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ANA ROSSINI XXII É a condição na qual a concentração sanguínea de hemoglobina se encontra a baixo dos valores esperados, tornando-se insuficiente para atender as necessidades exigidas de acordo com a idade, sexo, gestação e altitude. Hb < 11,0 g / dl - 6 meses a 60 meses. Hb < 11,5 g / dl - Crianças de 5 a 11 anos. Hb < 12,0 g / dl - Adolescentes do sexo feminino e mulheres. Hb < 13 g / dl - Adolescentes do sexo masculino e adultos. Redução da Hb em processos infecciosos não indica anemia. Como diferenciar anemia ferropriva de anemia da inflamação? Ferritina diminuída na anemia ferropriva e normal ou aumentada na anemia de inflamção. Classificação Baseada no VCM (volume corpuscular médio): o Microcítica: < 75 µ3. o Normocítica: > 75 µ3 e <100 µ3 . o Macrocítica: >100 µ3 . Baseada no RDW – distribuição do tamanho das células vermelhas: o Normal: 11,5 a 16% o Alto: > 16% o Não existe baixo, só alto ou normal. o Indica anisocitose, representado pela porcentagem de variação dos volumes da hemácias. RDW e VCM: situações clínicas Ferropenia é diferente de anemia. A anemia não aparece imediatamente, outros processos acontecem até chegar na anemia. Eritropoetina Hormônio produzido, após o nascimento, nas células peritubulares dos rins. No feto é produzida pelos monócitos e macrófagos do fígado. Estimula a proliferação, diferenciação e maturação das células progenitoras dos eritrócitos. Sua produção é estimulada pela hipóxia tecidual. A N E M I A ferropriva ferropriva ANA ROSSINI XXII Eritrócito Na Medula: nucleado. Na Circulação: anucleado: o Produtor de Hemoglobina. o Composto de 90% de Hb. o Transporte de O2. Meia vida da hemácia: 120 dias. Hemoglobina = globina + heme Globina (porção proteica) 4 cadeias proteicas disposta em pares. o Mudando a cadeia muda o tipo de hemoglobina Tetrapirrol protoporfirina eitrociária livre + ferro = HEME o Numa criança com suspeita de anemia a protoforfirina estará alta. 4 polipeptídeo + 4 heme = hemoglobina HbF= α2γ2 HbA= α2β2 HbA2= α2δ2 Eletroforese de hemoglobina: Degradação: o Globina: pool de aminoácidos. o Heme: metabolizado (SRE). o Ferro: a formação e a degradação de GV são responsáveis pela maior parte do ciclo do ferro do organismo. A hemoglobina é degrdada libera ferro que é reaproveitado para produção de novas hemoglobinas. Temos perda diária de ferro que é reposta pela alimentação. Na criança a absorção de ferro tem que ser maior. Anemia fisiológica do lactente jovem Queda transitória e fisiológica (sem repercussão orgânica) dos índices hematimétricos (Hb, Ht, VCM, reticulócitos) do lactente que ocorre após o nascimento. Ela aparece e desaparece sem alterações orgânicas: o Hb fetal tem meia vida mais curta. Quando nasce está em grande quantidade e decai rapidamente. o Crescimento pós natal massa eritrocitária precisa acompanhar a massa córporea. o Após o nascimento o ↑ da saturação de O2 determina ↓ da eritropoetina circulante e consequente ↓ da eritropoese. ↓ 02 tecidual ↑ produção eritropoetina ↑ 02 tecidual ↓ produção eritropoetina ANA ROSSINI XXII RN de termo: Os menores índices hematimétricos (Hb, Ht, VCM, Reticulócitos) ocorrem entre a 7ª e a 12ª semana. Hb pode atingir 9,0 g/dl. RN prematuro: Os menores índices hematimétricos ocorrem entre a 3ª e a 6ª semana. Hb pode atingir valores de 7,0 a 9,0 g/dl. Menor massa eritrocitária e maior latência de resposta da eritropoetina frente a hipoxemia tecidual. Ferro: distribuição É o metal mais presente no corpo humano e participa de todas as fases da síntese proteica e dos sistemas respiratórios, oxidativos e anti-infecciosos do organismo. Ferro corporal total: o RN = 0,5 g. o Adulto = 4 a 5 g. 70% exerce funções metabólicas e oxidativas: o 80% contido nos eritrócitos (Hb). o 20% na mioglobina e enzimas respiratórios (citocromos). 30% transporte e principalmente estoque. Fe para síntese de Hb: o Adulto: Reciclagem: 95%. Dieta: 5% (compensação de perdas). o Criança: massa corpórea e eritrocitária aumentando Reciclagem: 70%. Dieta: 30% importância da dieta para criança. o Estoque de ferro: fígado, SRE da medula óssea, baço, musculatura esquelética. Se tiver aumento de perda diária crônica a perda é compensada pela dieta absorção de ferro aumenta, mas até certo ponto, então o aumento da absorção se torna ineficiente pega ferro do estoque. Quando o estoque acaba anemia. Ferro: metabolismo Absorção gastrointestinal é o principal processo exógeno responsável pela homeostase do Fe em mamíferos. o Se a perda aumenta, a absorção também vai aumentar. Não existe excreção fisiológico, mas sim pequenas perdas que são compensadas pela dieta. O Fe corpóreo é transportado no organismo via transferrina e estocado como ferritina e hemossiderina (forma mais estável). Perdas via esfoliação: pele, mucosas (gastrointestinal, renal). Perdas sanguíneas: gravidez, menstruação, outros sangramentos. Outras perdas: urina, suor e fezes. Ferro: absorção 70% a 90% do Ferro absorvido é captado pela medula óssea, para ser utilizado na produção de Hemoglobina. ANA ROSSINI XXII Ocorre no intestino delgado, prioritariamente no duodeno. Absorção de Fe da dieta: o Em indivíduos com deficiência > indivíduos sadios. Ferro Heme: o Deriva da hemoglobina e mioglobina (carnes e vísceras). o Elevada biodisponibilidade (velocidade e quantidade). o Não influenciado por fatores inibidores da absorção. Ferro não Heme: o Está presente em alimentos de origem vegetal, com ampla variação de concentração. o Baixa biodisponibilidade (1 a 8% de absorção). o Influenciado por fatores inibidores da absorção. o Férrica (Fe3+): ingerido ligado a moléculas orgânicas e inorgânicas da dieta. Precisa se transformar em Ferrosa (Fe2+) sob ação da acidez gástrica para ser absorvida. o Ferrosa (Fe2+): prontamente absorvido. o Facilitadores: vit. C (Fe3+ Fe2+), HCl , carotenóides, frutose, citratos, alguns aminoácidos presentes nas carnes (Cisteína, Lisina e Histidina). o Inibidores: taninos (chá preto, chá mate), cafeína, fibras (aumenta a velocidade do trânsito intestinal tempo de contato do alimento com mucosa é menor menor absorção), fitatos: cereais (aveia, farelo de trigo, arroz), zinco, cálcio (leite e derivados), fosfatos: ovo (fosfoproteína), oxalatos, compostos fenólicos (cebola, edulcorantes, achocolatados e refrigerantes). o Quantidade de ferro na dieta: deficiência -> maior abosrção. o Teor de Fe nas células da mucosa intestinal: essas células funcionam como fator regulador. Concentração de Fe nelas está alta absorção diminui, e vice versa. o Armazenamento. o pH. o Crescimento. o Motilidade intestinal. o Forma química do Fe: Ferrosa (Fe2+) ou Férrica (Fe3+). Comparação de vários alimentos do teor de ferro e biodisponibilidade: Carnes e miúdos alto teor de ferro e alta biodisponibilidade. Gema de ovo alto teor de ferro mas baixa disponibilidade. Vegetais de folha escura tem maior concentração de ferro. Leite materno No RN de termo em aleitamento materno exclusivo, há oferta adequada de Ferro por: o Altas concentrações de Hb Fetal: meia- vida mais curta, fornece Fe. ANA ROSSINI XXII o Estoque neonatal: inicia-se no 3o trimestre de gestação, criança já nasce com o estoque de ferro se a mãe for anêmica, a criança nasce com estoque deficiente. o Absorção Fe: Leite materno = 49%; Leite vaca = 10% Leite de vaca: sais de Cálcio e Fósforo baixa biodisponibilidade. A partir do 3° mês de vida: as necessidades de Fe ↑ e não são totalmente atendidas pelo leite materno. o ↑ Da massa corpórea e ↑ da massa eritrocitária. Deficiênciade ferro no mundo Carência nutricional mais comum no mundo. Principal causa de anemia (60%). A deficiência atinge 42% das crianças. A deficiência de ferro atinge 27% a 50% da população. Maiores taxas países em desenvolvimento e populações socialmente menos favorecidas e de menor renda. No Brasil: Não há dados conclusivos sobre a prevalência (40% a 50%). Maior em crianças < 3 anos e gestantes. Estudo em 12 centros urbanos nas 5 regiões brasileiras: o 6 a 12m prevalência de anemia ferropriva: 65,4%. Estudo de revisão de 53 artigos em 2009: o Prevalência de 53%, sendo > nas regiões norte e nordeste. Estudo de revisão de 35 artigos em 10 anos: o Prevalência > de 40% em crianças menores de 7 anos. Houve discreta melhora na situação nos últimos anos, especialmente por: o Aumento da prevalência do aleitamento materno. o Uso de fórmulas enriquecidas de leite. o Programas de fortificação e enriquecimento de alimentos. o Campanhas educativas governamentais e privada. Anemia ferropriva: origem multifatorial 1. Deficiência alimentar de ferro. 2. Perdas sanguíneas, ex.: parasitose intestinal. 3. Processos infecciosos e patológicos. 4. Medicamentos que impeçam ou prejudiquem a absorção de Ferro. Consequências da deficiência de ferro A deficiência de Ferro afeta: o Desenvolvimento cognitivo (conhecimento), comportamental, linguagem e o DNPM. o Crescimento físico. o Sistema imune: maior suscetibilidade a infecções e da mortalidade perinatal. O possível impacto negativo permanece mesmo após o tratamento precoce, especialmente em crianças pouco estimuladas ou de baixo nível social e econômico. Desempenho cognitivo: o Fe tem um papel de destaque na função cerebral: o Pode afetar o desempenho cognitivo em todas faixas etárias. ANA ROSSINI XXII o Na fase escolar: diminição da capacidade de aprendizagem. Baixo desempenho. o As consequências dificilmente podem ser corrigidas com a suplementação posterior. o Nos adultos está relacionda a menor produtividade, contribuindo para a pobreza e sérias implicações para o desenvolvimento de um país. A carência de ferro na infância também predispõe a: o Cáries dentárias. o Alterações do desenvolvimento audiovisual. o Menor discriminação e identificação de odores e paladar, podendo associar-se a quadros de pica e alterações do apetite. Pica ou alotriofagia: ingestão compulsiva de “alimentos” não nutritivos: terra (Geofagia), moedas, carvão, giz, tecido, etc. Ageusia: falta do paladar independente da causa. Anosmia: diminuição ou perda absoluta do olfato. Anemia ferropriva na gestação Estoque neonatal: inicia-se no 3o trimestre de gestação. o Pode ser suficiente até 4 a 6 meses de idade. Os filhos de mães anêmicas apresentam 1/3 das reservas normais de ferro. Na gravidez associa-se a desfechos obstétricos desfavoráreis: prematuridade, baixo peso ao nascer, aumento da mortalidade perinatal e neonatal. Na presença de fatores de risco, pode ocorrer aumento nas taxas de deficiência de ferro e anemia ferropriva. Ferropenia: fatores de risco Prematuridade: menor massa eritrocitária; > velocidade de crescimento; latência de resposta a eritropoetina; menor estoque. Gemelaridade: divide o estoque por 2. Baixo peso ao nascer. Clampeamento do cordão umbilical antes do 1 minuto de vida: se esperar o tempo adequado o aporte do ferro ao RN é maior. Sangramentos ou anemia materna na gestação. Desmame precoce sem reposição de Fe. Atraso na introdução de refeição de sal. Substituição de refeição de sal por leite. Composição inadequada das refeições de sal: o Ausência de Fe Heme (vegetarianismo: mãe – filho). o Ausência de facilitadores da absorção de Ferro não Heme. o Excesso de fatores inibidores da absorção de Ferro não Heme. Ancilostomíase – Tricocefalíase – Estrongiloidíase – Esquistossomose perda sanguínea mesmo que não aparente. Diagnóstico A probabilidade de um lactente ou pré-escolar apresentar anemia ferropriva é alta (torno de 50%). Antecedentes: gestacional – normal? pré natal? e parto – prematuro? Anamnese alimentar: o que come, quando come, quanto... avaliar se ta suficiente em ferro ou não. Exame físico. Exames laboratoriais. ANA ROSSINI XXII Exames preferenciais de rotina: hemograma completo, contagem de reticulócitos e ferritina, PCR, PPF. Anemia ferropriva: Hb baixo, VCM baixo, RDW alto, reticulócitos baixo (falta “matéria prima”), ferritina baixa, saturação de trasnferrina baixa, protoporfitina eritrocitária livre alta. A recomendação do consenso é realizar a investigação laboratorial de deficiência de Fe, com ou sem anemia, aos 12 meses de vida. o Se tiver fator de rsico, a investigação deve ser antecipada. Quadro clínico Comprometimento do desenvolvimento neuropsicomotor, cognitivo e da função imune. Apatia (indolência, indiferença) e adinamia (falta de forças, fraqueza); Anorexia; Distúrbios do sono; Alterações do humor (irritabilidade); Taquicardia; Atraso na aquisição da linguagem, equil. corporal e do desenv. motor; Redução da capacidade de atenção; Escores menores em testes mentais; Baixo rendimento escolar; Comprometimento na resposta do sistema imunológico; Ás vezes, perversão alimentar: ex.: geofagia. Exame físico Palidez palmar ou de mucosas: as mucosas sofrem influencia dos fenômenos vasomotores (frio, calor, ativ física....) influência na coloração da mucosa. A palma da mão sofre menos essa influência, compara com a da mãe. Unhas côncavas (coiloníquia), quebradiças e com estrias longitudinais. Queilite angular (lesões descamativas nas comissuras labiais). Glossite atrófica. Avaliar adequadamente hepatoesplenomegalia: geralmente discretas ou ausentes nas anemias carenciais. Coiloníquia e queilíte presentes na fase crônica. Investigação laboratorial inicial das anemias Para toda criança com suspeita de anemia deve-se solicitar: hemograma completo, contagem de reticulócitos, ferritina, PCR, e parasitológico de fezes. Hemograma: o Hb: o valor define a presença de anemia. o Hematócrito: < 33% confirma hipótese de anemia. o VCM: microcitose: <75 u3; macrocitose >100 u3. o RDW: valores normais: 11,5% a 16 %. ANA ROSSINI XXII Na anemia ferropriva o RDW é alto. Na talassemia o RDW é normal. Contagem de reticulócitos: < 0,5% (nl = 0,5% a 2% ou 25.000-85.000/mm3). o Valores > que 7% no RN ou > que 2% nas outras faixas etárias reflete ↑ da eritropoiese (anemias hemolíticas ou sangramento agudo). o Se relaciona à eritropoese, pois o volume de Hb presente nos reticulócitos representa o volume de Fe disponível para a eritropoiese e é um indicador precoce da anemia ferropriva. Ferritina: normal >30µg/dL. o < 15µg/dL = deficiência. o Estoque solúvel de ferro. Alterações do esfregaço do sangue periférico na anemia ferropriva: microcitose, hipocromia, poiquilocitose, alongamento de hemácias, hemácias em alvo, pontuações basófilas. Hemossiderina - estoque insolúvel de ferro. Protoporfirina Eritrocitária Livre - precursora do grupo Heme. Apotransferrina - precursora da transferrina. Transferrina- transporta o Fe para a medula óssea (síntese de Hb). Eritropoetina - diferenciação e maturação dos precursores eritróides. 1º estágio só a ferritina baixa. 2º estágio alguns exames normais mas ferritina baixa, Fe sérico baixo, saturação de transferrina baixo e TIBC alto. 3º estágio todos alterados: ferritina baixa, Fe sérico baixo, saturação de transferrina baixo e TIBC alto, Hb, VCM, HCM baixos, RDW e PEL alto. Tratamento 1. Reorientação Dietética: “Refeição de sal” 2x ao dia. Carne diariamente mesmo que em pequena quantidade. Consumo de alimentos facilitadores daabsorção de Ferro. Redução da ingestão, durante a refeição, de inibidores da absorção do Ferro: refrigerantes, chás ou leite. 2. Reposição Terapêutica de Ferro: Dose de Ferro Elementar: 3 a 5 mg/Kg/dia (Máximo 200mg), 1 a 2x ao dia, 1 hora antes das principais refeições. Administrar com suco de laranja vitamina C + pH ácido. Utilizar por 6 meses (mínimo 3) ou até a reposição dos estoques confirmados pela normalização da Hb, VCM, HCM, ferro sérico, saturação da transferrina e ferritina. Não utilizar em conjunto com suplementos polivitamínicos, minerais (Zn, Ca, P) e antiácidos. ANA ROSSINI XXII A efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tto, quando se espera que exista melhora dos níveis de reticulócitos e aumento da Hb em pelo menos 1 g/dl. Apresentação via oral de sulfato ferroso (20% de Fe elementar). o Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, obstipação, diarréia, desconforto abdominal, escurecimento dos dentes, pirose, gosto metálico.... o Nos casos de efeitos colaterais, podem ser utilizados: Fe aminoácido quelado, Fe polimaltosado ou Fe carbonila. Via Parentral: só situações excepcionais. IM profunda ou EV lenta 1ml/min. Absorção (VO): 14% na 1a semana. Eficácia: o Reticulócitos: aumento ao final da 1a semana de tratamento. o Hb e Hematócrito: começam a subir em 2 semanas chegando ao normal com 2 meses de tratamento. o VCM: normaliza em torno 2 meses de tratamento. o Ferritina: a reposição dos estoques (normalização) com +/- 6 meses de tratamento. Transfusão de papa de glóbulos: o Hb abaixo de 5 g/dl. o Repercussão/complicação hemodinâmica e/ou respiratória. Suplementação Nos lactentes em aleitamento materno exclusivo, sem fatores de risco suplementação medicamentosa profilática a partir dos 180 dias de vida, até 2 anos de idade. Nos lactentes com fatores de risco suplementação iniciada aos 90 dias, independentemente do tipo da alimentação. Para recém nascidos prematuros (IG < 37 semanas) ou com peso inferior a 2,5 kg início aos 30 dias. Fortificação de alimentos Farinhas, cereais, açúcar, sucos, leite e água. A partir de 2004 é obrigatório no Brasil, para cada 100g de farinha de trigo e de milho fabricadas, a adição de 150 µg de Ác. Fólico e Ferro (sulfato ferroso ou fumarato ferroso) 4 a 9 mg. Mas não atinge a faixa etária de maior risco, o LACTENTE. Abordagem da criança com anemia microcítica 1. No lactente e pré-escolar com anemia mícrocítica, aumento de RDW e ausência de reticulocitose: iniciar tratamento com reposição de Ferro e correção da dieta. 2. A efetividade do tratamento deve ser checada com hemograma e reticulócitos após 30 a 45 dias do início do tratamento. 3. Nas tratadas adequadamente, ampliar a investigação se persistir a anemia: a) Ferritina: exame mais sensível. o Crianças < 5 anos valor < 12 µg/L indica depleção. o Crianças de 5 a 12 anos valor < 15 µg/L indica depleção. ANA ROSSINI XXII b) Ferro sérico: as alterações aparecem no estágio avançado. o Dosagem <30 µg/dL indica deficiência. c) Saturação da Transferrina: <16%. d) Capacidade total de ligação na Transferrina (TIBC): avalia a avidez da transferrina pelo Ferro. o > 250-390 μg/dl indica ferropenia. e) Protoporfirina Entrocitária Livre (PEL): precursora do grupo heme. o > 3 µg/ml indica ferropenia. 4. Se a deficiência de Ferro for afastada investigar outras causas de anemia microcítica: Talassemia: Eletroforese de Hb. Processo inflamatório crônico. Intoxicação por chumbo: PEL elevado e Ferro normal. Questões ANA ROSSINI XXII
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