inalienáveis, indisponíveis e imprescritíveis Demarcação, via processo administrativo Os índios possuem usufruto exclusivo sobre as terras ocupadas tradicionalmente referentes às riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes O aproveitamento de tais recursos e exploração depende de decreto legislativo do Congresso Nacional (art. 49, XVI, da CF/88) autorizando, devendo ser ouvidas, obrigatoriamente, as comunidades afetadas e garantindo a participação nos resultados das lavras, na forma da lei (art. 231,§3º, da CF/88). https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Direito de Propriedade – Terras Indígenas Petição 3388 - Raposa Serra do Sol STF SÚMULA 650 - “Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto”. São consideradas “terras tradicionalmente ocupadas pelos índios” aquelas que eles habitavam na data da promulgação da CF/88 - 05/10.1988 (marco temporal) e, complementarmente, se houver a efetiva relação dos índios com a terra (marco da tradicionalidade da ocupação) https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTMIZPY2JgzSKwMFIBmC0f8PzrO5-76B2zOOhtjJIRj_HN4Qso3QQ&s Direito de propriedade - modalidades de prisão civil por dívida (devedor de alimentos e depositário infiel CF/88, art. 5º, inciso LXVII LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. https://abdalathomazadv.wordpress.com/2010/11/24/breves-apontamentos-sobre-a-prisao-civil-%E2%80%93- prisao-por-divida/ Direito de propriedade - modalidades de prisão civil por dívida (devedor de alimentos e depositário infiel Débitos alimentares – decorrem de decisão judicial (definitiva ou não) que estabelecem valor a ser pago por qualquer dos cônjuges a seus descendentes ou reciprocamente. Depositário infiel – dever de guarda de um bem (determinado pelo juiz a qualquer das partes em um processo) até que seja dada a sentença final O depositario não pode utilizar o bem e deve guarda-lo em segurança até a decisáo final do juizo - “trair a confiança do juiz” https://abdalathomazadv.wordpress.com/2010/11/24/breves-apontamentos-sobre-a-prisao-civil-%E2%80%93- prisao-por-divida/ Direito de propriedade - modalidades de prisão civil por dívida - devedor de alimentos Medida excepcional (coerção) - prisão civil por falta de pagamento de dívida por pensão alimentícia prisão não tem natureza criminal - mas de falta de pagamento de parcelas de pensão alimentícia em detrimento do alimentando https://abdalathomazadv.wordpress.com/2010/11/24/breves-apontamentos-sobre-a-prisao-civil-%E2%80%93- prisao-por-divida/ Direito de propriedade - modalidades de prisão civil por dívida - depositário infiel (...) diante do inequívoco caráter especial dos tratados internacionais que cuidam da proteção dos direitos humanos, não é difícil entender que a sua internalização no ordenamento jurídico, por meio do procedimento de ratificação previsto na CF/1988, tem o condão de paralisar a eficácia jurídica de toda e qualquer disciplina normativa infraconstitucional com ela conflitante. Nesse sentido, é possível concluir que, diante da supremacia da CF/1988 sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel (art. 5º, LXVII) não foi revogada (...), mas deixou de ter aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano de 1992, ao PIDCP (art. 11) e à CADH — Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º, 7), não há base legal para aplicação da parte final do art. 5º, LXVII, da CF/1988, ou seja, para a prisão civil do depositário infiel. [RE 466.343, rel. min. Cezar Peluso, voto do min. GilmarMendes, P, j. 3-12-2008, DJE 104 de 5- 6-2009, Tema 60. Admite-se a prisão civil por dívida do devedor voluntário apenas excepcionalmente, mas será plenamente aceita a do devedor de alimentos e do depositário infiel. Certo. Errado Direitos Sociais Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Art. 6º - tem caráter universal Art. 7º e Art.8º, V, VII e VIII – direitos sociais individuais puros ou individuais de expressão coletiva dos trabalhadores urbanos e rurais Art. 8º, demais incisos e arts. 9º a 11 – direitos sociais tipicamente coletivos. Rol não é taxativo https://www.google.com/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwioubyWuvLlAhUBKLkG HTmyA5kQjB16BAgBEAM&url=https%3A Direitos Sociais em espécie https://ptcpernambuco.com.br/2018/12/12/a-garantia-dos-direitos-sociais-na-constituicao-federal/ Nacionalidade - conceito ht tp :/ /l ei to ra ut on om o. bl og sp ot .c om /2 01 3/ 10 /e st ad o- na ca o.ht m le ht tp s: // fo ca no re su m o. fil es .w or dp re ss .c om /2 01 5/ 08 /f oc a- no -r es um o- na ci on al id ad e. pd f Natos Naturalizados Nacionalidade Cidadão - nacional + Direitos Politicos https://1.bp.blogspot.com/-mbvGi-Qeij0/UUbr7Q3gA4I/AAAAAAAAAg8/TmcjujCeAQA/s1600/Nacionalidade.png País de imigração- Brasil adota o critério do jus solis (territorial), com temperamento Nacionalidade primária - imposta ao nascer. Nacionalidade secundária - estrangeiro ou apátrida que se naturaliza - Brasileiros naturalizados Nacionalidade - Cargos privativos de Brasileiros Natos CF/88, art. 12, § § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa. https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/idioma/avaliar-o-carater-com-nacionalidades/3881 Holmer e Marge, estrangeiros, casados, estavam a serviço de seu país no Brasil. Marge, grávida de nove meses, teve uma intercorrência médica, sendo necessário realizar o parto na cidade de São Paulo - SP. A filha foi batizado com o nome de Liza, posteriormente veio a residir morar no país de seus pais. Caso venha a morar no Brasil, Liza não poderá ocupar o cargo de ministro de Estado da Defesa. Certo Errado. Nacionalidade - Perda da Nacionalidade CF/88, art. 12, § § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; https://liciniarossi.com.br/mapas-mentais/perda-da-nacionalidade/ E como isso foi cobrado em provas? 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase Os produtores rurais do Município X organizaram uma associação civil sem fins lucrativos para dinamizar a exploração de atividade econômica pelos associados, bem como para fins de representá-los nas demandas de caráter administrativo e judicial. Anderson, proprietário de uma fazenda na região, passa a receber, mensalmente, carnê contendo a cobrança de uma taxa associativa, embora nunca tivesse manifestado qualquer interesse em ingressar na referida entidade associativa. Em consulta junto aos órgãos municipais, Anderson descobre que a associação de produtores rurais, embora tenha sido criada na forma da lei, jamais obteve autorização estatal para funcionar. Diante disso, procura um escritório de advocacia especializado, para pleitear, judicialmente, a interrupção da cobrança e a suspensão das atividades associativas. Sobre a questão em comento, assinale a afirmativa correta. A) Anderson pode pleitear judicialmente a interrupção da cobrança, a qual revela-se indevida, pois ninguém pode ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, ressaltando-se que a falta de autorização estatal não configura motivo idôneo para a suspensão das atividades da associação B) As associações representativas de classes gozam de proteção absoluta na ordem constitucional, de modo que podem ser instituídas independentemente de autorização estatal e apenas terão suas atividades suspensas quando houver decisão judicial com trânsito em julgado. C) A Constituição de 1988 assegura a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedando apenas aquelas de caráter paramilitar, de modo que Anderson não pode insurgir-se contra a cobrança, vez que desempenha atividade de produção e deve associar-se compulsoriamente. D) A liberdade associativa, tendo em vista sua natureza de direito fundamental, não pode ser objeto de qualquer intervenção do Poder Judiciário, de modo que Anderson apenas poderia pleitear administrativamente a interrupção da cobrança dos valores que entende indevidos. Analisando o gabarito 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase Os produtores rurais do Município X organizaram uma associação civil sem fins lucrativos para dinamizar a exploração de atividade econômica pelos associados, bem como para fins de representá-los nas demandas de caráter administrativo e judicial. Anderson, proprietário de uma fazenda na região, passa a receber, mensalmente, carnê contendo a cobrança de uma taxa associativa, embora nunca tivesse manifestado qualquer interesse em ingressar na referida entidade associativa. Em consulta junto aos órgãos municipais, Anderson descobre que a associação de produtores rurais, embora tenha sido criada na forma da lei, jamais obteve autorização estatal para funcionar. Diante disso, procura um escritório de advocacia especializado, para pleitear, judicialmente, a interrupção da cobrança e a suspensão das atividades associativas. Sobre a questão em comento, assinale a afirmativa correta. A) Anderson pode pleitear judicialmente a interrupção da cobrança, a qual revela-se indevida, pois ninguém pode ser compelido a associar-se ou a permanecer associado, ressaltando-se que a falta de autorização estatal não configura motivo idôneo para a suspensão das atividades da associação – CF, art. 5º, XVIII e XX B) As associações representativas de classes gozam de proteção absoluta na ordem constitucional, de modo que podem ser instituídas independentemente de autorização estatal e apenas terão suas atividades suspensas quando houver decisão judicial com trânsito em julgado. C) A Constituição de 1988 assegura a plena liberdade de associação para fins lícitos, vedando apenas aquelas de caráter paramilitar, de modo que Anderson não pode insurgir-se contra a cobrança, vez que desempenha atividade de produção e deve associar-se compulsoriamente. D) A liberdade associativa, tendo em vista sua natureza de direito fundamental, não pode ser objeto de qualquer intervenção do Poder Judiciário, de modo que Anderson apenas poderia pleitear administrativamente a interrupção da cobrança dos valores que entende indevidos.
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