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APG - Parto e puericultura

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APG 1
- Compreender a fisiologia e as etapas do parto
O parto é o processo fisiológico pelo qual o útero gestante libera o feto e seus anexos do organismo materno. Ocorre no momento do desenvolvimento em que o feto já é capaz de viver fora do ambiente uterino e quando a gestação por tempo maior poderia trazer riscos à saúde fetal e materna. Para a ocorrência do parto, é essencial o desenvolvimento de contrações rítmicas, sustentáveis e coordenadas da musculatura uterina e dilatação da cérvix, a fim de que o feto seja liberado.
- Analisar como se dá a liberação hormonal durante o parto
Cada hormônio tem seu papel e um ajuda na atuação do outro para que tudo aconteça de maneira perfeita. Eles atuam preparando o corpo da mulher para a gravidez, parto e recuperação pós parto, para crescimento e desenvolvimento do bebê e para o fortalecimento do vínculo entre a mãe e o bebê após o parto.
Esses hormônios são a progesterona, o cortisol, o hormônio liberador de corticotropina, o estriol, as prostaglandinas (substâncias semelhantes a hormônios), a relaxina, a ocitocina, as beta-endorfinas, a adrenalina, a noradrenalina e a prolactina.
Progesterona
A progesterona é o hormônio que prepara o corpo da mulher para a gravidez e atua durante toda a gestação para sua manutenção.
Sua ação previne contrações uterinas enquanto o bebê ainda está se desenvolvendo e inibe a produção das prostaglandinas.
Para ocorrer o trabalho de parto, ela é inibida pelo estriol, que é liberado quando o bebê está maduro.
Cortisol e Hormônio Liberador de Corticotropina
São hormônios do estresse, liberados quando acontece o crescimento do bebê a ponto de distender o útero, quando a gravidez está chegando ao final. Eles provocam o aumento da produção do estriol, que vai atuar inibindo a ação da progesterona.
O cortisol ajuda no progresso do trabalho de parto e aumenta a liberação de prostaglandinas. Também promove contrações, aumentando os efeitos centrais da ocitocina na adaptação materna e na criação do vínculo entre mãe e bebê.
Estriol
É o estrogênio predominante na gestação. Ele inibe a síntese de progesterona pela placenta, prepara os músculos do útero para o parto e aumenta a sensibilidade do útero à ocitocina, hormônio que estimula as contrações de forma coordenada.
Prostaglandinas
São substâncias similares a hormônios, que ajudam no início do trabalho de parto.
São liberadas pelo útero quando este é estimulado pelo estrogênio, e atuam diminuindo os níveis de progesterona e no preparo do colo do útero e da pelve materna para o parto (associadas à relaxina).
Elas também estão presentes no sêmen.
Relaxina
Produzida pela placenta e pelo corpo lúteo dos ovários, ajuda a amolecer as articulações e ligamentos pélvicos para ajudar na passagem do bebê. Ela também permite a distensão do útero conforme o bebê cresce.
Ocitocina
É um hormônio reprodutivo que tem grande importância no parto, aleitamento materno, estabelecimento de vínculo afetivo e no prazer sexual.
É produzida pelo hipotálamo e liberada pela neuro-hipófise.
Dentre suas funções estão a ejeção do esperma, promoção das contrações do trabalho de parto, ejeção do leite após o parto e redução do estresse.
Ela reduz o medo e promove calma, conexão, cura, crescimento e sociabilidade.
No decorrer da gravidez, ocorre um aumento dos receptores de ocitocina no útero, cérebro e mama.
Quando o bebê está pronto para nascer, conforme a cabeça fetal empurra o colo, desencadeia o estímulo para o cérebro liberar ocitocina e, com isso, iniciar as contrações do trabalho de parto. Essas contrações uterinas empurram o bebê para baixo. A cabeça dele força o colo e faz liberar ainda mais ocitocina, causando o que chamamos de estímulo por feedback positivo.
Beta-endorfinas
São os opióides endógenos, ou seja, analgésicos naturais que ajudam a aliviar a dor, responsáveis pelo estado de consciência alterado da mulher durante o trabalho de parto.
Atuam ativando os centros cerebrais de recompensa e prazer e ajudam na resposta adaptativa ao stress, tanto da mãe quanto do bebê.
Adrenalina e Noradrenalina
São responsáveis pela resposta ao estresse chamada de “luta ou fuga”: quando a mulher em trabalho de parto percebe um perigo, atuam para diminuir o ritmo ou parar um trabalho de parto, dando tempo para “lutar ou fugir”, ou acelerar o reflexo da expulsão do bebê. Também fazem a mãe e o bebê ficarem alerta logo após o parto.
Têm efeitos importantes sobre o bebê que acabou de nascer, como a adaptação crítica à falta de oxigenação, preservação do fluxo sanguíneo no coração e no cérebro, promoção da transição respiratória e limpeza dos fluidos pulmonares, promoção de energia metabólica para o período neonatal, controle de temperatura e manutenção de um estado de alerta do bebê.
Prolactina
É o principal hormônio da reprodução e amamentação.
Responsável pela adaptação do corpo da mãe para a gravidez e amamentação e redução do estresse, ansiedade e tensão.
Antes do parto, ajuda no preparo respiratório do bebê. Conforme o parto se aproxima, ocorre seu aumento, que estimula a liberação de ocitocina.
- Entender o que aconteceu com o corpo da mulher pós-parto
Diminuição do tamanho do útero: no primeiro dia após o nascimento do bebê, o fundo do útero está na altura do umbigo, quando apalpado. Após uma semana, ele pode ser sentido logo acima da sínfise púbica (osso da região anterior da bacia), e na segunda semana, não é mais sentido no abdome. Ele demora de seis a oito semanas para retornar ao seu tamanho de antes da gravidez. Durante esse período, seu peso diminui de 1.000 g para 60 g.
Nos três primeiros dias depois do nascimento, as contrações uterinas provocam cólicas abdominais, principalmente ao amamentar. Isso é resultado da liberação de um hormônio chamado oxitocina, que entre outras funções, estimula a contração do útero para diminuir o sangramento do puerpério.
Sangramento vaginal após o parto (loquiação): é o resultado da cicatrização e regeneração do local em que estava inserida a placenta dentro do útero.
Num primeiro momento, ocorre a saída de sangue avermelhado, que dura aproximadamente uma semana. O volume de sangramento tende a diminuir diariamente. É comum ter eventos de saída abrupta, mas com intervalos cada vez maiores. Conforme ocorre a diminuição do sangramento, ele se torna mais escurecido, com cor amarronzada, seguida por uma cor amarelada e finalmente mais esbranquiçada. Costuma cessar seis semanas após o parto.
Mamas: nos primeiros dois a três dias após o parto as mamas produzem o colostro, um precursor do leite materno, rico em minerais, proteínas, vitamina A e imunoglobulinas. No terceiro ou quarto dia ocorre a apojadura, que é a formação do leite materno para a amamentação. A mulher sentirá suas mamas crescerem, ficarem quentes e pesadas. Pode ser acompanhada de fraqueza, cansaço, mal-estar e, eventualmente, febre baixa.
Intestino: Após o parto o intestino da mulher fica mais lento e o aumento do volume da barriga é decorrente do acúmulo de gases. Esse acúmulo é intensificado caso a via de parto tenha sido cesárea, pois além das alterações hormonais, há o trauma da cirurgia propiciando uma lentidão acentuada do trânsito intestinal. Isso costuma melhorar bastante após uma semana e o intestino volta ao normal em seis a oito semanas. 
O hábito intestinal deve ser semelhante ao hábito que a mulher tinha durante a gestação, que costuma ser um intestino mais obstipado. Para melhorar, uma boa dica é a caminhar e se movimentar para estimular o intestino a funcionar. Massagens na barriga, ter uma dieta rica em fibras e tomar muita água também ajuda.
Inchaço: Quando o útero contrai e diminui de tamanho, todo o sangue que estava dentro dele volta para corrente sanguínea. Desta forma, pode haver inchaço das extremidades (pés e mãos) principalmente na primeira semana depois do parto, voltando ao normal em seis a oito semanas.
Sono: A privação de sono é uma realidade para quem tem um recém-nascido em casa. A criança ainda depende da mãe para tudo. É preciso estabelecer prioridades. Os cuidados com o bebêestão em primeiro lugar. Outras questões de seu cotidiano, como os filhos mais velhos, cuidar da casa etc., ficam em segundo plano e devem ser compartilhados com o pai ou outra pessoa da família.
O cansaço crônico pode interferir na produção de leite e aumenta a chance de depressão pós-parto. Por isso, toda ajuda é bem-vinda para melhorar o bem-estar da mãe e do bebê. Fazer exercícios ajuda o organismo voltar ao normal e dá ânimo para a mãe. No primeiro mês após o parto o ideal é fazer exercícios leves como alongamentos, ioga e caminhadas.
- Listar os fatores de risco para um parto de emergência 
Pacientes com suspeita de acretismo placentário, história de tromboembolismo prévio, hipertireoidismo, anemia grave, diabetes prévio à gestação, pré-eclâmpsia atual (após avaliação em emergência) ou histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores, histórico ou incompetência istmocervical atual ou outras comorbidades maternas graves devem ter preferência no encaminhamento ao Pré Natal de Alto Risco, quando comparado com outras condições clínicas.
APG 2
- Compreender como é feito a puericultura 
A puericultura se inicia na consulta pediátrica pré-natal - realização no 3º trimestre de gestação por volta da 32ª semana.
→Tem como objetivos:
• Estabelecer relação médico-família, por isso é ideal a presença de ambos os pais,
• Coletar informações básicas: identificar crenças, valores, práticas, atitudes relatadas pelos pais.
• Fornecer aconselhamento e informação.
• Construir habilidades parentais – transformar pais em cuidadores.
• Identificar e abordar assuntos de alto risco - mães e pais adolescentes, mães solteiras, pais com história de anormalidades genéticas, histórico de abuso de substâncias e risco de violência doméstica.
→Tópicos abordados na primeira consulta:
Alimentação
Vantagens do leite materno
Como a criança mama
Higiene do recém nascido 
Medidas de segurança em casa
Triagem neonatal
- Compreender a importância do aleitamento materno 
O leite materno (LM) é um alimento nutricionalmente completo para suprir as necessidades de lactentes nos primeiros meses de vida beneficiando a criança sob os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e cognitivos. O LM possui quantidades elevadas de fatores de proteção que contribuem para a prevenção de mortes infantis com redução de até 13% das mortes em menores de 5 anos e de até 22% em mortes neonatais. Além disso, a amamentação é uma prática higiênica, sem contaminação e que desencadeia eventos hormonais importantes para a relação mãe-bebê como a liberação de ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite.
A amamentação está associada ao menor risco do lactente desenvolver cárie dentária e à redução da incidência de alergias, doença celíaca e doenças crônicas, tais como obesidade e diabetes melito.
Importância para a Mãe: O processo de amamentação também está envolvido com a redução da incidência de algumas doenças maternas. A redução da incidência de diabetes tipo 2 pode chegar até 15% para cada ano de lactação, enquanto que a de câncer de mama até 4,3%. Além disso, o AM está associado ao maior tempo de amenorreia, ao retorno do peso pré-gestacional mais precocemente (gasto diário de 500 kcal só com a amamentação) e ao menor sangramento uterino pós-parto devido à involução uterina mais rápida. A maior densidade mineral da massa óssea e o menor risco de desenvolver osteoporose também estão associados ao AM devido à maior recuperação da perda óssea.
- Listar as orientações para uma pega correta 
A pega correta:
A boca do bebê deve estar bem aberta, de frente para a sua mama e abocanhar não só o bico (mamilo), mas grande parte da aréola;
A boa pega também evita dor e rachadura no bico do peito
Características de uma pega correta:
Queixo do bebê encostado na mama; Lábios do bebê virados para fora; Bochechas arredondadas, não pode apresentar covinhas ou fazer barulhos (estalos); É possível ver e ouvir a deglutição e ao terminar a amamentação, os mamilos devem estar íntegros e arredondados (não achatados).
- Estudar os critérios de crescimento e desenvolvimento da criança 
Fatores que influenciam no crescimento:
Intrínsecos (genético) – altura dos pais x altura dos filhos;
Extrínsecos (ambientais) – fatores externos, como:- alimentação; - infecções; - higiene; - cuidados gerais com a criança.
MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
Gráficos utilizados como parâmetro para avaliação do crescimento (crianças < 10 anos): Perímetro cefálico (0 a 2 anos); Peso para a idade (0 a 2 anos, 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos); Comprimento/estatura para a idade (0 a 2 anos, 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos); IMC para a idade (0 a 2 anos, 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos).

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